Crests of Waves escrita por Blair Herondale


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Milhões de desculpas pela demora. Eu estava pensando em abandonar essa fanfic, mas a inspiração bateu, novamente, na aorta. Muito obrigada por todos os comentários e pela linda recomendação, eles que me fizeram voltar. Eu os responderei durante essa semana, garanto. Novamente, desculpa pela demora.



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Catherine nunca se sentira tão livre quanto naquele dia. Se por um lado ela estava tendo pequenos e constantes ataques pelo que Nathan fizera na garagem, por outro se sentia leve, capaz de fazer qualquer coisa. Invencível.


Sim, aquela era uma ótima palavra para descrever como Cath se sentiu ao colocar o corpo para fora do carro e sentir seus cabelos batendo, contra seu rosto, pelo vento. Ao gritar para o céu e para o mar as letras de uma canção que fazia seu coração palpitar de agitação.


No momento em que Nathan conseguira fazer Anne parar de perguntar qual o motivo da briga que tiveram, as coisas melhoraram bastante. Claro, tanto ela quanto ele evitavam manter contato, pois era bastante claro que ambos precisavam de um tempo para absorver o que acontecera e principalmente, precisavam de uma conversa, que obviamente não aconteceria com a Tanner mais nova por perto. 


Subir o morro foi bastante cansativo para Catherine, uma vez que ela não tinha o condicionamento físico necessário para subir aquelas pedras sem ficar com a respiração pesada. Nathan tentou ajudá-la, mas a garota negou a sua ajuda da forma mais educada possível.

Agora, os três estavam deitados sobre a toalha de piquenique que Anne trouxera de casa. Suas cabeças se encostavam, de forma que, quem visse de cima, conseguiria enxergar um emaranhado de fios loiros e castanhos, e Catherine conseguia sentir a grama fresca por debaixo de todas as suas camadas de roupa.


–Veja!- Anne chamou, com seu dedo apontado para o céu- Aquela nuvem está com a forma de um gato!


-Você está cega, Ann, porque aquilo claramente é um cachorro. Não há bigodes. -Nathan respondeu, rindo por saber que a irmã iria se irritaria ao ser contrariada. 


–Não. Eu estou vendo muito bem, aquilo é um gato. -Retrucou irritada, tentando pensar no que dizer para convencê-lo do contrário.


E, de fato, eles provavelmente teriam passado muito tempo brigando se a nuvem possuía a forma de gato ou de cachorro se Catherina não os tivesse interrompido.
Talvez isso o vento suave misturado com o sol da manhã, talvez fosse o cheiro do oceano, ou o barulho das ondas quebrando, ou talvez fosse simplesmente todos esses fatores juntos. Ela não estava interessada em saber o motivo, preferia direcionar sua atenção aos dois amigos. Porque sim, antes de qualquer briga ou complicações românticas, Cath, Nathan e Anne, eram amigos. A loira buscou pela mão dos irmãos e as ergueu contra o céu.


-Vocês já pararam para pensar que esse será nosso último verão juntos? Ano que vem, Nathan estará na sua faculdade, fazendo engenharia elétrica como sempre desejou, enquanto eu e Anne ainda estaremos juntas no colégio. Não será a mesma coisa sem você, sabe?


A garota, tentou ao máximo, não deixar sua voz soar tão triste quanto ela se sentia por dentro e sentiu um alívio tomar conta de seu corpo quando ouviu uma longa e alta risada de Anne.


-É! Com certeza iremos sentir falta da sua implicância com Cath, da sua proteção exagerada comigo, das suas piadas sem graça…


Nathan deu a sua sonora gargalhada, gesto tão característico seu.


–Cala a boca, Ann. Aposto que ano que vem você estará morrendo de saudades, até mesmo das minhas alergias. -afirmou, se virando no chão para ficar deitado de bruços, com os cotovelos apoiados sobre a toalha de piquenique. Esse seu gesto foi, logo em seguida, repetido pelas duas meninas.


