Poder: Os Jovens são guerreiros por instinto! escrita por Stéfany F Santos


Capítulo 15
Cap. 12 Conhecendo a 001.


Notas iniciais do capítulo

Oieee. Demorei mais cheguei com um capítulo novinho saindo do forno.

Espero que gostem. Qualquer duvida é só me perguntar.



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Morar onde o vento é a única companhia e os pássaros seus melhores amigos é muito solitário. Cristal é uma garota de doze anos que vive fulgindo do governo para o próprio bem. Sua vida sempre foi marcada de mistérios e questionamentos e tudo que tem certeza está escrito em um livro antigo que ela jamais descuida.

Esse livro contém dados sigilosos de todos os projetos da America do Norte com relação ao futuro da humanidade.  Devem estar se perguntando por que ele esta na mão de uma garotinha? Porque a mãe dessa garotinha é uma espiã, contratada para investigar os planos do continente de Dimentionic e repassar as informações para os Estados Unidos. Só que por ironia do destino a missão foi corrompida e ambas se tornaram fugitivas.

Cristal estava sentada a sombra de uma macieira enquanto observava Francine, uma senhora de idade que sempre cantava enquanto dava faxina na casa simples de tijolos.  Ela pretendia partir para a floresta, mas antes precisava avisar aos univens que sairia para não ficarem preocupados com ela.

Eles se conheceram em uma situação inusitada:

Era dia primeiro de Janeiro de dois mil e quinze. A loirinha tinha acabado de receber mais uma dose do soro H, era à hora de mostrar para o governador as suas habilidades. Devida a pouca idade e compatibilidade com o soro tudo foi mais rápido, a mutação genética logo ocorreu, diferente do filho do doutor H que precisou de doses a vida inteira para que aos dezenove anos surtisse efeito.

Havia monitores por toda a parte, mas ela tinha uma vantagem, o poder que dominava poderia acabar com todos eles. Na hora da demonstração ao invés de acertar os alvos atingiu os cinco monitores na cabeça com o feixe vermelho mais forte que a luz que descobriu ser chamado de Raio Laser. A Radiação do feixe alterou as funções motoras dos Monitores que estão em coma até hoje.

Ela só conseguiu fulgir porque os outros ficaram com medo de serem os próximos alvos, naquele ano eles ainda não tinha preparo para tal nível de poder.

Durante a fuga ela esbarrou com muitos empecilhos, como corredores sem saída, depósitos e por fim um estacionamento subterrâneo que não parecia ser usado há anos.

Pode parecer coisa de filme, mas naquele exato momento tinha quatro jovens com a pele brilhosa, devido o suor. Eles estavam na defensiva.

— Se apenas cogitar a idéia de sair por essa porta e nos dedurar para um daqueles inúteis de roupa preta eu te mato. — A garota de pele branca e cabelos pretos ameaçou apontando uma barra de ferro para Cristal.

— Acredite, eu fria de tudo exceto dedurar vocês pros monitores. — Cristal disse aos poucos devido a falta de ar. — Afinal, eles estão atrás de mim.

—Eu acho que ela está mentindo! — O garoto de cabelos longos e pretos disse a encarando de uma forma amedrontadora.

Cristal precisava convencer aquele pessoal, para o próprio bem. A melhor forma de provar era demonstrando e assim fez.

 

 Cristal saiu de seus pensamentos ao ver aquela silueta larga de capa laranja.

— Como vai pirralha? — Orange perguntou caminhando até ela com um sorriso.

— Vou levando. — Ela diz com um sorriso. — Estou pensando em sair um pouco daqui para não dar a chance de me localizarem.

— Não acho que seja uma boa, o Green está com uns planos bem interessantes e acho que você gostaria de participar, a reunião vai ser hoje à noite. — Ele arqueou as sobrancelhas esperando uma reação animada da pirralha.

— Eu tenho que encontrar minha mãe, ela pode estar precisando de mim.  — Cristal falou confiante. — Eu não aguento ficar parada sem não fazer nada e o Green não precisa de mim.

— Todos nós precisamos de você, e quanto a sua mãe é Preciso ter paciência. —Orange segurou nas pequeninas mãos magricelas. — Preciso de você perto de mim. Só assim vou saber que está segura.

