Better Together escrita por Dark Swan


Capítulo 1
Where am I?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoa linda que eu terei o prazer de ver acompanhando essa história.
Lembrando que a fic será escrita de acordo com os episódios da 5ª Temporada de Once Upon A Time e a Emma que narrará. Eu espero que vocês gostem e se vocês gostarem, comenta alguma coisa pra dar aquele famoso incentivo. Peço perdão desde já se tiver algum errinho de português/acentuação e afins.
Boa leitura. ♥



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E aconteceu tudo de novo: eu não sabia mais quem eu era e nem onde estava, eu não sabia o que eu queria e nem o porquê, eu não sabia onde estavam todos que eu amava e onde havia parado a minha casa. Pera, eu conheço esse lugar, eu já estive aqui antes, ou eu acho que já. E que tipo de roupas são essas que eu estou vestindo? Ah, lembrei, eu me sacrifiquei pela pessoa que menos merecia o meu ato de bondade e por, sei lá, centenas de motivos eu achei (e confesso que ainda acho) que foi a coisa certa a fazer, afinal, todo mundo merece o seu final feliz.

Era noite e estávamos todos no Granny’s comemorando a nossa volta de todas as loucuras que passamos na Floresta Encantada. Eu estava conversando com Lily e ela “me pediu permissão” para ficar em Storybrooke e procurar pelo seu pai, eu respondi que achava uma ótima ideia, mesmo não achando tanto assim. Nós tínhamos uma história muito complicada envolvendo amor, pessoas e traições, e eu, lá no fundo, ainda pensava na época em que éramos apenas crianças e sentíamos uma grande atração, que eu diria, mágica. Fui tirada de toda essa fantasia quando ouvi a porta batendo e Belle dizendo desesperadamente que Rumpelstiltskin estava morrendo e precisava de ajuda, e que talvez, segundo ele, nós iríamos precisar também. Fomos correndo para a loja do Sr. Gold e nos deparamos com ele deitado no chão. Eu estava realmente preocupada, não só com ele, mas com a cidade, com o meu filho e a minha família. Eu estava com medo de algo muito ruim acontecer e detonar tudo que eu tinha lutado tanto pra conseguir, finalmente eu tinha deixado um pouco o orgulho de lado pra me aproximar das pessoas, finalmente eu tinha perdoado os meus pais e finalmente eu tinha encontrado o meu “final feliz” e ele se chamava Henry. Enquanto eu voava em meus pensamentos precipitados, o Aprendiz explicava à Belle que talvez conseguisse curar o coração de Rumple, que foi tomado pelas trevas, mas isso só aconteceria se a força do mesmo ainda estivesse lá em algum lugar e concluiu dizendo que seria mais energia negra que o chapéu jamais fora pedido para conter. Eu disse para ele fazer o que fosse preciso, eu estava disposta a pagar qualquer preço se isso trouxesse uma vida tranquila para mim e Henry, que era o que mais importava pra mim naquele momento.

“O mais puro mal,

A mais negra flor,

Assim como as trevas,

Encontrem a sua ruína.”

E assim o coração, que agora preto contendo apenas uma leve luz vermelha, foi puxado do interior do peito de Gold. Nós todos estávamos espantados e talvez até querendo que tudo aquilo ali fosse apenas um sonho, e a expressão facial de Belle não era lá das melhores.

“Nunca morrendo, mas contido,

Amarrado dentro da câmara do falcão,

Rente à fúria, incômodo perigo,

Lá, para sempre, permanecerá.”

