Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 75
De trocas, um pouco de paz e uma tarefa a fazer


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Vanessa BR de novo trazendo mais um capítulo para vocês!

Boa leitura e divirtam-se!



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Os olhos de Daithi se arregalaram ao ouvir as palavras de sua esposa, que sorriu se divertindo com sua expressão da mais genuína surpresa. E isso fora a única coisa que até então não conseguira disfarçar, o que o levou a praguejar a si mesmo em pensamento.

— É muito inteligente, meu príncipe. – ela elogiou. – Está se saindo um excelente ator, tem um talento nato para tal coisa, tanto que foi convincente... Mas sou observadora e percebi, pelo seu olhar e pelos comportamentos distintos que apresenta diante dos outros e aqui, entre quatro paredes.

O príncipe alkavampiano não retrucou.

— Desde que o rei Ramsay foi encontrado morto, nesses momentos que temos a sós, o seu comportamento é diferente. – Jeyne prosseguiu com um sorriso malicioso. – Quando estamos aqui nos satisfazendo, as suas ações mostram que não está descarregando as suas tensões... Mostram é que está muito animado e ansioso com o que vem depois. E isso lhe dá muita, muita energia... Não estou certa?

— O que pretende fazer se eu disser que realmente matei o meu próprio pai? – Daithi questionou franzindo o cenho. – Contar aos idiotas do Alto Escalão, para que eu seja impedido de me tornar o rei? Saiba que, antes que você pronuncie qualquer palavra a respeito, eu cortarei a sua língua fora e, em seguida, a sua cabeça.

A princesa alkavampiana manteve o sorriso, não se deixando imtimidar pelo o que ouvira do marido:

— E deixar de me tornar a rainha de Alkavampir? Não, isso não. – ela se aproximava dele por trás, encostando seu corpo desnudo ao do marido, que estava sentado na cama, e o abraçando. – Também tenho as minhas ambições. Não pretendo revelar o seu “segredinho” a ninguém. Se for do seu agrado... E sei que será... Isto ficará apenas entre nós, e entre estas quatro paredes. Afinal, eu nunca me importei com o seu pai, sempre fiquei de olho na coroa de rainha de Alkavampir.

Daithi deixou escapar um leve sorriso.

— Devo admitir que me deixou surpreso com isso, sendo mais inteligente do que eu supunha. Até que estou gostando de ter você como meu “brinquedinho”, estou me divertindo muito. Em troca da manutenção do meu “segredinho”, com a sua boca fechada a respeito disso, e da sua eficiência em me saciar sempre que quero, eu permitirei que seja a rainha de Alkavampir. Acha uma troca justa?

— É uma troca muito justa, meu marido... – a sua voz novamente destilava luxúria quando percebeu que ele vinha novamente por cima dela, para exigir que seu apetite voraz fosse mais uma vez saciado. –Uma troca mais do que justa...

*

Após ser devidamente examinado e liberado por Gregory, Landon retomava as suas atividades normais, como os estudos com o conselheiro, os treinos com o mestre de armas Sigmund e com o seu pai. Aliás, estava justamente terminando o seu treinamento com Cassius, quando este disse:

— Bem, já podemos dar nosso treino como encerrado, Landon. Estou vendo um progresso cada vez maior no seu domínio dos poderes da luz. Não vai demorar muito a me superar.

— Está exagerando, pai. – o jovem príncipe sorriu. – Eu ainda nem me igualei a você, quanto mais serei capaz de te superar!

— Não estou, não, filho. – o rei zardreniano retribuiu o sorriso. – Quando eu tinha a sua idade, não possuía o poder que você tem.

— É sério?

— Sim. Você está acima da média.

— Pode ser. Mas eu não me acho tão capaz de superá-lo tão rápido.

— Cada um tem seu ritmo. E... Sabe? Eu gostaria de vê-lo chegando a esse ponto de me superar. – pôs a mão no ombro do filho. – Eu sinto que você será capaz de fazer isso. Talvez daqui a poucos anos, por conta do seu potencial, do seu esforço e da sua dedicação.

— Espero orgulhá-lo com isso.

— Já está me orgulhando desde que nasceu. Parece que não faz muito tempo que você nasceu, e olha que já faz quinze anos. Está se tornando um homem.

Landon sorriu ante os elogios de seu pai. Cassius não ficava apenas o elogiando, mas fazia isso sempre que visse que o filho merecia tal coisa. Caso houvesse algo errado e que necessitasse ser corrigido, sempre havia alguma orientação e alguma bronca, se o filho se mostrasse demasiadamente teimoso principalmente quando ele queria prolongar os treinamentos. Tirando isso, não tinha o que reclamar da disciplina de seu futuro sucessor.

