Aventuras no Acampamento Panapaná escrita por giuqueen
Notas iniciais do capítulo
de novo aqui, bem mais rápido do que estou acostumada.
boa leitura ♥
spoiler: capítulo mais centrado em MariLina ♥
A aula de quarta-feira havia terminado. Paulo havia convidado Mário para dormir em sua casa, afinal amanhã seria a viagem para o Acampamento Panapaná e queria descobrir as verdadeiras intenções dele com Marcelina.
Marcelina, Paulo e Mário tiveram que voltar para casa apé, afinal a mãe dos Guerra tinha avisado que não poderia buscá-los. Incomodado pelo silêncio, Mário resolveu relembrar Marcelina do dia anterior.
– Foi legal ontem, né Marcelina?
A garota, que estava meio desatenta, logo notou o Ayala lhe perguntando algo.
– Ahn.. foi sim, tirando a parte do meu tombo.- a morena revirou os olhos, fazendo com que Mário passasse a rir e com que Paulo desconfiasse dos dois.
– Do que vocês estão falando?- Paulo indagou.
– De ontem.- Mário respondeu.
– Tá, e o que aconteceu ontem?
– Sua irmã caiu na patinação e...
– Espera aí..- Paulo parou, literalmente.- Patinação?
– Saímos do cinema e fomos patinar no gelo.- Marcelina explicou para o meu irmão, que fez um sacrifício muito grande para não demonstrar ciúmes.
– Vocês e mais quem?- Paulo fez questão de perguntar.
– Nós dois, a Alícia e o Jorge.- Mário falou.
– Valeu por me esperarem!- Margarida surgiu por trás de Mário, pulando nas costas do garoto. No mesmo instante, Paulo abriu um enorme sorriso, afinal ainda havia algumas chances de Mário não gostar de Marcelina.
– Foi mal..- Mário desculpou-se.
– Dessa vez eu desculpo, mas na próxima não.
– Oi Margarida.- Marcelina cumprimentou a amiga, estendendo-lhe a mão. Paulo fez o mesmo.
– Oi Marcelina, oi Paulo.
Quando se deram por conta, os quatro já estavam na frente da casa dos irmãos Guerra. Margarida despediu-se dos amigos e seguiu para casa.
– Oi Mário!- Lilian cumprimentou-o.
– Oi Dona Lilian, como vai?- o garoto foi simpático.
– Vou bem.- ela respondeu.- Viu só Paulo, o Mário é muito educado!
– E daí?
– E daí que você também deveria ser.- Paulo apenas revirou os olhos e sentou-se na mesa.
– O que tem de comida, mãe?- Marcelina questionou.
– Massa bolonhesa.- respondeu sua mãe, tirando a grande vasilha de dento do forno.- Está servido!- um sorriso formou-se em seus lábios.
Paulo prontamente serviu-se e passou a comer o mais rápido que podia. Queria logo ir para seu quarto jogar videogame e escutar música no último volume, porém algo lhe chamou atenção.
– Mas e aí Mário, como é o comportamento do Paulo na escola?- o último engasgou-se com a pergunta. Marcelina riu baixinho.
– Tia, você nem sabe.- o Ayala fez suspense.- O Paulo é um amor de pessoa na escola.- completou, fazendo Paulo suspirar aliviado.
– Sério?- indagou Lilian, surpresa.
– Aham.
– E a Marcelina?
– Bom, a Marce é...
– Marcelina.- corrigiu Paulo, começando a ficar nervoso.
– A Marcelina é um anjo que caiu do céu.- confessou, fazendo a garota corar. Em seguida, abraçou-a de lado e abriu um sorriso. Paulo os olhou enojado, revirando os olhos. 'Já vi que o que a Alícia me disse é verdade.". pensou para si mesmo, cobrindo o rosto com as mãos. Em instantes, concluiu sua refeição e foi para seu quarto.
– Desculpa Mário, o Paulo é assim mesmo.- Lilian falou.
– Não há problema tia.- Mário tranquilizou-a, terminando de almoçar e levando seu prato até a pia.
– Que cavalheiro!- a mãe dos Guerra sussurrou para Marcelina, que assentiu. O garoto, que acabou ouvindo o elogio, ficou feliz ao ver que Marcelina estava feliz com algo que ele tinha feito. "Daqui a pouco ela percebe que eu gosto dela.", pensou ele. De fato, sua paixão pela morena triplicou do terceiro ano para o oitavo.
– Mário, vem cá!- Paulo berrava de seu quarto. Mário olhou para Marcelina, que fez um sinal de positivo para que ele fosse até o quarto de seu irmão.
Assim, o garoto foi até o quarto do amigo. Deu duas batidas de leve na porta, sendo recebido por um "entra" vindo de Paulo.
– Por que me chamou aqui?- indagou Mário, ainda parado na porta.
– Entra primeiro.- o Ayala sentou-se na cama do amigo.
– O que foi?
– Espera.- Paulo foi até a porta e a trancou, voltando a sentar em sua cama. Mário o encarava com uma expressão confusa.
– O que tenho para te falar é importantíssimo!- comunicou o Guerra.
– Ei Paulo, sei que nós somos amigos há muito tempo, mas eu não curto homens, tá bom?- o moreno quis deixar claro isso para o amigo. Este realmente tinha entendido que Paulo tinha segundas intenções com ele.
– Cê tá me estranhando é?- questionou Paulo, cerrando os punhos.
– Ué, então pra que trancar a porta?
