Uma semana depois, Landon e Catelyn estão em uma das salas privativas da família real, conversando. A fim de não serem interrompidos por seus dois amigos inconvenientes, Landon tratou de mandá-los em uma pequena viagem junto com sua mãe a uma das províncias, alegando que proteção para a rainha nunca seria demais e, graças a isso, tem a companhia de sua bela Lady e noiva sem se preocupar com certas interrupções desagradáveis.

Desde a semana anterior, quando criara coragem para dizer a Catelyn que a ama, e, ela lhe dizendo que corresponde a seu amor, o relacionamento dos dois evoluiu bastante. As cartas que mandam um ao outro no decorrer da semana são cada vez mais apaixonadas, deixando claro que o laço entre eles está cada vez mais forte.

Os dois tomam o chá da tarde juntos, enquanto conversam animadamente, aproveitando este momento tão doce e perfeito que eles tem a oportunidade de partilhar. Pela janela, eles veem a neve caindo no jardim, sinal de que mais um inverno chega a Emperius.

Ao olhar a neve caindo pela janela, os olhos de Evelyn brilham de contentamento, ao mesmo tempo em que seus lábios exibem o mais belo dos sorrisos.

— Gosta da neve? – pergunta Landon, notando a alegria que é explícita nos olhos de sua bela noiva.

— Eu adoro a neve. – responde Catelyn, terminando de tomar sua xícara de chá – Landon, vamos lá fora ver isso mais de perto?

— Se este é seu desejo, Catelyn, será um imenso prazer.

Os dois se levantam do sofá em que estão sentados e, gentilmente, Landon ajuda Catelyn a colocar a capa e luvas, para em seguida, colocar sua própria capa, a fim de irem para os jardins, como é o desejo de Catelyn.

Chegam aos jardins e começam a passear de mãos dadas, sentindo os pequenos flocos de neve caindo em suas cabeças.

***

Em Alkavampir, Jeyne está deitada em seus aposentos, coberta com dois edredons e, mesmo assim, tremendo de frio. De todas as estações do ano, sempre odiou o inverno, porque precisa se cobrir com vários cobertores e usar roupas quentes que escondem toda a sua feminilidade e o seu belo corpo.

De certo, o deus que inventou o inverno não sabe o que é apreciar um corpo tão belo quanto o dela. Porque se o deus que criou o frio tivesse uma mulher de seu pote para aquecer sua cama, certamente não criaria uma estação tão fria, só para ela não poder exibir o seu belo corpo.

De repente, a porta de seus aposentos se abre e surge Daithi, com cara de bem poucos amigos.

— O que ainda está fazendo deitada? – questiona o rei alkavampiano.

— Estou com frio. – reclama Jeyne – Odeio este maldito inverno, senhor meu marido! Por isso não tenho disposição nenhuma para me levantar.

— Não vai ficar aí deitada o dia inteiro. – continua o rei alkavampiano – Por mais que eu não goste, temos protocolos a seguir e você tem que preparar o baile de inverno, é uma tradição de Emperius e será daqui a uma semana. Como rainha, é sua obrigação organizar esse evento.

— Não pode mandar o Conselheiro Kevan cuidar disso?

— Poderia, mas é sua obrigação como rainha. Todas as pessoas importantes de nosso reino e preciso deixar bem claro a nova posição, que eu não sou meu pai e que a partir de agora Alkavampir tomará um caminho completamente diferente.

— Então vou poder matar de inveja todas as mulheres que verão como eu sou a rainha da beleza?

— Se cumprir com seus deveres e organizar o baile, sim, poderá. Agora trate de se levantar e vá cuidar de seus deveres de rainha.

***

Landon e Catelyn estão caminhando pelo jardim que, está completamente coberto pela neve. Um clima ótimo paira entre os dois jovens, fazendo com que sejam tomados por uma felicidade sem tamanho, para eles, pequenos gestão que faz com que o amor entre os dois cresça cada vez mais.

— Sabe por que eu gosto tanto da neve, Landon? – Catelyn pergunta de repente, enquanto continuam a caminhar.

— Por quê? – a voz de Landon é um reflexo de sua curiosidade.

— Porque os flocos me fazem lembrar os meus sonhos, os sonhos de quando eu era apenas uma garotinha, e que estão se tornando realidade. Lembro-me que estava nevando no dia em que o senhor meu pai me disse que quando crescesse me casaria com você.

Ouvir as palavras de Catelyn faz com que o coração de Landon se aqueça. Mesmo com o tempo frio do inverno, ele se sente quente, pois é esta bela jovem, sua prometida e que ele tanto ama que faz com que o mundo se torne mais belo e quente.

E, se ela compartilhou com ele sobre o porquê de ela gostar tanto da neve, acha que deve compartilhar com ela o seu desejo mais profundo. E, mesmo que seu pai tenha dito que esse seu sonho nunca irá se realizar, mesmo que já tenha estudado com o Conselheiro Gregory que só existiu uma princesa em toda a sua linhagem, é o seu maior sonho, desde que era um garoto, e, esse sonho, ninguém é capaz de lhe roubar.

— Sabe, Catelyn, eu tenho um sonho que, vive em meu coração desde que eu era apenas um garotinho.

— É mesmo?

— Sim. E, por mais que me digam que é praticamente impossível que este meu sonho venha a se tornar realidade, eu não desisto da ideia de que, ele pode sim, vir se tornar real.

— E você vai compartilhar esse sonho comigo, para que possa se tornar meu sonho também e assim possamos vivê-lo juntos?

— Catelyn, meu sonho sempre foi ser pai de uma princesinha. É claro que quando nos casarmos, se os deuses nos derem um principezinho, eu ficarei feliz. Mas, meu sonho sempre foi uma princesinha.

— Uma menininha?

— Sim, uma menininha. Sempre foi meu sonho, e eu iria batizá-la de Thalia.

Catelyn sorri para seu noivo e, segura as duas mãos de Landon, envolvendo-as com as suas e, olhando na profundidade dos olhos castanhos de seu noivo, para então sorrir e dizer:

— Landon, então a partir de agora, vamos sonhar este sonho juntos. Quando nos casarmos, não importa quanto tempo leve, nós vamos ter uma princesinha, e ela irá se chamar Thalia, como é o seu desejo. Eu prometo, que leve o tempo que levar, irei dar este presente a você!