Chegamos por volta das 21:30 na tal boate, e alguns minutos depois foi a vez de Alice. Às vezes eu tinha uma pontinha de inveja dos vários contatos de Peter, porque o local que ficamos era uma área Vip simplesmente perfeita, com total visão da pista de dança e do Dj que ficavam em uma área abaixo, bar exclusivo, banheiros próximos...enfim, aquele lugar não poderia ser melhor.

—Então, Helena... alguma novidade? Alice me perguntou com um sorriso maroto enquanto pegava sua bebida.

—Bem...eu e Steve estamos namorando, mas acho que isso você já sabia. Respondi sorridente.

—Estou feliz por você amiga, e por ti também Steve. O Peter e eu conversamos bastante sobre a boa impressão que nos causou, e espero que não nos decepcione, viu mocinho? Vou logo avisando que o Peter é um ótimo advogado, e eu sou especialista em chutar sacos. Ela disse em tom descontraído e acabamos caindo no riso.

—Lembrarei disso senhorita Summer. Mas não se preocupe, tentarei ser o melhor para   Helena e Sarah.

—Gostei de ver. Peter se manifestou.

Conversamos sobre quase tudo, vida, trabalho, hobbies, músicas que aparentemente Steve conhecia poucas do nosso tempo, e depois de vários coquetéis, e de estarmos levemente alterados pelo álcool, Alice teve uma brilhante ideia, só que não.

—Então... poderíamos fazer um pequeno joguinho. Alice falou bastante animada após o quinto coquetel.

—Tenho medo da resposta, mas..., qual joguinho? Falei com receio.

—Verdade ou consequência... versão adulta, proibida para menores de 21 anos é claro.

—Não pode ser tão ruim. Eu topo. Disse assim que ela respondeu.

—Amor quando quiser me arrastar para um quarto de hotel, não precisa usar esses joguinhos como desculpa. Peter disse dando uma piscadinha para ela.

—Ainda não garotão. Lice respondeu imitando em seguida um gato arranhado algo, sensualmente. –Vai participar Steve?

—Bem, eu acho melhor... Steve começou a falar timidamente.

—Ótimo. Então vamos começar. Como somos só quatro as perguntas podem ser direcionadas para a pessoa de sua escolha, e as consequências...Ela tirou dois dados da bolsa... – Será com isso aqui, um é para ação e o outro a parte do corpo.

 -Eu começo. Peter falou antes que Alice continuasse. –Helena...a quanto tempo você não transa?

—Peter! Falei o repreendendo.

—O que? Ele me respondeu com malicia. –Você está envergonhada só porque o Steve está aí?

—Claro que sim. Maldita hora que concordei com isso.

—Bendita hora amiga. Ele mal segurava o riso. –Ainda estamos esperando sua resposta.

—Ah é mesmo? Pois vão continuar esperando. Peguei os dados e os lancei no meio da mesa.

Mordida + Orelha.

Vi os resultados e em seguida fiz a ação em Steve, deixando-o com os pelos da nuca arrepiados.

—Agora a minha vez... Alice falou com um sorriso maroto. –Steve qual sua posição preferida na hora H?

—O que? Ele ficou completamente envergonhado e eu percebendo que aquele joguinho não iria dar certo de qualquer jeito, peguei em sua mão e o puxei para pista de dança.

Por sorte, uma música lenta estava tocando na hora. Porque não sei se Steve dançaria alguma batida eletrônica, as vezes ele parecia ser uma pessoa de outro tempo.

— Relaxa Steve, eles só queriam rir um pouco da nossa cara. Peter e Alice são assim mesmo, mas são boas pessoas.

—Eu sei, eles só têm um senso de humor terrível. Disse e deu um beijo em minha testa.

Malmente aproveitamos aquele momento íntimo e logo o Dj anunciou que iria começar a sessão de karaokê, e em alguns minutos Peter e Alice estavam ao nosso lado.

—Acho que esta é minha hora de brilhar. Peter falou com um sorriso malicioso. –Me acompanha amor?

—É claro que não. Peter por favor não faz uma loucura dessa não. Alice disse com um tom de preocupação.

—Loucura é não ir lá com essa carinha de artista que eu tenho. Disse e foi até o pequeno palco onde ficava o dj.

—Peter você vai me matar de vergonha! Volta aqui. Alice gritou em desespero enquanto ia atrás dele.

Ele apenas deu um sorriso maroto, soltou um beijo para ela e continuou seu caminho.

—Helena, me ajuda! Ela disse apreensiva, parando e voltando-se rapidamente em minha direção.- Você sabe muito bem como é o Peter cantando.

—O que eu poderia fazer? Ele acabou de chegar no palco. Agora é tarde. Falei e Alice não pensou duas vezes antes de ir correndo até Peter.

Fiquei parada no mesmo lugar com Steve, observando Alice se afastando, indo até o mini palco. Peter havia acabado de pegar um microfone e logo a letra já começava a ser carregada na tela.

—Qual o problema do Peter cantar? Steve me perguntou enquanto ficava atrás de min e me abraçava, passando as mãos pela minha cintura.

—O problema é justamente esse. Peter não sabe cantar. Ele é um verdadeiro desastre.

—Ah. Garanto que se fosse eu em seu lugar, o desastre seria maior, ele não pode ser tão ruim assim.

https://www.youtube.com/watch?v=pK7egZaT3hs

—Não há ninguém pior do que o Peter, Steve. E eu já te ouvi cantando para Sarah e não foi nada ruim.

