Better Together escrita por Dark Swan


Capítulo 2
Don't be scared


Notas iniciais do capítulo

Quero primeiro agradecer pelos comentários, não foram muitos mas significaram bastante pra mim.
Quero também dar um recado antes de vocês lerem. Como eu to acompanhando a 5ª temporada, ainda esta na parte que só tem a Emma, então não se preocupem, jajá a Regina aparece.
Espero que vocês gostem. Boa leitura.



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Enquanto eu estava fazendo a minha viagem para o lugar onde eu não fazia a mínima ideia de onde seria, vieram umas lembranças de quando eu era criança e fui ao cinema pela primeira vez. Eu consegui entrar com um grupo de crianças que estavam indo a passeio com a escola. Assim que entrei avistei uma mulher com uma barra de chocolate no bolso, não resisti e fui pegá-la, ou melhor, roubá-la. Assim que eu sentei para saborear o doce, um homem vestido com uma roupa engraçada sentou do meu lado e disse para eu não fazer aquilo. Eu, inocente, achei que fosse comer o doce, afinal ele tinha sido roubado e isso não era certo, mas ele disse que era muito mais que isso. Ele sabia até o meu nome, o que me deixou ainda mais assustada. Eu devia ter por volta de 10 anos, um estranho chegar pra falar comigo e ainda saber meu nome, eu deveria mesmo era ter corrido dali.

– Eu sei de muitas coisas. E eu estou aqui pra te dizer: não faça isso. – Ele disse.

– Eu não entendo. – Tive que expressar a confusão que passara em minha cabeça.

– Quando você faz algo que não deveria, mesmo que faça pelos motivos certos, coisas ruins acontecerão Emma. – Eu estava extremamente assustada e queria muito fugir dali. Ele apenas continuou. – Um dia você terá a oportunidade de remover a Excalibur de sua pedra. Mas você não deve remover. Deixe a espada lá.

E ele foi interrompido por uma menininha que sentava à nossa frente, eu olhei para ela e quando voltei meu olhar para ele, ele havia partido. Eu fiquei sem entender, com medo e assustada com tudo o que ele me disse. Essa memória me veio como se tivesse acontecido no dia anterior, o que a tornou mais assustadora ainda.

– Onde eu estou? – A pergunta simplesmente saiu da minha boca, eu não sabia exatamente onde eu estava e nem o porquê. E então eu comecei a ouvir alguém assobiando, mas não fazia a mínima ideia de onde surgira, e então eu gritei:

– Quem está aí? – Eu virei e dei de cara com, nada mais nada menos que Rumpelstiltskin. Agora eu estava realmente confusa, o que ele está fazendo? Por que ele estava ali? Ele estava vestido com o traje da época que ele era o Senhor das Trevas. Perguntas era o que não faltava. – Era pra você estar em Storybrooke. Você está em coma. – Falei.

– Sim, eu estou. Ou melhor, ele está. – Ele falou, logo após dá uma risadinha irônica.

E foi aí que eu percebi, ele não era exatamente o Gold, ele era um tipo de ilusão que eu tinha criado na minha cabeça, ou não fui eu que a criei? Eu odeio ficar confusa, e naquele momento era o que eu mais estava.

– O que você é? – Perguntei, mesmo sabendo a resposta.

– Eu sou muitas coisas. Eu sou a voz na sua cabeça. – EU SABIA! Senti minha cabeça até mais leve ao ver que ele não era exatamente ele e que talvez, eu pudesse me livrar disso. – O poder das trevas, dentro de você, – Falou, interrompendo meus planos. – dentro de todos os que foram “O Senhor das Trevas”. Rumpelstiltskin é um entre muitos. Talvez eu possa ser outro. – Nesse momento minha mente flutuava nas lembranças que eu tinha de Henry, dos meus pais e até da Regina. Eu sentia que devia tanto a ela, que o arrependimento de ter me tornado a Senhora das Trevas pra salvá-la estava indo embora. Mas Gold me tirou dos meus pensamentos, se transformando em um bicho que eu não sabia se era porco ou jabuti. Ele cuspia fogo e eu tive que gritar pra ele parar. E num piscar de olhos, havia um humano à minha frente de novo. – Talvez seja melhor assim. – Ele disse levantando os braços como se tivesse me pedindo para aprovar as roupas que ele vestia.

Eu queria ir embora dali, minha cabeça não saía de Storybrooke, eu não conseguia parar de pensar se eles estavam fazendo algo para me livrar disso tudo, se eles estavam realmente lutando por mim, como eu fiz diversas vezes por eles. Eu estava com medo, estava assustada e só de pensar que eu poderia perder minha família, eu sentia uma energia em minhas mãos e em meu coração como se eles fossem explodir a qualquer momento.

