E se eu ficar? escrita por Day Real


Capítulo 15
Reações




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Hoje eu começo diferente e com duas perguntas: O quão é importante ter o exemplo? O quanto custa ser o exemplo? - você poderá me responder ao final do capítulo.

Parecem bem distintas as perguntas levantadas acima, porém, se tornam mais importantes, quando tomamos para nós mesmos ou até comparamos à vida, em quase todos aspectos. A necessidade de marcar quem mais amamos, com as nossas melhores intenções, torna facilmente palpável o que nos justifica - quando muitas das vezes somos contrariados pelas circunstâncias que nos ocorre. Nossas ações podem mudar o rumo da história, justamente quando as palavras não são o suficiente para provar aquilo em que somos de verdade. Para demonstrar está veracidade é necessário passarmos por cima de tudo em que já nos exemplifica e define.
Se for preciso ir até o fim para provar ao contrário do que já é estabelecido - preparados ou não, devemos sempre estar ligados a tudo o que pode vir. E se, não tivermos, será enviado uma especie de anjo, em que não contamos ter como ajuda... É nessa hora que "nasce" os grandes amigos!

Erin foi a visita de Annelyn, mãe de Mike. Ela se encontrava em sua casa, sobre os cuidados de sua enfermeira, a incansável Lin, que a acompanha desde que Mike se mudou para NY - para estabilizar sua carreira. A ex-senhora Dodds, possui um câncer cerebral e está nos fins de seus dias. Sua doença se agravou depois de sua separação com o chefe Dodds. De lá pra cá, tem sobrevivo bem aos medicamentos e alguns desmaios ocasionado pela doença. Erin já a conhecia e firmou uma amizade muito grande com ela, devido à ter tido um passado interessante com Mike.
Era uma tarde ensolarada quando as duas finalmente se reencontraram depois de anos. Annelyn iria sorridente, andando vagarosamente e com ajuda de sua bengala, ao encontro de Erin. A detetive, por sua vez, não segurou as lágrimas ao vê-la - era uma emoção mista contendo alegria e ao mesmo tempo tristeza devido a mãe do seu melhor amigo estar doente.
As duas se abraçam calorosamente.

— Erin! - exclamou Annelyn a envolvendo com seus braços.

— Annelyn, quanto tempo não lhe vejo! Que saudades! - a detetive corresponde ao abraço intenso.

Erin a pega pelo braço - aproveita o trajeto enxuga suas lagrimas, junto dela vai em direção ao sofá e se sentam.

— Jamais pensei te encontrar, menina! Nossa, como você está linda! - diz Annelyn impressionada acariciando o rosto dela.

— Faz tanto tempo, Anne! Como vai você, minha amiga?! Pode até ser ironia lhe perguntar isso... - indaga Erin com um pesar de tristeza em sua voz.

— Eu vou caminhando! Seguindo minha vida, a cada minuto e segundos. Essa é a graça de nossa vida, lutar até o fim e aproveitar ao máximo tudo o que vemos enquanto há tempo. - responde Anne sorrindo.

— Você sempre foi minha maior inspiração! - entrega Erin, que sem seguida pega uma das mãos de Annelyn.

— Não, você sempre me mostrou o quanto a força é maior que tudo. Desde de que namorava o Mike, sempre soube disso. Na verdade, seu olhar reflete isso. - a elogia Anne instantaneamente beijando a mão de Erin em forma de agradecimento.

— Sabia que não iria deixar barato minha histórinha com seu filho. - brinca a detetive amenizando o momento de tristeza.

— Lógico que não! Meu Mike sempre teve sorte com boas mulheres. Sempre foi um bom homem, lindo, inteligente... Imensamente aliviada por ele não ter sido como o pai. - enaltece Anne com a mão na altura de seu coração.

— Ele é dono, com louvor, desses elogios! Hoje, somos bons amigos! - despista Erin sobre seu sentimento.

