Crests of Waves escrita por Blair Herondale


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Parece que eu sempre escolho a madrugada para postar, mas juro que não é proposital, eu apenas...fico com vontade de postar de noite. Enfim! Sei que demorei MUUITO para vir postar esse novo capítulo, maaaas, meus amigos, eu estava estudando para o ENEM e agora que ele passou estou FINALMENTE de férias. Então, é isso, acho que vocês vão enjoar da minha cara nessas férias.



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No outro dia, Catherine acordou completamente desnorteada, se perguntando, onde, por deus, ela estava. Menos de um minuto depois, conseguiu se situar. Estava na casa de praia dos Tanner's, mais especificamente, no quarto de Anne. O teto era de um tom de azul escuro para simular um céu de madrugada e estava cheio de estrelas brilhante. Bem, agora não mais, elas já tinham se apagado, mas quando as duas haviam ido dormir, estavam tão brilhantes que fizeram a função perfeita de um abajur.

Catherine, para surpresa de Anne, optara por dormir na cama de baixo, já que sabia que seria a primeira a acordar. Sempre era. E nem ao menos precisou virar o rosto para encarar uma Anne ainda de boca aberta para ter sua confirmação. Nas primeiras vezes que fora dormir na casa de sua melhor amiga, se incomodara muito com o fato de ser sempre a primeira a acordar, tendo muitas vezes esperado por Anne para então se levantar e tomar seu café da manhã. Com o passar dos anos e com o aumento da intimidade, Catherine passou a não se envergonhar de se levantar antes da outra.

Por isso, quando criou coragem para se sentar na cama e se espreguiçar, não demorou nem um segundo para tirar o grosso cobertor de cima de suas pernas e se levantar.

Um leve arrepio percorreu seu corpo ao encostar os pés no chão gelado do quarto. Mesmo estando em uma praia, tanto Anne, quanto ela, decidiram ligar o ar-condicionado por ser mais confortável. Catherine ajeitou o cabelo e foi em direção ao banheiro escovar os dentes, podendo ver suas pegadas sublimadas no chão pelo caminho.

–Que porcaria. - Cath resmungou ao ver seu reflexo sendo refletido no espelho que ia desde a pia até o teto. Seu pijama, que consistia, basicamente, em uma regata cinza e um minishort azul piscina, estava completamente amassado, enquanto seu rosto estava aterrorizantemente inchado. Ela sempre acordava desse jeito, e mesmo não sendo nenhuma surpresa, não deixava de reclamar.

Seus olhos também, reparou, amanheciam mais escuros que o normal, em um tom de azul que se confundia com o verde do mar. Seus fios, que normalmente eram longas ondulações loiras, parecia mais um ninho de passarinhos. Essa era uma das razões para sempre prendê-los.

Quando, por fim, Catherine terminou de fazer o julgamento matinal e de escovar os dentes, saiu do quarto silenciosamente, tomando o cuidado de desviar das malas que ainda estavam jogadas desordenadamente pelo chão.

Desceu os degraus cautelosamente e, assim que chegou na cozinha, foi imediatamente em direção à geladeira para pegar uma caixa de leite gelado.

Normalmente, gostava de cozinhar no café da manhã, mas na última semana tinha se limitado a fazer apenas um copo de leite com nescau para si, afinal, a preguiça era forte demais para deixá-la esquentar um pão e até mesmo, pensar no recheio.

Por isso, estava bebendo apenas seu leite com nescau sentada em um dos bancos da cozinha. Seus cotovelos apoiados no balcão do centro, enquanto olhava para uma pequena janela que dava para o mar e refletia sobre como gostava do clima da praia.

Gostava do cheiro do mar e da areia, gostava do calor que penetrava seu corpo a cada caminhada feita à beira do mar, gostava de poder, praticamente, sentir a maresia entre os dedos e principalmente, gostava da sensação de liberdade que tinha toda vez que ia à praia, como se não tivesse deveres, nem responsabilidades, nem mesmo a necessidade de seguir regras. Na praia, Catherine Silver poderia ser apenas Catherine, poderia ser livre.

–Bom dia. -uma voz rouca falou perto da porta da cozinha e Cath abriu rapidamente os olhos, que só então havia percebido ter fechado.

Puta merda.

Essa parecia ser a única palavra que Catherine era capaz de pensar toda vez que via o irmão de Anne, mas não era culpa dela.

Simplesmente não era!