A letra era uma música do Arctic Monkeys, I bet you look good on the dance floor, Aposto que você fica bem na pista de dança. E para surpresa geral, Peter não cantou, e sim dublou a música, dançando quase como um profissional. As pessoas em vez de ficarem chateadas pela dublagem, começavam a ficar cada vez mais animadas com a apresentação do Peter e quando chegou no refrão, ele começou a descer do palco. Um pensamento passou pela minha cabeça e antes que eu perdesse aquilo, me soltei de Steve e o puxei pela mão até a frente.

—Eu digo, aposto que você fica bem na pista de dança, eu não sei se você está procurando por romance, eu não sei o que você está procurando. A música parou nesse ponto, e um som ambiente começou a tocar. Peter estava de frente para Alice, e neste momento as pessoas haviam notado que algo iria acontecer e deram espaço para eles. –Alice. Ele falou tocando o rosto dela. –Sei que parece um clichê, mas te conheço a pouco tempo e parece que já nos conhecemos a uma eternidade. Você é a única na minha vida. A única que ri das minhas piadas sem graça. Todos rimos. –A única que faz o meu dia valer a pena, a única... que eu quero passar o resto da minha vida. Alice Summer, você aceita casar comigo?

—SIM! Ela respondeu e pulou encima dele, o beijando em seguida. Todos bateram palmas e gritaram em animação e logo o dj colocou uma nova música. Peter e Alice trocaram um beijo apaixonado e começaram a se mover com aquela melodia.

—Quem sabe um dia não será eu e você assim... Steve sussurrou em meu ouvido.

—Isso nunca irá acontecer. Falei sorrindo, o deixando surpreso e um pouco triste.           –Porque nem você, e nem eu faria o pedido em uma boate. Disso rindo e por fim dando um selinho nele, que rapidamente melhorou sua expressão.

Extra capítulo.

Pov narrador.

—Sarah minha lindinha, está muito tarde. Vem, está na hora de você ir dormir. Sharon balançava suas mãos, chamando Sarah para ir no seu colo.

—Eu não quero dormir tia Sharon. Nem com sono estou. Falou em meio a um bocejo.

—Mas seus olhinhos já estão lacrimejando de sono, querida. Sharon falou com um tom divertido, por causa da teimosia fofa da Sarah.

—Não estou tia. Eu ainda quero brincar com a senhora.

—Amanhã podemos continuar a brincadeira? Que tal? Lembra que te devo um passeio?

—Mesmo tia? Então eu vou dormir agora.

Sharon ajudou Sarah a escovar os dentes, e depois a colocou para dormir. Em menos de cinco minutos, ela já havia pegado de vez no sono. Já preparada para ir dormir também, Sharon foi até a sala para arrumar alguma coisa que pudesse estar fora do lugar e acabou achando um caco do vaso. Deveria ser aquele que Sarah pegou e jogou longe quando começou a machucar ela pensou. Pegou o fragmento e percebeu que havia uma mancha avermelhada nele. Será que isso seria...? Ficou apreensiva com aquele pensamento. Não eu mesma vi que a mão da garotinha não tinha qualquer machucado, tentou negar para si mesma. Eu devo estar muito cansada, só pode ser isso o motivo de estar imaginando coisas. Mas quer saber? Irei acabar com qualquer dúvida agora mesmo, continuou tentando achar uma explicação. Pegou um kit com reagentes, tirou uma pequena quantidade daquela substância que estava no pedaço de vaso e colocou um dos reagentes para sangue.

—Isso não é possível.... Realizou o teste mais duas vezes e teve o mesmo resultado em todos eles... era sangue.

Decidiu guardar aquele material, iria envia-lo para um cientista conhecido seu, estava na hora de cobrar uma dívida, um pequeno favor que aquele homem devia a seus pais.

Pov Nick Fury

Estava revisando os últimos relatórios quando a agente 59 bateu na porta e entrou.

—Alguma novidade agente?

—Sim senhor Fury. A missão designada para Sharon Carter pode estar comprometida. Ela caminhou até minha mesa e deixou uma pasta com algumas fotos. –A agente Carter está envolvida emocionalmente com a criança.

Peguei as fotos e comprovei o que a agente havia me revelado. Sharon estava com a filha daquela mulher, fazia brincadeiras, cuidava da menina.- Isto é tudo agente?

—Por hora sim.

—Então está dispensada. Pode continuar com sua vigilância. 59 bateu continência e se dirigiu até a saída da sala, quando antes de puxar a porta para sair, parou, girou em seus calcanhares e ficou de frente para min.

—  Senhor... só mais uma coisa. Algo estranho aconteceu.... Acenei com a cabeça para que ela continuasse. – A tal garotinha, em um momento que não estava com a agente Carter, havia se machucado, só que quando comparei as imagens mais recentes, não havia nenhuma ferida nela. Sharon parece que ficou em dúvida também, mas a vi fazendo um teste revelador de sangue em pedaço do vaso que provavelmente a menina pegou e o resultado deu positivo. Eu não tenho a mínima ideia do que isso pode ser.

—Obrigado agente. Pois eu tenho, esta menina pode ser uma mutante. Pensei comigo mesmo. Assim que a agente 59 saiu, liguei imediatamente para Hill para que ela viesse até a minha sala.