-Eu seria uma louca se sentisse saudades de suas alergias irritantes. Eu só falto morrer de novo dos seus espirros. 
E, apesar do que era esperado, não havia nenhum constrangimento entre os três amigos, eles já tinham intimidade suficiente para falar abertamente sobre qualquer assunto. Se permitiram entrar em um silêncio confortável, sentindo o vento abraçá-los como um velho amigo, o sol banhando seus rostos e o cheiro de maresia no ar.


-Sabe…- começou Cath, olhando para as suas unhas, antes de levantar os olhos azuis para encarar os irmãos Tanners, um sorriso escondido no canto da sua boca -Se estivéssemos em um filme, esse seria o momento ideal para fazermos um pacto. Um daqueles em que juramos ser amigos para sempre, ou gravamos nossos nomes em uma árvore, com uma promessa embutida ali: Nunca nos afastarmos. -a loira fez uma pausa, percebendo que talvez estivesse soando melosa demais. Soltou uma risada frouxa- Não estou dizendo que devemos fazer realmente isso, apenas queria que, apesar do que aconteça nesse verão, que apesar das brigas que possamos ter, queria que continuássemos juntos. Não quero viver uma vida sem vocês. Vocês conseguem ao menos imaginar como seria uma vida em que não nos conhecêssemos? -perguntou, um tanto vulnerável, parando para encarar cada um dos irmãos.

Ao contrário do que Cath esperava, nenhum dos irmãos Tanners a encarava com um sorriso zombeteiro. Anne tinha os olhos fixos em suas unhas, provavelmente refletindo sobre as palavras da amiga, enquanto Nathan a observava com o cenho franzido, seus olhos castanhos mais claros do que nunca.

"O que foi?" Ela quis perguntar, decidindo se manter calada após alguns poucos segundos de reflexão. Cath não queria quebrar o que quer que estivesse acontecendo entre eles dois, o que quer que fosse aquela ligação que ela sentia ao manter as orbes azuis sobre as castanhas. Era raro flagrar momentos em que Nathan ficava realmente sério, momentos em que ele se deixava ficar sem o sorriso de canto, ou o brilho malicioso no olhar. Naquele momento, ele estava sendo apenas ele. Sem nenhuma máscara ou camada. Por isso, enquanto ela permanecia tomando nota de todas as sardas do seu rosto, ele sustentou o olhar, até que, para a surpresa da garota, sorriu.

—Não da para imaginar uma vida sem Catherine Brooke, porque não há Tanner sem Brooke, da mesma forma que não há Brooke sem Tanner. -Nathan disse, suas palavras sussurradas contra o vento. E essas tinham tanta força e veracidade, que Cath não conseguiu impedir seus pelos de se arrepiarem.

—Exatamente, Cath. Não conseguimos pensar em uma vida sem você, porque ela não valeria a pena. Quem eu seria se não tivesse a melhor companheira de aventuras e loucuras ao meu lado? Quem eu seria se não tivesse sua companhia nas minhas noites de insônia? Para quem eu confidenciaria meus segredos? -Anne perguntou, dando uma risada, enquanto puxava a mão de Cath para aperta-lá fortemente. Um sorriso maroto apareceu em seu rosto, quando ela se ergueu rapidamente e puxou a amiga. -Por uma amizade eterna entre Tanners e Brookes! -gritou, se preparando para correr.

Cath, confusa, olhou para os dois irmãos, que já tinham suas respectivas mochilas nas costas.

—Para onde vamos? -a loira perguntou, embora estivesse sorrindo ao ver os irmãos Tanners compartilharem um segredo com um olhar.

—Para onde vamos?-Nathan repetiu sua pergunta, a voz não passando de um sussurro divertido- Nós iremos voar!

E, então, em um gesto carinhoso, Nathan segurou a mão de Cath e correu com ela até a parte do morro que virava duna. A essa altura, Anne já havia se jogado, pulando até cair na areia fofa. A risada se misturando ao grito, que se misturava ao vento.

Quando foi a vez de Cath, ela não pôde pensar nada além do fato que aqueles estavam sendo os melhores dias da sua vida. Ela se sentia livre, eterna. Infinita.


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Notas finais do capítulo

Gente! Desculpa pelos erros. Espero que gostem.



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