In Case escrita por Lydia


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, negada, tudo bem?
Espero que gostem do prólogo.



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In Case - Prólogo

A vida é melhor quando nos arriscamos. Quando saímos da rotina e tentamos algo novo. Algo que não seja normal.

Porque, as vezes, o normal é tão chato...

Leon acordou com uma tremenda dor de cabeça, completamente nu e ao lado de uma loira qualquer que ele nem se lembrava de ter conhecido.

Ressaca é um porre, literalmente.

Ele se levantou rapidamente, pegando suas roupas e se dirigindo ao banheiro. O moreno não poderia descrever o alívio que sentiu ao encontrar preservativos usados no lixo. Mesmo bêbado, ele não podia ser tão estúpido a ponto de não se proteger. Ter um filho ou ser contaminado por algum tipo de doença, certamente não estava nos planos do playboy mulherengo que ele havia se tornado há alguns anos.

Ao terminar o banho, ele saiu e dirigiu-se até o quarto — o seu verdadeiramente quarto, não que acordará de manha. Ele nunca levava as mulheres com quem dormia para o seu verdadeiro quarto, sempre era um dos quartos de hóspedes. Apenas uma mulher esteve no seu quarto durante toda a sua vida: Lara Baroni. Ela foi nada mais que uma vadia que partiu seu coração. O que o levou a acreditar que todas as mulheres eram vadias e iria usá-lo da mesma maneira que Lara fez, se ele se permitisse ter sentimentos mais uma vez. Era por isso que ele as usava, porque ele sabia — ou achava — que estava fazendo com elas exatamente o que elas fariam com ele. Sim, ele é um canalha total, mas sempre haviam mulheres aos seus pés, pois a família Vargas é a mais rica da região e a Vargas Engineer é uma das empresas de engenharia mais bem sucedidas do país. Sem mencionar que Leon era um dos caras mais bonitos da cidade, com seu abdômen perfeitamente esculpido e seus belos olhos esverdeados.

Leon terminou de se aprontar e retornou até o quarto onde a loira estava. Ele esta indo para a faculdade e, de jeito nenhum, queria encontrar essa vadia em sua casa quando ele voltasse. Ele já tinha conseguido o que queria dela e, agora, ela não era mais útil para ele.

A loira já estava acordada e vestida, e lançou um sorriso enorme para ele, que desapareceu imediatamente quando o rapaz jogou algumas notas de dinheiro em cima da cama.

— Eu não sou uma prostituta! — a garota gritou enfurecida, mas Leon não pareceu se abalar.

— Eu sei. É para o taxi. — falou, de forma curta e grossa. — Não quero te ver aqui quando eu voltar.

— Mas, mas... — a loira tentou protestar.

Era sempre assim.

Leon suspirou impaciente.

— Você não espera que eu te peça em casamento, não é? Faça-me favor... — ele ridicularizou.

A loira ficou visivelmente magoada com as palavras duras do rapaz, mesmo que ela já conhecesse muito bem a fama de conquistador do Vargas mais novo.

— Você vai se arrepender disso, León. — Ela diz, pegando o dinheiro e saindo do quarto com passos fortes.

— Mal posso esperar — riu sem humor, se divertindo com a situação.

X X

Varias pessoas andavam e corriam de um lado para o outro pelos corredores da enorme faculdade, Lhistre Gret.

Um pouco mais afastado de todos, Leon encontravas se encostado em seu armário, enquanto mexia em seu celular. Ao seu lado estava seu melhor amigo, Diego, falando sobre assuntos que não eram ouvidos ou importados pelo Vargas.

— ...e então eu disse que talvez eu goste um pouco, apenas um pouco, dela. E sabe o que ela fez? — perguntou.

— Uhum — murmurou Leon, sem prestar atenção nas falas do amigo.

— Ela me deu um tapa na cara. — Contou se parecendo chocar com suas próprias palavras. Ao ver que o amigo não esboçou uma mínima reação, Diego revirou os olhos — Está me ouvindo, Vargas? — indagou.

León virou-se para o amigo e suspirou irritado.

— Não, não ouvi nada do que você disse — confessou antes de sair andando.

— O que aconteceu, cara? — perguntou, preocupado.

Ignorando completamente a pergunta da figura masculina oposta, Vargas virou o corredor, sumindo entre ele. Assim que achou uma sala vazia, entrou e discou o numero que havia o ligado tantas vezes.

— Pai?! — pronunciou, ao ouvir a voz que é tão reconhecível por ele.

— León! Até que enfim — o ouviu suspirar aliviado. — Estou tentando falar com você há dias — comentou, com um pouco de aflição em seu tom. — O que aconteceu? Porque não me atendeu? — perguntou.

A figura masculina mais nova permitiu-se revirar os olhos diante de tantas perguntas. E desejou não ter que responder todas elas.

— Esta tudo bem... — tocou suas madeixas, pensando em uma boa desculpa. — ...eu estava estudando, sabe? Passei esses últimos dias praticamente na biblioteca, e não levei o celular. Eu iria te retornar antes, mas acabei esquecendo. — mentiu, descaradamente.

— Vou fingir que acredito — murmurou. — Você pensou no que eu disse? — preocupado, indagou.

— Pai, eu não vou me casar — fez o máximo de esforço para não gritar.

Aquele assunto já esta o deixando maluco.

— Mas você precisa — revidou. — Eu e sua mãe já compramos uma casa em Miami. Queremos nos mudar entre dois meses — anunciou para o desespero do moreno. — Você pode assumir a empresa, ganhar muito mais do que você já sonhou — Carlos não imagina a tentação que essas palavras são para o filho. — Contudo, isso só será possível se você se casar. Apenas assim.

León se obrigou a sentar em uma das cadeiras atrás de si. Mordeu o inferior de sua bochecha e cerrou os punhos, enquanto pensava.

Ou abre mão de uma grande fortuna – tal essa que sempre desejou – ou arranja uma esposa.

— Por favor, pai... eu vou me formar daqui alguns meses; você sabe que tenho enorme chances de assumir a nossa empresa. Não preciso me casar para isso — tentou o convencer a mudar de ideia.

Porém, esta na cara que não iria ter sucesso.

— Nada feito — claro que não. — Se você não se casar, formar uma família e me dar muitos netos, eu coloco outro para herdar a sua fortuna.

Droga.

Isso, com certeza, é um dos piores erros que León irá cometer. Ou talvez não.

— Tudo bem, Carlos — se rendeu. — Irei arrumar uma esposa.


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Notas finais do capítulo

Comentem! Beijos