—Mas e se me acharem com vocês, todos nós pagaremos.

— Nós já estamos na mira deles quando aceitamos nossa missão naquele encontro na base x01, lembra de quando roubamos a nave?

Cristal esticou as mãos e atingiu a coluna que sustentava a garagem. Houve um pequeno tremor, o raio fez com que as barras metálicas dilatassem.

— Você é a primeira Mega humana? — O garoto loiro perguntou espantado.

— Sim e pretendo sair com vida daqui. Vocês vão me entregar?

O garoto de cabelo preto entrou dentro da nave e fez uma ligação direta, após esquentou o motor.  As duas meninas jogaram as mochilas dentro do veiculo e se aconchegaram.

— Quer embarcar nessa missão conosco? — O loiro perguntou com um sorriso. — mas lembre-se, não gostamos do governo!  

— Será um prazer! —assim que ela falou às portas que formavam o teto se abriram revelando o céu estrelado.   E assim se iniciou uma missão impossível contra os métodos do governo.

Orange a encarou com ternura, ela era uma parte do grupo mesmo que não oficial.

— Não vá loirinha.

—Pedindo desse jeito é impossível te abandonar! — Ela caminhou até o mascarado e o abraçou com toda a força possível.

— O que acha de me ajudar com umas visitas nas casas?

— Será um prazer!  

 

As visitas nos lares servem para saber como a população está emocionalmente e fisicamente além de ser descontraído ter alguém pra conversar. Muitas pessoas precisam desabafar e uma pessoa que nem identidade tem já que usa uma mascara é a melhor opção, afinal, não tem que se preocupar se ele vai contar o segredo.  O reverendo pediu para que Orange ficasse responsável pelas visitas devido o carisma, mesmo sendo ele o mais ignorante e acusador, também é o mais divertido e carinhoso. As pessoas se sentem à-vontade com ele, o reverendo considera isso um ponto maravilhoso, ou melhor, um dom divino.

Orange e Cristal visitaram aproximadamente dez famílias, e fizeram relatório de todas elas. O dia acabou sendo bem divertido para eles.

                                                                                                                                                            Enquanto isso...

 

Green vestiu a calça e a camisa, colocou a mascara no rosto e se preparou para uma visita que com certeza estará na primeira pagina do jornal no dia seguinte. Seria muito bom se tivesse algum veiculo, mas sua realidade era bem diferente, se houvesse algum transporte com certeza já teriam o localizando então ele optava pelo transporte público, também chamado de trem.

A estação ferroviária estava movimentada, devido o fluxo de pessoas que retornavam do serviço, tinha muitos pesquisadores trabalhando na catalogação das plantas medicinais encontradas recentemente na floresta de Radaster. E todos tinham o plano de voltarem para os quartos de hotéis na parte central deixando tudo mais lotado.

Algumas crianças que retornavam para a casa junto com a mãe encaravam a mascara com curiosidade.

— Quem é você?  — Um garotinho de sete anos puxou a capa par chamar a atenção de Green.

— Green, eu sou um dos misteriosos do morro sul! — Ele falou abaixando pra ver o garotinho olho no olho.

— Minha mãe disse para eu não falar com ninguém do morro, eles são vagabundos preguiçosos.

— Sabia que sua mãe está errada, eles são pessoas honestas que não gostam de segredos.

Green pretendia continuar o diálogo quando percebeu que a próxima parada já era na estação próximo ao jornal.

— Foi bom conversar com você rapaz, mas agora eu tenho que ir e não se esqueça, as pessoas do morro são muito legais.

A sede do jornal tinha uma pintura artística imitando uma pagina antiga, era uma bela obra feita por um renomado pintor Radasteriano.  Green atraia todos os olhares para si com aquela roupa verde musgo. Ele caminhou decidido até os seguranças que protegiam a porta.

— Meu amigo, acho que você confundia, mas hoje não é o dia do palhaço. — Green revirou os olhos ignorando o comentário infantil.

— Preciso que informe a senhorita Melissa para mim.

