Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 70
Morte em Alkavampir


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, aqui é a Tita trazendo um capítulo repleto de supresas para você.

Boa leitura!



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Ela estava em uma cela escura, mas não estava sozinha. Um homem bastante robusto, com mais ou menos sessenta anos e olhos cinza carregados de um prazer doentio encaram a jovem deitada no chão frio daquela cela.

A jovem possui a pele branca repleta de machucados, os cabelos negros estão todos desgrenhados e, os olhos castanhos são uma expressão de puro terror. E, por mais que ele tente enxergar o rosto das duas pessoas, não consegue... Mas, sente em seu coração que a jovem prisioneira é importante demais para ele...!

O homem segura um chicote cravejado de espinhos e, começa a torturar a jovem da pior forma possível, enquanto os gritos desesperados dela ecoam por toda aquela cela, e, por um breve momento, ele sente as dores dela, como se os dois, de alguma forma, estivessem conectados.

O sangue jorra, junto com as lágrimas e os gritos do mais profundo desespero da jovem. E, o homem que a chicoteia gargalha de prazer antes os agudos gritos de desespero dela.

O homem pega a jovem pelo pescoço e a encara sorrindo cinicamente, mostrando, orgulhoso, aquele chicote com o qual a tortura de forma tão brutal. As lágrimas caem sem parar pela face da jovem. Ele a joga com violência no chão e volta a chicoteá-la, sorrindo de forma triunfante e vitoriosa. Gargalhando de prazer a cada grito desesperada daquela bela jovem de cabelos negros.

Ele a chicoteia sem parar, nenhuma parte do corpo da jovem fica sem receber aqueles golpes cruéis, com exceção do rosto, o qual ele não consegue enxergar, mas, de alguma forma sente que ele está desfigurado devido ao terror.

E, ele assiste aquilo, impotente, vendo a pele da jovem se dilacerar e sentindo como se estivessem dilacerando não só a sua pele, como sua alma e seu coração.

Landon acorda assustado e aos gritos, suando de forma fria e seu coração batendo de forma completamente descompassada, uma dor de cabeça terrível tomando conta de si. E, sem que consiga conter, não consegue parar de chorar e soluçar, enquanto seu corpo começa a tremer de forma violenta e o ar começa a lhe faltar.

Imediatamente, Cassius e Astrid adentram os aposentos do jovem príncipe e, encontram o jovem príncipe completamente desesperado e tomado pelo pânico. A rainha zardreniana não perde tempo e se senta na cama, abraçando o filho que continua a chorar e a tremer de forma compulsiva, a beira de uma crise convulsiva.

— Landon, o que houve? – pergunta a rainha zardreniana.

Nenhuma resposta, o que só serve para preocupar ainda mais a rainha zardreniana. Cassius observa aquela cena pensativo, se aproximando da cama e também se sentando.

— Landon, foi um pesadelo? – pergunta Cassius, se lembrando do que aconteceu cinco anos atrás.

O jovem responde com um aceno de cabeça, confirmando enquanto leva a mão ao peito sentindo falta de ar. Cassius pega um pequeno sino na mesinha de cabeceira e o toca, e, imediatamente, parece Rodrick, que faz uma reverência antes de dizer:

— Eu que posso servi-lo, Sua Graça?

— Vá aos aposentos de Gregory e o chame imediatamente. Peça que venha ver o Landon.

Sem dizer qualquer palavra, Rodrick deixa os aposentos do príncipe e vai buscar o Conselheiro, enquanto Astrid continua a tentar acalmar o filho, que continua desesperado, a face banhada em suor e seu corpo tremendo cada vez mais.

— Landon, filho, tente se acalmar...! – fala Astrid, ainda abraçada ao jovem príncipe.

— Dói...! – reclama Landon, levando a mão ao coração – Dói mundo...! Aquele moço torturava aquela jovem...! Eu senti as dores dela...! Sentia que ela me chamava...! Ela me chamava, mãe...!

Antes que Astrid possa responder ao filho, Gregory chega ali, munido de uma poção com propriedades calmantes.

