A Vingança escrita por mazu


Capítulo 6
A descoberta.


Notas iniciais do capítulo

Yooo! Então, esse capítulo era pra ser postado amanhã mas eu tava ansiosa demais e resolvi postar hoje e também porque amanhã a tarde precisarei resolver umas tretas na escola então não sei se daria pra postar. Vou ver se trago um capítulo novo amanhã (se der óbvio). É isso então! Beijos ♥



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–Quanto tempo estamos aqui? -Ren pergunta se sentando.
Devemos estar a umas 4 horas aqui no sotão. Fazendo nada apenas esperando, pelo o que? Não sei, mas aqui é o melhor lugar para se estar durante toda essa situação.
–Umas 4 horas... Ou algo por ai. -Respondo e Shinji acorda.
Mina, Elizabeth e Shinji estavam dormindo... Bom pelo menos as meninas ainda estão.
–Já chega disso. -Digo, tiro delicadamente a cabeça da Elizabeth do meu colo e vou engatinhando até a porta do sotão.
–O que você vai fazer? -Ren pergunta.
–Eu vou ver o que está acontecendo... Nem tentem me impedir.
Abro a porta, olho o corredor pra ver se tinha algo ou alguém ali e pulo. Caio de pé mas sinto uma dor horrível nas pernas eu não devia me esforçar tanto, passei quase a metade da vida num sofá. Tenho que pegar leve.
Olho ao redor e começo a caminhar devagarzinho. Não escuto nenhum barulho estranho nem nada do tipo, penso em pegar alguma arma mas de nada vai adiantar se for mesmo o Ryo que está fazendo isso. Minha cabeça dói, tudo está tão confuso.
Desço as escadas e quando chego no primeiro andar já consigo ver os sinais da destruição. Cacos de vidro estão espalhados por tudo quanto é lado, a porta tem um enorme buraco no meio, os móveis estão bagunçados... O que houve aqui?
A única coisa que não estava quebrada nem fora do lugar era a mesa aonde o tabuleiro Ouija está. Tento raciocinar direito, chegamos aqui e Miya sumiu, depois Erin, depois os carros estraçalhados, agora o primeiro andar de casa destruído. Tem alguém realmente querendo nos matar da pior maneira o possível, quer nos deixar com bastante medo e depois se livrar de nós... Um a um.
De repente, uma coisa me vem a cabeça... Se haviam dois caminhos quando eu estava lá fora com o Shinji e Ren e o da direita dava aqui... Aonde será que o outro dá?
Subo as escadas correndo, quando chego no terceiro andar eu pego uma vassoura e bato na porta do sotão com ela. Shinji e Ren a abrem.
–O que foi? -Ren pergunta.
–Andem! Desçam. Vamos naquele caminho que achamos mais cedo.
–O que? Porque? -Shinji pergunta confuso.
–Porque acho que Erin e Miya estão lá.
–Podem ir, eu cuido da Lizzie. -Escuto Mina dizer e os dois descem do sotão.
Pegamos as armas de novo, saímos da casa e vamos até a parte de trás da fazenda. Pegamos a trilha e quando chegamos na divisória dos caminhos nós vamos reto.
–Tem certeza do que estamos fazendo?-Shinji pergunta.
–Não... Mas é minha intuição. Deve ter alguma coisa aqui.
Andamos por alguns minutos até eu avistar uma espécie de casinha bem longe.
–Ali! Tenho quase certeza.
Digo e começo a correr, os dois me seguem e chegamos rapidamente. Na verdade não era uma casa e sim uma cabana toda velha e quebrada.
–Que merda de lugar é esse? -Shinji pergunta enquanto eu e Ren derrubamos a porta.
–Não sei, mas tenho a sensação de que estamos no lugar certo.
Eu digo e nós entramos na cabana. Ela cheirava a mofo e sangue seco, os movéis eram todos velhos e rasgados. Haviam um total de 4 cômodos, uma sala, um quarto, um banheiro e uma pequena cozinha.
–Eu vou no banheiro, Shinji você vai na cozinha, Ren sala... Depois nos encontramos aqui e vamos juntos no quarto, ok?
–Okay.
Os dois dizem e nós nos separamos. Assim que entro no banheiro sinto uma vontade enorme de vomitar, ele estava imundo, teias de aranha, um cheiro horrível e sangue pra tudo quanto é lado. Dou uma boa olhada e vejo que não há nada de útil pra nossa investigação mas mesmo assim, movido pela curiosidade eu abro a gaveta em baixo da pia e a quantidade de remédios me assusta. Frascos e frascos de calmantes e anti-alucinógenos estavam espalhados pela gaveta.
–Que diabo é isso?! -Escuto Shinji dizer e saio do banheiro. Ren já estava parado no corredor e quando me aproximo Shinji sai da cozinha.
–Namoral, tem uma pilha gigante de louça na pia, e eu não vou falar nem da quantidade de comida estragada e mofada.
–Na sala não tem nada. Os sofás estão todos velhos e rasgados, tem um DVD player e uma televisão velhos e uma pilha de filmes creepy de assassinos e psicopatas. Nosso amigo gosta bastante de Jason.
–Não vou nem falar nada do banheiro... Vamos logo pro quarto.
Digo e nós entramos na porta a minha direita. Havia nele uma cama caindo aos pedaços, um velha escrivaninha e as paredes inteiras do quarto eram cobertas com notícias de jornais distintos. Eu verifico a escrivaninha e não acho nada, mas Ren dá um pulo ao ler uma das notícias coladas na parede.
