Guerreiros das Trevas. escrita por Abby La Rue Salvatore


Capítulo 1
Uma guerreira mentirosa.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Ouvi sons de tiros e gritos. Guerreiros das Trevas. Levantei-me de onde estava sentada junto com as pessoas do retiro da igreja. Elas fizeram o mesmo e começaram a correr. Corri, mas me senti presa, como se algo me puxasse de volta. Me sentei do lado da Bárbara no banquinho perto da praça. Bárbara é uma loira linda, de olhos verdes, alta e com uma postura invejável.
- Eles te viram?
- O líder.
Ela colocou a irmãzinha dela no meu colo.
- Finge que dorme.
Abaixei a cabeça e fechei os olhos, deixando meu cabelo preto tampar meu rosto. Em pouco tempo eles aparecem.
- Identificação.
- Catherina está dormindo. Está muito quente. Ela está passando mal. - Bárbara fez drama enquanto passa a mão em meu cabelo.
Ouvimos mais gritos depois da quadra. Ele correu pra ver o que era.
- Tem sorte de eu ser filha de um dos Guerreiros, Catherina.
- Tenho sorte de você ser minha amiga. - agradeci.
- Fique comigo. Se fugir eles vão te matar.
- Vão me matar quando descobrirem quem eu sou.
- Sua magia é mais poderosa.
- Mas eu não sei usá-la.
- Volte a dormir. - ela sussurrou como se estivesse falando com a irmã.
- Levante o rosto dela.
Ela hesitou questionando, ele com raiva fez isso e quase quebrou meu pescoço com a força.
Meu olhar de ódio ficou bem evidente. Meu cabelo tampava metade do meu rosto. Ele prendeu um adesivo no meu pulso que me permite continuar viva perto deles. Ele saí em passos firmes. Que Guerreiro burro.
- Nossa! Essa foi por pouco. Se ele tivesse tirado seu cabelo do rosto... Essa estrela perto da sua orelha parou de brilhar, certo?
- Só quando prático magia que brilha.
- Vamos entrar antes que desconfiem. - Ela se levantou e começamos a caminhar.
Eles montaram uma base para eles. Uma base de gelo.
- Sua magia irá te aquecer. Apenas acredite nisso ou irá morrer de hipotermia. - Bárbara avisou quando chegamos perto da entrada da base.
Mostramos as identificações e ela me levou até seu quarto.
-Eu sou filha do filho do líder. Meu pai morreu quando questionou o porquê de matarem os hebreus e todos aqueles que tem fé em uma religião. São como os nazistas, só que com poderes. Toda magia tem seu preço e esse preço é uma chave que se ativada por uma magia branca eles podem ir de vilões para heróis e preciso que me ajude a achar essa chave. - Bárbara propôs um acordo.
- E com essa ajuda você me dará uma família e me deixará partir com segurança?
- Eu também sou órfã. Não deixarei uma promessa dessa ser quebrada.
- O quê aconteceu com sua mãe?
- Ela morreu tentando fugir.
Pensei bem nesse acordo. Eu poderia ter conseguido uma família se eles não aparecessem. Ninguém irá morrer depois de acharmos a chave e transformá-lo em bons.
- Eu aceito.
O frio é forte. O quarto inteiro, a base inteira é feito de gelo e neve para deixar mais fofo. O quarto grande e bonito da Bárbara ainda me deixa intimidada.
- Vamos comer. - ela me convidou.
Saímos do quarto subindo as escadas voltando para o corredor.
A comida é boa. Depois de comermos voltamos para o quarto.
Ela mandou eu ficar em silêncio.
- Pegue a chave. Vovô descobriu. - ela sussurrou quando nós nos levantamos.
Alguém descia o tobogã que fica do lado da escada. Subimos a escada e na metade dela vimos um rosto um rosto feminino bravo. Gritamos e subimos mais rápido. Ela subiu pelo tobogã e quando terminamos de subir a escada ela mostrou a cara. Gritamos ainda mais. Corremos e nos separamos.
Ele queria nos separar.
Andei olhando cada coisa, vendo e analisando os mínimos detalhes.
"Eles fizeram a base e perderam a chave. A chave é mágica. Aparece onde quer cada vez que mudamos a base. Vovô sempre ficar nervoso com isso, é quando ele manda todos os Guerreiros procurar." - Bárbara me contou no almoço.
Minha marca de nascença, a estrela, começou arder.
Virei no próximo corredor à esquerda. Desci a escada e senti a presença de água passei as mãos nas paredes de gelo.
Uma parte da parece descongelou. Vi a chave de ouro, peguei, coloquei no sutiã e a parede se congelou novamente. Continuei andando.
Há uma ponte, água parada em baixo dela e as paredes em volta. É bem fundo.
- Oi. - um homem me cumprimentou.
Ele é gatinho, mas não irei baixar a bola por causa disso.
- Quem é você?
- Um amigo.
- Não tenho amigos Guerreiros.
- Agora tem.
- Fala o que quer.
- A chave. O líder saber que está com você.
- Então ele errou. Nossa. Ele deve estar bem nervoso já que nem seus melhores guerreiros acharam. - andei calmamente até ele sorrindo olhando em seus olhos cinzas. - Tadinho. Com toda essa loucura ele esqueceu que sou apenas uma garota. Não sou uma ameaça. Agora, a chave é. Também estou procurando. - o manipulei.
Ele sacou uma arma. Ele não é um Guerreiro.
- Não vai conseguir fazer minha mente. Não vou deixar você achar a chave. Você tem apenas duas opções. Ou pula ou eu atiro.
Mesmo fazendo ele acreditar que não estou com a chave me assustei com a arma.
- Cuidado. Abaixe isso. Não precisa fazer isso. Eu posso te ajudar! - falei cuidadosamente dando alguns passos para trás.
- Não. Não pode. Não posso confiar em ninguém. - quase cai, fiquei bem na beirada, senti pedacinhos de gelo caindo.
Olhei e vi a água escura.
- Essa água contém magia negra. Se eu cair vou morrer. Você será um assassino. - apelei para os sentimentos de culpa e pena dele.
Ele sorriu.
- Já sou um. E eu sei o que acontece, querida. - ele me empurrou.
O medo me atingiu, assim como a água. Fui puxada para o fundo. Fiquei um tempo com a respiração presa e sem me debater, pois me faria precisar de ar mais rápido e seria inútil com essa magia que me puxa para perto das paredes sem fazer ondas ou parecer que ainda não estou nas profundezas. É como se estivesse me ajudando. Soltei a respiração devagarinho e percebi que consigo respirar. Fiquei um longo tempo ali. Vi as movimentações e as brigas na ponte. Agarrei meu peito e senti a chave. Desejei de todo o coração que tudo isso acabasse, que eles ficassem sendo os heróis. A chave brilhou, minha estrela também.

