A Vingança escrita por mazu


Capítulo 9
Esperança.


Notas iniciais do capítulo

Tristemente estou aqui para avisar que já estamos caminhando para um final.
—"Ah Luiza mas só isso?"
—Só? Bom... Eu já to achando até grande demais pra ser sincera '-'.
—"Ahhh Luiza! Mas vai ter segunda temporada?"
—Nai.
—"Ahhhhh porque 'nai'?"
—Porque não vai ter o que contar! Simples :>
Em fim, com tudo isso que escrevi só quero dizer que estamos chegando na reta final, e que o final já está muito bem elaborado na minha cabeça e vai ser O FINAL (muwahahaha) não se preocupem em relação a isso.
Beijinhos ♥ 💋



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–O que houve? -Erin pergunta enquanto trata do machucado nas minhas costas.
–Fui lá fora tentar falar com o Seiji, mas ele está muito louco. Não quis me ouvir e tentou me atacar.
–E porque o Ren está desmaiado?
–... Não sei. -Minto pra ela, não quero causar pânico.
–Certo... Já acabei. Vamos, vou mostrar pra vocês o que eu achei.
Ela me entrega uma blusa nova e eu a visto. Shinji e Mina levantam do sofá e subimos pro 3° andar. Paro um pouco no quarto de Miya e vejo Ren deitado na cama, ele ainda está desacordado.
Erin nos guia até o final do corredor e percebo que havia mais uma porta ali, não estava bem "escondida" estava mais pra camuflada. Erin dá umas batidinhas na porta e Lizzie a abre.
–Achou mais alguma coisa, Liz? -Erin pergunta e nós entramos no quarto. Ele era bem simples e não tinha janelas. Era todo de madeira e só havia uma escrivaninha, um quadro enorme e uma lamparina.
–Achei. -Lizzie responde e levanta a mão mostrando vários papéis.
Erin pega os papéis e começa a ler.
–Que lugar esse? Puxa, a fazenda é agora da minha família mas eu nunca tinha visto esse quarto antes. -Mina comenta.
–Eu descobri ele quando estava descendo pra me juntar a vocês lá em baixo, só escutei o barulho de uma porta abrindo devagarzinho e quando olhei era a porta desse quarto. Fui lá em baixo enquanto o Hiroshi e o Ren brigavam, tirei a Lizzie da cozinha e subimos para investigar.
–Tá mas e ai? Onde que é a tal saída? -Shinji pergunta.
–Aqui nesses papéis diz que Chiro Yamada, que participou da Segunda Guerra Mundial ficou traumatizado e por onde mora constrói bunkers subterrâneos. -Erin diz.
–Mas... Chiro Yamada é o avô de Seiji e de Ryo. -Digo confuso.
–Exatamente. Isso aqui é o relatório de um psiquiatra, Chiro tem um trauma e provavelmente ele constrói esses bunkers para se esconder...
–Caso haja uma Terceira Guerra Mundial. -Eu e os outros completamos a fala de Erin.
–Ok, mas aonde fica a entrada do bunker? -Shinji pergunta.
–Tá pisando nela. -Lizzie responde e Shinji se move mais pra esquerda. Ele nota que aonde ele estava pisando tinha um quadrado de madeira de cor diferente, quando ele puxa esse quadrado ele se solta e nós vemos que ali havia uma porta de aço.
–Se dermos sorte deve ter uma saída pra outro lugar que não seja aqui na fazenda. -Lizzie diz e eu abraço ela e a Erin.
–Céus! Vocês são demais. -Digo e elas riem.
–Antes de todo mundo descer temos que ter certeza se lá em baixo tem uma saída. -Mina diz e eu concordo.
–Eu vou. -Ren diz e nós notamos sua presença na porta.
–E eu posso ir com ele! -Mina se oferece.
–Vocês tem certeza? Ren você acabou de acordar de um desmaio. -Digo.
–Eu estou bem, sério! E também quero sair daqui tanto quanto você.
Balanço a cabeça e eu e Shinji saímos do quarto. Nós descemos as escadas, pegamos as espingardas, mais munições e voltamos para o quartinho do 3° andar. Mina e Ren já haviam aberto a porta de aço e lá dentro havia uma escada tão grande que não dava pra ver aonde ela acabava.
Eu e Shinji entregamos as armas pra eles.
–Não fechem essa porta porque... Qualquer coisa voltaremos correndo. -Ren diz e eles começam a descer a escada.
–Nos resta esperar agora. -Erin diz e nós saímos do quarto. Descemos as escadas e eu resolvo espiar pela janela. Me arrependo amargamente.
Seiji estava sentado numa cadeira de frente pra casa, com um facão enorme e encarava a janela sem nem piscar.
–Ele está esperando alguém botar a cara lá fora. -Lizzie comenta.
–Será que ele sabe do bunker? -Shinji pergunta.
–Sério? Olha pra cara dele! Ele parece não saber nem quantos dedos tem nas mãos. -Digo e Shinji concorda.
–Vem, você não pode ficar se estressando muito. -Erin diz e me puxa pra longe da janela pela cintura.
–Eu vou fazer comida, tá bom? -Ela pergunta me arrastando pra cozinha pelo braço.
–Tá bom, tô morrendo de fome.
–Eu também.
