Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 52
É uma Ordem


Notas iniciais do capítulo

Gente, aqui é a Tita mais uma vez, trazendo um novo capítulo de Crônicas.



Espero que vocês tenham uma boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/649800/chapter/52

Horas mais tarde, Landon acorda, sentindo-se mais descansado e até mesmo melhor, pois colocou para fora grande parte da dor que estava em seu coração, no momento em que contou para sua mãe tudo o que sofreu naquele maldito lugar que se chama Alkavampir.

Mas, as palavras de sua mãe trouxeram um doce conforto para o seu coração. Sua mãe é capaz de entendê-lo como ninguém mais no mundo é capaz de entender. Sua mãe trás para o seu coração um grande conforto, que nem mesmo seu pai é capaz de trazer. Sua mãe compreendeu todas as dores de seu coração...

Tenta se levantar de qualquer jeito, mas, sente uma dor muito grande na região de suas costelas e, acaba tendo uma grande dificuldade para conseguir se levantar e caminhar até a porta de seu quarto, a fim de deixar os seus aposentos.

Ao abrir a porta, encontra ali dos Cavaleiros da Guarda Real, Rodrick e Thomaz. Ao tentar sair, os dois homens se colocam a frente do menino, impedindo que ele saia do quarto.

— O que estão fazendo? – questiona Landon.

— Sinto muito, Sua Alteza. – a voz de Rodrick se faz ouvir – Mas não pode sair de seus aposentos.

— Posso sair sim, sou o príncipe. Saiam da frente, é uma ordem!

— Sinto muito, Sua Alteza. – Rodrick volta a falar – Mas são ordens expressas de suas Majestades, o rei Cassius e a Rainha Astrid, não podemos permitir que deixe seus aposentos.

Vencido, Landon fecha a porta do quarto e volta a se sentar em sua enorme cama, tomando cuidado para não sentir mais dor no processo. Olha para o teto, onde mosqueteiros bordados com grifos dourados enfeitam os quatro dosséis de sua cama. Ver o grifo faz com que seja obrigado a admitir que seus pais estão fazendo isso pelo seu próprio bem, para que se recupere mais depressa e, ele é quem está dificultando as coisas.

*****

— Como se sente, Sua Alteza? – Reid pergunta a Landon, após dar a ele outra dose de um preparado.

— Bem, eu acho... – responde o menino, a voz um pouco distante.

O tom de voz do pequeno príncipe logo faz com que Reid perceba que o menino não está tão bem quanto ele quer fazer com que todos acreditem que ele está.

— Sua Alteza não precisa esconder o que está sentindo. – fala Reid.

— Quem disse que eu estou escondendo? – questiona Landon.

— Se me permite dizer, Sua Alteza tem apenas dez anos de idade e, passou por algo que nenhum menino nessa idade deveria passar. Foi um trauma demasiado grande, Príncipe Landon, e, entendo que se sinta fraco.

— Entende? Como? Já se sentiu fraco alguma vez Reid?

— Já me senti impotente uma vez, quando tinha oito anos de idade.

— É mesmo?

— Você também foi sequestrado?

— Não.

— Então o que aconteceu pra você se sentir impotente, Reid?

— Perdi meus pais. Por um momento, pensei que se fosse forte, que poderia ter salvado eles.

— E desistiu de ser forte?

— Eu descobri o meu caminho anos depois, na ocasião do nascimento de Sua Alteza, e meu caminho é ser Conselheiro. Algumas vezes, as coisas ruins acontecem em nossa vida para nos tornar mais fortes, e, para nos ensinar algumas lições. Infelizmente, vivemos em um mondo que é tomado pela guerra. Zardren é o único reino que resiste ao poderio de Alkavampir e, quando Sua Alteza chegar ao trono, terá o dever de conseguir a resistir por seu povo. Sua Alteza agora sabe o que é a crueldade de Alkavampir, e terá isso em mente no futuro, quando for defender seu povo.

— Acho que entendi. E papai e mamãe querem que eu fique bom logo, não é isso?

