Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 111
Uma mãe preocupada e uma mãe despreocupada


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Vanessa BR aqui trazendo capítulo novo! Boa leitura!



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Aquelas palavras proferidas por Gregory só fizeram com que a preocupação de Astrid e Cassius com relação ao filho aumentassem ainda mais. Landon permanecia adormecido, porém seu rosto bastante pálido denunciava que seu estado de fato se agravara.

Pelos deuses... O que acontecera a ele...?

— Gregory... Tem como ao menos tentar investigar o que pode ter causado essa piora? – Astrid questionou.

— É o que farei, Majestade. – o conselheiro respondeu. – Porque foi uma piora, de certa forma, súbita.

— Eu agradeço, e... – ela olhou para o filho que continuava mergulhado no sono. – Bem, eu vou ficar com ele. Não vou conseguir fazer qualquer coisa com ele assim.

— Astrid, não tem nenhum compromisso externo, ou audiência? – Cassius questionou.

— Hoje eu não tenho audiências, apenas a leitura de algumas cartas e de um relatório. Posso fazer isso depois. Eu não quero sair de perto do Landon... Não, enquanto ele não tiver nenhuma melhora.

— Talvez seja melhor fazer isso mesmo, enquanto o Gregory procura descobrir algo. Eu vou ter que ir à sala de reuniões, estou sendo aguardado pelos governadores de duas províncias da região oeste de Zardren. Qualquer coisa, podem me chamar.

— Pode deixar, Cassius. Eu fico aqui com o nosso filho.

O rei zardreniano deu um rápido beijo nos lábios de sua esposa e saiu dali, ao mesmo tempo em que Gregory também se retirava após uma reverência rápida. Astrid, após a saída dos dois homens, se sentou ao lado da cama de Landon e, por alguns instantes, contemplou o rosto pálido do jovem. Em seguida, afastou uma mecha de cabelo com cuidado e pôs sua mão na testa dele, sentindo que a febre ainda não abaixara.

— Landon, meu filho... – ela acariciava os cabelos negros do rapaz enquanto demonstrava estar de fato preocupada. – O que está acontecendo com você...?

O estado do jovem a preocupava. Não gostava de vê-lo daquele jeito. O que pode ter feito com que o coração dele ficasse mais enfraquecido do que já estava? Era algo momentâneo, o que já deveria começar a se reverter. Seu coração de mãe lhe dizia que alguma coisa ali estava errada, e que deveria tentar perguntar ao próprio filho a respeito.

Enquanto ele não acordasse, ficaria pedindo aos deuses de Emperius para que fossem bons para com seu filho. Ele não merecia sofrer tanto... Precisava melhorar, para que seu coração de mãe ficasse mais aliviado.

Esperava que Gregory reaparecesse com alguma descoberta animadora, ou que Landon acordasse logo para que pudesse conversar com ele. Queria saber do próprio Landon como ele estava se sentindo, e também dar um apoio para ele.

Seu coração de mãe dizia que, de alguma forma, seu filho precisaria muito dela ali... E ali ela ficaria, esperando pacientemente que ele acordasse.

*

Acordou de mais um sono bastante agradável de beleza. Aquele tempo de repouso absoluto após trazer Lenon ao mundo compensava o seu grande e heroico esforço para tal feito. Aliás, aquela era a sua recompensa por tamanho sacrifício para agradar ao senhor seu marido.

Do resto, as criadas cuidariam...

... Ou não.

Susan apareceu com o bebê em seus aposentos e fez uma reverência à rainha alkavampiana, que logo torceu o nariz para o menino, que chorava muito. Fuzilou a criada com o olhar e perguntou:

— O que faz com esse moleque aqui?

— Majestade – Susan respondeu. – O pequeno príncipe Lenon está com fome e precisa mamar.

— Eu já não disse para arranjar uma ama-de-leite para ele?

— Sim, mas procurei em todo o palácio alguma criada que houvesse dado à luz recentemente, porém não encontrei nenhuma. Sua Graça não tem outra escolha a não ser amamentá-lo.

— Tem certeza de que isso vai acabar com o berreiro desse menino?

— Absoluta, Majestade. Ele precisa ser alimentado, mas é preciso que seja do leite materno.

— Eu já sei, foi pra isso que foi mandado que se providenciasse alguma criada para ser ama-de-leite.

— Infelizmente não há nenhuma criada que possa fazer isso. Terá que amamentá-lo.

Completamente contrariada, Jeyne revirou os olhos. Realmente não tinha outra escolha, já que era seu dever dar um herdeiro ao seu marido... E não deixar o moleque morrer à míngua.

— Me dá esse moleque! – ela bufou.

Susan entregou a criança para a rainha alkavampiana, que ofereceu o seio ao menino, que imediatamente o sugou com grande vontade. Pelo menos agora ele parava de chorar. Já que não havia uma ama-de-leite, o jeito era fazer mais um sacrifício.

“Eu só espero que os meus seios não caiam depois dessa...”, pensou. “Já me sacrifiquei demais engordando e sofrendo tanta dor pra parir esse pirralho...!”

*

Astrid viu Landon abrir seus olhos com alguma dificuldade, o que indicava que ele começava a emergir de seu sono forçado. Colocou sua mão sobre a testa do filho, sentindo que sua febre baixara um pouco, mas não o abandonara.

— Mãe...?

— Como se sente, Landon? Melhorou?

— Não muito... Ainda sinto frio e...

Landon fez uma careta de dor, o que fez com que sua mãe se preocupasse:

— O que houve?

— Uma pontada... No meu peito. Será que isso não vai passar...?

— O Gregory está procurando uma solução para isso.

— Ele não descobriu por que eu piorei?

— Ainda não. Mas ele vai descobrir.

O semblante abatido do jovem preocupava Astrid mais e mais. Não era do feitio dele ficar daquele jeito, com um olhar tão perdido. Tinha a sensação de que havia algo mais do que apenas aquela repentina piora no estado de Landon.

— Landon... Você está sentindo mais alguma coisa?

— Eu me sinto fraco. E... Bem, aquilo tudo o que te falei antes.

— Tem certeza? Não tem nada mais?

Tinha, sim. Landon tinha, sim, algo mais, mas não queria contar. Não queria deixar sua mãe ainda mais preocupada do que já estava. Uma profunda tristeza e um grande abatimento tomavam conta de todo o seu ser. Era como se houvesse perdido algo muito importante...

... E realmente perdera algo importante para ele. A sua maior tristeza era essa, de tudo o que sonhara desde menino ter ido à ruína em questão de minutos! E, para completar, até mesmo o seu físico piorara de uma hora para outra!

Sentia-se péssimo, horrível... Completamente fraco. Por que contar tudo, se iria apenas preocupar ainda mais sua mãe, que provavelmente abrira mão de seus compromissos só para ficar com ele?

— Landon... Se quiser falar sobre qualquer coisa, estou aqui para te ouvir, filho.

— Não se preocupe comigo, mãe... Eu vou ficar bem.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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