Cumplicidade Amorosa escrita por Anninha Antonelly


Capítulo 24
Há Algo Errado


Notas iniciais do capítulo

Hello, Hi, Olá, Oi [...]

Saudades de vocês cúmplices. Consegui um ponto de Wi-Fi, fiquei relutante em postar por aparelho móvel, mas cá estou eu.

Acompanhem os sentimentos da Bela ;)



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POV's Isabela

Pode parecer loucura, mas não é!

Okay... Isso não fez muito sentido...

Acho que eu realmente pirei... Minha cabeça dá voltas. Meu cérebro simplesmente não consegue processar a ideia de rejeição.

Como aquele Cabeça de Tomate ousa me rejeitar para ficar com a ex-obesa?

Ah André você me paga!

Quem ele pensa que é?

Eu sou Isabela Junqueira, e ela é apenas é somente Júlia Vaz, o nome é tão pobre que nem tem efeito.

— Ruivo estupido — bato a porta ao entrar no apartamento dos Vaz's

— Anja — Felipe me abraça de lado — estava com saudades. O apartamento fica tão vazio sem você. Só aquela pirralha é tão entediante.

Pelo menos esse magricela tem bom gosto para companhia.

— Não to afim de papo. Some da minha frente, magricela — o empurro.

Uso uma almofada do sofá para abafar meu grito

— Acho que você pirou de vez Isabela, tá com um parafuso a menos garota?

Felipe sorri sarcástico para mim. Seu olhar debochado e olheiras prendem minha atenção. O pirralho só tem dez anos e mais parece um adulto divorciado e cansado.

Seu olhar é tão... Vazio, como se ele não sentisse nada. Sem emoção.

— Gata, tira uma foto que dura mais. Eu sei que sou irresistível, mas não precisa encarar tanto, senão a babá escorre.

Jogo uma almofada nele.

— Se enxerga, estou pensando que você precisa de uma boa noite de sono, ou uma maquiagem forte. Suas olheiras me deixam aterrorizada! É um crime sair com essa cara.

— Peninha que é a única que eu tenho — sorri debochado

— Tem algum palhaço por aqui? Já estou cansada de ver seus dentes, pode parar de sorrir queridinho.

Sua expressão muda para amargura. Ele caminha até a cozinha e bebe (engole) água que tinha posto no copo e me encara com um sorrisinho irônico.

— Tão idiota Isabelinha, nem o André te quis.

— Mas você quer não é? Isso aqui — passo as mãos pelo meu corpo — é areia demais para seu caminhozinho de plástico.

— Bobinha, acha que eu realmente me importo com você? Ninguém se importa Isabela. O André ama tanto minha irmã que negou seu beijo. E eu quero mais é que você se dane caramba. Me considera tão inútil que busca minha aprovação nesse momento.

Nisso eu ele sai da sala me deixando com cara de taxo.

Até parece que estou lidando com outra pessoa. Quem diria que o meigo Felipe se tornaria um adolescente amargurado e problemático.

Mas o que ele disse não deixa de ser verdade. O amor que o André e a Júlia sentem um pelo outro é tão profundo... Acho que nunca terei esse amor para mim. É incrível a capacidade que eu tenho de sofrer nessa vida...

Todos mudamos, inclusive eu.

Após tantas torturas da Megera Ruiva eu cansei de viver. Simples assim!

Eu percebi o quão incapaz eu sou, ah, e que o mundo não gira em torno de mim (infelizmente), mesmo assim ainda sou Isabela Junqueira, não vou dar o braço a torcer. Tenho uma reputação a zelar.

— Apareceu Bela? — uma vozinha irritante me chama.

Anna, garotinha mais irritante. Uma pirralha. E pirralhos são definitivamente insuportáveis.

— Não, eu continuo lá — falei irônica

— Sempre tão amarga. Anda chupando limão e eu não sei?

— Some daqui pirralha.

Uma careta se forma em seu rosto. Ela arqueia a sobrancelha e torce o nariz...

Isso é um tanto familiar.


— Quem você pensa que é para me chamar de pirralha? — me encara

HAHAHA. Isso era para me intimidar? Essa criaturinha estranha não se enxerga mesmo.

— Sou Isabela Junqueira — jogo meu cabelo para o lado e encaro seus olhos — e você?

— Anna Agnes — põe a mão na cintura e me encara com os olhos semi-serrados.

— Nossa, que nome de efeito — sorrio sarcástica — Ana? Só isso? Nomezinho mais comum, sem graça ou efeito. Ana o que? Ana Clara, Ana Beatriz?

Sua expressão se fecha ainda mais. Ela dá uma passo à frente e sobe no sofá para ficar da minha altura.

