Vez ou outra ele encarava aqueles olhos azuis concentrados. Vez ou outra Charles e sua percepção notavam o olhar caindo sobre si e esquadrinhando-o.

O telepata, que, novamente, a pouco havia percebido o olhar do mais velho sobre si, recostou-se em sua poltrona, tentando imaginar o que se passava na mente de Érik. Ele poderia facilmente entrar em sua mente e descobrir, mas ele não iria, não sem a permissão do loiro, nunca sem a permissão dele. Porém o controlador de metal era um homem difícil de se arrancar palavras.

"O que tanto olha Érik?"

O loiro sorriu misterioso e se inclinou sobre a mesa, com sua mão segurando a rainha.

"Você" a botou de volta no tabuleiro e completou sorrindo: "Xeque-mate".

Mas vez ou outra, Charles concluíra, não eram necessárias palavras para saber o que ele estava pensando.