— Agora, eu não sei muito como anda a vida amorosa dele... Queria tanto ver meus netos crescerem junto a mim, será que poderei? - desabafa Anne

— Fé é a base certa para os milagres! - se emociona a detetive.

— Você tem mantido contato com o meu Mike, Erin?

— Tenho sim, Anne! - suspira a detetive e automaticamente desvia seu olhar para o chão da sala, dando ar de que algo esta indo errado.

— Você sabe onde ele está? - questiona Anne pegando no rosto de Erin para retomar sua a sua atenção

— Ele está aqui em Chicago, Anne. - despista Erin pegando nas mãos dela.

Annelyn chora ao saber que Mike está na cidade. Por um momento, ela pensa que seu filho não veio lhe ver por está recentido com algo ou não saber se ainda continua viva. Ainda acomodadas ao sofá, Erin se aproximou de Annelyn, a consolou colocando a cabeca dela sobre seu ombro - ficou acariciando os cabelos dela até que se tranquilize.

— Por quê ele não veio me ver? - indaga Annelyn ainda aos prantos.

— Anne, ele sabe que você está viva! Sabe, também, que ainda o ama e está fazendo tudo para que fique bem de saúde.- alcama a detetive.

— Erin, ele está em apuros, não está? - indaga mais uma vez Anne bastante tremula.

A detetive se encontra encurralada por não saber se diz a verdade ou a enrola, para que não sofra mais ainda com a situação em que Mike está. Annelyn sente que algo errado esta acontecendo. A melancolia se instaura.

— Ele está bem, Annelyn! - despista Erin que se levanta rapidamente do sofá.

— Não minta pra mim! - Anne se exalta. - Aonde o Mike está? - torna a indagar.

A detetive não se abstém, se ajoelha a frente dela e lhe conta a verdade.

— Mike está preso, Anne! Perante a lei ele pode ser culpado pelo o que ouve, mas nós que o conhecemos, sabemos que ele seria incapaz de algo assim.

— Meu Mike....

Annelyn começa a ter crises convulsivas no sofá, após a notícia. Erin grita por Lin, que rapidamente vem socorre-la - em seguida, as duas a põe no chão da sala, com muito cuidado - a fim de estabiliza-la rapidamente. A detetive auxilia a enfermeira a conte-la, já que no momento em que ela se debatia, evitasse uma batida de seu crânio ao chão ocasionando danos maiores - ali se firmava um dos momentos mais assustadores já vistos. Minutos mais tarde, Annelyn já estava em seu quarto e tudo voltava ao normal. A enfermeira a medicou com agentes anti-convulsivos e ela dormia tranquilamente. Erin, que estava atônita, ficou a porta do quarto dela e a observando. Lin termina de cobri-la, se afasta da cama e vai em direção à saída.

— Erin, ela vai ficar bem! - tranquiliza a enfermeira passando uma de suas mãos no braço da detetive.

— Não posso deixar o Mike nem mais um minuto na prisão! Annelyn precisa vê-lo, antes que seja tarde demais... - acrescenta a detetive.

Quando uma mãe sente que algo está acontecendo com seu filho, ela jamais se engana. Parece que as coisas quando não saem como planejamos, conseqüentemente o choque chega a ser ainda maior. O quê fazer quando ficamos impotentes, diante de uma causa em que quase perdemos a quem mais amamos? Como trazer a sua cura, mesmo sabendo que pode ser um pouco impossível, para que sobreviva melhor ao que sofre?
É necessário uma luta, até o fim para que encontre de novo o seu porto seguro, que no caso, é o Mike.

Em NY, Olivia e Amanda seguem caminhando em um shopping local e não param de "babarem" por lindos enxovais à cada loja infantil que entravam. Quando finalmente pararam em uma, a tenente olhava e pegava alguns sapatinhos e blusinhas que havia se encantado e automaticamente os levava em seu rosto, sentiam seus perfumes - ela estava amando a experiência. Amanda vinha se aproximando dela bem devagar e levando as mãos a sua barriga, reparando o quanto sua tenente agia suspeito - a detetive não sabia a surpresa que lhe aguardava.

