A Mansão da Diversão escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

E aí galera, sou eu Matheus mais uma vez como sempre com mais esse capitulo, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/654494/chapter/9

Depois que todos cumprimentaram Ana Vitória, todos se prontificaram a ajudá-la a arrumar suas coisas em seu quarto. Era por isso que quando abriu as vagas, Seu Lúcio não deixou que ninguém ficasse com aquele quarto. Assim que terminaram de arrumar tudo, todas as crianças voltaram à mesa do café e começaram a conversar com Aninha para poderem saber mais dela.

–Você se divertiu muito lá?- perguntou Carmen.

–Bastante, foram os meses mais felizes da minha vida.- respondeu Ana.

–Queria tanto ter liberdade para viajar sozinha como você teve.- disse Marcelina.

–Mas eu não fui sozinha, fui com uma amiga e os pais dela.

–Ah, que bom. É bom sempre ter uma amiga para compartilhar momentos bons como esse.

–E vocês compraram muita coisa lá?- perguntou Jaime.

–Não, mas tiramos muitas fotos. Querem ver?

–Eu quero.- disse Chaves.

–Eu também.- falou Quico e todos quiseram ver as fotos que Aninha tirou com a amiga e os pais dela. Os inúmeros pontos turísticos do lugar onde eles estavam.

–Fiquei com vontade de ir.- falou Marcelina.

–Um dia te levo.- garantiu Paulo.

Depois que as crianças conversaram com Aninha e observaram as fotos da viagem dela, a garota precisou ir ao banheiro e os adultos da vila também aproveitaram para perguntar à Lúcio sobre Ana Vitória.

–É realmente muito bom saber que sua neta estará aqui com o senhor.- disse Botijão.

–Obrigado, também acho.- disse Lúcio.

–Gostei muito dela, acho que será muito amiga da Malicha e da Chiquinha.- falou Seu Madruga, na soleira da porta.

–Aí está você né?- disse Dona Florinda, entrando na cozinha.

–O que foi Dona Florinda?- assustou-se ele.

–Agora poderemos acertar as coisas!

–Como assim Dona Florinda?

E assim que ele vê que ela está levantando as mangas da blusa e se aproximando, só vê a mão dela voando em seu rosto, levando um tabefe bem dado.

–Isso é pelo beliscão que você deu no Quico- e mais outro tapa- E isso é por ter me feito bater em um policial por engano!

Depois do tapa, Dona Florinda dá as costas pra ele:

–Vamos Tesouro, não se junte com essa gentalha!

–Sim mamãe! Gentalha, gentalha.- falou Quico.

E os dois saíram da cozinha. Era certo que Seu Madruga não teve intenção de deixar Dona Florinda bater em Ramon de propósito, embora o beliscão que dera em Quico tenha sido sim, proposital. Porém, ele achava que como Dona Florinda não foi bater nele antes, ainda de noite e nem no café-da-manhã, ela provavelmente teria esquecido do que aconteceu, pois não fora intimidá-lo, mas depois daquelas duas bofetadas, ele percebeu que ela realmente não esqueceu e que não ia deixar aquilo passar em branco.

–Mas que coisa!- reclamou ele, enquanto os demais só riam, inclusive Aninha, que mesmo sem entender o motivo da história, achou engraçado como mal chegou e já teve uma confusão engraçada acontecendo lá. E ela ficou rindo escondida e em silêncio.

Ainda naquela mesma tarde, pouco antes do meio-dia, Lúcio foi para a cozinha preparar o almoço e percebeu que faltava molho de tomate. Não teve alternativas a não ser mandar duas pessoas a comprarem.

–Pode deixar que a gente compra Seu Lúcio.- disse Carlitos junto a Botijão.

–Tudo bem, podem ir. Aqui está o dinheiro.- disse Lúcio.

E assim, os dois saíram da mansão rumo ao mercado. Enquanto caminhavam, perceberam que Ramon estava saindo da casa ao lado da mansão com um menino junto dele.

–Seu Ramon, como vai?- cumprimentou Carlitos.

–Olá Carlitos, tudo bom?- disse Ramon.

–Tudo sim.

–Bom dia Seu Ramon.- falou Botijão.

–Bom dia Botijão.

–Quem é esse pequeno?- perguntou Carlitos.

–Meu filho, Gustavo.- respondeu Ramon, o garoto apenas sorriu tímido e sussurrou:

–Oi.

– Não ligue não, ele só é tímido mesmo.- explicou Ramon.