Shinji e Lizzie dizem e eu e Erin entramos na cozinha. Noto que o tabuleiro Ouija estava na mesa dali, e não na da sala. Estranho.
Sento na mesa, Erin me entrega um copo com suco e começa a cozinhar. Eu fico a observando por um tempo até escutar um barulho estranho, olho pro lado e vejo a cadeira da ponta se mover pra trás devagarzinho, mas não havia ninguém a puxando.
–E-Erin?
–O que f... -Ela se vira na minha direção e antes dela completar a frase seus olhos se arregalam.
A cadeira dessa vez vai um pouquinho pra frente e o tabuleiro começa a se mexer, ele ficava rodando e rodando.
–Usa o circulo no meio do indicador pra tentar ver. -Erin sugere, eu pego o indicador e olho através dele, Ryo estava sentado na cadeira, mexendo no tabuleiro. Ele estava exatamente igual no dia do acidente, a mesma aparência de criança, usando uma bermuda preta e ele parecia estar molhado. Ele levanta a cabeça, olha pra mim e abre um sorriso enorme que derrete meu coração.
–É o Ryo, Erin. Acho que ele quer conversar.
Digo e ponho o indicador em cima do tabuleiro, Erin seca as mãos num pano de prato e também se senta na mesa.
–S-E-I-J-I-P-E-R-D-E-U-A-M-E-M-O-R-I-A. Ryo escreve antes que eu e Erin pudéssemos perguntar qualquer coisa.
–Como?
–E-L-E-A-P-E-N-A-S-D-E-C I-D-I-U-A-C-R-E-D-I-T-A-R-N-A-S-U-A-P-R-O-P-R-I-A-V-E-R-S-A-O.
–Então ele acha que nós realmente... Te matamos intencionalmente? -Erin pergunta.
Ryo move o indicador até o 'SIM' e Erin solta um suspiro.
–Ele nunca vai acreditar em nós então. -Ela diz e eu balanço a cabeça.
–E-U-S-E-I-Q-U-E-N-A-O-F-O-I-I-N-T-E-N-C-I-O-N-A-L.
–Se você sabe já é meio caminho andado. Você nos perdoa, Ryo? -Erin pergunta.
–N-U-N-C-A-F-I-Q-U-E-I-B-R-A-V-O.
Quando ele escreve isso eu não consigo evitar de dar um sorriso. Esse é o meu irmãozinho, nunca guarda mágoa de ninguém. Fico tão feliz em saber que mesmo nessa situação ele ainda não mudou nada.
–M-A-S-E-U-P-R-E-C-I-S-O-D-E-A-J-U-D-A.
–Em que?
–E-U-E-S-T-O-U-P-R-E-S-O-N-E-S-S-E-L-U-G-A-R.
–Preso? Por causa do Seiji não é?
Ele move o indicador até o 'SIM'.
–V-O-C-E-S-T-E-M-Q-U-E-F-A-Z-E-R-E-L-E-S-U-P-E-R-A-R.
–Superar a sua morte? Mas como?
–T-R-A-G-A-M-E-L-E-P-R-A-F-A-L-A-R-C-O-M-I-G-O.
–Mas Ryo, mal conseguimos chegar perto dele sem sermos atacados... Nossa melhor solução é arrumar um jeito de fugir e depois voltar com a Polícia. -Erin diz e o Ryo move o indicador até o 'NÃO'.
–Porque? -Eu pergunto.
–P-O-R-Q-U-E-S-E-E-U-N-A-O-F-A-L-A-R-C-O-M-E-L-E-I-S-S-O-N-U-N-C-A-V-A-I-A-C-A-B-A-R.
–Meu Deus... Então ele vai nos perseguir pra sempre? -Pergunto e ele move o indicador até o 'SIM'.
–Precisamos capturar o Seiji. -Erin diz e eu concordo.
–Está bem Ryo, pegamos o recado. Vamos tentar trazer o Seiji pra falar com você. -Digo.
–O-B-R-I-G-A-D-O-E-P-O-R-F-A-V-O-R-C-O-R-R-A-M-P-R-A-S-A-L-A-A-G-O-R-A. -Ele escreve e move o indicador pro 'ADEUS'.
–Pra sala? Porque? -Erin pergunta mas o indicador não se move mais. De repente, escutamos Lizzie gritar e levantamos correndo derrubando as cadeiras e eu pego uma faca antes de ir em direção a sala.
Quando chegamos percebo que Seiji estava batendo na porta com o que parecia um machado. A porta estava quase toda quebrada e nós corremos em direção ao terceiro andar. Shinji pega o taco de baseball que estava no quarto de Miya e sobe pro sotão com a Lizzie, já eu e Erin vamos para o quarto aonde tem a entrada do bunker. Eu tranco a porta e Erin se senta no chão e fica me encarando enquanto eu movo a escrivaninha pra deixá-la na frente da porta.
–Hiroshi... Nós vamos morrer? -Erin pergunta enquanto se segurava pra não chorar.
Eu seguro a faca direito e bem firme, ajudo ela a se levantar e a encaro.
–Não! Não vamos morrer, eu prometo.
Digo e ela me abraça. Eu afasto um pouco a faca pra não machucá-la acidentalmente e escuto alguém subindo as escadas do bunker.
Ren pôe apenas metade do corpo pra fora e olha pra porta confuso.
–O que houve? -Ele pergunta.
–Seiji tá entrando.
–Deu ruim.
–Porque? -Pergunto.
–Não tem outra saída do bunker, ou seja, estamos presos.
Quando Ren diz isso Erin agarra o meu braço e eu sinto que ela vai desabar.
–PERAÍ! Mas antes de pânico, achamos umas belezinhas que vão nos ajudar. -Ele diz com um sorriso maligno.
–Que tipo de 'belezinhas'? -Pergunto.
–Vocês vão ver. Desçam aqui.
Ele diz e começa a descer as escadas. Erin se solta de mim e começa a descer támbém, eu espero uns minutos pra ter certeza de que eles já estão bem lá em baixo e de que Seiji ainda não está nesse andar e desço também.

Continua....


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