Cumplicidade Amorosa escrita por Anninha Antonelly


Capítulo 20
Final do Sequestro?! (Batemos 10.000)


Notas iniciais do capítulo

Olá Cúmplices ;)

Prometi nos comentários e mensagens privadas que postaria no fim de semana. Infelizmente a internet não concordou com isso.

MAS tem um POV´s especial neste capitulo! Uhu!

Beijocas



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POV´s Helena

A vida vive nos pregando peças!

É impressionante, quando tudo parece estar em seu devido lugar algo sempre tem que dar errado.

Minha irmã, Rebeca, é a maior prova de como a vida é injusta e o mundo cruel. Como se a dor de perder a mãe e uma filha não fosse suficiente, agora sua filha mais nova está desaparecida.

Três anos passaram-se, mas nada mudou no Vilarejo, absolutamente nada. Fora a morte brutal da mamãe, o casamento da Rê [N/A: apelido da Rebeca], e o nascimento da minha linda sobrinha, as coisas por aqui continuam as mesmas.

A casa ficou tão vazia sem as três, agora ela parecer ser tão grande, comprada a antigamente, quando tínhamos que dar um “jeitinho” para que todas coubéssemos. Francamente, preferia quando ela era apertadinha.

Todos os dias a mesma rotina chata e entediante; acordar, preparar e tomar o café da manhã, ir trabalhar e finalmente voltar pra casa, para fazer o que? Nada, apenas ficar com a cara na televisão. São raras as vezes que alguém vem me visitar.

Confesso que já cheguei próximo de ter uma depressão, a única pessoa que conseguiu me animar foi a Flávia. Se não fosse pela persistência e companheirismo da minha amiga, eu estaria enterrada em uma cama com as luzes do quarto apagadas.

[...]

Finalmente chego até a clinica, os anos passaram e este lugar continua o mesmo de anos atrás.

– Bom dia, Pedro – cumprimento educadamente.

– Bom dia – responde com seu típico ar de seriedade

Caramba, será que esse cara não se alegra pelo menos uma vez na semana?

– Como estar esse amiguinho? – caminho até a maca onde um cachorro branco estava com a pata sagrando.

– Na medida do possível bem. Mas o ferimento na pata foi grave, precisará ficar em observação por alguns dias.

– E quando o dono vem busca-lo? – pergunto tocando o pelo macio do cão

– Ele não tem dono – arfa pesadamente – o encontrei na porta da clinica com a pata sangrando. Estranhei que ele é um cachorro saldável e de raça, não parenta ter vivido nas ruas. Isso é muito confuso.

Pedro balança a cabeça como se quisesse espantar algum pensamento. É incrível como ele continua tão belo mesmo com sua carranca matinal.

Quando ele vai olhar para mim? Eu sou uma boba mesmo, até parece que gosto de sofrer.

Mesmo tendo desencanado da Rebeca, Pedro nunca se envolveu com outra mulher. É como se ele se preservasse para minha irmã.

– Helena? – ouço sua voz me chamar, seguido por um estralo de dedos em frente ao meu rosto – você está a um tempão no mundo da lua.

– Desculpe. Estava pensativa, será que não o abandonaram aqui de proposito? Para que cuidássemos dele?

– Pode ser. Essas pessoas são mesmo umas idiotas, como se fossemos empregados. Elas não querem mais seus bichos e simplesmente os largam na porta da clinica?! – soca a mesa, furioso.

O cão se agita e começa a latir. Na intenção de acalma-lo, encosto na maca. Mesmo com a pata machucada ele pula em cima de mim, como se já me conhecesse. Reparando melhor ele se parece muito com o Marshmallow, o xodó da Rê.

“Bobagem Helena, a Rebeca ama aquele cachorro tanto quanto ama a filha, jamais o perderia”.

– Tudo bem amiguinho – o coloco na maca novamente – não precisa ter medo. O Tio Pedro tem essa cara de mal, mas no fundo é uma manteiga derretida.

– Desde quando fala com animais? – Pedro pergunta com semblante mais calmo segurando a mão (provavelmente dolorida) que tinha batido na bancada

– Desde que a solidão entrou em minha vida – suspiro

– Hey, não fica assim – sorri de canto – você não merece sofrer tanto Helena.

Em seguida ele da um “soquinho camarada” no meu ombro.

– Você é minha melhor amiga, não gosto de te ver triste. Geralmente é você que alegra os ânimos por aqui. Porque se depender de mim...

– Isso aqui seria um cemitério – completo olhando para o teto.

Ficamos um minuto em silencio. Eu encarando a parede e ele com a cabeça baixa.

– Bem... Parece que o garoto aqui já estar bem melhor – fala se referindo ao cão. – Só não sei o que faremos com ele...

– Por para adoção? – sugiro

– É uma boa! Ele é bonito e saudável, será adotado rápido – diz confiante.

– Não podemos dizer o mesmo dos outros. Pedro, tem vários animais que estão há meses a espera de um dono por não serem tão belos. Fico com pena.

Ele põe a mão no queixo e parece pensar.

– Porque não o adota? Se estiver precisando de uma companhia, os bichos são as melhores!

Até que não é uma má ideia, mas...