Ela não tinha culpa se não estava acostumada a acordar com um quase deus grego na mesma casa. Nathan ainda piorava completamente a situação por não usar nenhuma camiseta, ele insistia em se limitar a usar uma calça de moletom cinza que vivia em iminência de cair, uma vez que seu tão famoso "v" estava sempre bem visível. Na verdade, todo o abdômen de Nathan estava completamente visível, e Catherine se achou uma pessoa completamente fútil por passar tanto tempo como uma retardada olhando para aquele corpo. Por isso, se forçou a desviar o olhar do corpo para o rosto.

–Bom dia. -respondeu com a garganta um pouco seca, mesmo sabendo que o julgamento que estava fazendo com o irmão de sua melhor amiga, continuava. Os cabelos castanhos estavam completamente bagunçados, como se alguém tivesse passado a noite inteira fazendo sexo selvagem com ele, e os olhos âmbar. Aqueles malditos olhos âmbar, continuavam com o mesmo brilho malicioso de sempre.

–Já acordada a essa hora? -perguntou ao se aproximar, enquanto bocejava e mexia nos cabelos.

–Eu sempre acordo cedo, Nathan, pensei que você já soubesse. -disse com um sorriso no rosto.

–Não... -outro bocejo- Não sabia.

–Certo, eu acordar cedo é uma coisa, mas o que aconteceu com você para acordar a essa hora? Normalmente você levanta só depois do meio dia, e isso porque sua mãe te chama.

–Pois é, mas quando estou na praia, eu tenho o hábito de acordar cedo. Não sei porque, não é por opção, eu apenas...acordo, sabe? Enfim, não entendo isso.

–Talvez seja a animação por estar aqui, quem sabe? -perguntou o encarando e observando cada mínimo movimento que ele fazia, desde dar de ombros até abrir a geladeira e encarar os alimentos.

–Acho que não. Hum..ei, o que você esta comendo?

–Nada, é só leite com nescau.

–Só isso?! Você por acaso está de dieta que nem a minha irmã? Porque se estiver, por favor, pare, você já está ótima. -disse, dando, ou ao menos tentando, dar uma discreta olhada nas pernas de Catherine. Ela quase teria corado, se não o conhecesse a tantos anos e se não soubesse que a relação dos dois não ia além do que irmandade.

–Não estou de dieta! Nem a sua irmã, alias, ela está apenas tentando ser um pouco mais saudável. Eu estou bebendo apenas leite por preguiça de cozinhar.

Uma risada escapou dos lábios de Nathan e ele se aproximou de Catherine de uma maneira totalmente teatral, a preparando para a frase que ele diria.

–Por que não disse logo, bela dama? Estou às ordens da senhorita, o que desejas para o seu café da manhã? -pegou a mão de Cath, que parecia ainda menor e delicada ao lado da de Nathan e levou a boca, encarando-a nos olhos. Novamente, os olhos âmbar brilharam, mas dessa vez, de divertimento.

Catherine levou a outra mão a boca, tentando conter a risada.

–Oh! Caro servo! Devo lhe dizer minhas humildes desculpas, mas esta manhã não precisarei dos seus serviços, meu leite já está ótimo para mim.

–Sendo assim, vou preparar um sanduíche apenas para mim. -disse com um sorriso no rosto, saindo da cena e de perto de Cath para voltar a encarar a geladeira.

–Tem presunto e queijo na gaveta.

–Eu vi, só estou pensando se vou beber suco ou leite. -Nathan apoiou o braço direito na porta da geladeira e se abaixou para pegar os ingredientes do pão, dando a ela uma ótima visão tanto dos músculos dos braços, quanto da bunda dele.

E foi quando os pensamentos de Cath sobre o irmão de sua melhor amiga começaram a se tornar impuros demais que ela decidiu terminar o seu leite e subir para se arrumar para o dia.

–Para onde você vai? -Nathan perguntou confuso ao vê-la caminhar para a porta da cozinha.

–Me arrumar.

–E vai me deixar tomando o café da manhã sozinho?! -perguntou com olhos de gatos de botas, fazendo seu drama matinal diário.

–Tenho certeza que você sobrevive sem mim. -disse Cath piscando um olho para ele e voltando a caminhar para fora da cozinha.

–Você é má.

–Como se você não fosse.

–Ei! -disse tentando chamar a atenção de Cath, que se limitou a dar uma olhada para ele por cima do ombro- De onde você tirou essa ideia?

–Ah, não sei. -disse ela com um sorriso surgindo no rosto- Talvez conversando com uma das várias meninas que você dispensou depois de uma noite, elas de fato lhe fizeram parecer o mais horrível dos monstros.

E com isso saiu, deixando um Nathan bastante surpreso com a resposta para trás.


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Notas finais do capítulo

Gente! Espero que tenham gostado! Por favor!! Comentem! Minha história não é movida a reviews, mas escrevo bem mais rápido quando vejo as opiniões dos leitores.



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