E o chapéu do aprendiz começou a sugar algo preto vindo do coração, que acabara de ser retirado. Eu não me lembro de já ter visto algo parecido com aquilo em lugar algum, estava tudo tão novo e frio ainda na minha mente, eu realmente não sabia o que fazer. E parou. Quando eu me dei conta o coração estava branco, totalmente branco. E mais uma vez, algo que eu nunca havia visto, afinal, todos os corações que eu assisti serem arrancados de seus donos eram vermelhos, até aquele dia. O coração foi colocado de volta ao peito de Gold, mas ele continuava mal e não conseguia respirar direito. Rumple havia sido o Senhor das Trevas por séculos e retornar ao homem que ele era não seria fácil. O aprendiz induziu Rumple ao coma, para que ele possa ser preservado até que pudéssemos achar uma forma de ajuda-lo. Foi então que a caixinha (que antes estava em formato de chapéu) começou a tremer, e tremer muito. Todos estavam assustados naquele momento, havia sido muitos acontecimentos para um dia só, já tínhamos passado por muita coisa, o que mais poderia acontecer? E de repente aquela “coisa” preta, que foi sugada pelo chapéu, saiu dele. Numa intensidade muito maior, indo em direção ao aprendiz, o envolvendo muito rapidamente e entrando em sua boca como se já fosse de casa. E de novo, eu não sabia o que fazer. Eu olhava para os meus pais e eles só demonstravam desespero, eu olhava para Henry e não conseguia pensar em mais nada além de que o maior medo da vida dele poderia ser a matemática e não magia negra, olhei para Belle e ela não parava de olhar para Rumple como se ele a qualquer momento fosse acordar e livrar-nos de tudo aquilo que estava acontecendo perante aos nossos olhos. Foi então que olhei para Hook e ele olhava pra mim, me perguntando, sem mexer um músculo do rosto, o que nós iríamos fazer. O olho do aprendiz foi ficando cada vez mais preto até que em meio a toda aquela confusão eu me lembrei de que também possuía magia e que ainda era a Salvadora, e botei tudo que havia aprendido em pratica. Pensei no motivo pelo qual eu estava usando a minha magia para que a intensidade daquilo que estava saindo das minhas mãos fosse tão grande quanto ao que estava, agora totalmente, dentro do corpo do homem barbudo. Eu juro que fiz uma retrospectiva da minha vida, como aquilo que dizem que acontece quando você vai morrer, mas não por que eu iria de fato, mas por que eu estava gastando uma boa parte da minha energia para que tudo ficasse bem. O aprendiz caiu, o que estava dentro dele saiu em direção à porta e por onde entram as cartas. Pedi desesperadamente para os meus pais irem atrás daquilo, para saber aonde que ele iria. Eu, Henry e Hook levamos o homem, que agora estava totalmente sem forças, para a cama que havia no fundo da loja. Foi então que ele começou a nos explicar que antes de começar toda a história de Snow com Charming, ou qualquer outra princesa, o feiticeiro lutou contra as trevas. Ele era capaz de impedi-la que consumisse os Reinos. Ele a conectou a uma alma humana que poderia ser controlada por uma adaga. BINGO! O Senhor das Trevas. Olhei para a adaga e não havia mais Rumpelstiltskin escrito nela, me senti aliviada por questões de segundos até que o aprendiz começou a falar de novo. Ele continuou dizendo que o feiticeiro é o único com poder suficiente para destruir as trevas de uma vez por todas antes que ela destrua tudo. E meu alivio se foi. Senti-me no dever de perguntar onde ele estava e qual era o nome dele. O homem deitado naquela cama estava cada vez mais fraco e eu cada vez querendo saber mais como tirar tudo isso das nossas vidas. E então ele pediu para eu acha-lo e destruir as trevas. Isso parecia loucura, uma parte de mim queria obedecê-lo de qualquer maneira, e outra dizia pra eu pegar Henry e sumir, deixar tudo pra trás e viver tudo diferente, como já tinha acontecido uma vez há um tempo. “Ache o Merlin.” Essas foram as últimas palavras do aprendiz até ele fechar os olhos. Nós saímos correndo da loja para encontrar os meus pais, e ver se eles tinham conseguido descobrir alguma coisa. Sem sucesso, nós não sabíamos onde estava aquela escuridão e na verdade, eu não queria saber. Regina e Robin chegaram sem entender nada. Como sempre os dois tinham saído nos piores momentos, sem sabermos o rumo. Hook explicou para Regina que o Senhor das Trevas havia saído de Gold. Ele usou o termo crocodilo o que ficou bem melancólico, a meu ver. Regina ficou imediatamente preocupada como se conhecesse como isso funcionava, e perguntou em vão onde ele estava. Eu comecei a sentir uma energia ruim e ouvir um barulho por toda a minha cabeça e cheguei a conclusão de que aquilo não tinha ido a lugar algum e sim estava ao nosso redor e ele estava procurando por algo. E achou. Regina foi seu alvo.