–Tudo bem. O senhor também se mudou pra cá faz pouco tempo?

–Sim, me mudei ontem de manhã, por quê?

–É que nós dois moramos aqui faz um tempo e nunca vimos o senhor por aqui. Aí está a explicação.

–É sou divorciado, aí me mudei sabe?

–Sei sim.

–Aonde o senhor vai?- perguntou Ramon.

–Vamos comprar molho de tomate para o almoço.

–Ah que bom. Boa tarde pra vocês.

–Para o senhor também.

E assim, cada um seguiu seu caminho, mas no fundo, Carlitos e Botijão estavam aliviados por saberem que terão um policial como vizinho, e não apenas um valentão musculoso que gosta de brigar e dois trambiqueiros que se divertem ganhando dinheiro dando golpes nos outros. Mas, ao ver Carlitos e Botijão dobrarem a esquina, lembrou-se da noite anterior e decidiu ir até a mansão, precisava de ajuda. Tocou a campainha.

–Bom dia Seu Ramon.- disse Lúcio, ao abrir a porta.

–Bom dia Seu Lúcio, posso lhe pedir um favor?- perguntou Ramon.

–Claro que pode.

–Eu preciso resolver umas coisas e não poderei levar ele comigo. O senhor toma conta dele por mim até eu volta?

–Quem é ele?

–Meu filho Gustavo. É que nos mudamos ontem de manhã e ainda estamos organizando umas coisas. Posso contar com o senhor?

–Claro, pode deixá-lo entrar.

–Obrigado. Filho, o pai vai resolver umas coisas e depois volta. Se comporte bem viu?- disse Ramon para Gustavo.

–Pode deixar pai.- respondeu o menino, sorrindo.

E assim, Ramon agradeceu Lúcio pela ajuda e depois saiu pela porta, deixando o filho com o vizinho.

–Aceita alguma coisa? - perguntou Lúcio- Um copo de água? Refrigerante?

–Não obrigado. Só queria ligar a tevê, à essa hora está passando meu programa de tevê favorito.- respondeu Gustavo.

–Claro, fique à vontade. Olha, aqui está o controle da televisão e do DVD caso você queira assistir alguns daqueles filmes.

–Obrigado.

E quando Lúcio ia novamente em direção à cozinha, ele acabou mudando de ideia e então decidiu que ficaria na sala com o menino esperando Carlitos e Botijão chegarem com o molho pra que ele pudesse fazer o almoço. Quando voltaram, Carlitos e Botijão se espantaram ao ver Gustavo ali na sala, mas Lúcio logo explicou tudo e eles se aliviaram.

Na hora do almoço, Lúcio preferiu almoçar com Gustavo na sala, enquanto assistiam televisão, pois quando ele chamou-o para almoçar, percebeu que não tinha mais cadeiras e Gustavo não poderia sentar na mesa de jantar. Então, pra garantir que Gustavo ficaria bem, Lúcio achou melhor almoçar na sala de olho em Gustavo, que não contestou.

Depois do almoço, quando o programa acabou, Gustavo decidiu explorar a mansão, a fim de desperdiçar mais tempo esperando pelo pai:

–Pode ir, faça dessa casa a sua, tá bem?- disse Lúcio.

–Claro, pode deixar.- respondeu Gustavo, se levantando.

Quando Gustavo saiu pela porta em direção ao jardim, Lúcio subiu as escadas para seu quarto, onde dava pra ver todo o jardim e assim poderia descansar sem problema nenhum. Ao mesmo tempo, Marcelina desceu as escadas e ligou novamente a televisão para poder assistir Pérola Negra, uma de suas novelas favoritas.

Mário, que estava em seu quarto sem fazer nada, decide acabar com o tédio fazendo alguma coisa com Marcelina. Então, quando ele vai até a sala e vê sua amada assistindo novela, decide tirá-la de lá convidando-a para um passeio.

–Oi Marcelina.- ele disse, com uma voz animada.

–Oi.- ela respondeu sem tirar os olhos da televisão.

–Vamos fazer alguma coisa? Lá em cima, no meu quarto, estava o maior tédio que nem um livro que eu estava lendo podia tirar. Eu estava pensando se a gente fosse talvez no cinema, ou no parque, o que você acha?

A garota só murmurou um "uhum" e continuou olhando pra televisão.

–Marcelina, tá me ouvindo?- insistiu ele.

Mais uma vez, a mesma resposta. Mário precisou pegar no rosto da menina com as mãos e fazê-la olhar pra ele.

