The Triangle Guy and the Pine Tree - One-shots escrita por Belle Cipher


Capítulo 11
I'll be waiting for it, Pine Tree


Notas iniciais do capítulo

Então, eu estou com uma coisa com FNAF essa semana. Então hoje teremos um especial de universo alternativo que eu acho que ninguém inventou ainda. FNAF AU! Dipper vai ser o vigia noturno e Bill vai ser Freddy.



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P.O.V. Dipper

Respirei fundo. Era meu segundo dia no emprego e, caramba, como aquele lugar me dava arrepios.

Fiquei observando as câmeras por um tempo e tudo estava muito bem. Fui ao outro lado do escritório, o que não é muito longe de onde eu estava antes, por ser um local pequeno. Mexi em minha mochila até achar o pacote de biscoitos que minha irmã separara para mim.

Voltando a vigiar as câmeras percebi que algo estava errado. Onde estava aquele animatrônico sinistro? Qual era o nome dele mesmo? Bill, certo? É, é isso mesmo. Ele era uma espécie de ser humano de cabelos loiros e olhos dourados. Mas ele tinha orelhas e um rabo marrons de urso e até mesmo seu nariz parecia ser de um desses animais. Ele usava um chapéu tipo cartola, uma gravata preta e suas roupas formais tinham apenas os tons de preto e amarelo.

Ah, e esse cara me odeia.

Sei que ele é tipo...um robô e não tem sentimentos, mas ele me odeia. Sempre que olho para ele, seja de frente ou através das câmeras, ele emite ruídos que parecem uma risada irônica e cruel.

Vasculhei todas as câmeras a procura dele, mas não o encontrei. As luzes começaram a piscar e corri até minha mochila, pegando a lanterna bem na hora que a energia acabou. Droga.

Meu coração estava disparado. Eu tinha um pressentimento terrível em relação a queda de energia. Vi luzes piscando e me aproximei. Estranho eu estar conseguindo vigiar essa câmera. Não tem luz, isso...isso é impossível.

Forcei o olhar para conseguir ver o que estava acontecendo. Era aquele robô que tem um balão na mão, ele se chama Gideão. Esse me odeia mais que Bill. Consegui ouvir a risada maligna do garotinho e um frio percorreu minha espinha. Ele ergueu seus olhinhos, como se pudesse me ver através das câmeras, e sua risada ficou mais alta. Então, a imagem sumiu.

Ouvi um barulho atrás de mim e meu coração foi até a boca. Duas luzes amarelas circulares brilhavam na parede em frente a mim e eu soube que alguém...algo estava parado bem às minhas costas.

Lentamente, virei-me para trás, minha lanterna erguida de modo a iluminar algo um pouco maior que eu. A luz do objeto em minhas mãos colidiu com a luz dourada atrás de mim e, ao dar de cara com Bill, berrei e larguei a lanterna, que emitiu o ruído de algo sendo quebrado e se apagou.

Agora ferrou.

Mas ao invés de tentar me matar ou algo do tipo, ele tampou minha boca com uma de suas mãos mecânicas.

–Shhh! Gideão vai te ouvir-disse em um tom baixo, ou o mais baixo que um robô com voz de taquara rachada conseguiria.

Olhei para ele, completamente confuso, atordoado e assustado.

–Gideão, criança. Ele quer te matar-explicou, recolhendo sua mão.

–Achei que VOCÊ queria me matar.

–Assustar, te fazer gritar e te traumatizar, sim. Matar, ainda não.

–Ainda?-perguntei com a voz saindo meio aguda.

Ouvi um ruído metálico ficando cada vez mais alto e a risada de Gideão soou bem próxima.

Agarrei-me a Bill. Sei que ele é um robô do mal e tudo mais, mas era o mais próximo que eu tinha para me agarrar.

Ele me puxou pelo pulso e saiu correndo, me arrastando consigo.

–Como paramos ele?

–Podemos destruí-lo.

–Quer que eu perca meu emprego?

–No momento estou tentando impedir que perca a vida.

–Talvez possamos reprogramá-lo.

Bill emitiu um som que parecia um riso seco.

–Isso meio que não vai adiantar muito.

–E se prendermos ele?

–Isso não vai...-Bill parou por um momento-Se bem que isso pode dar certo.

–Bill, não aguento mais correr!-falei, exausto.

–Suba nas minhas costas.

–O quê?

–Apenas faça o que eu disse.

Não encontrando nenhuma opção melhor, obedeci-o. O robô correu até uma sala e olhou ao redor, procurando algo que eu não sabia o que era. Bill mexeu em algumas coisas, pegando algumas cordas que pareciam ser feitas de metal.

–O que...

–São mais resistentes que cordas nomais-informou antes que eu terminasse de falar-Vão segurá-lo até essa joça abrir.

–Joça?

Ele não respondeu. Segurou as cordas e se escondeu em um canto.

–Você será a isca-me informou.

–Você enlouqueceu?

–Eu já sou insano o bastante normalmente, não tenho como piorar. Apenas confie em mim.

Essa era a melhor opção que eu tinha, então fiquei parado quietinho esperando o outro robô.

Não demorou para Gideão aparecer, com os olhos brilhando em um tom esverdeado. Ele se aproximou e, quando achei que Bill desistiria de me ajudar e assistiria a minha morte, o garoto-urso saltou para cima do menino-robô, prendendo-o com as cordas de metal.

Foi nesse momento que a luz voltou.

Suspirei, aliviado. Bill e eu saímos da sala, arrastando Gideão até o lugar onde ele normalmente fica.

Soltamos o menininho e sorri para Bill.

–Valeu, cara. Me salvou.

O loiro tirou meu boné e bagunçou meus cabelos.

–Disponha.

Olhei para o lado de fora e percebi que já estava amanhecendo. Noite mais louca de todas, pensei.

–Bem, acho que é hora de voltar para o meu lugar-falou Bill-Essa noite foi divertida.

Eu ri.

–É, deveríamos nos divertir mais vezes. Mas prefiro que seja uma diversão que não se envolva o risco de minha destruição parcial ou total.

–Eu estarei esperando por isso, Pine Tree.


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