Estou dentro de um carro. Um homem dirigindo e uma mulher do lado. Tem um bebê dormindo do meu lado. Vi o líder todo sorridente dando adeus e os Guerreiros mantendo o portão aberto. Meu desejo se realizou. Tenho uma família.
Olhei para trás e vi Bárbara sorrindo, mas parecia imitar com a boca algo do tipo: "tic-tac, tic-tac". Não entendi e resolvi esquecer. Ele dirigiu cerca de duzentos e três quilômetros até parar em um posto de gasolina. Fomos até a lanchonete e enquanto esperamos o sanduíche ficamos conversando. A mulher, chamada Pietra, fica balançando o bebê e observa tudo, cada detalhe da lanchonete e de mim.
- Catherina, quantos anos tem? Já esteve em uma família?
- Dezesseis anos. Vou começar o segundo ano e nunca consegui ser aceita em uma família em Chicago.
- Como conheceu a Bárbara?
- Ela sentou do meu lado no seminário da igreja, conversamos e ficamos amigas.
Ouve uma explosão, vidros se quebram, tudo começa a pegar fogo, os estilhaços de vidro da janela estão gravados em todas as partes do meu corpo. Vejo minha nova mãe desmaiada na minha frete. O chão frio me dá arrepios e a fumaça do fogo me sufoca.

Acordo no hospital. Ela quebrou promessa. Colocou uma bomba no carro e quando o homem foi abastecer o carro ele explodiu. Ela mentiu para mim. Ela nunca soube o que é ser órfã porque ela nunca foi. Ela estava trabalhando para o avô. Me olhei no espelho do teto e vi as queimaduras em meu rosto e em todo o meu corpo. E eu pensando que a melhor coisa que me aconteceu lá foi ver e sentir a neve e o gelo. Ela enfeitiçou a chave, me fazendo apenas dormir e essa família pode ter sido manipulada.
O bip da máquina ao meu lado só aumentou. Mais médicos apareceram.
- Ela está tendo uma parada cardíaca! - gritou um dos médicos.
E a escuridão se apossou de mim.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler! ♥ I Love You!!!