[PVO BELLA]

 

-BELLA! -Tinha quase certeza que era a voz de Edward que chama-va por mim. Outra alucinação me assombrava. Estavam cada vez mais constantes. A culpa me perceguia, me fazendo ver coisas onde elas não existiam. A saudade de Edward era grande. Meu coração batia fraco ao sentir sua falta.

 

Mas eu não podia desistir. Não agora. Tinha que lutar. Por ele. Por mim. Por nós

 

-BELLAA!  – Novo grito ecoou em minha cabeça. A voz de Edward perseguia-me.

 

-Edward !- Murmurei.

 

Sabia que era alucinação, mas algo mais forte que eu me fez olhar para trás. E…Eu vi-o.

 

-EDWARD!

 

Ele estava realmente lá. Um pouco atrás, podia ver Alice, com um pequeno sorriso em seus lábios.

 

Mas, foi então que algo que ninguém esperava aconteceu. Foi rápido demais. Foi feroz demais.

 

Minhas pernas se moveram para seu encontro, mas de repente, era tarde demais. Quando cheguei a seu lado, minha força se extraiu de meu corpo. Minhas pernas bambas caíram e fiquei somente de joelhos.

 

-EDWARDD!! EDWARD!! NÃO! – Meus braços o abraçavam, e lágrimas molhavam sua camisa.

 

-EDWARD! POR FAVOR!!!- Gritava eu em vão. Desesperada, peguei sua mão e botei-a perto de meu coração.- Amor! Por favor! EU perciso de você! –Minha voz estava tremida, devido ao choro, mas eu não me importava. EU somente queria que ele ouvi-se minhas palavras. Ele percisava ficar bem!

 

Pousei minha cabeça em seu peito e chorei.

 

-Bella! Por favor! A ambulâcia chegou! Deixa eles levarem Edward. Ele vai ficar bem! Eu prometo!

 

-A culpa é minha Alice! Toda minha!

 

-A culpa não é de ninguém! Nem sua…Nem minha! Vem, ele vai ficar bem!

 

Levantei minha cabeça, olhando para Alice, que tal como eu chorava. Pude ver uma ambulância perto de nós. Me levantei e deixei os médicos levarem o corpo de Edward.

 

Ele parecia tão vulnerável. Tão sem vida.

 

Meu coração batia freneticamente com medo. Medo e culpa.

 

Alice me deu sua mão e me levou até seu carro.  Conduziu até ao hospital. A velocidade do carro ultrapassava os 200 km/hora. Em qualquer outra altura, eu estaria reclamando, mas agora, eu somente queria que ela bota-se o pé no acelerador para chegar no hospital.

 

Mal chegamos às instalações do hospital, Alice estacionou o carro e junto comigo, correu para a porta de entrada.

 

Era impossível não ficar apavorada enquanto entrava naquele enorme hospital, as pessoas olhavam a gente de forma brusca, enquanto corriamos feito loucas, ambos não sabiamos onde Edward estava, só queriamos correr ate encontra-lo.

 

Eu sabia que Edward não era o culpado, ele nunca foi, era a minha culpa, somente minha, eu que devia esta lá, não ele! Eu deveria esta na beira da morte, eu devidamente deveria morrer.

 

Fechei meus olhos tentando ao maximo não me matar naquele momento, pois todos os meus pensamentos, todas as minhas angustias eram viradas só para uma pessoa: Ele! Parei de correr junto a alice, enquanto ela pedia informação a  uma infermeira que ainda me olhava incrédula ,talvez pelo fato de alice contar cada detalhe do que havia ocorrido ou ate mesmo por ela não ter ido com  a minha cara.

 

Alice me olhou com os olhos marejados e me puxou pela mão, eu deveria esta em choque, quem não estaria, o amor de sua vida esta enternado e  a culpa é sua, eu simplismente era uma idiota, uma burra.

 

- Bella liguei para Esme e avisei o que ouve, ela entrou em pânico mais, e esta vindo para cá.- Alice me avisou com a voz tremula, eu sabia que ela devia esta em pânico, se deixar pior do que eu, isso simplesmente acabava comigo.

 

- Venha, vamos sentar a espera de informações, talvez eles nos falem algo, não vamos perder a esperança. – Alice conserteza era mil vezes mais corajosa do que eu, era forte e ao mesmo tempo sensível. Como ela conseguia? Olhei varias e varias vezes o relógio em busca de alguém sair daquela maldita sala e dar alguma noticia, era como se eu esperasse a minha morte, sinteticamente poderia considerar aquilo a minha morte, pois sem Edward parecia que não tinha vida, não havia sentido sem ele.

 

A ultima coisa que me lembro foi dos olhos de ambos cheios de lagrimas e minha cabeça encostada no ombro de Alice. Eu devidamente havia dormido.

 

[...]

 

Acordei meio zonza por causa da forma em que dormi, abri os olhos e percebi que havia mais gente ao nosso lado. Pude constatar que era Esme e o resto da família. Sim eram eles reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

 

- Bella, querida acordou!- Esme forçou um sorriso para mim, enquanto eu tentava sem nenhuma vitoria fazer o mesmo.

 

- Alguma noticia? Como ele esta? Ele acordou?- Eu parecia uma louca, falava coisas exatamente sem sentido. Mas eu sabia que a preocupação era enorme e eu devidamente precisava de alguma noticia.

 

- Não querida, o medico disse que nos informaria caso algo mudasse. - Aquela alegria que ela tentava colocar em seu rosto se fora, deixando à tristeza a mostra.

