A Seleção de Arendelle escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 31
Tenerife Sea


Notas iniciais do capítulo

GENTE EU TO INDO VIAJAR!

Eu não vou poder postar capítulo durante a viagem porque deixarei o pc em casa, porém assim que eu voltar postarei três capítulos!

NÃO DESISTAM DE MIM!

E me desejem boa viagem, estou indo agora!
Me acompanhem no insta: Ana Lattaruli



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/649048/chapter/31

No capítulo anterior de A Seleção De Arendelle...

 

Rapunzel causou ciúmes em Elsa, quem mandou dançar com o selecionado preferido dela? Opa, preferido? Tem certeza? 

Jack está fazendo de tudo para se comportar nesse baile, o que é um acontecimento raro porém possível. Ele está mostrando para Elsa que pode muito bem ser um Rei quando quer. 

Ela aceita a sua proposta de dançar ao som de uma música que lhe traz más lembranças do seu passado...

 

E isso foi o que você viu em A Seleção De Arendelle!

 

*

 

 

 

Between the bars - Elliot: People you've been before that you don't want around anymore, they push and shove and won't bend to your will. I'll keep them still.

 

*

 

 

O salão nos acolhe como um abraço, ficamos no meio dele. As pessoas nos olham de soslaio, mas não param suas danças.

Anna dançava com Kristoff, suas mãos em volta do pescoço dele, sua cabeça apoiada no ombro dele, tudo nele, menos o olhar. O olhar estava em Lia.

Lia, por sua vez, dançava com Watt e ria por diversas vezes. Seus olhos não encontravam os da Anna em nenhum momento.

Finjo não perceber.

Concentro-me em Elsa, seus braços ao redor do meu pescoço me causam arrepios, que tento em vão controlar. Minha mão direita em sua cintura acompanham o ritmo do corpo dela e nossas respirações se entrelaçam algumas vezes. Tenho vontade de beijá-la, mas sei que não posso. Não na frente de todo mundo, não hoje. Hoje eu serei o que querem que eu seja.

Eu vou ganhar a Seleção. E dessa vez não é por causa do dinheiro que digo isso.

Apoio meu queixo em sua cabeça quando ela apoia seu rosto em meu peito e posso sentir o gosto do paraíso por um momento. Se o tempo pudesse congelar, eu pararia o mundo nesse exato instante. Não existiriam mais castas, não existiria diferenças, a vida seria boa e nos amaríamos por quem somos.

—Eu estava errada. – Ela fala contra a minha roupa, sua voz saindo abafada, mas audível.

Trago-a mais para perto, levemente.

—Não precisa falar nada, eu estou aqui agora.

—Eu sei. – Diz, tirando seu rosto do meu peito e direcionando seus olhos para os outros selecionados logo em seguida. – É só que... às vezes eu sinto que só há você nessa Seleção. É como se os outros sequer estivessem aqui.

—Mas vá por mim, eles estão aqui, e eles querem ganhar.

—Ganhar. – Sinto o desprezo em sua voz, apesar de controlado. – Ganhar o que? Eu? Não é o melhor prêmio do mundo.

Quero dizer que ela está errada, mas minha língua não permite que eu fale nada sobre isso.

—Elsa, você está preocupada com seu pai, não é? Com o que ele vai falar se descobrir que dançou comigo.

Ela fica cabisbaixa e eu perco o fôlego. Quero ir embora, quero parar com isso, mas não consigo. Estou para sempre preso nas escolhas que faço, e acabei de me prender na escolha de ficar.

Eu sei que vou me arrepender.

—Desculpe, Jack.

—Eu não acho que isso faça sentido, eu estou na Seleção tanto quanto eles estão.

—Não está não, Jack. - Ela me encara, logo passando seus olhos pelo salão. - Eu sinto que há algo acontecendo, mas não consigo dizer o que é.

—Como assim? - Indago.

—Nada, estou pensando comigo mesma. – Ela diz e eu deixo ela devanear por um tempo, sentindo a música entrar em meu coração e a palma da sua mão esfriar sobre a minha, mesmo com a sua luva impedindo o nosso toque.

Percebo que ela está preocupada, posso ver a preocupação em seus olhos.

—Quer sair daqui? – Proponho.

Ela parece pensar por um momento, mas logo balança a cabeça muito levemente.

—Eu não posso. – A música acaba dando lugar à outra, também calma. – Uma dança, foi o combinado. Preciso ir, preciso dançar com outros selecionados também.

—Claro. – Esmoreço e ela percebe, mas não volta atrás.

Jamie não espera nem um segundo e aparece na sua frente, estendendo-lhe a mão. Ele lança um olhar em respeito à mim, eu confirmo com a cabeça quando ela aceita a sua mão.

Ele sabe estender mãos melhor que eu, que diabos.

 

Pov. Elsa

 

 

Meu tempo não pode ser dele e apenas dele.

Eu preciso me desconectar, cortar essa corda invisível que me liga a ele toda santa vez.

Para isso, tenho Jamie.

Jamie me guia pela multidão e me faz girar algumas vezes. Eu rio, porque gosto da companhia dele. Gosto da maneira como ele me trata levemente, como se eu pudesse quebrar com o seu toque.