— Olivia, estou reparando que está curtindo mesmo fazer compras comigo... pegou o espírito da coisa. O que foi, sentiu saudades do tempo que o Noah era novinho?

— Talvez, Amanda, talvez...! - brinca Olivia

Olivia pega os sapatinhos em que estavam em suas mãos, juntos com algumas roupas e põe no cestinho indicando que compraria. Rollins ainda não desconfia que ela está grávida.

— Ah tenente, não precisa de mais presentes... - Amanda sorri.

— Esses não são para a senhora, são para mim! - diz a tenente.

— O que é isso? Pegadinhas a uma hora dessas, tenente? - indaga Rollins com os olhos arregalados.

— Não há pegadinhas, Amanda! Eu estou grávida! - revela Olivia sorridente.

— Pára tudo! Não, não, não... - diz a detetive completamente assustada.

— Sim, sim, sim senhora! É só você que pode ficar grávida lá na delegacia? Você quer arranjar briga comigo, é isso? - Olivia tira sarro e ainda bate palmas reproduzindo uma típica barraqueira.

Todos que estão na loja riem dos gestuais da tenente, inclusive Amanda.

— Meus parabéns, Olivia! - felicita Amanda. - Eu não estou acreditando que vamos encher aquele lugar de crianças. Para perturbar o Fin, subir encima da mesa do Carisi... vai ser um máximo! - revela a loira muito empolgada.

— Bem, a minha mini Olivia ou mini Dodds que virá, formará o trio com o seu e o Noah. Posso imaginar os três pimentinha fazendo algazarras pelos corredores.. - diz a tenente enquanto via uns sapatos e blusas.

— O pai, é o Mike? - exclama Rollins.

— Sim, Amanda! É o Mike! - revela a tenente que olhava atentamente a reação de Rollins.

As duas vão em direção ao caixa, todos prestavam atenção a tudo que falavam... o clima saudável entre as duas se mantinha.

— Eu sabia que não iria resistir, mas não acreditei mais ainda que o sêmen do Mini Dodds fosse tão rápido assim.. - Amanda tira mais sarro de Olivia.

— Ha, ha, ha, Amanda! Então o que eu devo dizer de você e o Murphy, hein?! - acrescenta a tenente rindo continuamente e dando seus produtos a menina que a atendia.

— Sobre eu e Murphy foi normal... - desconversa Amanda ainda no clima extrovertido.

— Normal...? Sei... - disfere a tenente com o tom irônico enquanto pegava o seu cartão de crédito em sua bolsa.

— Daí, Olivia, que só saberia da gravidez se você me contasse.

— Por quê diz isso Amanda? - Olivia muda seu semblante.

— Sua barriguinha de prisão de ventre, não deixaria ninguém perceber que tem uma criança aí dentro. - diz Amanda tentando evitar a gargalhada, mas não teve sucesso.

— Eu ainda estou nas primeiras semanas, Rollins!

A detetive repara que até a menina que estava no caixa ria de suas piadas, a tenente levava tudo na esportiva.

— Você, me chamando de gorda?! Rollins... - disfarça a tenente fingindo estar brava.

— Já entendi, tenente! Quando você me chama pelo sobrenome, essa é a hora em que a brincadeira acabou. - completa a loira.

A tarde entre as duas se estendeu pela noite à fora. Elas queriam mesmo dividir experiências e curtir o bom momento em que estão vivendo. A própria Amanda, que estava junto a ela, espertamente, notificou Fin e Carisi - via SMS - sobre a surpresa. Coitada! Mal sabe Olivia que eles já foram avisados e ela, inocente, arranjando um jeito de contar sobre essa grande supresa - Rollins, quero morrer sua amiga! (Risos)
Amor é amor, parceria engloba isto.
Cá entre nós, amigo que é a amigo festeja novamente, comenta, revive... ainda mais um acontecimento tão especial como este!
O importante é festejar!


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