Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 69
Majestade Caída


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Vanessa BR na área de novo com mais um capítulo que garanto que será eletrizante! Boa leitura!



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Após um momento tórrido com Jeyne, Daithi se recostou na cama, enquanto sua esposa permanecia abraçada a ele, com um olhar satisfeito. Ele alcançou as duas taças com vinho e ofereceu à mulher uma delas.

— Uma recompensa por me deixar satisfeito. – ele disse e bebeu um gole do seu vinho.

Jeyne imitou o gesto de seu marido e também bebeu do seu vinho. Ambos terminaram de beber os conteúdos de suas taças e logo ela começou a se sentir sonolenta e se acomodou para começar a dormir. Daithi também procurou se acomodar, mas não estava com sono.

Muito pelo contrário... Estava cada vez mais ansioso para levar a cabo o seu plano! Mas precisava continuar a ser paciente. E não abria mão dessa paciência, pois sabia que a sua recompensa logo viria!

— Durma, Jeyne... – ele sussurrou enquanto passava suas mãos pelas curvas da mulher. – Durma e seja o meu álibi perfeito.

*

— É, Robert... Realmente vamos ter que tentar outra estratégia. Eu ainda não acredito que o Landon deixou escapar uma chance de ouro pra dar um beijo na noiva dele.

— Eu te disse, Marden. – o Lorde da Terra encarou o amigo com um olhar cético. – Eu te disse que não iria dar certo.

— Você é que tem uma língua grande. – o Lorde da Água disse aborrecido. – De tanto falar que meu plano não daria certo, acabou que não deu certo mesmo!

— Marden, o Landon não é do tipo que faria isso com estratégias indiretas! Temos que ser mais diretos!

— O que você tem em mente, hein?

— Depois eu te conto, o Landon tá vindo aí.

De fato, Landon aparecia ali bastante carrancudo e parou bem à frente dos dois amigos. Os dois Lordes se entreolharam e Marden perguntou:

— Ué, Landon, que cara é essa? Não foi bom o encontro com a Lady?

— Você deveria saber, já que os dois estavam me espionando.

— Espera aí! – Robert protestou. – Como assim, nós estávamos espionando?

— Pensa que eu não sei que aquela chuva foi feita pelo Marden?

— Landon! – o Lorde da Água também protestou. – De onde você tirou isso?

— Muito estranho uma chuva natural cair apenas sobre o palácio e não chover em toda a Capital, não é mesmo, Marden? – o príncipe zardreniano ironizou.

— Er... Por que eu? Nunca ouviu falar de pancadas isoladas de chuva, Landon?

— Marden! Quer que eu puxe a sua orelha igual eu fiz com o Robert, é?

— Sem essa! Eu tenho amor às minhas orelhas!

— Então não minta para mim!

— Landon! – Robert interveio. – Como você pode...?

Landon disse pausadamente:

— Confessem. Isto é uma ordem...!

— Mas... – Marden tentou argumentar.

— Isto. É. Uma. Ordem.

— Está bem, eu confesso... Fui eu quem provocou aquela chuva. Queria dar um clima bom para você ter a iniciativa e dar um beijo na sua noiva.

— Você quase fez a Catelyn ficar gripada, seu irresponsável! – Landon esbravejou. – Eu disse pra vocês ficarem longe de mim e dela, mas vocês me obedeceram? Não! Eu deveria arrancar as orelhas dos dois ou então dar a vocês um castigo, mas não quero ficar parecendo um chato! Seria pedir demais, por todos os deuses de Emperius, para vocês me deixarem seguir os meus protocolos em paz?

— Protocolos são chatos. – Robert observou.

— O que disse? – o príncipe zardreniano o fuzilou com o olhar. – Quer que eu puxe a sua orelha?

— Sem essa!

— Eu já cansei de dizer que devo seguir os protocolos! Enfim... Façam-me o favor de não me seguir no próximo encontro, certo?

— Está bem, Landon.

— Sem problemas, Landon! – Marden fez coro com Robert.

Assim que Landon se retirou, os dois jovens Lordes se entreolharam e começaram a rir disfarçadamente. O Lorde da Água perguntou:

— Robert, ele não ordenou que ficássemos longe dele no próximo encontro, não foi?

— Não. Ele não ordenou. Acho que ele esqueceu.

— Então, me conta o seu plano!

*

Assim que percebeu que o palácio estava mergulhado no silêncio total, Daithi se levantou de sua cama. Mesmo com Jeyne sob o efeito do sonífero que colocara em sua taça de vinho, preferiu fazê-lo com cautela, sem fazer qualquer barulho. Com o mesmo cuidado, vestiu sua roupa de qualquer jeito e pegou a espada embainhada, sem colocá-la à cintura.

Lentamente, abriu a porta do quarto e por ela saiu, procurando não fazer qualquer barulho. Certificou-se de que os corredores estavam desertos e, pé ante pé, percorreu sua extensão, até a sala do trono. Sabia que, àquela hora, seu pai ainda não dormia, mas gostava de ficar ali meditando ou algo assim.

E, naquele horário, a vigilância era reduzida. No máximo, havia um ou dois cavaleiros perambulando o palácio no turno da noite. Perfeito.

