A Mansão da Diversão escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, sou eu Matheus novamente com mais um capitulo novinho, boa leitura!



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Algum tempo depois, Chaves estava em seu quarto, quando decidiu ir para o jardim brincar um pouco. Então, ele pegou um pouco de giz e rabiscou uma amarelinha no chão e usou uma pedra para brincar.

–Ei Chavinho, tá brincando de amarelinha?- perguntou Quico, surgindo do nada.

–Sim Quico.

–Ah, deixa eu brincar também, o que que custa, só uma rodada, anda, não seja cruel vai, diz que sim, siiiim?

–Não, porque eu quero jogar sozinho.

Quico não gostou daquela resposta desnecessária. Por isso, na raiva, deu um chute em Chaves antes dele pular.

–Então é assim é?- disse Chaves, pegando um tijolo- Pois agora você vai ver.

–Não Chavinho, não!

Chaves correu atrás de Quico por todo o jardim, mas ao chegar na sala, lançou o tijolo com toda a força e Quico se abaixou, fazendo o tijolo acertar Chaveco, que acabara de chegar na mansão.

–Chaveco! Chaveco, me desculpa!- gritou Chaves.

–Viu o que você fez Chavinho?- disse Quico.

–A culpa foi sua, quem mandou abaixar?

–O que está acontecendo aqui?- perguntou Lúcio, entrando na sala.

Quando Chaveco terminou de contar, Lúcio se espantou:

–Duas cabeças quebradas em um dia, que perigo está ficando isso!- disse ele.

Então, Lúcio tratou de cuidar do ferimento na cabeça de Chaveco com a ajuda de Peterete e Botijão, que só pensavam no dinheiro do seguro.

–Chaveco, eu odeio ter que te dizer isso, mas acho que você vai ter que ligar para o vendedor de seguros, pois você sofreu um acidente.- disse Peterete.

–Mas eu estou bem, nem sequer desmaiei.- respondeu Chaveco.

–Mas o seguro cobre acidentes que não precisam ser graves a ponte de você desmaiar.- falou Botijão.

–Exato, o acidentado pode estar só com um arranhão, mas ele tem que ligar.- insistiu Peterete.

–Bom, se vocês dizem...

Logo, Chaveco ligou para o vendedor e em vinte minutos, ele chegou na mansão e entregou o dinheiro para Chaveco. O que o pobre recém-acidentado não sabe, é que Peterete e Botijão farão de tudo para tomar o dinheiro dele.

Enquanto pensavam, Cirilo está em seu quarto, até que decide ir para o jardim também, mas no corredor da mansão, ele encontra Maria Joaquina:

–Oi Maria Joaquina.- ele diz, sorrindo.

–Oi Cirilo.- ela responde, mas logo o segura pelo braço - Cirilo, preciso de uma ajuda sua.

–Ajuda minha? Com o quê?

–É que eu estou gostando de uma pessoa e preciso da sua opinião sobre ele.

–Ah tá, tudo bem. O que você quer saber?

–Bom, é que eu estou gostando do Daniel.

–Sério? Que bom.

–Você não se importa?

–Não Maria Joaquina, gosto de você como amiga apenas.

–Jura? Desde quando?

–Desde o quarto ano.

–Nem percebi. Mas enfim, eu estou gostando dele e não sei o que fazer, não sei se conto ou não. O que você acha?

–Olha Maria Joaquina, pelo que eu conheço do Daniel, ele é realmente um garoto bem popular, então eu acho que você devia ir falar com ele sobre o que você sente o mais depressa possível, senão pode ser tarde demais.

–Mas aí é que está o problema: eu não sei como falar pra ele o que sinto. E além disso, não posso simplesmente chegar pra ele e dizer: Daniel, eu estou apaixonada por você. Quer namorar comigo?

–Sim, claro. Não vai poder dizer isso, mas você tem que pensar no que falar pra ele antes que seja tarde.