Jack não me trata assim, Jack me trata como se eu fosse feita de aço, apesar de conhecer meu lado de vidro. Ele não tem medo de me quebrar, porque sabe que pode me consertar a qualquer momento.

É isso que me assusta.

É isso que me faz cogitar ficar com Jamie.

Com Jamie, eu amo a paz. Com Jack, eu amo a guerra.

 

Pov. Jack

 

Anna e Lia sumiram, assim como alguns guardas.

Watt está sentado em uma cadeira perto das mesas, cutucando um salgadinho com a ponta do dedo.

Ando até ele e sento-me ao seu lado.

Ele sorri, sem me olhar.

—Foi trocado? – Pergunta, já sabendo a resposta.

—É a princesa, está apenas fazendo o dever dela. – Respondo, com um gosto amargo na boca.

—Certo. – Diz, sem interesse algum na conversa, e olha impaciente para o relógio preto em seu pulso, que eu não teria nem se caçasse mil patos e vendesse os mil.

Fico me perguntando como ele conseguiu um e tento me lembrar da sua casta, mas nada me ocorre.

—Atrasado para alguma coisa? – Indago, isso o faz rir e me olhar.

—Não, só gosto de ver o tempo passar mesmo.

Concordo com a cabeça. Eu também gostaria se tivesse um relógio assim.

Avisto North vindo em nossa direção, com um olhar preocupado, Hook vinha logo atrás dele. Franzo o cenho para a expressão dos dois.

—O que aconteceu? – Pergunto.

North parece confuso.

—É o Flynn. – North coça o meio entre as sobrancelhas. – Eu acho que ele está bêbado.

—Mas isso não é proibido? – Digo. Hook encolhe a boca, em uma careta. – Onde ele está?

—Chorando no banheiro. – Hook responde, explicando o motivo da careta quase que imediatamente.

—O que fazemos? – Watt pergunta.

—O problema mesmo é que não é culpa dele. – North fala entre os dentes, e eu fico curioso.

—E de quem é?

—Por que você não sabe ficar calado, North? – Hook interroga, com um rosto sério característico dele. Logo, seu rosto se desmancha e olha diretamente para mim. Força o maxilar umas duas vezes, chego a contar. – Nós dois vimos Hans colocar algo na primeira bebida dele. Mas como ele ficou normal, não achamos que era algo ruim.

—E como poderia ser algo bom? – Watt pergunta, de cenho franzido. Claramente irritado.

—Eu não sei, está bem? – North balança a cabeça. – Só sei que esse algo o viciou para beber mais quinze taças, com certeza.

—O que devemos fazer? Temos que avisar para alguma autoridade. – Eu proponho, todos se encolhem com essa proposta.

—Eu vou ficar aqui, não quero me meter em encrenca. – Hook diz, procurando uma cadeira vazia e sentando-se.

—North? – Olho-o, procurando uma luz. Ele dá de ombros.

—Eu acho que o Hook está certo dessa vez, devemos manter distância de encrenca. Você principalmente, Jack.

—Qual é, gente. Se fosse qualquer outra pessoa, vocês teriam avisado. Ele me disse do que o andam chamando. – Levanto-me da cadeira.

—Eu nunca falei nada dele. – Watt se defende, North concorda.

—Eu falei. – Hook sorri, levantando uma das mãos em sinal de culpa. Nós três olhamos para ele, que apenas respira fundo em seguida. – Está bem, talvez eu me arrependa um pouco disso.

—Eu estou indo lá. – Aviso, dando a volta na mesa. – Quem vem comigo?

—Eu vou. – Watt diz, levantando-se. Percebo que nenhum dos outros dois vem e começo a andar para o banheiro, esquivando-me das pessoas que dançam. Mal chego perto da porta do banheiro e a mesma se abre bruscamente, Flynn sai de dentro com um sorriso no rosto e pega uma taça do garçom que passa, dando um longo gole no líquido.

Por um momento, acho que ele vai cair, mas o que ele faz é ainda pior. Ele anda para o centro do salão, batendo sem querer em algumas pessoas pelo caminho.

Tudo estaria bem se ele tivesse parado nesse exato momento, mas não foi isso que ele fez.

Ele tentou dançar.

Eu e Watt observamos a cena se transformar eu um efeito dominó.

Flynn faz mais uma tentativa de dançar, seu corpo mole bate sem querer em outro corpo. O da Rapunzel.

Ela passa o olhar do rosto dele, para a taça na mão e logo depois para o vestido, com uma enorme mancha de vinho.

Ele tenta se desculpar, mas acaba escorregando em uma pequena poça que havia se formado no chão por causa do líquido derramado e cai de costas, quebrando a taça na queda, batendo a cabeça no chão e cortando a mão.

A música para quase imediatamente.

 

*

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

COMENTEM PARA QUANDO EU VOLTAR TER UM MINI INFARTO!
RECOMENDEM PARA EU INFARTAR DE VEZ!

E comprem meu livro: RIO DE TINTA! Já tá dsponível no site da Novo Século e na Submarino.
Vão estar nas livrarias do Brasil em março!
BEIJOS GELADOS ♥