Purpose escrita por laracollins


Capítulo 4
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Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM! Sério, eu sei que deveria ter postada há dias mas eu não consegui. Meu pai pegou o notebook para estudar e só saia de lá de madrugada e não dava pra postar pelo celular. Mas de qualquer maneira, consegui postar hoje antes de ir pro coral da escola. Enfim, boa leitura.



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POV Carl Grimes

– Você é uma garota muito má, Srta. Klen... - disse chegando por trás dela e apalpando os seus seios.

– Carl! O que está fazendo?.- ela se afastou me repreendendo.
– M-me desculpe. - Que diabos eu havia feito?

– Carl... - ela manteve seu olhar fixo em mim por alguns segundos e se aproximou serrando os olhos. - Você já beijou uma garota? - neguei com cabeça olhando para baixo.

– Eu já imaginava. - ela riu pelo nariz e se aproximou ainda mais. - Faz um biquinho e feche os olhos. - a obedeci.

Senti seus lábios tocarem nos meus, eu não sabia o que fazer, afinal, nunca havia beijado antes ou conversado com alguém sobre o que fazer, tudo que eu fiz foi ficar parado. Klen pressionou seu lábios levemente contra os meus levando uma das suas mãos até minha nuca enquanto a outra massageava minha bochecha esquerda e de repente ela parou. Abri os olhos e percebi que ela estava saindo da cozinha.

– Klen! Espera. - a chamei e ela parou de andar. - E agora? - perguntei e ela continuou parada. Me aproximei puxando-a pelo braço. Aquela não era a Klen, na verdade era mas ela estava.... morta? Ela era um walker, sem delongas ela mordeu o meu pescoço.

– Carl! Carl, acorda! - senti alguém me sacudir, felizmente tudo não se passava de um sonho, pelo menos a parte em que a Klen era uma walker. O beijo, ele poderia ter sido de verdade. - Terra chamando Carl... - meu pai estalava os dedos na minha frente, balancei a cabeça despertando.
– O que aconteceu? - o perguntei.
– Eu é quem pergunto, teve pesadelo? - indagou.
– Tipo isso...
– Vem, levanta! Tem uma surpresa para você lá na cozinha. - não me surpreenderia se fosse a Klen como walker, mentira, eu me surpreenderia. Sem questioná-lo segui em direção do cômodo. Chegando lá dei de cara com uma cena que nunca havia imaginado e não era a Klen como walker, eu havia imaginado isso segundos atrás. Klen e Michonne estava sentadas na mesa rindo de alguma coisa, espera, Michonne?

– Michonne? Eu não acredito! - disse indo em sua direção.
– Carl! - me abraçou sorrindo.
– Como veio parar aqui? Digo, como nos encontrou? - eu estava surpreso, por essa eu realmente não esperava.
– Digamos que você tenha deixado algumas pistas pelo caminho e eu as segui. - ela caminhou até o canto da cozinha abaixando para pegar algo... era o meu sapato. - Acho que isso é seu. - ela tinha visitado a casa na qual eu havia perdido o meu sapato para um walker.
Ficamos conversando sobre a trajetória dela desde a saída da prisão até nos encontrar até que meu pai disse que teríamos que sair para buscar mais suprimentos, iríamos Michonne e eu.

POV Srta. Klen

Uma amiga de Rick e Carl havia nos encontrado essa manhã, Michonne era uma pessoa legal e divertida apesar de não ter me deixado usar sua katana. Ela aparentava ser muito apegada a Carl, com certeza eram grandes amigos. Nessas poucas horas em que convive com ela, descobri que ela havia conhecido o grupo de Rick antes do tal governador aparecer e que ela havia arrancando um de seus olhos, o que me fez sentir um pouco de medo dela, fala sério, que tipo de pessoa arranca o olho de outra? Ela disse que teve seus motivos e que ele havia merecido. Michonne e Carl haviam saído a busca de comida, ficando apenas Rick e eu em casa. Rick estava no quarto fazendo sabe se lá o que. Descobri que naquela casa havia um jardim que infelizmente estava rodeado de walkers, decidi ir até lá matá-los e pegar algumas flores, que incrivelmente não haviam morrido, coloquei um revólver na cintura por dentro da calça já que não usava meu cinto e com a faca nas mãos segui em direção ao jardim. o bairro parecia ser um lugar tranquilo de se morar, digo, antes de tudo acontecer. Não eram muitos walkers que ali estavam mas não era muito inteligente esperar por eles entrarem na casa. Após todos definitivamente mortos limpei minha testa onde haviam respingos de sangue. Arrastei aqueles bichos para um pouco longe da casa, apesar de tanto tempo, eu não havia me acostumado com o odor que eles causavam. Sentei na grama para respirar um pouco, eu estava cansada. Percebi que meus músculos estavam maiores, digo, eu não tinha músculos grandes mas agora eu tinha um ovinho de cada lado. Fiz algumas poses de fisiculturista admirando o "nada" que eu tinha nos braços, ri com a minha atitude e levantei-me voltando ao jardim.