–Tem certeza?

–Tenho. Quanto mais cedo melhor.

–Tá bem Cirilo, obrigada.

–De nada.

Perto dali, Margarida vê que Daniel está sentado no tronco de uma árvore, com os olhos fechados e olhando para o alto. Curiosa, decide ir até lá.

–Oi Daniel.- diz ela.

–Oi Margarida.

–No que está pensando?

–Promete que não conta para ninguém?

–Claro, o que foi?

–É que eu estou gostando de uma garota, mas não sei como dizer isso pra ela.

–Que menina?

Daniel olhou para os lados pra ver se não tinha ninguém antes de responder:

–A Maria Joaquina.- sussurrou ele.

–Puxa, que bom.

–Só que eu não sei como vou dizer isso pra ela.

–Daniel, eu acredito que você pode não saber o que dizer agora, porque está nervoso, não sabe se a Maria Joaquina gosta de você também. Não é?

–Sim.

–Pois então, você sempre foi um menino muito estudioso, sei que na hora certa você vai saber o que falar.

–É mesmo?

–Claro, você merece ser muito feliz com ela.

–Obrigado Margarida.

Já mais seguro, Daniel se levantou e começou a pensar em como falar para Maria Joaquina o que sente por ela, torcendo para que ela sinta o mesmo que ele.

Mais tarde, estavam todos na mesa, jantando quando Jaiminho chegou na cozinha:

–Crianças, alguém pode me passar essa jarra de suco pra mim, por favor?

–Mas a jarra está bem do seu lado.- afirmou Quico, levando um cutucão de Malicha.

–Eu sei, é que eu quero evitar a fadiga.

Ninguém se manifestou, só Carlitos que acabou se rendendo e passou a jarra pra ele.

–Muito obrigado.- disse Jaiminho, olhando para as crianças como se tivesse os repreendendo.

Logo depois do café, todos foram seguir seu caminho até que Jaiminho sentou-se no sofá.

–Paulo pega o controle pra mim?- pediu ele.

–E onde está o controle?

–Aqui na mesa.

–É só o senhor esticar o corpo e pegar.

–Mas aí vou ficar fadigado novamente.

Paulo bufou, mas mesmo a contragosto obedeceu e entregou o controle ao carteiro.

–Muito obrigado.- Jaiminho disse sorrindo e Paulo, ao virar-se de costas, fez uma careta. Jaiminho estava muito pidão. Ao chegar no jardim, onde todos os meninos jogavam bola com Alícia, Paulo estava com uma cara de bravo e os meninos estranharam, pararam por um momento pra perguntarem:

–O que foi Paulo?- perguntou Jaime - Quem mexeu contigo dessa vez?

–O Jaiminho né? Só podia.

–Ele te pediu um favor que ele mesmo podia fazer?- arriscou Chiquinha.

–Exatamente.

–Eu não sei o que deu nele, o Jaiminho nunca foi assim.- disse Alícia.

–É aí que você se engana Alícia, desde que entrou na vila, ele sempre nos pede favores usando essa desculpa de "evitar a fadiga".- falou Paty.

–Quer dizer então que ele sempre foi assim?

–Sim, sempre foi.

–E vocês sempre faziam os favores pra ele?- perguntou Mário.

–De certa forma, mas com o tempo isso mudou, acho que agora ele só quer explorar a gente.- respondeu Chaves.

–Eu acho que não. Tudo bem que eu não conheço o Jaiminho totalmente, mas acho que se fosse isso, a gente já teria descoberto.- disse Daniel.

–Eu só acho que deveríamos fazer algo pra ele se locomover sem ficar cansado.- falou Quico.

–Pode ser uma boa ideia sim, mas o quê?- perguntou Chiquinha.

–Não sei, vamos procurar o Professor Inventivo, talvez ele possa nos ajudar.- sugeriu Cirilo.