— É melhor ir descansar e se arrumar, porque logo a Lady Catelyn virá. Hoje é o dia de mais um encontro seu com ela. Vejo que os dois estão se conhecendo cada vez melhor e se relacionando muito bem.

— Ah, é... Bem lembrado, pai... – Landon corou ante a menção de sua noiva. – Nós estamos indo muito bem, realmente!

— Sei que sim. Agora, vá descansar. Enquanto isso, vou pedir para chamar os Lordes Marden e Robert e passar a eles uma tarefa para hoje.

Enquanto Cassius ia à sala do trono aguardar pelos jovens Lordes, Landon foi aos seus aposentos, onde o seu banho estava já preparado, à sua espera. Ao mergulhar-se na água, sentiu-se relaxado, deixando escapar um suspiro aliviado.

Nada como um descanso após dois treinos bastante puxados... Todo o seu corpo começava a se relaxar, submerso na água quentinha e agradável. Deixou-se ficar ali imóvel por uns instantes, jogando a cabeça para trás com toda a tranquilidade do mundo.

Não iria querer aparecer com cara de cansado diante de Catelyn, ela não merecia ver seu noivo assim!

Ao pensar em sua prometida, ele logo se enrubesceu quando se lembrou do momento em que Robert colocara aquele sapo em seu quarto, fazendo com que ela se assustasse e, sem pensar, fosse direto ao seu colo. Naquela situação constrangedora e de tão grande proximidade, sentiu-se realmente tentado a bancar o oportunista e beijá-la. Não sabia como conseguira resistir a isso, evitando atropelar as coisas.

Marden e Robert quase estragaram tudo!

Apesar disso, um sorriso de garoto travesso passou por seus lábios. Desta vez, ninguém atrapalharia seu encontro com Catelyn... Nem mesmo aqueles dois abelhudos!

*

Enquanto percorriam o trajeto até a sala do trono, Marden e Robert demonstravam uma expressão bastante ansiosa e, ao mesmo tempo, curiosa em seus rostos. Era a primeira vez que o rei Cassius mandava alguém chamá-los formalmente. Com isso, a pergunta que se fazia presente nas cabeças de ambos era: “O que o pai do Landon quer com a gente?”

Assim que adentraram a sala do trono e se colocaram em reverência, Marden perguntou:

— Majestade, aqui estamos. Em que podemos ser úteis?

— Eu os chamei para ajudarem uma pessoa. – Cassius respondeu ao mesmo tempo em que sinalizava para que os dois jovens se levantassem. – Numa audiência desta semana, uma senhora veio de longe para me pedir uma ajuda com as plantações dela. O marido está doente e o único filho é um cavaleiro que está com o grupamento que protege as fronteiras de Zardren. Essa senhora precisa de ajuda no plantio e na colheita de suas plantações, para garantir o sustento dela e do marido e disse que não conseguirá isso sozinha. Por isso, fiquei de enviá-los para ajudá-la com os dons que possuem.

— Onde essa senhora mora? – Robert perguntou.

— A Sra. Helga mora nesta localidade. – o rei zardreniano entregou aos dois um pequeno mapa com a localização da propriedade. – Ela está aguardando os dois para daqui a duas horas. Acredito que será uma ótima oportunidade para colocarem em prática as habilidades dos Milordes.

— Nós iremos, Majestade. – o jovem Lorde da Água disse e reverenciou o soberano, assim como seu companheiro. – Afinal, estamos aqui para servi-lo e a Zardren.

— Têm a minha gratidão desde já, Milordes. Sei que serão capazes de fazer essa tarefa sem nenhum problema.

Logo que se despediram e fizeram a devida reverência, Robert e Marden saíram dali rumo aos estábulos. O jovem Lorde da Terra abriu novamente o mapa entregue por Cassius e, ao vê-lo mais atentamente, estacou.

— Ué, Robert, o que foi?

— Marden, vamos fazer as contas... Daqui a duas horas vamos até a propriedade da Sra. Helga, certo?

— Sim.

— Daqui a duas horas chega a noiva do Landon também!

— Eu sei. A gente termina rapidinho o que temos que fazer e ainda chegamos a tempo de mais um plano para aproximar os pombinhos ainda mais!

— Acho que não vai dar, não... Olha só! – Robert mostrou o mapa ao amigo.

— Caramba! – Marden exclamou. – Esse lugar é longe demais! É no extremo sul de Zardren!


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Notas finais do capítulo

Continua...



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