– Oleandros, dafnes, petúnias, rosas murchas... - disse observando as plantas que ali haviam, nada de novidades. Arranquei algumas rosas com dificuldades devido aos seus espinhos e as despetalei, eu adoro o cheiro das rosas pra ser mais exata, adoro flores, apesar de saber que elas têm um ciclo: agradam, alegram, embelezam, murcham, morrem, são jogadas fora. Mantém o ambiente bonito por pouco tempo. O que me faz pensar: E nós, perecíveis? Apesar do esforço botoxal, não sei. Somos perecíveis, apodrecemos com o tempo. Tenho pena - muita pena, friso bem - de gente que já nasceu podre. Por isso sigo adorando flores do mesmo jeito que sigo adorando as poucas pessoas que ainda restam nesse mundo.

Deitei-me na grama observando o céu azul, diferente de todos os dias, o dia de hoje estava bonito, não havia o sol brilhante de antes mas não estava sombrio. Tudo parecia tão calmo... até eu ouvir um disparo. Tiros vinham da frente da casa. Levantei me correndo em direção da casa. Abri a porta dos fundos com cuidado tentando entender o que estava acontecendo.

– Rick! - sussurrei indo em direção do segundo andar. - Rick você está aí? - perguntei sem obter resposta. Corri até o quarto em que ele estava a uma hora atrás.

– Olha só o que temos aqui... - uma voz desconhecida disse atrás de mim, virei-me na mesma hora. - Seu amiguinho covarde fugiu mas parece que ele deixou uma lembrancinha. - o homem disse coçando a barba e me olhando maliciosamente. Droga, mil vezes droga! Isso não podia estar acontecendo. Vi um outro homem aparecer atrás dele.

– Marco, Jack está mort... Uh, quem é a garota? - o outro cara parou de falar ao me ver, ele me observava com o mesmo olhar que o outro, eu queria vomitar.
– Por favor, me deixem ir embora. Eu tenho armas, comida, vocês podem até ficar com a casa, eu não ligo. - A essa altura do campeonato eu já estava desesperada, precisava de um plano.

– Não queremos a casa. -ele disse se aproximando. - Tem dezenas dela no bairro... Mas há uma coisa que não tem por aqui. - ele deu a volta ficando por trás de mim. - Garotas inocentes como você. - sussurrou no meu ouvido.
– Espera. Tem certeza que Rick não está por aqui? - perguntei mudando completamente o meu semblante.
– Como assim? Do que você tá falando pirralha? - o gordo perguntou. - Se for do barbudo, ele fugiu.
– Que bom... ele era um broxa! - disse rindo, fala sério, eu sou uma atriz considerável.

Os homens riram ainda sem entender o porquê de eu ter tido aquilo.

– Broxa? Quer dizer então que...

– É eu transei com ele. – revirei os olhos. – Eu o encontrei na floresta, eu tinha comida e esse lugar. – disse enquanto colocava minha arma disfarçadamente na parte traseira da calça. – Assim como vocês eu precisa me satisfazer. – eles me olharam incrédulos.

– Satisfazer? Quantos anos você tem? – o gordo perguntou.

– 20. – disse firme. – É eu sei que não parece... Mas enfim né. – Os homens abriram um sorriso ainda mais malicioso. Era bom saber que meu plano corria bem até agora, então prossegui.

– Então, vamos fazer da maneira fácil ou da difícil? – perguntei deixando-os confusos. – Vocês não podem me obrigar a fazer nada.

– Na verdade, nós podemos sim. – disse o barbudo convencido. – Mas quando um não quer dois não brigam e você parece interessada. – Ah claro, muito “interessada”. – Joseph, vá lá para baixo. Eu primeiro! – parecia até eu quando pequena na fila do pula-pula, “eu primeiro!”.

– Ok, só não demorem tanto... – ele bufou mas sorriu em seguida. – Eu nunca fodi com uma garota tão bonita como você. – disse passando por mim e descendo as escadas.

