Aventuras no Acampamento Panapaná escrita por giuqueen


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeira fic de Carrossel, espero que gostem.
BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/652252/chapter/1

A turminha do terceiro ano da Escola Mundial ainda permanecia a mesma, exceto pela ausência de alguns. Estes eram Laura, Adriano e Cirilo. Bom, Laura havia ido morar com sua tia nos Estados Unidos, e Adriano tinha se mudado para a Espanha, onde seu pai estava residindo. Já Cirilo estava em seu último dia na Escola Mundial, pois iria mudar-se para o sul, juntamente com seus pais.

- Vamos sentir sua falta Cirilo!- exclamou Valéria, o abraçando logo em seguida.

- Com certeza Choco.- concordou Paulo. Os anos podiam ter passado, porém este apelido prevalecia.

- Vocês também vão deixar muitas saudades!- iniciou Cirilo.- Mas não foi uma escolha minha.- completou.

- Nunca vamos esquecer de você!- revelou Margarida com um enorme sorriso no rosto. Cirilo passou a despedir-se dos amigos com abraços, beijos no rosto e apertos de mão. Porém, começou a suar frio quando chegou em alguém especial.

- Ma-maria J-joaquina!- gaguejou, olhando nos profundos olhos verdes da garota.

- Cirilo.- esta estava aguentando-se para não chorar.- Apesar de eu ter te desprezado muito, quero que saiba que gostei de você.- confessou, deixando o garoto boquiaberto. Em um piscar de olhos, a patricinha uniu seus lábios junto aos dele, deixando-o surpreso e muito feliz.

- Isso foi tão lindo!- opinou Carmen.

- Isso foi tão nojento.- opinou Kokimoto, com uma opinião contrária a de Carmen. De fato, o japonês era o único garoto que ainda não tinha ido com a cara de garotas. Para ele, as garotas "ocupavam muito tempo na vida de um garoto e limitava a liberdade dele."

- Nojento nada Kokimoto, isso foi muito romântico!- Marcelina defendia o ponto de vista das garotas.

- Viu só Paulo.- cochichou Kokimoto para o mesmo.- Daqui a pouco sua irmã já tá beijando e namorando também.- completou, deixando Paulo apavorado com essa possibilidade.

- Se depender de mim, nunca que um garoto vai chegar perto da minha irmã!- cochichou Paulo de volta. Alícia, que estava ao lado de Paulo, resolveu intrometer-se na conversa.

- E quem disse que ela não tá beijando já?- perguntou Alícia com uma voz fraca. Depois, a garota foi para o lado de Marcelina e passou a encarar Paulo. A preocupação no rosto de Paulo era evidente.

Após o ar faltar, Maria Joaquina e Cirilo finalmente separaram-se. Ele a encarava com um sorriso imenso, mas ela retribuía com uma cara tristonha.

- Não fica assim Maria.- pediu.- Isso não é um adeus, é um até logo.- acrescentou, dando um beijo na testa da garota.

- Tchau Cirilo.- despediu-se Maria Joaquina.- Vou sentir sua falta.- completou, com um meio sorriso.

- Também vou, mas logo estou de volta, pode ter certeza.- garantiu Cirilo, saindo da sala.

"O que ele quis dizer quando falou que não era um adeus, mas sim um até logo?", perguntava Maria Joaquina a si mesma.

- Maria, sente-se, vou continuar a aula.- explicou a professora de português, Fernanda.

- Tudo bem professora.- obedeceu Maria Joaquina, sentando-se em sua classe.

Logo, a professora passou a escrever a matéria no quadro negro, mas alguns alunos não conseguiram se concentrar.

" A Marcelina não pode estar beijando já, isso é tudo invenção da Alícia!", repetia Paulo a si mesmo, tentando acreditar que aquilo era mentira. Não podia imaginar sua irmã beijando com 12 anos. Voltou a encarar Alícia, mas a garota não percebia pois sentava na frente. Isso acabou o deixando mais nervoso.

- Marcelina e Mário, será que vocês poderiam buscar uma caixa de giz e os dois livros que estão na sala dos professores?- indagou a professora.

- Claro professora.- respondeu Marcelina prontamente, puxando Mário pela mão.

Paulo resolveu esperar os dois saírem e pedir para ir no banheiro, assim poderia os seguir. Para ele, qualquer garoto era suspeito, até mesmo Mário, seu melhor amigo. Pediu, e como esperava, a professora permitiu.

Já que o banheiro ficava ao lado da sala dos professores, Paulo acabou sendo beneficiado. Por sorte, acabou chegando na mesma hora que Mário e Marcelina estavam entrando na sala. O irmão de Marcelina ficou observando cada coisa que faziam, porém acabou não se surpreendendo. Os dois só pegaram as coisas que a professora pediu e saíram dali direto para a sala.