— Qual é o recado?  — O Monitor tentou manter a seriedade mesmo deixando risadinhas comprimidas escapar hora ou outra.

— Diga para ela me encontrar para um reunião urgente às oito da noite, ela sabe o local.

— Em nome de quem?

— Green!

 

{...}

 

 A catedral estava iluminada devido o culto que  iniciaria em alguns minutos. Cristal estava ajoelhada com a cabeça encostada na cadeira. Algumas lágrimas escorriam de seus olhos. Ela falava as seguintes palavras em um sussurro inaudível.

O que está acontecendo com o mundo? Eu pensei que tudo ia mudar, olha o que eu virei! Um monstro. Isso não é certo. Você está fazendo o que no céu pra não fazer nada quanto a isso? Eu preciso de ajuda, não suporto viver com esse peso pelas costa então espero que tenha uma boa justificativa pra não está me ajudando.

Ela ainda conversava quando um toque delicado chamou.

— A reunião já vai começar. O Orange mandou lhe chamar.

— Obrigado por avisar Rosa.

Ambas caminharam em silencio para não desconcentrar nenhum dos membros da congregação. A escadaria de madeira estava incrivelmente limpa, Blue finalmente deu uma faxina descente. Rosa colocou a mascara antes de adentrar no porão para que Melissa não soubesse como ela era.

Cristal em um súbito se assuntou apontando as mãos para a jornalista que acariciava o gato preto.

— Calma Cristal ela é uma das nossas. — Orange falou rápido. A loirinha ainda assustada com seu instinto de machucar a jornalista com seus poderes permaneceu calada.

— Porque a filha do prefeito não está aqui? — Melissa questionou. Seus lábios estavam cobertos por uma camada de batom vinho que chamavam muita atenção.

— Não tínhamos nenhuma missão para ela! — Green respondeu. — Eu serei rápido, pois não podemos nos dar o luxo de sermos descobertos.

Green retirou do bolso uma agenda com as anotações que fez ao longo da semana enquanto elaborava o plano.

— Melissa, quero que faça uma matéria no jornal sobre nossa  intenção de defender a população do morro. Quero que os cidadãos nos vejam como   defensores dos esquecidos!

— Certeza, pois isso pode gerar uma revolta. O que não vai ser nada bom.

 

— Tenho certeza.

Green continuou apresentando a necessidade de um pronto de socorro no morro eo que ele queria que Melissa retratasse na reportagem.

Enquanto isso Franco...

Os Monitores entraram em contato com o diretor Franco sobre o recado de Green para sua esposa na parte da tarde. Franco nunca fizera algo do tipo, mas não confiava nos univens e era pro bem da própria esposa.

Decidido a impedir ele invadiu a câmera que fica na coleira do gato de Melissa e visualizou as imagens por via satélite.  Melissa nunca sai sem o gato, e o animal carrega a câmera na coleira para que a jornalista nunca perder um furo, mas nesse dia teve uma nova utilidade.

Franco visualizou as imagens pelo computador do colégio. A primeira pessoa que viu foi a mascarada de azul, mas logo pode ver os outros mascarados.

A primeira coisa que sentiu foi ódio, raiva. A esposa estava o traindo, não de uma forma corporal, mas por ações que ele disse que não eram boas.

Franco continuava observando as imagens quando viu a garotinha loira. Era a fugitiva 001. Ele sabia pois ela estava no banco de dado de procurados.

Ele ligou o som na hora de ouvi-la dizer:

— Eu estou indo para a floresta, antes que me encontrem aqui.

— Tem certeza que não quer passar  a noite conosco Cristal. – Rosa perguntou.

— A floresta de Radaster pode ser bem confortável para sua informação.

 

Franco pegou imediatamente o pucap e entrou em contato com os monitores para fazer a denuncia.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Próximo Cap:

—Se contasse para alguém seria mais fácil superar.
—Bem, eu sai porque no lugar onde eu estava não me cabia mais. Os meios em que eu me encontrava só me faziam mal.
—Mas você não tinha ninguém lá que valia a pena?
— Estou decepcionada por perder um amigo que nem ao menos sabia que eu o considerava assim. Sinto traída por meu pai.



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