— Certamente, Sua Alteza.

— Reid, quando eu for rei, vai me ajudar a proteger o meu povo contra Alkavampir?

— Terei o imenso prazer em ser fonte de sabedoria para Sua Alteza.

— Obrigado, Reid. – Landon sorri – Conversar com você fez com que eu me sentisse muito melhor.

Nisso, Marden e Robert adentram os aposentos de Landon, para lhe fazer companhia, e, ao vê-los, Reid se prepara para deixar os aposentos do menino.

— Sua Alteza, agora que os pequenos Lordes chegaram para lhe fazer companhia, vou me retirar.

— Mais uma vez, obrigado, Reid. – a voz de Landon transmite toda a sua sinceridade.

— Não há o que agradecer, Sua Alteza.

*****

Astrid está em seu escritório, terminando o seu trabalho com Gregory, quando Cassius adentra o cômodo, imediatamente, o Conselheiro faz uma breve reverência antes de se retirar e deixar o aposento.

Ao se ver a sós com sua esposa, Cassius se aproxima dela e dá um delicado beijo nos lábios de sua rainha, antes de se sentar em uma poltrona ao lado dela.

— Espero não estar te atrapalhando, Astrid. – fala Cassius, olhando para os pergaminhos na mesa de Astrid.

— De forma alguma, Cassius. – responde a rainha zardreniana – Eu já havia acabado. Só estava colocando algumas coisas em dias para ficar com o Landon, cancelei todas as minhas audiências até que ele esteja totalmente recuperado, para poder dar mais atenção a ele. Você sabe, Cassius, que o que ele mais está precisando neste momento é de nós dois. Por mais que os Pequenos Lordes estejam fazendo companhia a ele, nada substitui a nossa presença neste momento difícil.

— Sei disso, minha querida. E é por isso que estou aqui, para irmos juntos ficar um tempo com o Landon. Ele está passando por uma fase difícil e, neste momento, precisa do pai e da mãe.

Os dois deixam o escritório de Astrid e, vão para os aposentos de Landon, onde o encontram deitado, conversando com os Pequenos Lordes Marden e Robert. Ao ver o rei e a rainha, os dois fazem uma reverência e se retiram, deixando a família real zardreniana a sós.

Cassius e Astrid se sentam na cama, deixando o filho no meio dos dois.

— Como está se sentindo, Landon? – pergunta a rainha zardreniana, dando um carinhoso beijo no rosto de seu garoto.

— Agora não sinto dor. – responde Landon – Papai, porque o senhor e a mamãe colocaram Cavaleiros da Guarda Real na porta pra me vigiar?

— Não é para vigiar, Landon. – responde Cassius, encarando os olhos castanhos do filho – É só para se certificar de que você não vai fazer besteira e atrasar sua recuperação. Filho, eu entendo seus sentimentos, mas não é exigindo tanto de si mesmo que chegará a ser forte. Respeite suas limitações.

— Já aprendi, papai. – responde o menino.

— É mesmo? – Cassius tenta dar um tom mais leve a conversa.

— Sim, o senhor e a mamãe estão preocupados comigo. Queria que os dois me desculpassem pelo que fiz. Agi de forma imprudente e isso poderia ter custado minha vida. Prometo que isso nunca mais vai acontecer.

— Não há o que desculpar, Landon. – Astrid fala com carinho – Você é nosso filhinho querido. Queremos o seu bem, por isso a vigilância, e estamos muito felizes por você ter entendido.

— Vou ser forte, mas quando tiver condições de treinar. – continua Landon – Quero ser um bom rei quando crescer, proteger o meu povo e a minha filhinha que futuramente eu vou ter!

— Landon, eu já te expliquei que você não pode ter uma filha. – Cassius fala mais uma vez – Há mil anos não nasce uma princesinha em nossa linhagem.

— Então serei o primeiro. Já decidi, papai, vou ter uma menininha quando me casar com minha noiva!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

CONTINUA...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crônicas de um Jovem Rei" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.