Muito longe da nossa galáxia, um planeta chamado Emperius vive há mil anos em guerra. Inicialmente, existiam dez reinos livres, estes, eram os reinos de Alkavampir, Eufinya, Hanndin, Destriny, Unya, Mynhan, Essysty, Westafhyn, Cynssasty e Zardren. Desses dez reinos, cada família real é dona de um poder místico e especial e, as duas Casas Reais mais poderosas sempre foram às casas reais de Zardren e Alkavampir.

O reino de Alkavampir quer cobrir o mundo de Emperius de trevas e, quer ser o único reino a dominar o mundo. Por este motivo, conseguiu conquistar oito dos nove reinos e, em mil anos, o único reino a continuar resistindo, é o reino livre de Zardren.

E, é no reino livre de Zardren que essas crônicas se iniciam...

No céu azul de um lindo dia neste reino, em um vilarejo em uma das províncias do dito reino, uma senhora lava roupa na beira de um rio. Esta mulher tem uma aparência que, mostra claramente que ela já tem certa idade. Algumas rugas em seu rosto pálido, os cabelos, uma mistura de loiro com dourados, começando a se esbranquiçar e, tem aparência de ter os seus cinquenta anos de idade.

A mulher termina de lavar sua roupa, coloca todas elas em um cesto, volta para sua pequena casa, não muito longe dali. Estende as roupas no varal e fecha os olhos. É então que ela tem uma visão: uma batalha sangrenta entre dois homens e, só um deles sairá vencedor. Luz e trevas em um combate mortal.

A mulher entra em sua casa, se senta em uma cadeira e volta a fechar os olhos, voltando a ter visões do que parece ser o futuro. Visões que pouco a pouco vão tomando forma, até que ela finalmente consegue compreender o que elas significam.

− Esta noite, nascerá para todo Emperius aquele que deverá libertar este mundo das trevas na qual há mil anos somos prisioneiros...!

*****

A tarde chega, e, no palácio real de Zardren, uma mulher está sentada em um banco no jardim. Ela tem uma bela aparência, cabelos negros e lisos em altura mediana, olhos de um castanho intenso, a pele branca e os lábios bem rosados, e, está claramente em sua fase final de gestação. Ela usa um longo vestido branco com bordados azul bebê, que dão a ela um ar bastante elegante.

Leva a mão ao ventre volumoso ao mesmo tempo em que sente uma leve contração. Será que já está na hora de seu bebê vir ao mundo?

Enquanto este pensamento lhe vem à mente, ela vê andando pelos jardins um jovem de vinte anos. Estatura mediana, cabelos castanhos na altura do ombro, olhos igualmente castanhos e, de uma calma aparência. Ele anda pelo jardim com um livro em mãos e, parece bem distraído.

A mulher geme entre uma contração e outra e não tarde em chama-lo:

− Reid, por favor, venha aqui!

O jovem Reid imediatamente fecha o livro que tem em mãos e se aproxima da mulher, dobrando os joelhos em sinal de reverência e levantando em seguida.

− Em que posso ser útil, rainha Astrid? – pergunta o jovem.

− Por favor, chame o Conselheiro Gregory, acho que já está na hora. Encontre o Cassius também e peça para que ele venha até aqui, acho que não tenho condições de subir até os meus aposentos sozinha.

− Farei conforme a sua vontade, Sua Graça.

Dizendo estas palavras, Reid se retira e, a passos apressados, vai direto para a sala do trono, pois sabe que encontrará o Rei Cassius lá. E, acha melhor ir falar com ele antes de procurar pelo Conselheiro Gregory.

Após ser devidamente anunciado, o jovem Reid adentra a sala do trono e, se ajoelha ante a presença de seu rei. Um homem de estatura mediana, com um bom porte físico, cabelos curtos e negros e olhos castanhos.

− Sua Graça. – Reid decide ir direto ao ponto – Sua Majestade, a rainha Astrid me pediu para chamá-lo. Ela está no jardim, e não se sente bem, acha que já está na hora. Se me permite, vou agora mesmo avisar ao Conselheiro Gregory.

