Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 135
Superproteção e exagero


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Aqui é a Vanessa Sakata trazendo mais um capítulo de Crônicas pra vocês!

Divirtam-se e boa leitura! :)



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Margareth, com a bandeja contendo um pequeno bule e uma xícara com chá fumegando, voltou a olhar para aquela cena com nojo. Como aquela mulherzinha conseguira fazer Landon olhar apenas para ela? Não conseguia entender como aquela princesinha conseguira enfeitiçá-lo!

Hm... Tanto melhor. Um olhando apenas para o outro, enquanto Lorde Robert estava emburrado. Perfeito.

A criada se aproximou a passos apressados de Catelyn e, propositadamente, se atrapalhou na caminhada, deixando a bandeja escapar de suas mãos e a xícara, bem como o bule, caíram na direção da princesa derramando nela todo o chá quente que havia. Ela se levantou de supetão tentando se proteger, porém seu vestido ficou molhado com o líquido quente e seus braços ficaram levemente avermelhados.

— Margareth! – ela exclamou tomada pela surpresa.

— Mil perdões... Alteza...! – a criada disse enquanto se levantava do chão.

— SUA IRRESPONSÁVEL! – Landon berrou exasperado. – OLHA SÓ O QUE VOCÊ FEZ!

Margareth nada respondeu, apenas tratou de pegar o bule e a xícara e colocá-los de volta à bandeja e repetiu o “Mil perdões, Alteza”. Catelyn, na intenção de tentar acalmar os ânimos, disse:

— Não é pra tanto, Landon! Foi um acidente! Não é preciso gritar com a Margareth assim!

— Mas você...

— Landon, eu estou bem! Eu só preciso me limpar e trocar o meu vestido!

— Vou pedir para que tomem providências a seu respeito, Margareth... – Landon olhou para a criada. – Porque não é a primeira vez que você faz isso. Agora, se retire.

— Como quiser, Alteza.

Margareth se retirou e, quando tomou uma boa distância, sorriu em comemoração ao que conseguira fazer. Só de ver a princesinha em uma situação embaraçosa, valeu a pena ser escorraçada por Landon. Um dia iria conseguir a atenção dele em outros sentidos e, quando conseguisse, iria se entregar a ele de corpo e alma!

— E você, Robert? – Landon olhou torto para Robert. – Para que eu o coloquei como guarda-costas da Cat?

— Ei! – o Lorde da Terra protestou. – O que eu tenho a ver com o que a Margareth fez?

— Você deveria ter protegido a Cat!

— Como é que eu iria adivinhar que aquela esquisita iria tropeçar e cair?

— Ela está grávida, não pode passar por esse tipo de coisa!

— Landon, você está exagerando!

— Eu sou apenas um futuro pai de família que está preocupado com o bem-estar da mulher e do filho que vem por aí!

— Landon! – Catelyn chamou a atenção do príncipe. – Por favor, tenha calma... Eu estou bem. Não precisa brigar com o Lorde Robert por causa disso...!

— Cat... – Landon ia protestar.

— Vamos fazer o seguinte... – ela usou um tom conciliador. – Venha comigo aos nossos aposentos. Enquanto eu me limpo e me troco, você chama o Reid para me examinar e ter a certeza de que está tudo bem. Pode ser assim?

 

*

 

— Como ela está, Reid? – Landon questionou.

— Vossa Alteza não tem com o que se preocupar. – Reid respondeu com um sorriso tranquilizador. – A princesa Catelyn apresenta apenas uma leve vermelhidão nos braços, mas isso é normal e sai com o tempo.

— Eu disse a você, Landon. – Catelyn sorriu enquanto se levantava da cama, já com outro vestido. – Está tudo bem comigo, você está se preocupando à toa.

— Bem... Eu só queria uma garantia de que estava de fato tudo bem com você e o nosso filho, Cat.

— Agora já a tem, então pode ficar tranquilo. – olhou para Reid. – Obrigada, Reid, por vir.

— Disponha, Alteza.

O sucessor de Gregory logo se retirou, deixando o casal a sós. Catelyn voltou seu olhar para o marido que aparentava estar mais aliviado. Sentou-se na cama e o convidou a fazer o mesmo. Tão logo ele se sentou ao seu lado, ela olhou nos olhos dele e disse:

— Landon... Antes de eu ir ver a sua mãe, gostaria de conversar com você.

— Sobre o quê?

— A sua superproteção com relação a mim.