Lentamente, abriu a porta da sala do trono, a fim de não fazer qualquer barulho que chamasse a atenção. Tirou um lenço, o qual segurava com a mão esquerda. Avistou Ramsay de costas, olhando para a janela que ficava na direção de Zardren. Com a mão direita, coberta por uma luva, ele sacou a espada bem lentamente, a fim de chamar a atenção com o barulho emitido pela lâmina. Foi quando o rei alkavampiano olhou para trás e viu seu filho com aqueles olhos cinzentos e gélidos, sorrindo para ele de forma cruel.

— Daithi, o que faz aqui? – Ramsay procurou não se intimidar.

— Vim tomar posse do que me pertence... Meu pai.

Daithi, com agilidade, saltou contra Ramsay, sem tempo para reação do rei alkavampiano. O príncipe alkavampiano enfiou-lhe o lenço na boca, abafando qualquer grito que fosse dado pelo rei. Agarrou Ramsay por trás, valendo-se de sua grande força física, e o imobilizou, ao mesmo tempo em que aproximou perigosamente a lâmina da espada que portava contra o pescoço do monarca alkavampiano.

— É uma pena que a sua boca esteja ocupada demais para dizer as últimas palavras, não é mesmo, Ramsay de Alkavampir...? Se bem que não faço questão alguma de deixar assim, porque sei muito bem que você amaldiçoaria até a minha quarta geração!

Ramsay tentou se desvencilhar do filho, porém não conseguia se mover. Daithi era muito forte, e seus braços pareciam de ferro. O jovem começou a rir de forma discreta, mas extremamente maquiavélica.

— Devo agradecer por alguns conselhos bastante úteis, velho...! Mas preicso eliminar os obstáculos que estão atrapalhando os meus planos de destruir Zardren e ser o Senhor de Emperius... E você é um deles. Mas não se preocupe... Eu lhe darei uma morte digna de um rei... Rápida e quase indolor!

Num rápido movimento, passou a lâmina afiada da espada contra o pescoço de Ramsay, gerando ali um corte profundo, que atingia artérias importantes. Com isso, o sangue esguichava no momento do corte. Em seguida, para garantir a morte rápida de seu próprio pai, antes de ele cair, Daithi perfurou-lhe o peito, atravessando-lhe o coração.

Ao constatar que seu pai estava devidamente morto, Daithi sorriu de forma cruel, procurando conter a gargalhada que queria soltar de triunfo. Mesmo assim, nada o impediu de dizer:

— E, assim, acaba o reinado de Ramsay de Alkavampir... Chega ao fim o reinado de Ramsay, o Tolo...!

Daithi saiu dali do mesmo jeito que chegou, com muita cautela. Para sua tranquilidade, tudo continuava deserto ali. Pé ante pé, percorreu o trajeto de volta ao seu quarto, até alcançá-lo. Tão logo entrou, começou a ouvir o alarde, o que sinalizava que já haviam encontrado o cadáver de seu pai.

Atrás da porta, colocou a espada ensanguentada, onde estava também a sua espada estrategicamente posicionada. Ouviu passos se aproximando e sabia que era apenas de uma pessoa, o que facilitaria muito o seu trabalho. Assim que ouviu bater à porta, Daithi a abriu e perguntou:

— Mas que barulho é esse? O que está acontecendo?

— Alteza, alguém assassinou o rei Ramsay!

— Como assim? – o príncipe alkavampiano pôs em seu rosto a sua melhor expressão de surpresa.

— Acabamos de encontrar a porta da sala do trono aberta e Sua Majestade, o rei Ramsay, caído no chão, com um corte profundo no pescoço e, ao que parece, transpassaram o seu coração!

— Maldito traidor! – ele esbravejou. – O que está fazendo aí parado? Vá atrás dele enquanto pego a minha espada, seu inútil!

O Cavaleiro deu as costas a fim de obedecer à ordem do príncipe alkavampiano, porém Daithi pegou a sua espada e deu no homem um golpe certeiro, transpassando-lhe os pulmões e o coração. Com isso, o cavaleiro não sabia o que lhe atingira.

Rapidamente, Daithi pegou a espada com a qual matara o seu pai com a mão esquerda, ainda com luva, e a colocou na mão do cavaleiro morto, a fim de deixar apenas os vestígios dele. Instantaneamente, com o poder das trevas recobrindo sua mão, a luva se desfez.

Porém, ainda não havia concluído o seu plano. Foi quando ergueu sua espada acima de sua cabeça e vociferou:

— Traidor assassino! Como ousa matar o meu pai e atentar contra a minha vida?

Neste momento, Jeyne acordava sobressaltada e escondia ainda mais o seu corpo com os cobertores:

— Meu príncipe, o que aconteceu? – ela interrogou.

— Alteza, o que aconteceu? – outros dois Cavaleiros apareceram e perguntaram.

— Esse homem... – Daithi apontou sua espada ensanguentada para o cavaleiro morto, que empunhava a espada que ele usara para matar Ramsay. – Esse homem é o assassino do rei Ramsay, meu pai, e queria atentar contra a minha vida!


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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