–Escutou o que eu falei?- continuou.

–Ai, desculpe amor. É que essa novela está tão boa que prende a nossa atenção.- respondeu ela.

–Está bem. Então, quando a novela acabar, vamos sair pra acabar com o tédio?- perguntou ele.

–Claro, vamos sim. Senta aqui e assiste comigo, você vai gostar da novela.

Mário não gostou, preferiu esperar a novela acabar. Para ele, segundo seus amigos, novela é coisa de mulheres ou homens não muito machos, e decidiu dar uma volta pelo jardim até a novela acabar. É lá que ele encontra um garoto de costas pra ele, de pé, próxima à piscina e desconfia que talvez seja algum outro parente de Lúcio que chegou sem avisar e decide conversar com ele pra descobrir isso.

–Ei, o que está fazendo aqui sozinho?- perguntou ele e ficou paralisado ao ver como aquele garoto se parecia muito com ele. Quem não conhecesse os dois, pensariam que eles fossem gêmeos. Gustavo também ficou chocado, nunca pensara que um dia encontraria um garoto assim. Como aquilo era possível?

–Ah, nada. Eu só estava explorando a mansão e fiquei encantado pelo jardim e fiquei aqui, admirando.- respondeu Gustavo.

–Eu também fiquei assim no meu primeiro dia aqui.

–Então somos dois.

–Verdade, qual seu nome?

–Gustavo, prazer.

–Prazer, sou Mário.

Logo, Gustavo e Mário ficaram muito amigos. Mário contou sobre a Nova Escola Mundial, no qual passaria a estudar em breve e Gustavo contou que seu pai era policial e pediu que ele ficasse com Lúcio até a hora de chegar.

–Mas seu pai não pode te deixar sozinho em casa?- perguntou Mário.

–Não. Lá na nossa antiga casa podia, mas aqui ele tem um pouco de medo disso. Acha aqui mais "perigoso" pra mim, sabe?- respondeu Gustavo.

E assim, os dois se sentaram em uma das mesas que ficavam ao redor da piscina e continuaram a conversa. Já do lado de dentro, Marcelina continua assistindo a novela quando Aninha decide descer para a cozinha. Ao ver a garota sentada no sofá assistindo a novela, muda de ideia e decide assistir com ela.

–Oi Aninha.- disse Marcelina, surpresa.

–Oi Marcelina, você gosta dessa novela?- perguntou Aninha, embora fosse óbvio que ela gostava.

–Gosto sim. Você assiste?

–Sim, assistia sempre junto com minha amiga.

–Que bom, pensei que eu era a única que assistia.

Assim, as garotas ficaram assistindo a novela juntas. Quando acabou, ficaram uns minutos debatendo sobre o capítulo até que Marcelina se lembra de Mário:

–Ih amiga, agora me lembrei que tenho que sair com o Mário. Ele deve estar me esperando agora.- desesperou-se ela.

–Tudo bem amiga, eu vou com você, pois também queria ir lá fora.- respondeu Aninha, mesmo sem conhecer direito, já se deu o direito de chamá-la de "amiga".

Enquanto isso, Mário também se lembra que combinou de sair com Marcelina e vai pra dentro da mansão e Gustavo decide acompanhá-lo, já que ele também queria entrar pra dentro de casa. Foi quando ele e Mário seguiram por direções opostas e ele esbarrou em alguém:

–Me desculpe!- disse a pessoa.

–Tudo bem.- na verdade, Gustavo pensou em dizer: "Olha por onde anda", mas ao perceber que era uma menina, acabou mudando de ideia, preferindo ser educado. Mas isso mudou quando seus olhos se encontraram com os de Aninha. Ficaram se encarando por alguns segundos até que ele se recompôs e perguntou:

–Me desculpe o mau jeito, qual seu nome?

–Prazer, sou Ana Vitória, mas pode me chamar de Aninha.- respondeu ela.

–Prazer, eu sou Gustavo.

Gustavo logo de cara ficou com vontade de conhecer mais aquela menina, perguntou como chegou à mansão, o que ela fazia e Aninha perguntava sobre ele também. Mas Gustavo não conseguiu, em nenhum momento, tirar os olhos da menina, ouvia tudo com atenção. Ele nunca tivera muitos amigos depois da separação dos pais, agora de uma hora pra outra, já tinha dois. Mas será que era só isso mesmo ou tinha algo mais naquilo tudo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capitulo e terá mais logo, até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Mansão da Diversão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.