Fala sério! Aquela cara acha mesmo que eu iria transar com ele? E outra, aquele cara já havia “fodido” alguém antes? Ri mentalmente. Senti o outro cara me empurrar para dentro do quarto de Rick e em seguida tentar me beijar.

– Que nojo! – o empurrei.

– Como assim? – perguntou confuso.

– Ah... nada! Não é nada. – dei um sorriso amarelo. – Você gosta de fantasias sexuais? – que diabos eu estava falando. Eu ouvi algo sobre isso num filme que meus pais assistiam na sala de casa enquanto eu ouvia tudo escondida atrás do sofá. Ah, não! Meus pais. Eu tinha que lembrar deles logo agora? Joguei o homem na cama deixando-o tão surpreso quanto eu mesma.

– Eu nunca realizei nenhuma fantasia de nenhuma mulher antes. – claro querido, provavelmente você nunca fez parte de uma fantasia sexual de nenhuma mulher antes, pensei.

– Pra tudo há uma primeira vez. - fui em direção do armário. – Me ajuda aqui, por favor.

– O que tanto procura, gatinha? – ele indagou roçando seu membro em mim, nojento.

– G-gravatas. É! Procure por gravatas. – ele me olhou sem entender. – Faz parte da fantasia, sacou? – depois de tanta procura o cara encontrou algumas gravatas e me entregou.

– Obrigada...

– Marco.

– Obrigada, Marco. Agora se ajoelhe aí na cama e tire a camisa. – Marco fez o que eu mandei e ele não estava nada mal, fisicamente falando. Subi na cama e fiz de uma das gravatas amordaça e a amarrei em sua boca. Ele tentou falar algo mas dei de ombros. Juntei seus braços e pernas e os amarrei também dessa vez com força.

Marco parecia incomodado e se não parava de se remexer, ele está desconfiado? Distribui alguns beijos em seu abdômen o que fez com que ele se acalmasse, não foi tão difícil para mim fazer isso alias o cara tem tanquinho e se eu tenho que fazer isso que seja bem feito. Olhei para cima e vi que ele arfava, até parecia que eu estava pagando um boquete. Na verdade, não parecia não, eu nem se quer sei como se faz isso. Ajoelhei-me novamente na cama e fui para trás dele com uma gravata na mão, massageei suas costas e ele pareceu gostar.

– Deus, me perdoe por isso. – pensei alto.

Envolvi o braço esquerdo em seu pescoço com sua traqueia na dobra do cotovelo. Agarrei meu braço direito com a mão esquerda, em seguida colocando a mão direta por trás da cabeça de Marco e finalizando com os cotovelos reunidos fazendo pressão nas laterais. Marco se remexia como uma lacraia mas não adiantava, instantes depois e ele já estava apagado. Nunca pensei na hipótese de dar um rear naked choque em alguém mas de qualquer forma os ensinamentos do meu pai funcionaram para algo. Corri em direção ao meu quarto pegando minha mochila e a lanterna que tinha na escrivaninha colocando dentro da mesma, voltei ao quarto pegando a arma de Marco e o desamarrando, convenhamos que eu não seja uma pessoa ruim tão ruim assim.

– Até que fim minha vez! – o gordo disse ao notar minha presença ali na sala, ele levantou-se vindo em minha direção mas eu apontei a arma para ele. – O que está acontecendo?

– O que dever ser feito. – disse firme. – Como eu havia dito, podemos fazer do jeito fácil ou do difícil... Passa a faca e o revolver para cá. Ele se agachou para pegar e senti algo pontudo passar por mim. O filho da puta tacou a faca na minha direção. Atirei em sua nádega ao perceber que ele estava pegando o revólver.

– Então vai ser do modo difícil né? – disse o chutando enquanto ele se contorcia no chão. – Levanta, seu chupeta de baleia! – ordenei e ele me ignorou. LEVANTA CARALHO! - me exaltei. – Preciso ir embora e você vai me ajudar. – sorri vitoriosa.

Se arrependimento matasse, Rick Grimes seria um homem morto agora. Mas eu sei que ele vai se arrepender de ter me deixado para trás e quanto isso acontecer será tarde demais. Hoje finalmente que antes de qualquer coisa, Rick é covarde, um alguém que, numa situação perigosa, pensa com as pernas. Só espero que quando nos encontrarmos novamente ele pense com as pernas... pois ele vai precisar.


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Notas finais do capítulo

Não ficou tão bom quando eu esperava mas comentem o que acharam. Beijos.



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