– REGINA! – Robin gritou desesperadamente tentando avançar sobre aquilo, porém com receio recuou.

Eu olhei para as minhas mãos e a única coisa que eu consegui soltar foi um “eu”. Eu o que, Emma? Pensa, pensa.

– O que isso faz? – Robin falou interrompendo meus pensamentos.

– O que as trevas fazem. – Pausei cautelosamente, não querendo concluir. – Extinguindo a luz.

Robin estava com medo, assim como eu, mas mesmo assim correu em direção a Regina e a “coisa” o bloqueou de tentar tira-la dali, o jogando para longe. Aquilo foi um aviso, pensa Emma, pensa.

– O aprendiz disse que temos que fazer igual o feiticeiro. Temos que prendê-la à uma pessoa para contê-la. – Tive que dizer aos gritos, pois estava tudo parecendo um caos.

Comecei a andar e ouvi alguém gritar meu nome, mas sem hesitar ou sequer pensar em parar, fui em direção à Regina.

– Emma! NÃO! – Regina gritou por que já sabia o que estava por vir, ela sabia que eu iria tentar de tudo pra que isso não a destruísse e ela sabia que eu me importava com ela. – Tem que ter outro jeito.

– Não tem. – Falei, quase não conseguindo enxergar a Regina. Tentei conter as lágrimas, mas sem sucesso. – Você deu tanto de si para ter sua felicidade destruída.

– NÃO! – David gritou, e eu virei.

– Você descobriu como tirar as trevas de mim uma vez. Precisa fazer isso de novo. Como heróis. – E naquele momento todo mundo já sabia o que eu iria fazer, e sim, eu me questionei milhões de vezes em questão de segundos se eu iria mesmo fazer aquilo.

– Emma, por favor! Não faça isso! – Killian veio correndo em minha direção e me virou para ele, eu estava mal por deixa-lo naquela situação e eu não sabia o que fazer quanto a isso, senti que precisava acalma-lo de alguma forma.

– Eu te amo. – Saiu, sem eu nem perceber, eu precisava deixa-lo bem. Eu precisava ver que ele confiava em mim. E eu precisava falar o que fosse preciso.

E eu o empurrei, com a força que eu tinha tirado de não sei onde, para longe de mim. E virei logo em seguida segurando a adaga com a mão erguida em direção àquilo que estava contornando Regina, meus pensamentos pareciam que nunca iriam se colocar numa posição cronológica decente, eu ia do momento que conheci Henry até indo embora com ele pra Nova Iorque em questões de segundos, eu saia das brigas com a Regina até as vezes que eu precisei conforta-la com as minhas palavras, eu pensei em todos os beijos que dei no Hook e em todo tempo que passei com meus pais, até os que eu não sabia quem eles eram. Eu busquei todas as memórias boas por que eu sabia que depois que tudo finalizasse, não sabia por quanto tempo elas iriam durar na minha mente. Em questões de segundos eu vivi a minha vida toda de novo, e conclui que valeria a pena se ela fosse até ali. E eu vi tudo sair do redor da Regina e vir para o meu, eu vi a cara de desespero dela ao ver o que eu estava fazendo por ela. Eu vi que ela queria pegar a adaga da minha mão e fazer o que eu fiz, e talvez ficar nesse looping eterno de salvar uma a outra, pelo simples fato de não conseguir aceitar que todo aquele relacionamento construído e trabalhado até ali, poderia ter sido em vão. Eu não senti dor, pelo menos não física, eu só senti como se partículas do meu corpo tivessem se desfeito e viajado no tempo, no espaço, ou sei lá, simplesmente entre mundos. Pera, eu conheço esse lugar, eu já estive aqui antes, ou eu acho que já.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? Curtiram? Comentem aqui pra que eu possa postar o próximo capítulo. Críticas, elogios e sugestões serão sempre bem-vindos. Obrigada por lerem, de verdade. Beijos ♥



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