Nove Meses. escrita por MissDream


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

Espero que se divirtam lendo, sou nova por aqui, por isso me deem um desconto ;)



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De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente


Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

(Vinicius de Moraes).

~~ FS ~~

“Você não entende Felicity? Eles são meus melhores amigos e não há nada que você diga para que eu não vá até eles. Eles vão sempre estar em primeiro lugar junto com minha família na minha lista de prioridades”.

Aquelas palavras rodeavam minha cabeça à dias, o que me fez chegar a uma decisão; Oliver não teria mais minha atenção imediata, não Oliver Queen, apenas o arqueiro, o que me fazia questionar se eu deveria ignorar sua quinta ligação. Droga, a quem eu queria enganar, ele era meu amigo e mesmo sabendo que ele priorizava Tommy e Laurel, a mim e John eu não podia ignorá-lo por mais tempo.

̶ O que você quer Oliver? – não ignorá-lo não implica em ser gentil, certo?

̶ Por que não me atendeu antes? – ouvi um Oliver irritado do outro lado – eu estou feito louco te ligando.

̶ Procure Laurel ou Tommy, eles são seus melhores amigos, não eu ou John.

̶ Você sabe que isso não é verdade – ouvi um longo suspiro cansado e eu soube que algo não estava certo – desculpa.

̶ Pelo o que Oliver?

̶ Por colocar dois idiotas antes de você e John, eu achei que ao voltar do inferno eles ainda seriam os mesmos, mas me enganei.

̶ O que aconteceu? – serio Oliver? Sua amiguinha que por acaso é sua ex está te caçando e você ainda acredita nessa amizade? Acredita em fadas também? – O que Laurel e Tommy fizeram?

̶ Tem tempo para um café?

̶ Onde você está?

~~OQ~~

Eu estava magoado. Por amar Laurel e Tommy, por considerá-los da família, por ter achado que eles eram meus melhores e verdadeiros amigos... Sabe aquela história de quanto maior a ilusão, maior a decepção? Poderia dizer que foi feita para mim. Vi Felicity entrar no café e de algum modo me senti melhor, não sei exatamente o que era, mas algo nela me transmitia paz.

̶ Olá Oliver – ela falou sentando em minha frente, mas seu habitual sorriso não estava lá, ela parecia irritada.

̶ Está chateada com alguma coisa?

̶ Só por ser uma idiota e não conseguir ignorar a... Não, não estou – ver Felicity divagar era divertido, na verdade era minha parte favorita do dia. – E então, o que ouve?

̶ Você estava certa.

̶ Sobre o que dessa vez? – falou com um sorriso sarcástico no rosto.

̶ Laurel e Tommy – eu sabia que ela não gostava daqueles dois, mas achava que era apenas ciúmes de amigo – eles me traíram.

̶ Explique melhor.

̶ Sabe ontem quando sai para jantar com os dois?

FlashBack On:

Eu estava curioso para saber o que aqueles dois tanto tinham para me contar que não podia esperar até o amanhã, então esta noite ao invés de ir para a verdant, fui direto para o restaurante marcado. Logo que cheguei avistei os dois sentados numa mesa mais afastada e grande foi minha surpresa ao ver as suas mãos unidas num ato de carinho. Senti meus ombros rijos e assim que entrei em seus campos de visão pude perceber Laurel puxar a mão dela para por uma mecha de seus cabelo atrás da orelha.

̶ Boa noite Ollie – ela falou levantando para me cumprimentar, sendo seguida por Tommy.

̶ Então, o que tanto vocês tem para me falar? – falei assim que nos acomodamos e senti os dois ficarem nervosos.

̶ Tommy e eu... – Laurel deu um breve suspiro para continuar – estamos juntos.

̶ Como? – não estava surpreso pela noticia em sí, mas pelo fato de terem marcado um jantar para me contar algo que eu já imaginava – fico feliz por vocês, mas não precisavam marcar um jantar para me contar algo que eu já suspeitava, mesmo assim parabéns.

̶ Não Ollie, não é só isso. Estamos juntos a bastante tempo – aquelas palavras sim me pegaram de surpresa.

̶ A quanto tempo? – perguntei esperando não ouvir o que eu temia.

̶ Desde que você foi para aquela viagem de barco – desta vez foi Tommy quem falou me fazendo sentir raiva de sua falsa calma.

̶ Ollie, nós te amamos e se estamos aqui arriscando nossa amizade para te contar a verdade, é porque achamos que é importante – senti um gosto amargo na minha boca e meu punho cerra. Sim, eu tinha raiva em grande proporção naquele momento.

̶ Entenda Oliver, sua amizade é muito importante para nós, não está sendo fácil lidar com a culpa – Tommy agora falava se mostrando realmente tenso – não queremos que nos perdoe, mas que entenda – minha risada escarneá foi o suficiente para chamar atenção de pessoas das mesas próximas.

̶ Entender? Eu me martirizei todo esse tempo por ter traído você com Sarah – falei apontando para Laurel – por ter mentido para você, te enganado. Eu passei cinco anos naquele inferno de ilha esperando o dia em que eu pudesse te pedir perdão, então eu voltei e você fez questão de jogar na minha cara tudo outra vez, se fez de vitima quando na verdade a noite estava nos lençóis do então meu melhor amigo.

̶ Ollier contenha-se – pediu um Tommy mais alterado.