Todos concordaram e foram até o quarto do Professor, porém, o mesmo não estava lá. Além disso, Lorenzo não estava em sua gaiola, muito provavelmente ele estava no jardim da mansão também.

–Acho que devíamos aproveitar pra pegar a poção sem ele ver.- sugeriu Kokimoto.

–Não Kokimoto, isso é roubo!- falou Quico.

–Deixa de ser bobo Quico, nós só vamos usar a poção no Jaiminho e depois vamos devolvê-la, isso não é roubar!

–Mas mesmo assim, vocês estarão pegando uma coisa sem permissão.

–Ah Quico, faz um favor pra gente?- disse Chaves.

–Claro, o que?

–Vigie a porta pra ver se não tem ninguém entrando.

–Tá bem.

E assim, todos puderam entrar no laboratório do professor com tranquilidade, já que a porta tinha uma maçaneta giratória sem fechadura e sem tranca, facilitando a entrada. Ao entrarem, perceberam que o professor era um homem muito bem organizado, pois todas as suas invenções ficavam depositadas em prateleiras localizadas em estantes de metal bem grandes e cada uma delas tinha um papel com o nome de cada invenção.

–Que homem organizado hein?- disse Chiquinha.

–Pra mim tá mais para um metódico.- disse Malicha.

–E tem cada invenção legal, será que tem uma para aumentar o tamanho?- perguntou Chiquinha.

–Deve ter sim amiga, é só procurar.- falou Chaves.

Eles andaram por uns minutos até que encontraram uma que dizia: "Poção Rejuvenescedora" e logo escolheram aquela mesma.

–Agora só precisamos de um plano pra darmos essa poção ao Jaiminho sem que ele perceba.- disse Chiquinha quando saíram do laboratório.

Assim que voltaram à sala, tentaram passar de fininho por Jaiminho, mas ele os viu e logo foi falando:

–Crianças, alguma de vocês podem me trazer um café?

Nisso, Chaves teve uma ideia.

–Claro que sim, espere aí.- disse ele- Vamos colocar essa poção no café dele, o que acham?

–Excelente ideia Chavinho, vamos lá.

Seguindo o plano de Chaves, Chiquinha e Malicha foram fazer o tal café e colocaram uma boa quantidade da poção nele.

–Adeus favores para o Jaiminho!- ironizou Malicha, sorrindo.

–Graças à Deus.- disse Chiquinha.

Quando foram pra sala, todos estavam sorrindo, pois aquela brincadeira seria engraçada para eles.

–Aqui está.- falou Chaves, dando a xícara para Jaiminho.

–Obrigado.

Depois, enquanto Jaiminho bebia, todos ficaram na expectativa do que iria acontecer, acompanhando de longe. Depois que ele esvaziou a xícara, colocou-a na mesa, o que já era um bom sinal, pois pra ele isso fadigava.

–Já foi uma coisa.- disse Quico, se referindo à ele não ter pedido pra colocarem a xícara na mesa pra ele.

Logo depois, Jaiminho se levantou rapidamente do sofá e desligou a televisão, indo depressa em direção à escada, subindo com dificuldade. Ao chegar no final, começou a andar bem mais depressa que antes.

–Deu certo!!- Chaves disse e todos comemoraram.

Felizes pelo plano ter dado certo, todos foram levaram a invenção do Professor Inventivo de volta para o laboratório e quando retornaram para a sala, escutaram o barulho de um vidro quebrando e em seguida, o som da campainha.

–Deixa que eu atendo.- disse Chaves.

Quando ele atendeu, Robson, Ramon, Carl, Adam e mais uma senhora apareceram na porta.

–Olá- disse Chaves.

–Olá, cadê o Seu Lúcio?- perguntou Ramon, calmamente.

–Está lá em cima, por quê?

–Precisamos que chame ele.

–Quer que eu dê um recado? Acho que ele está ocupado agora.

–Não, podemos falar com vocês mesmos.- disse a moça.

–O que houve?- perguntou Chiquinha.

