A Seleção de Arendelle escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 18
Let Him Stay


Notas iniciais do capítulo

VISH GALERA SEGURA QUE VEM BOMBA! Espero que gostem desse capítulooo!!! Perceberam que dessa vez eu nem demorei tanto? Estou super feliz comigo mesma por causa disso UAHSUAHSUAHSUAH Beijos gelados e boa leitura!!!! Depois já sabem né, aquela contribuída com o favorito ou recomendação é SEMPRE bem-vinda HAHAHA Brincadeira galera, só façam isso se vocês quiserem e se sentirem bem com isso. Não vou vou forçar ninguém a nada!
Amo tanto vocês, vocês não fazem ideia!
Beijosssss



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No capítulo anterior:

Astrid surpreendeu Jack com o fato de estar gostando dele. E não só dele, parece que o Hiccup também está no pacote. Mas isso não era surpresa alguma para nós, certo? Falando nisso, ela continua no hospital pois ficou sem comer para poder "ser bonita", segundo ela.

E agora, Jack poderia estar dividido entre Elsa e Astrid? E, se sim, quem ele escolheria? 

Tudo isso fez Jack ir até o Jardim Real. Mas, como já sabemos, é um lugar proibido. E advinha quem o pegou no ato? Pois é, Jack, hora de encarar o rei. 

E isso é o que você já leu, aqui em A Seleção de Arendelle!

 

***

 

Há rugas brincando em sua face, descem-lhe o contorno dos olhos e encontram-se nos cantos de sua boca.

Posso perceber que ele já sorriu muito em sua vida.

Mas nesse momento ele não está sorrindo, muito pelo contrário, parece prestes a me matar.

A lua não é a única iluminação aqui nesse momento. Na verdade, há luzes gigantescas viradas bem para nós, como se fossem holofotes.

O Rei não estava viajando? Por que ele voltou assim tão rápido?

—Vossa Majestade. – Reverencio.

Ele respira fundo.

—O que você está fazendo aqui, meu jovem?

—Lamento, eu... eu precisava tomar um ar. Desculpe-me. – Minha voz dá uma leve tremida.

—Jack, certo?

—Sim, Majestade.

Ele parece pensar, me estudando. Olha-me de cima a baixo, devagar.

—Eu não gosto do seu jeito, Sr. Frost. Você anda trazendo alguns problemas para cá.

—Senhor, sobre a piscina... eu não tive a intenção de...

—Quase morrer? De quase deixar uma má reputação ao meu reino?

—Não, senhor. Eu não sei no que eu estava pensando.

—Veja, Jack Frost. – Ele começa a andar de um lado para o outro, vagarosamente, com as mãos para trás. – Minha filha tem certa, como posso dizer, afeição por você, e isso me intriga.

—Sim, senhor. – Meu queixo treme. O frio é cada vez maior.

—Entenda, eu não posso deixá-la fazer a escolha errada, posso?

—Não, senhor.

—Eu não posso deixá-la escolher alguém como você. Alguém que pensou em se matar na minha piscina, por exemplo.

—Não foi bem assim, senhor. Não foi planejado.

—Então o que foi? Explique-me. Convença-me a não o tirar nesse exato momento da Seleção.

Balanço a cabeça, olhando para a grama iluminada pelo holofote. Verde. Verde como a esperança. Mas que esperança que eu tenho?

—Eu pulei na piscina, verdade. – Tomo coragem. – Mas eu não pulei para me matar. Foi uma sensação de... vazio. Entende? Eu, na verdade, só fui pensar na morte quando já estava dentro da piscina. Mas minha mente não me deixou ir embora como Finch fez. Eu percebi que não podia cometer o mesmo erro que ele.

Finch?— Sua expressão fica tão pálida como a neve. – O que você era dele?

—Ele era meu melhor amigo... Majestade, o senhor está bem? – Ele olha para mim bem dentro dos meus olhos, suas narinas dilatam-se e seu maxilar se tranca. Consigo sentir minha alma sendo sugada e logo depois despedaçada em pequenos pedacinhos. Ele começa a andar em minha direção. Posso ver suas veias saltarem de seu pescoço e estou prestes a literalmente ser enforcado quando uma voz o chama.