— Você acha que eu estou sendo superprotetor?

— Não gostaria de deixá-lo chateado, mas eu acho que você está exagerando nos cuidados para comigo.

— Eu não acho que estou exagerando. Só quero que tudo corra bem com você e com o nosso filho.

— Eu sei que sim. – ela sorriu com doçura. – Mas eu estou bem, não é preciso ter tanto cuidado. Eu não estou doente.

— Eu sei que não está, mas penso que mesmo assim você precisa de mais cuidados. Apenas me preocupo com os seus enjoos e com a possibilidade de você desmaiar e se machucar.

— Landon...

— Bem, vou chamar o Robert para acompanhá-la até onde a minha mãe está... Só por garantia.

— Landon, não precisa...

Ele pousou seu dedo indicador nos lábios de Catelyn e sorriu:

— Precisa, sim, meu amor. Espere aqui.

Landon deu um rápido beijo em sua esposa e saiu de seus aposentos a fim de ir chamar Robert novamente para ser o guarda-costas de Catelyn. Ao passar pelos corredores, foi interceptado por Astrid:

— Landon, eu gostaria de conversar com você agora.

— Não pode ser daqui a pouco? Eu estou indo chamar o Robert, e...

— Não posso esperar, meu filho, porque daqui a pouco a Catelyn vem para me ajudar em algumas tarefas.

— Bem... Eu estou indo chamar o Robert justamente para acompanhar a Cat até a sua sala.

— Landon, não é preciso fazer isso!

— Mas a Cat está grávida e requer cuidados!

— Claro que sim, mas não é esse tipo de cuidados.

— Não?

— Não, Landon. Ela está grávida, não doente. Não é preciso ter um guarda-costas para evitar que ela desmaie.

— Mas são nove meses!

— Não serão nove meses de enjoos. E enjoos são perfeitamente normais, só acontecem no início. Daqui a um ou dois meses a Catelyn já não terá mais nada.

— Como tem essa certeza?

— Eu tive exatamente esses mesmos sintomas enquanto você crescia dentro de mim. Eu fiquei enjoada, cheguei a desmaiar em um dado momento, mas isso passou. Depois fui vendo você crescer cada vez mais, mas não senti mais enjoos. Fiz praticamente todas as minhas tarefas diárias até praticamente o final, só parei mesmo por volta de uma semana antes de você nascer. A Catelyn passará por tudo isso também e o importante é que ela aproveite cada instante. Será uma experiência maravilhosa para ela.

Astrid deu uma breve pausa e sorriu, para depois prosseguir:

— Landon, lembra quando você era pequeno e que eu esperava o seu irmão?

— Sim, eu me lembro, apesar de ser meio vago. Eu era muito pequeno.

— Você se lembra do que eu fazia naquela época? Eu fazia tudo normalmente, até passear de grifo.

— É... – Landon coçou o queixo pensativo. – Nesse ponto a senhora tem razão, mãe. Olhando por esse lado, eu realmente estive exagerando o tempo todo.

— Os cuidados que você precisa ter com ela são apenas os que você já tem dado. O amor e o carinho que você já dá a ela são mais do que suficientes. Não é necessário ser tão superprotetor, porque ela está ótima... E cada vez mais linda e radiante.

— Tudo bem, mãe. – ele disse com um sorriso. – Eu farei isso. Obrigado.

Quando ele saía para chamar Catelyn, ela já se aproximava, pois já estava na hora de cumprir com suas tarefas. Antes de ela acompanhar Astrid, Landon a interceptou e disse:

— Cat, eu acabei de ter uma conversa com a minha mãe e ela me mostrou que você estava certa o tempo todo. Estou até meio envergonhado de tudo o que fiz.

— Landon, tudo bem. – ela sorriu. – Eu sei que você não fez por mal. E vejo que está mais tranquilo agora.

— Estou, sim.

— Fico feliz por isso. – ela deu um rápido beijo nos lábios do marido. – Mais tarde nos encontramos.

Assim, Catelyn e Astrid seguiram o caminho até a sala da rainha zardreniana. Landon permaneceu ali, vendo as duas adentrarem o recinto e sorriu mais uma vez. Por que exagerar, se sua amada estava de fato muito bem? Isso já bastava para ele agora.

Virou-se e se dirigiu para os jardins. Enquanto caminhava despreocupadamente, começava a contar os dias para o nascimento de seu filho com Cat. Mal podia esperar por esse momento!


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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