É isso!

– Realmente é uma ótima ideia, mas não vou adota-lo – suas sobrancelhas se unem expressando duvida – como ele é um cão lindo, será adotado rápido, e como você mesmo disse; existem outros animais que estão à espera de um dono faz tempo, então...

Ele me interrompe

– Você vai adotar um animal que já esteja a um bom tempo na sala de adoções.

– Não somente um, e sim três. Aquela casa está muito vazia, estou mesmo precisando de companhias – nos dois sorrimos ao mesmo tempo.

São tão raras as vezes que o Pedro sorri...

– Quero que separe os três bichos mais debilitados que estiver na sala de adoção. Eles merecem um lar – completo.

– Não acha que é muita responsabilidade cuidar de três animais tão debilitados?

– Se eu não o fizer quem fará?

– Sempre inteligente! Faça um curativo na pata do cachorro, enquanto eu vou ver os animais. – fala saindo

Suspiro alto

– Parece que você é minha única companhia no momento. Pode parecer meio carente da minha parte conversar com um cachorro, mas são as coisas da vida!

Ele apenas abre a boca, um típico sorriso de cão.

[...]

Termino de enfaixar sua pata. Ele pula da maca ao ouvir um latido, eu conheço muito bem esse latido... É do manteiguinha!

O cachorro segue o latido e eu corro atrás dele.

Ele me guia até um pouco distante da clinica, mais precisamente debaixo de alguns arbustos.

Encontro o manteiguinha correndo atrás de um grandalhão que gritava desesperadamente por ajuda.

Aquela cena era no mínimo hilária. Não me contive e tive uma crise de risos.

– Oh moça, para de rir e me ajuda – o grandalhão suplica enquanto cai de bunda no chão.

Com muito esforço (quase sobrenatural), engulo as risadas e grito;

– Manteiguinha, para com isso!

No mesmo instante ele encolhe as orelhas e põe o rabo entre as pernas, em seguida corre até mim.

– Desculpe senhor – falo o ajudando a levantar – o Manteiguinha costuma ser mais sociável, não é mesmo rapaz? – bato o pé encarando o cão que tremia por conta do meu tom firme.

– Tudo bem, vindo de uma moça tão tão tão tãoooo bonita eu não posso negar um pedido de desculpas. – fala abobalhado

– Obrigada – digo constrangida

– Esses sacos de pulgas... Digo, adoráveis cãezinhos, são seus?

– Na verdade não. O Manteiguinha e do irmão do meu sócio, já esse amiguinho aqui – faço cafune atrás das orelhas do cão – foi abandonado hoje de manhã na porta da clinica.

– Tadinho – fala chorando...

“Cara estranho, melhor dar o fora daqui” – minha consciência alerta

– Pois é, triste mesmo! Mas agora eu preciso ir. Foi um prazer conhece-lo – falo caminhando de volta para clinica

Manteiguinha rosna para o esquisito

– Ei – o cara grita – você é a tia de uma menina chamada Manuela? – pergunta correndo ate mim.

Estranho a pergunta, mas respondo;

– Sou eu, por quê?

– Sou da policia, e temos informações sobre a garota. Terá que me acompanhar.

A alegria que sinto no peito é indescritível.

Então, após três anos de desaparecimento finalmente encontraram a Manu?!

Lagrimas caem dos meus olhos quase como uma cascata.

Minha Manuzinha finalmente voltará, a mamãe ficaria tão feliz!

– Só um momento – falo entre soluços – tenho que avisar ao meu sócio e entregar os cães.

– Creio que não será possível – seu olhar me fita com seriedade

– É só um instante – falo caminhando para trás.

O tal policial se aproxima cada vez mais de mim, Manteiguinha e o outro cão se põem em minha defesa e rosnam para ele.

– Me desculpe por isso – diz tristonho

– Pelo quê? – pergunto confusa com a voz falha.

Eu praticamente corria, mas ele veio até mim e sorriu de canto

– Por isto...

Sinto uma pancada em minha cabeça, depois tudo foi escurecendo aos poucos.

A última coisa que ouvi foi os latidos dos cães...


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Notas finais do capítulo

Hehehe, todos já sabem quem é o capanga não é?

Pessoal, talvez eu não poste amanhã :( Minha internet estar PÉSSIMA.

Agradeço a todos que comentaram o capitulo anterior!! Fiquei vomitando arco iris de tanta felicidade com meus leitores e leitoras novos ;))))))))))))))))))))))))))

BATEMOS MAIS DE 10.000 VISUALIZAÇÕES!!! Dancinha da vitoria!!!

Já faz um tempinho que a fanfic bateu essa marca, antes de completar um mês! Mas só contei nesse POV´s especial para vocês, hehehe ;))))

Devo tudo isso a vocês! Meus leitores e leitoras fieis. Essa marca não é minha. É NOSSA
Próximo capitulo é especial de mais de 10.000 visualizações (de pessoas COM conta), no total já tem mais de 17.000 mil, mas de pessoas com conta batemos agora!! UHU!!

Se preparem... EMOÇÕES FORTES estão por vir!!!

Big Bjs e não esqueçam aquele comentário que me alegra ;****



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