 

- Senhores Cullens?- Um medico havia parado a nossa frente, devidamente com noticias. Eu me lembrava da ultima vez que isso aconteceu, e não terminou bem...

 

 - Sim somos!- Percebi o medo na voz de Esme, conserteza ela devia esta pior do que eu, afinal ela era a mãe, e eu? Uma simples idiota que entrou em sua vida.

 

-  Pelo o que descobrimos o seu filho é cego, certo. - O medico perguntou afirmando, Esme apenas concordou com a cabeça, esperando o medico continuar.

 

- Foi descoberto que tem uma forma de fazer um cego enxergar. - O medico disse atencioso o que me fez quase cair para trás ao saber dessa nova novidade.

 

- Existe? Eu não sabia... Mas como é feita essa cirurgia?- Esme parecia pensar a mesma coisa do que eu naquele momento, ela devidamente sabia o que fazia.

 

- Bom para isso o doador tem que ser alguém morto, e que eu possa receber a autorização para fazer essa cirurgia por alguém de sua família. – O medico falava dde forma rápida e formal, como se isso fosse à coisa mais comum.

 

- Sim entendo. Quanto custa aproximadamente essa cirurgia?- Esme perguntou, seus olhos ganharam um brilho que não existia há dois minutos.

 

- Aproximadamente vinte mil dólares ou vinte e três mil, o máximo posso lhe garantir.- Esme olhou para Carlisle em busca de aprovação do marido. Eu não conseguia prestar a atenção direito na conversa, meus olhos brilharam com a idéia que acabara de ter.

 

- Pois  nos queremos essa cirurgia... Mas quem pode ser o doador?- Bem o brilho desapareceu novamente, pelo o que sei nenhum da família de Edward morreu há pouco tempo e os que morreram foram a anos. O médico olhou com um pedido de desculpas.

 

-  É... Minha mãe morreu a mais ou menos duas semanas... Bem eu autorizo a cirurgia... Claro se vocês concordarem. - Olhei para Esme e Carlisle, que me olharam com um sorriso enorme.

 

- Aonde sua mãe esta enterrada menina?- O medico agora se dirigia a mim, eu o olhei e logo respondi.

 

- Minha avó, quis o corpo de minha mãe aqui, então ele foi transferido para cá.- Tentava ao máximo parecer calma, para pelo menos Esme não entrar em parafuso. Mas com toda essa confusão duvidava muito alguém ficar como se nada tivesse acontecido. Eu poderia dizer que não estava totalmente em pânico, agora tinha algo que me animava... O fato de Edward voltar a enxerga era algo magnífico, pois eu sabia que era seu sonho, e o que mais me acalmava era saber que eu poderia realizá-lo.

 

- Então podemos fazer a cirurgia. Mais quero que saibam que a chance de tudo corre bem são enormes, agora só esperar a transferência e a cirurgia.

 

- Bem quando exatamente vocês vão poder realizá-la? – Esme definitivamente lia a minha mente, era difícil essa mínima pergunta ficarem batendo como martelo em sua cabeça, em busca mais e mais de respostas.

 

-  Pelo o que olhei na ficha do paciente, a cirurgia vai ser marcada para no mínimo esse final de semana, pois temos que fazer alguns processos antes.

 

Já esse final de semana? Como algo poderia ser tão rápido? Daqui a apenas três dias o amor de minha vida poderá por fim ganhar o que sempre quis realizar o seu sonho.

 

- Obrigada- Esme disse um pouco mais alegre pelas noticias recebidas, e logo resolvemos que era certo que todos nós fossemos descansar.

 

[...]

 

Com o passar do tempo, começamos a dividir horários dias e tudo mais, Esme ficava na parte da manha e Alice na de tarde, para mim sobrou à parte de noite, o que era bom.

 

Passar a noite no hospital não era meu robbie preferido, mais o importante era que eu estava com ele.

 

[...]

 

Bem já estava no dia tão esperado por nos, Esme estava em pânico assim como Alice e  eu. Todos nós estávamos de mãos dadas enquanto víamos os médicos passarem levando Edward ate a enorme sala de cirurgia. Pela primeira vez eu sabia que essa tinha sido a melhor escolha de todas.

 

[PVO EDWARD]

 

Pela primeira vez desde o momento em que entrei nesse hospital, nunca tinha me sentido assim, parecia que era algo novo.

 

Senti um pano sobre os meus olhos, mais logo senti mãos o solta-lo.

 

Pisquei incontrolavelmente, em busca de tentar acreditar no que estava acontecendo, não era possível, era um sonho? Só podia ser.

 

Eu pela primeira vez tomei coragem e me levantei, era estranho, mais era tão bom. Olhava o chão que era um piso branco um pouco amarelado e as paredes azuis clarinhas, olhei novamente a figura de um menino sobre o espelho, com os cabelos bagunçados e a cara meio amassada por ter acordado agora, estiquei as mãos em busca de tocar o reflexo e deixando lagrimas inundarem o meu rosto. Era real.

 

Virei o meu rosto sorrindo em meio as lagrimas e pude notar uma menina deitava no enorme sofá dormindo. Suas feições perfeitas mostravam que ela havia chorando há algum tempo, me dirigir ate o pé do sofá e afaguei o seu rosto.

 

Naquele momento eu sabia quem era aquela menina, eu reconheceria aquela pele em qualquer lugar. Era ela a pessoa por qual eu vim aqui, era por ela que vejo.

 

Pela primeira eu soube que vindo ate aqui tinha valido a pena, e que por mais que antes eu tenha sofrido e chorando eu sabia que tinha sido amenizado vendo-a.

 

- Edward?

 

Quando Você Me Olha Nos Olhos