– Está pronta para começar? – Gold perguntou entusiasmado.

– Começar o quê? – Eu respondi, mas eu não estava nem um pouco interessada no que ele falava.

– Aprender a ser a Senhora das Trevas, claro. – Revirei os olhos. – Pense em mim como o seu guia, mas só até você aprender a aceitar seus poderes.

– Nunca aceitarei a escuridão. – Eu disse, com a maior convicção do mundo. Eu tinha 100% de certeza que eu não queria isso pra minha vida, e eu ia arranjar um jeito de me livrar de tudo isso, com a minha família ou não.

– Todos dizem isso, mas depois que experimentam, acabam apreciando o gostinho. – Eu não sabia quais os efeitos que uma magia vinda das trevas poderia causar em mim e isso me assustava. Eu era a salvadora! Era pra eu estar salvando alguém agora. Não, ta aí o erro, eu estou aqui por que eu salvei realmente salvei alguém, e agora está tudo diferente e eu não poderei salvar mais ninguém. – O único jeito de parar é ser parado. Esse é o destino de todos os Senhores das Trevas. – Eu senti uma leve pitada de esperança no meu coração. Se o único jeito é ser parado, Regina poderia me ajuda. Então eu sai andando, sem nem olhar pra trás. – Não há escapatória. – E Gold apareceu na minha frente, sempre se achando mais esperto.

– Eu estou na Floresta Encantada, Merlin não deve estar longe. – Toda a minha fé foi posta nessa frase. – Ele pode ajudar, o Aprendiz me disse. Eu vou atrás dele.

– Merlin? Você está melhor comigo.

– Não! Nunca serei como vocês. – E eu me exaltei, estava cansada das pessoas dizerem o que eu iria ou não fazer, o tempo todo. Eu escolhi a luz e é ela que eu vou seguir. – Jamais farei mal a quem eu amo. Às pessoas que me amam.

E os pensamentos voltaram, enquanto eu tentava convencer Gold de que eu escolhi o lado do bem, Henry vinha a minha cabeça. Cheguei à conclusão que a pior coisa que eu fiz em toda a minha vida foi ter o abandonado ao nascer. Eu estava com medo, como eu estou agora. Mas hoje em dia eu uso tudo isso pra me fortalecer e destruir qualquer pessoa que pense em fazer mal a alguém que eu amo. Rumpelstiltskin, ou uma versão barata dele, sumiu da minha frente e eu fui à busca de Merlin.

Na minha caminhada pela floresta, avistei um homem carregando uma charrete com algumas coisas que pareciam sem muito valor. Gritei pedindo ajuda. O homem parou e virou para mim.

– Preciso saber como chegar em Camelot. Conhece o caminho? – Perguntei, gentilmente.

– Claro. – O homem parecia simpático. – Vai custar apenas duas moedas de prata.

– Não tenho nenhuma prata.

– Três moedas agora. – Ele não era tão simpático assim.

– Estou com pressa.

– Quatro.

– Apenas me diga! – Gritei, eu não queria o fazer, mas eu tive que. Eu precisava muito chegar a Merlin o mais rápido possível. Quando eu percebi, o homem estava engasgando, parecia que ele estava sendo esganado, e eu não sabia de onde estava vindo isso. Ele começou a flutuar à minha frente e ele perguntou o que eu estava fazendo, com uma voz meio destorcida. Eu não estava fazendo nada, e o disse, mas isso não era verdade.

– É claro que está. – Rumpelstilskin de novo. Eu me assustei e olhei para ele. A mão dele estava no formato de um estrangulamento e eu não sabia o que fazer. Pedi cautelosamente para que parasse.

– Não sou eu fazendo isso, querida. É você. – Minha mão tremia mais que eu jamais havia visto. Eu realmente estava fazendo aquilo àquele homem, e eu tinha que parar. Eu fiquei com raiva, sim, mas isso não me dava o direito. O que você está fazendo Emma? Quando eu me toquei que eu ainda estava segurando o pescoço de uma pessoa sem ao menos tocá-la, eu hesitei. Puxei meu braço contra mim e o homem caiu no chão. Minha mão tremia cada vez mais, a força que eu sentia a envolvendo estava sugando algo de dentro do meu coração como se houvesse uma ligação de extrema importância entre ele e a minha magia, como se tudo dependesse do que eu estava sentindo, e eu acho que isso fazia sentido. O homem levantou e saiu correndo, deixando tudo dele para trás, e com medo de mim. E confesso que eu senti a mesma coisa. Medo.


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Notas finais do capítulo

Curtiu? Quer dar sua opinião sobre? Comenta aí! Estou aberta para sugestões também.
Obrigada por lerem, até o próximo capítulo.



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