In Case — Capítulo 17

Violetta

— Já estamos chegando? — perguntou pela decima vez, sem se esforçar em esconder sua ansiedade.

Ouviu um riso ao seu lado e mordeu os lábios constrangida pela sua impaciência.

— Quase… Só mais alguns minutos — respondeu seu noivo, de forma tranquila.

Havia algum tempo que ela estava com aquela venda nos olhos. Basicamente desde que saíram da casa de Ryan e entraram no carro. Violetta achava isso uma besteira, mas não questionou. Estava curiosa demais para isso.

Sentiu o carro diminuir aos poucos a velocidade e parar de vez. A porta do motorista foi aberta e passos indicavam que León havia decido.

Eles haviam chegado, afinal.

— Pronto, venha aqui — pediu com suavidade, segurando sua mão e ajudando-a a sair do automovél. Escutou a porta sendo fechado, o alarme ativado e logo estavam andando novamente. — Eu queria preparar algo especial pra você… Pra nós dois, na verdade — confessou próximo ao ouvido dela.

— Por que isso? — indagou arrepiada.

— Porque eu quero você só para mim essa noite — disse em um tom de malicia e carinho.

Ela não foi capaz de responder a isso. Sentia-se surpresa e ansiosa. Sabia bem o que aquela frase queria dizer e, ao contrario do que imaginou, não sentiu pânico. Confiava em León mais do que gostaria, e sabia que ele a trataria com atenção e cuidado.

Perdida em seus pensamentos, nem ao menos percebeu que já estavam dentro de um comodo fechado e que sua venda tinha sido retirada. O local estava bastante iluminado com velas e uma lareira, e uma cama ao canto.

Era tudo tão lindo…

— E então? Gostou? — indagou ele, com um breve sorriso.

Violetta deu um passo a frente, olhando tudo com bastante atenção e cuidado. Ela queria guardar cada detalhe para si.

Nada era mais bonito do que aquilo.

— Sim, eu gostei — falou com sinceridade. — Eu adorei, na verdade.

Ela viu um sorriso maior e mais genuíno ainda nascer em seus lábios. E ela suspirou. Amava aquele sorriso. Era o seu preferido do mundo inteiro.

— Eu fiquei preparando esse momento por um bom tempo na minha cabeça — León disse, aproximando-se dela. — Quero que seja especial para você — tocou o rosto feminino com admiração. — E se não se sentir á vontade com isso, está tudo bem. Apenas vamos fazer o que você quer.

— León — ela sibilou o nome dele, emocionada.

— Essa noite é sua. Você dita as regras por aqui — afirmou.

Ela não disse nada, mas mostrou o que aquele gesto de confiança significava para ela dando-lhe um beijo calmo porém ávido.

Ele não sabia, mas ela também esperava esse momento a bastante tempo. Cada pedaço dela desejava ser tocada e amada por ele. . . Aquele desejo louco parecia errado em sua mente, afinal havia bastante tempo que ela não sentia-o. Nem se quer conseguia se lembrar como é ter um orgasmo prazeroso.

Quando se afastaram, sentiram a respiração ofegante um do outro, e se olharam. Aquele olhar que ela viu nele era uma promessa de uma noite quente. E a morena mal poderia esperar para essa promessa ser comprida.

— Eu trouxe comida chinesa para nosso jantar — disse ele, acariciando os cabelos femininos. — Sei que é a sua preferida — sorriu.

— É sim — concordou. — Mas eu não estou com fome agora — se aproximou mais dele.

— O quê? Mas eu pensei que… — ele foi interrompido com um leve e rápido beijo. Rápido demais.

— Nós podemos deixar a comida para mais tarde. Mas eu e você… — passou os braços pelo pescoço dele e sentiu-o agarrando sua cintura. —, bem, isso não pode esperar.

E sem esperar mais seus lábios já estavam juntos novamente, mas dessa vez com mais urgência. A dona das madeixas castanhas nunca confessaria em voz alta, mas tinha medo de desistir. E não quera acovardar-se agora.

Sem perceber eles já estavam ajoelhados no meio da cama, os lábios dele fazia uma pressão deliciosa no pescoço dela, fazendo-a fechar os olhos e segurar um gemido. Sem conseguir esperar para sentir a pele dele, Violetta passou as mãos por debaixo da camisa dele e o mesmo estremeceu-se com seu toque.

— O seu cheiro é um misto de paraíso e inferno — León murmurou em seu ouvido, mordendo o modulo de sua orelha.

Seus lábios novamente se encontraram e, delicadamente, o homem a deitou na cama. Seus olhos queimavam em um desejo silencioso, e havia algo a mais ali que ela não quis pensar no momento.

Aquilo era bom… Ela sabia que com ele seria. E mesmo se mais tarde se decepcionasse, se ele fosse agressivo com ela - coisa que duvida seriamente que aconteceria -, não era mais uma adolescente covarde. Era uma mulher que podia tomar sua decisões.

Mesmo que na maioria das vezes sejam loucas e insanas.

Suas mãos tocaram o peitoral masculino agora nu e suspirou mentalmente com isso. Percebeu que a pele dele estava quente mesmo com o frio absurdo lá fora. Violetta gostou disso e quanto sua blusa também foi retirada e um lampejo de frio passou pela sua espinha, não se conteve em se inclinar até ele para sentir o calor daquele corpo.

Os lábios dele fizeram uma deliciosa pressão em seu pescoço indo em direção ao seio direito e ela suspirou, hesitante e excitada. Com a boca dele em todo o seu corpo, de uma forma tão sensual e carinhosa, era impossível não enlouquecer.

Mas quando a mão dele foi até sua intimidade, ela se apavorou. Não era tocada lá a tempos demais, e a realidade a atingiu como um tiro, agora. Ele notou seu corpo rígido e rapidamente procurou seus olhos, passando-lhe confiança.

— Está tudo bem, amor — sussurrou em seu ouvido. — Eu nunca vou machucar você. Nunca

E ela acreditou porque ele estava sendo sincero.

León Vargas nunca seria capaz de machuca-la porque ele a amava. E não foi necessário ele dizer porque ela conseguiu sentir.

E no momento em que seus olhos se encontraram enquanto ele a penetrava, ela soube que também o amava. E que havia encontrado seu lugar nos braços do lindo moreno de olhos verdes.