— O que houve com Sua Alteza? – pergunta o Conselheiro Mago Zardreniano.

— Um pesadelo. – responde Astrid, enquanto continua em vão tentando acalmar o filho.

Gregory se aproxima de Landon e, dá para que ele beba uma dose da poção que trouxe e, pouco a pouco, o jovem príncipe vai se acalmando, as batidas de seu coração começam a se normalizar e sua respiração vai se acalmando, até que o jovem adormece nos braços protetores de sua mãe.

— O que ele teve, Gregory? – quer saber a rainha zardreniana.

— O início de um colapso, Sua Graça. – responde o Conselheiro sem rodeios – Mas, não há com o que se preocuparem, já o mediquei e ele ficará bem.

— Ele teve um pesadelo parecido com o que teve cinco anos atrás, Gregory. – fala Cassius, a preocupação explícita em sua voz – E devo confessar que, dessa vez, isso me preocupou.

— É perfeitamente compreensível, Sua Graça. – continua o Conselheiro – Se for de seu agrado, estarei examinando Sua Alteza, o Príncipe Landon melhor amanhã, quando ele já estiver melhor do susto que acabou de ter...

— Se fizer isso, ficarei muito agradecido, Gregory. – fala Cassius.

— Será um prazer ajudar, Sua Graça. E, se me permite dizer, sugiro que Sua Alteza, o Príncipe Landon fique de repouso amanhã, pois ele esteve à beira de um colapso e, precisa se cuidar.

— Não se preocupe, Reid, será feito assim.

O Conselheiro Mago Zardreniano faz uma breve reverência e se retira, deixando o rei e a rainha a sós com o filho.

Com cuidado, Astrid ajeita Landon na cama e o cobre com os cobertores, deitando a seu lado em seguida, para passar o resto da noite com ele e tendo certeza de que ele ficará bem.

Cassius dá um beijo em sua esposa e, em seguida, deixa os aposentos do filho, a fim de tentar dormir pelas horas que ainda restam da noite.

*****

No palácio real alkavampiano, a confusão é geral. Na sala do trono o Conselheiro Kevan examina o corpo sem vida do rei Ramsay, sob o olhar frio e indiferente de Daithi e Jeyne, que está ao lado do marido. Normalmente, Daithi teria ordenado que ela saísse de perto dele, mas, para dar um ar mais dramático a toda a sua farsa, permite que ela esteja a seu lado, afinal de contas, é seu dever fingir que está surpreso e em choque pela morte de seu pai.

Após examinar o corpo sem vida do Rei Ramsay, o Conselheiro Mago Alkavampiano sai de perto daquele corpo e, se voltam para Daithi e Jeyne, que dirigem olhares consternados ao Conselheiro.

— Ele está mesmo morto, Conselheiro Kevan? – pergunta Daithi, fingindo uma dor que está longe de sentir.

— Lamento dizer, Sua Alteza, mas está. O Rei Ramsay está morto.

— Isso quer dizer que eu serei rainha? – pergunta Jeyne, incapaz de ficar calada.

— Quieta, mulher. – reclama Daithi – Conselheiro Kevan, eu o encarrego de cuidar de todos os preparativos para os funerais do senhor meu pai. Não tenho cabeça para cuidar desses assuntos. Fui pego de surpresa, não esperava que o senhor meu pai fosse assassinado e que depois o assassino se voltaria para mim e minha esposa.

— É compreensível, Sua Alteza. – responde o Conselheiro Kevan – Cuidarei de tudo, conforme as suas ordens. E, se me permitir, também cuidarei dos preparativos para sua coroação, daqui a sete dias, após o luto por nosso estimado rei Ramsay. Daqui a sete dias, Sua Alteza será coroado soberano e rei de nosso reino de Alkavampir.

Ao ouvir estas palavras, um discreto sorriso estampa os lábios de Daithi, ao mesmo empo em que, por uma fração de segundo, seus olhos brilham se satisfação. Tudo aconteceu como o planejado e, dali a sete dias, a coroa será sua!


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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