—Pai? – Sua voz é calma e curiosa. – Já voltou?

Ele demora dois segundos me encarando, está a apenas quatro centímetros de mim, antes de respirar fundo e olhar para trás.

—Boa noite, minha filha. Saudade?

Ela anda com um semblante curioso no rosto e o abraça, o soltando em seguida.

—Mas você só ficou fora por dois dias. O que houve? – Ela pergunta, mas logo encontra meus olhos.

—Princesa Anna. – Reverencio.

—Pai... – Ela vira-se para ele, segurando seu braço, como se ela soubesse que ele poderia pular no meu pescoço a qualquer momento.

—Eu vou expulsá-lo da Seleção.

—Por que? – Ela pergunta.

—É um desrespeito às regras ele estar no Jardim Real sem ser convidado. E isso é apenas um dos motivos.

—Bom, você sabe que odeio discordar do senhor, meu pai, mas não está escrito em lugar algum que os Selecionados não podem vir aqui.

—Mas está implícito.

—Pai, não o tire. – Sua voz é forte também, não sabia que ela também podia ser assim, séria e tal.

—Até você está defendendo-o? O que há com ele, afinal?

—Elsa gosta dele. Ela quem deve escolher.

—Anna, ele conhecia o... – Sussurra, mas para no ato, desviando os olhos para mim e logo depois para ela. – Conversamos depois, filha. Você escapou dessa vez, Jack. Mas, se eu fosse você, me manteria nos lugares não proibidos. Basta mais uma deslizada, e eu não serei piedoso, quer Elsa querendo ou não.

E sai, levando toda a tensão com ele, abrindo a porta de vidro com as borboletas desenhadas e subindo as escadas, desaparecendo na escuridão.

—Perdoe o Rei. – Ela diz, depois de uns cinco segundos. – Ele não é assim sempre, só quando está preocupado. Esse reino é tudo para ele.

—Muito obrigado, Alteza.

—Pode me chamar de Anna quando ninguém estiver olhando.

Fico pensando no que ela quer dizer com aquilo.

—Tudo bem. – Digo. – Eu só não entendi porque ele ficou tão bravo quando eu citei Finch.

—Quem? – Sua voz sai um pouco mais fina que o normal.

—Deixa para lá, não é nada importante.

—Entendo. Escute, Jack, minha irmã gosta de você. Não a decepcione. Receio que, se você a machucar física ou psicologicamente, teríamos que matá-lo. Ninguém quer isso, certo?

—Eu jamais a machucaria. – Afirmo.

—Já ouvi essas palavras antes.

Essa sentença me confude.

—Perdão?

—Eu acho que você deveria ir para o seu quarto, descansar e se recuperar do dia de hoje, você não acha? – Ela muda de assunto e não tenho coragem de intervir.

—Sim, Alteza.

—Anna. – Relembra-me.

—Anna, boa noite. – Digo. Ela afirma com a cabeça, virando-se e encarando as rosas.

Aceito a deixa e saio do jardim, pisando no chão frio e sumindo escada acima.

Minha cabeça está tão cheia que tenho medo que exploda. Meus pensamentos não me deixarão essa noite. Minha mente não apagará e eu não dormirei.

Porque toda célula em meu corpo precisa absorver as informações do dia de hoje e calcular como tais informações me afetam.

E posso jurar que me afetam demais.


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Notas finais do capítulo

EITXA PORRA! Será que vocês conseguiram pegar todas as pequenas dicas desse capítulo? O fato do rei ter ficado nervoso ao ouvir o nome do Finch, o fato da Anna ter defendido o Jack, o fato de ela ter dito que já ouviu aquelas palavras antes... IIIHHHHH Aí vem bomba, já to até vendo...
E vocês, tem alguma pista ou opinião sobre que está acontecendo? HEHEHE