–Hiroshi chega aqui por favor. -Ele diz e eu ando até ele. Ele aponta pra uma das notícias e eu leio. "Menino é assassinado por amigos.
Ryo Yamada, 10 anos, morreu no dia 4 de junho de 2005 (sábado) ao ser jogado dentro de um lago na fazenda de seus avós, no interior de Boston.
As crianças não deram depoimento mas disseram que foi um acidente e que não sabiam do fato de Ryo não saber nadar. A policia afirma que foi um homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Porém as investigações continuam... Que a família desse pobre menino tenha forças pra superar isso."
Sou tomado pela raiva e arrasto as unhas em cima do papel pra poder rasgá-lo.
–Não adianta. Dá uma olhada no título de cada reportagem. -Shinji diz e eu o faço.
TODAS! Todas as reportagens falam sobre o Ryo e sua morte, de diferentes maneiras claro, mas o assunto é sempre o mesmo.
Caio de joelhos, seguro minha cabeça e fico um tempo refletindo, minha cabeça parece que vai explodir, eu já não entendo mais nada.
Quando abaixo a cabeça eu percebo que o piso é de madeira e tinha uma falha. Dava pra ver mais ou menos o que tinha lá em baixo e dessa falha saía uma luzinha bem fraca.
–Hey Ren... Arrasta aquela cama, tira ela dali.
–Porque?
–FAZ O QUE EU MANDO, CACETE!
–Tá sim senhor.
Ele diz e o Shinji começa a ajudá-lo a mover a cama. Eles a levam pro outro lado do quarto e vejo que minha teoria estava correta. Tinha um porão escondido e a entrada era bem em baixo da cama.
Shinji abre a porta e eu entro na frente, enquanto desço as escadas sinto meu pulmão apertar e começo a tossir, tenho alergia a poeira e esse lugar aqui... Parece que nunca viu uma vassoura. Esse porão não tinha piso, era quente e também era a coisa mais bizarra que já vi na vida. Ganchos enormes estavam pendurados nas paredes, armas jogadas num canto, e havia um quadro enorme no que parecia uma parede de madeira. Nesse quadro havia uma planta da casa da fazenda e várias fotos da casa em sí e mais a esquerda tinha algo que me fez sentir um arrepio na espinha, no quadro também haviam várias fotos minhas, de Shinji, Ren, Miya, Mina, Erin e Elizabeth. As da Erin e Miya tinham facas cravadas nelas. Shinji chuta um feno enorme e vemos que debaixo dele havia um buraco, eu enfio a mão lá dentro e puxo vários frascos, todos contém drogas pesadas que deixam as pessoas inconscientes.
Ren abre uma espécie de armário que havia lá em baixo e lá dentro haviam várias pás, picaretas, machados, cordas, pregos, martelos entre outras coisas.
O lugar estava em um silêncio mortal e eu pude ouvir algo, parecem gemidos mas também podem ser gritos abafados. Começo a andar por alí, atento a qualquer mínimo barulho e quando me aproximo de uma das paredes eu escuto o mesmo barulho, só que mais alto.
–Tem alguma coisa aqui.
–Deixa com a gente. -Ren diz e os dois pegam picaretas e machados e começam a quebrar a parede.
Alguns instantes depois eles já haviam feito um buraco suficientemente grande para passarmos. Eu atravesso na frente mas está escuro, não exergo nada. Ren entra também e pega a lanterninha de bolso, ele ilumina a nossa frente e eu dou um pulo. Vejo Erin acorrentada e amordaçada no que parecia ser uma pequena salinha, do outro lado estava Miya que ao contrário de Erin que estava em pé olhando em nossa direção, ela estava deitada de costas pra nós. Corro até Erin, tiro a mordaça e ela começa a chorar.
–Deus, obrigada! Achei que eu ia morrer aqui. -Ela diz, Shinji entra e vem quebrar as correntes.
–Eu nunca ia deixar isso acontecer. -Digo e abraço ela.
–MERDA! MERDA! MERDA! MERDA! -Ren repete várias vezes enquanto verificava a Miya.
–O que aconteceu? -Pergunto arregalando os olhos e Erin começa a chorar mais.
–Ah Meu Deus! Meu Deus. -Ren diz, se ajoelha no chão e começa a chorar.
–Mas gente... O que foi? -Shinji pergunta, solta as correntes da Erin e vai virar a Miya pra nossa direção, quando ele o faz meu estômago dá um nó. Miya estava pálida, com a boca aberta. Seus olhos haviam sido arrancados e havia uma enorme poça de sangue envolta dela. Minha respiração começa a acelerar e troco de papel com Erin, ela vira meu apoio emocional. Quase caio mas ela me segura. Porque? Quem está fazendo isso?
–J-Já era... E-Ela está morta! Tem u-um corte aqui no pescoço dela... É muito profundo. -Shinji diz e aponta pro pescoço dela.
Minha visão fica turva e eu percebo que é por causa das lágrimas. Erin me arrasta pra fora daquele lugar e quando saímos eu sento no chão, cubro o rosto e começo a chorar. Choro por medo, por raiva, angústia...
–Por favor Hiroshi, não chora! E-Eu também go-gostava muito da Miya.
–Você v-viu quem fez isso, Erin?
–Não, eu sinto muito, eu a-acordei agora a pouco. Ela já estava assim. -Ela responde, se ajoelha ao meu lado e me abraça. Nós só ficamos ali, chorando juntos enquanto Ren e Shinji arrumavam um jeito de tirar a Miya daquela pequena salinha.

Continua...


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