− Permissão concedida, Reid. – a voz de Cassius se faz ouvir.

Ao mesmo tempo, rei e servo deixam a sala do trono, seguindo em direções opostas, Reid para procurar pelo Conselheiro Gregory e o rei Cassius para ir até a sua rainha, a fim de ajudá-la a chegar até os seus aposentos.

*****

− Está demorando muito. – o rei Cassius comenta, a voz carregada de preocupação após ouvir mais um grito de dor, do lado de fora de seus aposentos.

− Acalme, se homem! – responde um homem a seu lado.

Este homem tem a pele bronzeada, olhos negros e cabelos também negros, curtos. Olha para seu rei com compreensão e sorri.

− Para você é fácil falar, Ferdinand. – comenta Cassius, a ponto de querer abrir a porta e adentrar o quarto, só para ficar ao lado da esposa.

− Eu passei por esta mesma angústia semana passada, esqueceu? – comenta Ferdinand, novamente tentando tranquilizar o amigo – Sei que sou apenas um Lorde da Água a seu serviço, e que a Astrid está trazendo não apenas uma criança ao mundo, mas sim o sucessor do trono de Zardren. Mas acredite, Cassius, semana passada, quando a Adrienne estava sofrendo para trazer o Marden ao mundo eu estava passando por essa mesma angústia que você está passando agora e, foi você quem esteve ao meu lado me tranquilizando, bem como o William. E, daqui a alguns dias, seremos nós dois a darmos apoio para o William, porque não falta muito para a Elise dar a luz também.

Mau Ferdinand termina de falar e, se junta aos dois um terceiro homem, alto e bastante musculoso, mas sem ser exagerado, na medida certa. Olhos castanhos claros e cabelos loiro escuros, ondulados e curtos.

− O que estão falando de mim?

− Estávamos falando que, daqui a alguns dias, será você a passar pela angústia que o Cassius está passando agora.

Cassius não consegue mais prestar atenção nos dois, e, se volta para a porta, onde os gritos de Astrid continuam a ecoar.

*****

Astrid grita mais uma vez de dor, ao mesmo tempo em que seu Conselheiro Gregory, um homem de setenta anos, os cabelos todos grisalhos, devido à idade e, os olhos cor de mel mostrando uma grande sabedoria e apreensão.

− Força, Sua Graça. – fala o Conselheiro – Só mais um pouco. O bebê está chegando!

O rosto da rainha está completamente molhado de suor e, suas lágrimas de dor se misturam ao suor de seu rosto, enquanto sente, pouco a pouco, as contrações se tornando cada vez mais fortes e, consequentemente, mais difíceis de suportar.

Mais um grito de Astrid se faz ouvir, ao mesmo tempo em que ela sente outra contração. Os lençóis brancos da enorme cama king size já estão bastante vermelhos e sujos com seu sangue, enquanto ela continua fazendo força para trazer o herdeiro do trono de Zardren ao mundo.

Gregory continua seu trabalho, murmurando palavras para a rainha zardreniana ao mesmo tempo em que faz uma leve pressão em seu ventre, para ajudar a criança a nascer. Sabe que falta muito pouco agora.

− Só mais um pouco, Sua Graça. – O Conselheiro volta a falar – Só mais um pouco e o bebê estará em seus braços.

Mais um grito agudo e profundo de Astrid e, o Conselheiro começa a ver a cabeça do bebê.

− Isso, Majestade! Continue assim, eu já estou vendo a cabecinha dele!

E, entre gritos de dor entre várias contrações, Gregory começa a puxar a cabeça do bebê com cuidado e, depois que o corpo, ao mesmo tempo em que um choro de recém-nascido ecoa por aquele quarto, anunciando a chegada do herdeiro do trono.

− É um menino, Sua Graça! – anuncia o Conselheiro – Acaba de nascer o futuro rei de Zardren!

Uma criada dá uma tesoura para o Conselheiro, que corta o cordão umbilical da criança e, e, seguida, enrola o pequeno em um lençol limpo, entregando-o a uma cansada rainha Astrid.

− Um príncipe nasce esta noite. – sussurra a rainha – E ele se chamará Landon!