Landon sorri radiante ao ouvir as palavras de sua noiva, pois, se sente da mesma forma. Sente ele e Catelyn sendo envolvidos por uma magia sem igual, que faz com que seus corações batam na mesma sintonia e seus olhos irradiem o amor que cresce entre eles a cada dia, a cada carta, a cada momento por eles vivido.

Sim, estar com Catelyn é realmente mágico, mas também é muito mais, porque sua prometida, sua futura rainha, se tornou o centro de seu mundo, a razão pela qual quer um futuro, um futuro em que possa ser feliz ao lado dela.

— Catelyn, para mim este momento é muito mais do que mágico. – Landon enfim consegue dizer – Você é o meu mundo agora, é a razão da minha felicidade, e todos os momentos em que nós estamos juntos, pra mim é mais do que especial. E, eu espero, sinceramente, que nós dois ainda possamos dançar em muitos bailes.

— E nós vamos dançar, Landon. – Catelyn responde com um doce sorriso – Esse é apenas o segundo baile, dos muitos que nós ainda iremos participar.

— Sim, minha doce e bela Catelyn, este é apenas o segundo baile, dos muitos que virão.

A resposta de Catelyn é um sorriso, enquanto os dois continuam a dançar a doce melodia da valsa que preenche o salão. Dançam como se não houvesse mais ninguém ali, e, nem se dão conta do momento em que Cassius e Astrid voltam a dançar, acompanhados dos Grandes Lordes e suas esposas e, em seguida, outros casais começam a dançar ao som da bela melodia que continua a ecoar.

E, embora o centro do salão esteja repleto de casais dançando, comemorando uma tradição, o início de mais uma estação, Landon e Catelyn só tem olhos um para o outro e, comemoram não apenas o início da nova estação, como também o amor entre eles, que cresce cada vez mais.

*****

No salão de baile do palácio real alkavampiano, a rainha Jeyne vem conseguindo exatamente o que quer, pois é o centro das atenções. Todos os olhares se voltam para ele, tanto os masculinos quanto os femininos.

Rei e rainha, após dançarem a valsa de abertura, estão sentados em lugar de honra, tal qual sua posição ordena e, Daithi apenas observa os olhares dos homens em sua rainha, olhares de cobiça por algo que pertence a ele e a mais ninguém.

Jeyne é seu brinquedo e de mais ninguém, por este motivo, não gosta de certos olhares em cima de sua esposa. E, é justamente o fato dela diverti-lo tanto é que a mantém como sua rainha, mesmo ela ainda não tendo gerado o seu herdeiro. Não fosse por isso, certamente a teria matado, como fez com Esme alguns anos atrás.

Sem que ao menos se dê conta, seu olhar se volta para a sua esposa, que é encarnação perfeita da ousadia e do sensualismo. Nunca, em mil anos de história, uma rainha fora tão ousada quanto sua esposa, fazendo questão de exibir seu poder e beleza estonteantes.

Desde que a viu com esse vestido, não pensa em outra coisa a não ser no fim deste maldito baile, para que possa ter seu banquete com ela.

Jeyne, sorri de forma totalmente provocante ao ver o olhar de pura cobiça com o qual o seu marido a olha e, isso a deixa muito satisfeita.

— Eu adoro quando me olha com toda esta cobiça, senhor meu marido. – a voz da rainha alkavampiana é um sussurro provocante.

— Vai adorar ainda mais o que pretendo fazer com você, assim que esse maldito baile chegar ao fim.

— É mesmo? – Jeyne continua a provocar – Terá que aguentar mais algumas horas, enquanto isso, aprecie a forma como sua bela rainha é a dama mais cobiçada do baile.

*****

Marden caminha pelo salão de baile, pensativo. Até agora, uma noite que deveria ser apreciada não tem nada de tão especial assim, pois não encontrara uma Lady que realmente quisesse convidar para dançar.

Está prestes a desistir da ideia de seguir os conselhos de Landon quando vê, sentada em uma das mesas, a mesma Lady com que dançara no baile anterior, Lady Victoria. É impressionante como não se esqueceu do nome dela, nem de suas belas feições.

Sorri ao mesmo tempo em que o pensamento anterior logo foge de sua mente, lá está a Lady com quem quer dançar esta noite e, quem sabe até em muitas outras noites. Se aproxima dela e, com delicadeza, segura a mão dela, para beijar a palma da mão da Lady antes de dizer:

— Lady Victoria me daria à honra dessa dança?

— Será um prazer, Lorde Marden. – responde Victoria, com um sorriso em seus lábios.

Como um perfeito cavalheiro, Marden conduz sua acompanhante para o centro do salão, onde começam a dançar uma valsa, ao mesmo em que o Jovem Lorde vai elogiando sua acompanhante.

E, enquanto Marden desfruta da dança ao lado de sua jovem e bela acompanhante, Robert, sentado, apenas observa o transcorrer do baile com cara de tédio e emburrado, pois, definitivamente, não sabe como convidar uma Lady para dançar, ou elas simplesmente não vão com sua cara, e preferem sonhar estarem no lugar de Cat, só para dançarem com Landon.

Ele tem a impressão de que, para a grande maioria das Ladies que ali se encontram, é muito mais interessante apenas se imaginarem nos braços de Landon do que aceitarem convites de jovens Lordes, tipo ele, e, isso, é uma coisa que ele jamais irá entender.

A música termina e, antes que outra música comece a ser tocada, Landon e Catelyn deixam o salão de festas e caminham até o jardim, a fim de ficarem um pouco sozinhos e aproveitarem um instante a sós.

Delicadamente, Landon coloca a capa de Catelyn nos ombros dela, para que ela não sinta frio e, os dois começam a caminhar sobre a neve que cobriu completamente a grama verde do jardim.

Os dois olham para o negro céu da noite, sem estrelas e, somente a lua o iluminando. Param no meio do jardim e ficam de mãos dadas, em silêncio e apenas contemplando a noite e um apreciando a companhia do outro, desejando que esse momento dure para sempre, só para não precisarem se separar.

Para Catelyn, o simples fato de estar ao lado de Landon, seu prometido, já faz com que tudo se torne especial. Para ela, qualquer momento que ela vive ao lado de Landon é especial... Para ela, o simples fato de estar ao lado de Landon já é um prazer imenso, e faz com que tudo a seu redor se torne mais belo, assim como esta noite de inverno.

Os dois ficam de frente um para o outro e, seus olhos se encontram, o mesmo sentimento tomando conta de seus corações e, os preenchendo por completo, enquanto flocos de neve começam a cair.

— Eu amo você, Catelyn. – fala Landon, a voz carregada de carinho.

— Assim como eu amo você, Landon. – Catelyn responde com a mesma intensidade.

Os dois voltam a sorrir um para o outro, aproveitando esse cálido momento que vivem. Landon sente uma necessidade imensa de se aproximas mais, algo que nunca antes havia sentido e, seguindo os seus instintos, se aproxima de Catelyn, e, dá um rápido, delicado e casto beijo na bochecha rosada de sua noiva, um beijo singelo em que apenas a lua é testemunha.