— Anna, somente Anna. Com dois n's. Anna é um nome com significado forte e não precisa ser composto para ser importante. Descende de 'Hannah', que tem dois n's, portanto a grafia correta é assim. Muitas pessoas pensam que um n a mais é para enfeitar, mas é correto assim!

Depois de uma dessas é melhor ficar quieta sobre o nome da pirralha.

"Anna", até que SÓ o nome é elegante. Sem demais complementos!


— Sua conversinha está me cansando — bocejo — some daqui impertinente.

— Você acha mesmo que eu vou te obedecer? Some você que esta incomoda.

— Não teste minha paciência

— Já estou testando — me encara desafiante, com sorrisinho de canto.

— Cansei de você! — me levanto do sofá rumo ao quarto, mas ela me barra.

— Vai desistir tão fácil? Pensei que fosse mais corajosa...

— Desistir de você? Eu nunca tentei. Pirralha eu não estou em um bom dia

— Eu vou te ajudar a ficar feliz, o que você quer que eu faça?

— Desapareça do meu campo de visão.

— Isso eu não posso fazer

— Me ajudaria bastante

Ela se joga no sofá e faz cara de tédio

— Não vejo o Joca a um tempão. Ele sumiu a muitos dias.

— Também não sei onde o Pobretão se meteu — sento ao seu lado.

— Não fale assim do Joaquim. Seu grande amor...

— Crianças realmente tem uma imaginação muito fértil — a encaro — muitas vezes estúpidas.

— Por que você é tão chata, Bela?

— Talvez pelo fato que eu não esteja com vontade de ser legal, não com você.

— Eu já cansei de você — fala sentando — quero ir no parque. Vamos agora!

— Sonhar faz bem para pele — encaro Minhas unhas — eu nunca vou deixar o quase conforto do meu sofá para ir passear com uma pirralha chata.

— Eu sempre consigo o que eu quero — cruza os braços.

— Não desta vez.

— Belinha, você é muito irritante.

— Te garanto que não mais que você! — perco a paciência de vez e saio da sala.

Me jogo na cama que pertence ao Joaquim. Me agarro ao seu travesseiro e o aroma de colônia masculina e hortelã invade minhas narinas. Seu cheiro é tão convidativo, agradável e ao mesmo tempo proibido.

Ele é tão convidativo

Sacudo a cabeça e me levanto de sua cama.

“Ele apenas sente pena de você, Isabela. Nada a mais que isto”

Estou confundindo tudo, mas por que Joaquim me deixa tão confusa?

Ele é o namorado certinho da minha copia mal feita. E ele a ama

Nunca tive um amigo ou alguém que se importasse verdadeiramente comigo, é uma sensação tão nova, acolhedora e ao mesmo tempo estranha.

A família Vaz me entregaria mais cedo ou mais tarde. Entre minha vida e a de Manuela a escolha é bem óbvia, até demais!

— Não adianta fugir do trabalho, Isabela — Júlia entra no quarto de repente

— Que trabalho? — viro em sua direção e encontro lágrimas em seus olhos — estava chorando?

— Limpar a casa. Anna já estar varrendo a sala, e você vai lavar e secar a louça — diz ignorando minha última pergunta.

— Nem morta. Isso não é trabalho para Isabela Junqueira.

— Se quiser continuar morando aqui vai ter que obedecer às minhas regras, e colaborar com tudo.

Bufo de raiva e ela me guia até a cozinha. Começo a lavar os talheres em silêncio enquanto Júlia limpa a geladeira. Anna já está varrendo os quartos... Nem o Filipe escapou, ele está polindo os móveis.

Falta alguém

— Não vejo o Joaquim há três dias — digo de relance.

— As vezes ele some por um tempo — Júlia diz despreocupada

— Para fugir da vida — Felipe completa.

— Isso é muito estranho — murmuro, porém Júlia ouve.

— Ele sempre faz isso. Joaquim mudou bastante de uns anos para cá.

Me calo e continuo a lavar pratos, talheres e copos.

Há algo estranho nessa história toda. E eu vou descobrir o que é! Afinal ninguém some de uma hora para outra quando se estar envolvido no sequestro de gêmeas.

E ajudando a mim, uma fugitiva


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?

Ainda estou respondendo os comentários de vocês. Mas antes vim aqui postar para vocês ;)

Não esqueçam de deixar um comentário se quiserem mais capitulos!!

Leitores e leitoras novas sejam bem vindos

Pode parecer praga, mas eu nunca consigo colocar a foto da Julinha no capítulo.

Link: http://www.justjaredjr.com/photo-gallery/400317/lucy-hale-vans-girls-24/


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