–Viemos pedir que vocês parem de quebrar as janelas de nossas casas!

–Calma Dona Meire.- pediu Adam.

–Calma nada, eles destruíram nossa janela. Eu e Bartolomeu não conseguimos dormir direito e estamos cansados!

–Como assim?- exclamou Quico- Não quebramos nada.

–Ah não? Então de quem é essa bola de beisebol?- dessa vez foi Carl quem falou, erguendo uma bolinha de beisebol da mão deles. Aquilo deixou as crianças de mãos atadas, pois agora elas não poderiam negar nada, mesmo sendo inocentes, não haviam argumentos para se inocentarem, pois aquela bola de beisebol era de Lúcio, embora ele não jogasse mais. Sendo uma bola da mansão, ficava comprovado que foram mesmo eles.

–Olha, podem deixar que vamos falar com o Seu Lúcio sobre isso tá? Boa tarde. - disse Chiquinha, fechando a porta.

–Gente, como isso é possível?- falou Chaves.

–Eu também não entendi nada.- disse Malicha.

–Alguém lá fora jogou isso pelos vizinhos e fez eles pensarem que fomos nós.- concluiu Quico.

–Mas quem será que fez isso?- perguntou Chiquinha.

–Não faço a menor ideia!- respondeu Chaves.

Mas antes que todos pudessem argumentar, ouviram mais uma vez outro barulho de vidro quebrando.

–O que foi isso?- perguntou Chaves

–Um barulho né?- disse Chiquinha.

–Tá certo, mas de onde vem afinal?

–Parece que veio lá de fora- respondeu Quico.

Todos foram correndo até o jardim e viram quando Jaiminho estava com um taco de beisebol e várias bolas do mesmo esporte ao lado dele pois quando lhe deram a poção, eles não viram é que a poção só rejuvenesce a personalidade e a mentalidade dele e como as crianças exageraram na poção, o Jaiminho ganhou personalidade e mentalidade de uma criança de 10 anos. Por isso ele estava agindo daquela maneira.

–Jaiminho, o que o senhor está fazendo?- perguntou Chaves.

–Eu estou brincando que sou um grande campeão de beisebol, que é o meu sonho, mas preciso treinar muito.- respondeu Jaiminho - Querem brincar comigo?

–Não, obrigado.- Marcelina respondeu por todos.

–Gente, acho que o plano não deu muito certo.- falou Chaves.

–Você acha?- ironizou Chiquinha, novamente.

–Espera aí, acho que usamos ela sem ler antes como funciona. Você leu?- perguntou Malicha.

–Não, mas não tem nada pra ler aqui e nem mesmo naquela prateleira onde isso estava.- respondeu Quico.

Outro barulho de vidraça quebrada.

–Gente, é melhor irmos falar com o Professor, não temos escolha.- disse Chaves.

–Tá louco Chavinho?- esbravejou Chiquinha- Se o professor souber que nós pegamos essa poção dele, vai contar pro Seu Lúcio e ele vai ficar bravo com a gente.

–Eu falei que não era uma boa ideia pegar sem antes consultar o professor, mas aqui ninguém me dá ouvidos mesmo né?

–Gente, chega.- interrompeu Marcelina- O Chaves tá certo, embora seja arriscado, não tem mais nada que possamos fazer, precisamos mesmo contar para o Professor Inventivo e dar um jeito de convencê-lo a não contar a verdade para o Seu Lúcio. E temos que ser rápidos, antes que o Jaiminho quebre mais alguma coisa.

–Beleza, mas primeiro vamos pensar em algo que o convença a não contar e depois nós vamos até ele!- disse Malicha.

Todos concordaram, percebendo ser uma boa ideia, mas eles teriam que pensar juntos, pois Jaiminho ainda tinha muitas bolas e muitas janelas inteiras ainda, era uma questão de tempo até ele quebrar todas. O que fazer então?


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só galerinha, até o próximo!



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