O rei Cassius e a rainha Astrid estão na sala de jantar privativa para a família real, esperando Landon para tomarem o café da manhã juntos, como fazem todas as manhãs. Mas, para surpresa dos dois, Landon ainda não desceu para tomar o café da manhã e, isso faz com que tanto rei quanto rainha estranharem pois, Landon não tem o costume de se atrasar para o café da manhã e, consequentemente, ara as suas obrigações do dia, o príncipe zardreniano sempre foi muito pontual.

— O Landon está atrasado. – comenta a rainha zardreniana – Ele nunca se atrasa.

— Tem razão, Astrid. – concorda o monarca – Será que ele perdeu a hora?

— Acho pouco provável, meu amor. O Landon sempre foi muito responsável, desde que era apenas um garotinho. Se não se importa, vou até o quarto dele ver o que está acontecendo, esse atraso dele me preocupa justamente pelo fato de que ele não é de se atrasar.

— Eu vou com você, querida.

Os dois se levantam e, preocupados, começam a caminhar pelos corredores, indo em direção aos aposentos de Landon, para descobrirem porque o filho se atrasou para o café da manhã.

Chegam nos aposentos de Landon e, adentram os aposentos sem ao menos baterem na porta. Atravessam a ante sala do aposento privativo do filho e seguem para o quarto, onde encontram Landon deitado e, enrolado em alguns edredons. Imediatamente, rei e rainha se aproximam da cama do filho e, ao vê-lo, eles imediatamente veem Landon tremendo e suando muito.

Astrid coloca a mão na testa do filho e, percebe que ele está ardendo em febre.

— Ele está com febre, Cassius. – fala a rainha, sua voz mostrando toda a sua preocupação.

— Eu vou chamar o Gregory. – fala o rei.

Em seguida, Cassius se retira, a fim de ir chamar o Conselheiro, deixando mãe e filho a sós.

Astrid tenta acordar Landon, com movimentos suaves enquanto vai chamando por ele. No começo, o rapa não reage, mas, pouco a pouco, seus olhos vão se abrindo e, ele encara a mãe.

— Mãe...? – a voz do príncipe soa demasiado fraca.

— Landon, o que você tem, filho? – pergunta a rainha zardreniana, preocupada.

— Eu não sei... – reponde Landon, a voz ainda fraca – Sinto muito frio... E meu coração dói...

Não demora muito e, Cassius retorna, junto com o Conselheiro Gregory que, se aproxima da cama do jovem príncipe e começa a examiná-lo.

***

Em Alkavampir, Daithi está em seu escritório particular com Jerome, escutando o relatório do líder da Companhia dos Dragões das Sombras sobre como andam as investigações no palácio real zardreniano e, ficando muito satisfeito com o que está escutando, pois mostra que a Companhia secreta do reino de Alkavampir é realmente muito eficiente.

E, enquanto escuta o relatório de seu comandado, saboreia uma taça de vinho, enquanto um sorriso da mais pura satisfação estampa os seus lábios.

— Pelo sorriso nos lábios de Sua Graça, devo deduzir que está satisfeito com o trabalho de seu servo. – a voz de Jerome se faz ouvir.

— Muito satisfeito, Jerome. – observa Daithi, após tomar outro gole de vinho – Principalmente depois de saber que o principezinho chorão está de cama após ter um quase colapso por conta de um pesadelo. O principezinho zardreniano realmente é muito mais fraco do que eu imaginei.

— Pelos resultados das nossas investigações, o príncipe não passa de um tolo de coração fraco.

— E o destino dos fracos é a morte. No caso do príncipe mimado de Zardren, ele cairá, junto com todo o reino dele, e, assim que o reino livre de Zardren cair, eu serei definitivamente o senhor de Emperius!

Jerome, após uma breve reverência, deixa o escritório de Daithi e, ao se ver sozinho, o rei alkavampiano se levanta e, ainda com a taça de vinho em suas mãos, caminha até uma das amplas janelas e, seu olhar vai diretamente para o horizonte, onde se localiza o reino livre de Zardren.

O Grande Oráculo o aconselhou a ter paciência e, por mais que isso seja difícil, é o que está tentando fazer, pois, toda essa paciência, no final, irá valer a pena!

Graças a sua Companhia dos Dragões das Sombras, descobriu que o príncipe herdeiro anda doente, o que é bom, porque isso significa que o futuro rei será fácil de ser derrubado!

O seu grande empecilho para ser efetivamente o senhor de Emperius é Cassius de Zardren. Mas... Não o será por muito tempo, é só questão de continuar a seguir os planos traçados pelo Grande Oráculo de Alkavampir e, o último reino livre de Emperius irá cair!

Sorri em antecipação, porque ele, Daithi de Alkavampir, será aquele que fará o que nenhum outro rei de Alkavampir foi capaz de fazer: ele será aquele que acabará com o reino livre de Zardren, e, faz questão de acabar pessoalmente com a vida de um certo principezinho mimado e chorão!

O príncipe Landon de Zardren deverá cair por suas próprias mãos!

***

No palácio real zardreniano, o Conselheiro Gregory está terminando de examinar Landon, que continua a ardem em febre e tremendo muito. Os pais do jovem príncipe olham para o filho preocupados pois, nunca viram Landon tão mal como ele está agora.

O Conselheiro Mago zardreniano dá ao jovem príncipe uma poção que, faz com que ele durma rapidamente, além de fazer também com que diminua um pouco a dor que Landon sente em seu coração.

E, quando percebe que o príncipe herdeiro do trono de Zardren está em sono profundo, seu olhar se volta para os rostos extremamente preocupados de seu rei e sua rainha. Sabe que eles esperam respostas quanto ao estado emocional de seu filho, mas, infelizmente, não pode dar a eles a resposta que eles esperam ouvir.

— Conselheiro Gregory, o Landon vai ficar bem? – a voz da rainha zardreniana é a da mais pura aflição.

O Conselheiro de Zardren suspira pausadamente, pedindo em uma prece silenciosa que todos os deuses de Emperius iluminem sua mente e ele consiga escolher as palavras certas para dizer. E, após alguns minutos, as palavras parecem chegar a sua mente.

— Perdoe-me, Sua Graça, mas eu ainda não tenho uma resposta para essa pergunta.

— O que você quer dizer com isso, Gregory? – questiona o rei zardreniano.

— Que o coração do Príncipe Landon está mais enfraquecido do que eu julguei, e, não sei as razões para isso estar acontecendo.