Em 5 minutos, os três já estavam na sala. Paulo entrou com uma cara emburrada e Alícia acabou percebendo, pois tinha entendido o que Paulo queria fazer desde o início.

- Professora.- chamou a Alícia, levantando a mão.

- Fale.

- Posso dar um recado?- indagou a menina de mechas azuis.

- Pode.

Assim, Alícia pegou sua cadeira e a levou para a frente da sala, colocando-a propositalmente em frente à professora. Logo subiu nela, deixando a professora indignada.

- Não disse que você podia subir aí.- lembrou Fernanda. Alícia revirou os olhos.

- Xiu professora, é importante.- comunicou a garota.- Já que estão todos tristes e tal, quero lhes fazer um convite.

- Que tipo de convite?- perguntou Jorge.

- Eu iria deixar para amanhã, mas já que..- Alícia ia terminar de falar, porém um indivíduo acabou a interrompendo.

- Fala logo!- pediu Jaime impaciente.

- Tá, seu grosso.- Alícia mostrou a língua para ele, que riu em resposta.- Quero convidar vocês para ir no acampamento do meu avô, o Panapaná.

- Paná o que?- questionou Kokimoto embaralhado.

- Panapaná, que também é o coletivo de borboleta.- explicou Carmen, que havia se tornado a menina mais inteligente da sala.

- É, deve ser isso aí mesmo Carmen.- disse Alícia, sem dar muita bola.- Mas e aí, vocês aceitam?

- Aceitamos.- respondem os alunos em coro.

- Perfeito, então partiremos depois de amanhã!- concluiu Alícia, descendo da cadeira e voltando ao seu lugar.

- Bom alunos, agora vamos...- Fernanda queria continuar a aula, porém foi interrompida pelo sinal, mostrando que a aula havia chegado ao fim.

- Tchau professora.- despediram-se Carmen e Daniel ao mesmo tempo. Os mesmos entreolharam-se assustados, logo passando a rir, o que gerou um incômodo em uma das meninas.

---------------------------------------------------------

- Calma amiga, isso não significa nada!- explicou Valéria a Margarida. Com o tempo, Margarida e Valéria tornaram-se melhores amigas, ignorando a briga que tinha acontecido entre elas no terceiro ano.

- Vamos Valéria?- perguntou Davi, enganchando seu braço no dela.- Ah, oi Margarida!

Valéria e Davi ainda permaneceram com seu namoro de criança, que é conhecido por sempre brigarem, mas logo voltarem.

- Oi Davi.- cumprimentou Margarida de volta.- Bom amiga, vou ali falar uma coisa com a Laura. Tchau!

- Tchau!- disseram Davi em Valéria em uníssono, logo passando a gargalhar também.

---------------------------------------------------------

- Você vai ir na viagem Marcelina?- questionou Mário, chegando por trás da morena e a assustando.

- Se meus pais deixarem, eu vou.- respondeu a garota sorridente.- Mas e você?

- Acho que vou também.- respondeu o garoto.

Logo, os dois começaram a conversar sobre assuntos aleatórios, causando um certo ciúme em alguém que os observava.

- Fala aí amigos! Como vão?- indagou Paulo, abraçando os dois de lado.

- Ai Paulo, olha o que você fez!- reclamou Marcelina, ao ver que o irmão tinha derrubado seus livros no chão.

- Eu te ajudo Marce.- disse Mário, abaixando-se e ajudando a garota.

- Eu ajudo! Eu sou o irmão dela!- esclareceu Paulo, empurrando Mário e ajudando a irmã.

- E no que isso muda?- perguntou Mário confuso.

- Muda tudo! E vamos Marcelina, mamãe já está ali!- noticiou Paulo, puxando a irmã pelo braço.

- O que será que houve com ele?- perguntou Mário a si mesmo, estranhando a atitude do amigo.

- Falando sozinho?- perguntou alguém se aproximando.

- Não, é que o Paulo tá agindo muito estranho ultimamente Margarida.- explicou Mário, passando a caminhar com ela para casa. Mário havia se mudado de casa, indo morar na casa ao lado de Margarida. A partir daí, eles tinham se tornado melhores amigos.

- Amanhã ele está diferente, pode ter certeza.- tranquilizou Margarida.

Os dois passaram a conversar sobre a tal viagem para o Panapaná, quando ouviram uma buzina.

- É a minha mãe. Você vai querer carona?- perguntou Margarida.

- Bom, quero sim.- respondeu Mário.

Logo, os dois entraram no carro e foram para suas respectivas casas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!