T r y. escrita por Princess


Capítulo 1
T.


Notas iniciais do capítulo

Vamos. Quero que saibam que eu está falando serio, em relação ser dedicado a mim, por mais que pareça egoísta é verdade, porem não tou pedindo pena longe de mim, é só que toda vez que isso vier a minha cabeça eu se lembre da fic e venha ler.



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Encarar o seu reflexo no espelho, pode até ser algo simples para qualquer pessoa, é simplesmente se colocar na frente de um espelho. Mas pra mim é mais que isso, eu consigo ver defeitos que ninguém vê. Infelizmente fui obrigada a vê-los já que ninguém nunca me aceitou do meu jeito. Passo mais um pouco de maquiagem, droga de espinha. Ajeito mais uma vez meu vestido, um vestido colado que mostrava bem o meu corpo, mesmo não gostando dele teria que mostrar. Minhas mãos escorregam no corrimão da escada, morar em casa pequena sempre pode ser ruim, mas morar em uma enorme é pior, sempre a família está afastada, cada um em um cômodo. Sentei-me à mesa e peguei um pouco de fruta, que já estavam cortadas em cubos. Meus irmãos me encaravam, Karina estava tão mais feminina, o Miguel já estava praticamente um homenzinho, só faltava idade, o João feliz, Carla, uma das nossas irmãs adotiva, estava tão alegre com a possibilidade de poder conhecer os ídolos, Céu a mais normal da casa, a única coisa que lhe fazia diferente do resto casa, sem ser pela a sua cor escura, era o amor por vídeo game, talvez me lembrasse do João. Levantei, respirei fundo por causa do vestido que apertava ao ponto de dificultar minha respiração. Ouvir meu pai reclamar do tamanho do vestido, olhei partes trás, se ele ao menos soubesse do que eu tive de passar para caber nele. Continuo a andar, procuro não olhar para os lados, sempre tem alguém me julgando, alguns dizem que estou magra de mais, mas eu nunca consigo ver toda essa magreza. Entro na academia, vejo o Duca arrumando as coisas para o treino, sorriu e apenas o observo, não sentia mais nada por ele, meu coração não acelerava, éramos irmãos agora, subi as escadas e me deparei com Jade e Cobra namorando, pedi desculpa e caminhei, fui até a sala do Ed, se chegasse um segundo a mais ele iria me expulsar da sala. Sentei e demos inicio a aula, nada do que Ed falava entrava na minha cabeça, estava morrendo de fome, não consegui em nenhum momento me concentrar, assim que aula terminou corri até o banheiro dos lutadores, peguei a mochila de Duca e peguei algumas barras de cereal, ele sempre trás, comi uma, comi duas, comi três e ainda queria mais. Sair do banheiro e fui até o perfeitão, aonde pedir dois hambúrgueres para viagem, dois litros de refrigerante. Ao pegar corri para casa, com certeza não haveria ninguém e eu poderia comer sem que ninguém falasse. Após perder minha mãe e entender isso, tudo que eu passava era descontado na comida, aos treze passei a tentar emagrecer de qualquer forma e hoje em dia contínua sendo uma gorda, que só pensa em comida. Entrei no quarto, estava tudo tão quieto que nem fechei a porta simplesmente, comecei a comer, a cada mordida, uma culpa, cada mordida uma vontade de jogar tudo para fora. Após terminar de comer me sentia triste, um entulho que só serve para ser jogado fora, fui ao banheiro e me aproximei da privada, há algum tempo não faço isso, pois eu estava sempre me controlando, coloquei o dedo na garganta e simulei uma tosse, a comida passa pela minha garganta, o péssimo gosto e tudo de ruim que pode ser um vômito, coloco mais uma vez o dedo na garganta. Alguém me chama, olho é o João, ele se aproxima e segura meu cabelo, assim que termino de vomitar, dou descarga, e vou pia lavar minha boca. Ele fica me encarando.

- Você passou mal? Temos que ir ao médico, você não acha?

- Não precisa! - Falo me retirando do banheiro.

- Como não, você acabou de vomitar... - Ele se cala como se estivesse pensando em algo. - A não ser se foi de propósito, Bianca fale a verdade, semana passada no aniversário da Nat ela fez questão de comemorar aqui e você assim que acabou de comer o bolo veio no banheiro, você está mais magra do que sempre foi, não come direito... Bianca me diga que eu estou errado...

Meu corpo ficou mole, pedia para que tudo fosse apenas um pesadelo, joguei meu corpo sobre o seu e minha boca colou, um pouco sem querer, na sua, meus olhos se fecharam. Suas mãos seguraram a minha cintura, nem por um segundo desgrudou sua boca da minha, eu estranhamente gostava daquela situação, sentia-me tão protegida, uma louca sensação predominava em mim. Sua boca se rastejou até meu ouvido.

- Bianca, vamos pro quarto?

Respirei fundo e caminhei até o quarto de cabeça baixa, ao olhar o quarto os papéis dos hambúrgueres estavam espalhados e o refrigerante estava pela metade. Em uma tentativa inútil tentei limpar o quarto, só que o João me encarava da porta, sentia-me tão envergonhada.

- Ah Bianquinha, como tu não ia passar mal comendo desse jeito? – Ele pegou o refrigerante, abriu e deu um gole. – Alias, tava precisando viu?

Pego o refrigerante de sua mão, fecho e o empurro do meu quarto, ele vai saindo rindo e brincando, admito que dei risada, porem estava morrendo de vergonha, vergonha dele, do mundo e de todos que aparecesse naquele momento. Ao chegar à porta ele se virou e me fez cair em cima do seu peito e ele novamente me segura, só que agora eu sinto uma vontade de beija-lo e não reprendo o beijo.


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Notas finais do capítulo

Lembrando, fic movida a comentário.



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