̶ Não peça para eu me conter Merlyn, não quando meus melhores amigos me crucificam enquanto me apunhalam pelas costas. Eu realmente achei que fossemos irmãos, mas que bela especie de irmão fui arrumar em.

̶ Não fique ai se fazendo de coitado Queen, você sempre soube que eu amava Laurel, desde a escola, você bancou o Judas primeiro não se importando com meus sentimentos e passando por cima de nossa amizade. Mas o Tommy tinha que se conter e como um bom amigo eu engoli anos do namoro de vocês, chegando até a recriminar meus sentimentos. – Tommy tinha um tom acusador e ver toda aquela magoa sendo posta para fora me vez ver o quão estranhos eramos.

̶ Eu não achei que fosse verdade Tommy, pensei que ela seria só mais uma para você e logo eu estava apaixonado por ela também.

̶ Você me magoou várias vezes Oliver, você me traia e depois voltava como um cão arrependido. Que especie de sentimento é esse que machuca? Quando você me disse que ia viajar, eu fui desabafar com o Tommy e então nos ficamos juntos por toda aquela noite. – eu senti a decepção chegar sem aviso – e sabe, eu não consegui sentir culpa, na verdade o único momento que senti foi quando sua morte foi anunciada. Ali eu até quis me afastar, mas Tommy foi compreensivo, carinhoso e me deu todo o suporte necessário, então eu não consegui me afastar. Logo que você voltou resolvemos dar um tempo.

̶ A gente teve algo naquela época – falei surpreso.

̶ Eu só queria ter certeza que minha história com você tinha acabado, a prova dos nove sabe?

̶ Vocês se merecem – falei me levantando – que sejam bem felizes, longe de mim.

FlashBack Off.

̶ Que desgraçados – ouvi Felicity falar assim que terminei e algo naquelas palavras me fez rir, talvez seu tom irritado.

̶ O pior foi acreditar que eles eram meus amigos.

̶ Sabe Oliver, eu não entendo como um homem tão inteligente pode ser tão cego, era obvio que tinha algo entre aqueles dois. Nunca gostei da cara sonsa da Laurel e muito menos do sorriso barato do Tommy.

̶ Pelo visto alguém está feliz com essa história.

̶ Não me culpe por está feliz por você ter descoberto que aqueles dois não passam de dois traidores, agora não terei que ver você deixar eu ou Dig na mão a cada vez que algum deles lhe procurar.

̶ Eu sabia! – Exclamei batendo na mesa. – Eu sabia que quele bico todo quando você chegou tinha algo haver comigo.

̶ Quer saber? Vamos beber, eu não quero mais falar daqueles dois – vi uma Felicity totalmente vermelha se levantar em direção a porta e não contive o riso.

~~FS~~

Depois que Oliver me contou toda aquela história eu vi tanta magoa em seus olhos que resolvi arrastá-lo para beber, não que o álcool resolva, mas quem nunca curou uma dor de cotovelos com ele? Então aqui estou eu com fortemente alterada com um Oliver bêbado me descrevendo o qual magoado e decepcionado está, isso sem contar todas as histórias de aventuras que os três viveram que ele me contou. Ao mesmo tempo que xingamos os dois traidores rimos deles, essa situação nossa está deplorável.

̶ Oliver, acho melhor irmos embora antes que sejamos expulsos – falo com dificuldade para parar de rir de algo que eu não fazia ideia.

̶ Ta, deixa só eu achar minhas chaves do carro.

̶ Não seu doido, como vai dirigir se nem em pé você está se aguentando? – ele ria de mim e eu dele, não me ofenderia se chamassem o hospício para nós dois.

̶ Vamos pegar um táxi – falou como se fosse um gênio.

Cheguei a casa de Oliver e logo joguei meus sapatos num canto para em seguida me agarrar ao pescoço dele, não sei bem quando começamos, mas suspeito que tenha sido no elevador, nosso beijo era selvagem e urgente. Oliver apertava minha cintura enquanto nos guiaa até o quarto, senti a lateral do meu corpo bater na quina de algum móvel, o que me fez gemer sobre seus lábios, fazendo Oliver ficar ainda mais preciso. Senti o flash do meu vestido ser puxado de uma só vez enquanto aquele Apolo se concentrava em beijar meu pescoço, em seguida o ajudei com sua roupa, o que não foi fácil considerando nosso estado.

̶ Oliver – o chamei assim que senti suas mãos na barra da minha calcinha – proteção.

̶ Não se preocupe, só aproveite. – Em seguida capturou meus lábios para si.

Não sei exatamente o que senti quando acordei e percebi que não estava em meu quarto, muito menos sozinha. Quando me virei e vi Oliver deitado de costas para mim, tudo que senti foi uma imensa vergonha, sabe aquela vontade de cavar um buraco e se enfiar dentro? Pois bem, eu tinha essa necessidade, mas tudo o que fiz foi focar meus olhos naquela bunda grega. Qual é, e Oliver Queen e eu tinha transado com ele, só era uma pena eu não lembrar de muta coisa (não Felicity, isso é bom). Me forcei a levantar e sai catando minhas coisas pelo quarto, me vesti com rapidez e tentando não fazer barulho depois fui até a sala onde encontrei minha bolsa, meus sapatos e meu casaco, peguei tudo e sai dali o mais rápido possível.

̶ Meu Deus, eu transei com Oliver Queen! – Falei assim que bati a porta do meu apartamento. ­


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Notas finais do capítulo

Nos vemos no próximo, eu espero! ;)