– Assunto confidencial, ô bobão!- explicou, dando um tapa no rosto do amigo.
– Tá, o que é?
– Vou direto ao ponto.. Você tá ficando com minha irmã?- Mário passou a rir escandalosamente.
– Claro que não Paulo.- garantiu Mário. Paulo suspirou, aliviado.- Mas bem que queria!- completou.
– O QUE?
– Qual o problema? Já estamos na idade disso Paulo, uma hora ou outra isso iria acontecer!
– Daqui há 20 anos, no mínimo!
– Você tá com ciúmes da sua irmã?
– Ciúmes? Que merda de palavra é essa?
– Você sabe muito bem! E vamos falar a verdade. Ela está um gata né?- Mário imaginou ele e a garota beijando-se sob a luz de velas. Entretanto, seus pensamentos foram interrompidos por Paulo.
– QUER MORRER É?- o mesmo já estava preparado para dar outro soco no Ayala, mas este acabou recuando, fazendo Paulo socar o ar e e cair de cara no chão. Em resposta, mostrou o dedo do meio.
– Garotos.- Marcelina os chamou do lado de fora. Paulo levantou-se ligeiramente.- Por que a porta está trancada?
– Porque o Paulo trancou sem motivos.- explicou Mário, destrancando a porta para a amada.
– Eu não fiz nada!- defendeu-se Paulo.
– Enfim.. Vim avisar vocês que vou estudar um pouco..
– E o que a gente tem a ver com isso?- indagou seu irmão, revirando os olhos.
– Vim perguntar se vocês querem estudar comigo!
– Não Marcelina, a gente não...- Paulo ia dizendo, mas Mário o interrompeu.
– Seria uma ótima ideia.- opinou olhando para Paulo, que por sua vez o encarava incrédulo.
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Em outro canto da cidade..
– Jorge, você vai na viagem?- questionou Davi ao amigo. Os dois estavam na casa do primeiro.
– Vou, e você?
– Também.- respondeu Davi, pegando o controle da televisão e colocando em um canal qualquer.
– Quem sabe lá no Panapaná eu crio coragem e me declaro para a garota que eu gosto.- comentou Jorge em um tom baixo, mas suficiente para Davi escutar.
– Você gosta de alguém?- Davi indagou, surpreso.
– Sim.
– De quem?
– Não vai contar para ninguém?
– Não, eu juro!
– Tudo bem... Eu gosto da Marcelina.- revelou Jorge, deixando Davi sem acreditar.
– Da Marcelina?
– Sim, só que mais ninguém pode saber!
De repente, a conversa dos dois é interrompida por uma notificação nos celulares de ambos.
– Convite para dormir na casa do Paulo..- comentou Jorge.- Parece ser legal.
– Você vai?
– Vou, e você?
– Vou também.
– E a Valéria?
– O que tem ela?- Davi questionou.
– Não vai perguntar para ela se você pode ir?
– Não, não me interesso pela opinião dela.
– Como assim?- Jorge indagou, não entendendo o amigo.
– Nós terminamos ontem.
– Sério?- Davi assentiu.- Mas por quê?
– Longa história.
– Tudo bem, se não quiser me contar, não precisa.
– Mas enfim, você vai para ver o Paulo ou a Marcelina?- Davi tinha um sorriso malicioso nos lábios.
– Vou mais por ela.
– Aí tem coisa.
– Tem mesmo!- confirmou Jorge.
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Paulo, Mário e Marcelina ainda estudavam. Contudo, nenhum dos dois prestava atenção no que ela falava. Paulo só estava ali para vigiar Mário e Marcelina, enquanto Mário só para poder passar mais tempo com a Guerra.
– E é assim: ângulos colaterais são iguais à 180 graus; já os correspondentes e alternos são congruentes.- explicou a garota.
– Ótimo, e o que são congruentes?- Paulo perguntou, não entendendo nada do que a irmã dizia.
– Significa que são iguais.
– Tudo bem.- bufou.
– Obrigada pela explicação Marce.- agradeceu Mário.
– Não foi nada.
Os dois trocavam olhares bobos e sorrisinhos, causando certo desconforto em Paulo. No entanto, acabou percebendo que não poderia impedir aquilo.
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O resto do dia ocorreu tranquilamente para os adolescentes. Por volta das 18:00 horas, Lilian, Paulo, Mário e Marcelina começaram a arrumar a cama os meninos. Paulo foi escondido na cozinha e pegou doces, balas, salgadinhos, chicletes e bastante refrigerante para a madrugada. Porém, nem sua mãe e nem seu pai descobriram.
Por volta das 19:00 horas, Daniel chegou, junto com Jorge e Davi. Paulo pediu para eles irem para seu quarto, onde estava tudo arrumado. Haviam videogames, computadores, caixas de som e várias outras coisas. Lilian avisou que sairia com Roberto para dormir em um hotel, deixando os garotos mais à vontade.
Contudo, a mãe dos Guerra concluiu que seria uma injustiça chamar os meninos e não chamar as meninas. Então, resolveu ligar para as garotas.
– Marcelina!
– O que foi mãe?
– Já que eu permiti que o Paulo chamasse os amigos dele, também resolvi ligar para suas amigas!
– Sério?- os olhos da morena brilhavam.
– Sim, já liguei para todas elas.
– Obrigada!
– Nós vamos indo filha, qualquer coisa nos chame, ou chame sua tia na casa ao lado.
– Então tá, tchau mãe! Beijos.
– Beijos filha, aproveita!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
espero que tenham gostado