A Seleção de Arendelle escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 12
Forbidden


Notas iniciais do capítulo

Helloooooooo!!!! OLHA QUEM CHEGOU! CHEGUEEEEIII!!! Estou aqui para postar um capítulo surtante. Pequeno. Mas surtante. Beijos gelados e espero saber se vocês gostaram ou não heheheheheehhhehhehehhehe



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A água está morna, contrastando com minha pele fria e com o banheiro gelado.

As espumas cobrem meu corpo por inteiro, correndo desde os dedos dos meus pés até a minha garganta. Apoio minha cabeça na beirada da banheira e encaro Astrid, sentada em uma cadeira de madeira acolchoada no canto do banheiro. Seus olhos parecem distantes, tristes e encaram um ponto aleatório no chão. Suas mãos, fortes e delicadas ao mesmo tempo, seguram um roupão azul escuro. Sua boca, encurvada e pensativa.

—Você está bem? – Pergunto para o vazio.

—Estou. – O vazio responde. Ela balança a cabeça, acordando do transe. – Precisa de algo?

—Não, obrigado. – Olho para o teto, respirando devagar.

Demoro um ou dois minutos até abrir a boca novamente:

—Qual o nome dele?

Ela se assusta, colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha.

—Nome dele? – Ela ri, desconcertada. – Ele quem?

—O garoto que você ama.

Seu sorriso se desfaz.

—Ora, não seja bobo.

—Você não me engana, sabe disso, não é? – Eu sorrio e ela me olha preocupada. Ajeito-me na banheira, ficando sentado. – Não precisa me dizer o nome dele, mas eu sei que existe alguém.

—Ah é, sabichão?

—É. – Sorrio, encarando-a por uns dez segundos. – Pode me passar o roupão?

—Já vai sair? – Pergunta, levantando-se e estendendo-o em minha direção. Seguro-o.

—Tenho uma coisa para fazer. – Ela vira-se enquanto levanto-me e coloco o roupão.

—Sério? – Diz, ainda virada. - Mas hoje foi a entrevista e o castelo está vazio. Todos estão descansando.

Aproximo-me dela por trás e seguro seus braços, sussurrando em seu ouvido:

—Exatamente.

—Você ainda vai acabar sendo pego. – Desvencilha-se e me empurra, rindo.

—Você também. – Dou de ombros.

—O que você quer dizer... você sabe...? – Ela pisca várias vezes e rapidamente, levando para longe qualquer pensamento. – Deixa para lá. Aliás, você não me falou nada sobre Elsa ter aparecido aqui.

—Contarei amanhã, está bem?

Ela afirma com a cabeça e observo-a massagear o próprio pescoço, preocupada.

—Astrid? – Chamo-a.

—Oi. – Olha-me.

—Você pode confiar em mim. – Digo, suas expressões são marcantes, doloridas.

Ela encara o chão, e percebo que o chão é muito interessante quando você não tem mais nada a falar.

***

—Está atrasado. – Sua voz massageia meus tímpanos. – Tive que dizer ao meu pai que ia ao jardim. Ele vai olhar pela janela daqui a pouco para ver se estou lá.

—Desculpe, não acontecerá novamente. – Sorrio.

—Certamente não. – Fria, como sempre. – Até porque nos encontrarmos às escondidas não é algo que uma princesa deve fazer.

—O que você queria conversar? – Desfaço o sorriso.

—Meu pai ficou bravo. – Novidade. – Não poderei mais aparecer na porta do seu quarto. Ele não gosta de você.

—É o seu pai que está participando da Seleção ou é você?

—Respeite. – Ela aconselha. – Acima de tudo, ele é o Rei. 

—Você tem razão. E eu não deveria ter ficado sem camisa para atender a porta.

—Não tem problema. – Ela fala, talvez rápido demais, mas finjo não notar. – Quer dizer, tem. Quer dizer... escute, nada disso irá se repetir. Nos encontraremos apenas em encontros marcados de verdade. Encontros que a mídia poderá discutir sobre, sem meu pai surtar. – Seu nariz sempre se empina quando ela dá uma de mandona. Acho adorável.

—Faz sentindo. – Digo e ela afirma com a cabeça.

—E... Eu queria falar com você sobre os adjetivos que você usou para me descrever. O que você quis dizer com tudo aquilo?

—Aquilo o que, exatamente? 

—Você disse que eu era misteriosa. – Ela também olha para o chão, igual Astrid. 

—Você é. 

—Acha que eu escondo segredos de propósito? 

—Eu nunca disse isso. – Franzo o cenho. Ela pigarreia, sem ação. Abraça o próprio corpo.

—Então, eu acho que é só isso. – Despede-se. – Devo ir embora agora. 

—É. Acho que sim. – Respondo, sem querer responder.

—Até amanhã? – Ela pergunta. Suas feições são mágicas, seus olhos são obras de arte. Seu cabelo cai por sobre seu ombro. Um cabelo longo e selvagem. Perco-me em sua boca.

—Quer sair hoje à noite?

Ela se assusta.

—É brincadeira, né? Jack, tudo ainda está muito recente. A mídia...

—A mídia só quer um romance.

—Mas eu não quero. – Rebate imediatamente. Droga.

—Não foi o que eu quis dizer. – Conserto meu erro, até porque não foi mesmo o que eu quis dizer. – Eu quis dizer que podemos sair juntos, a mídia vai ficar falando que é um romance, mas nós vamos saber que não é. É só um encontro normal como qualquer outro. E isso, claro, se a mídia nos pegar, o que acho muito difícil de acontecer hoje. 

—Não sei, não me parece certo.

—Tudo bem, não vou te forçar a nada. – Levanto minhas mãos, brincando.

Ela morde o lábio inferior. Céus.

—E se...

—E se? – Esperança crescendo dentro de mim é como uma bomba prestes a explodir. Mas eu me contenho.

—E se sairmos escondido? Ninguém conta nada a ninguém. – Bum! Você está sorrindo demais, Jack. Pare de sorrir feito um idiota! É isso, estou perdido.

—Mas você acabou de dizer que...

—Não há câmeras hoje. E eu realmente preciso conversar com alguém.

—Hoje?

—Não me faça mudar de ideia. Encontre-me aqui às 22:00, tudo bem? Não diga a ninguém. – Ela não sorri, está preocupada com o rumo disso.

—Tudo bem. Até lá.

—Até.

Leva seu corpo para longe de mim, na escuridão. Deixando-me apenas com um sorriso bobo no rosto e um coração acelerado.

Agarrei-me ao meu fio de sanidade e saí do transe.

Mais tarde, eu teria um encontro proibido para ir.

***


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Notas finais do capítulo

EITAAAAAAAAAAAAAAA!!!! E AGORA JOSÉ? UAHAUHUAUAUAHUAHUAHUAHUAHU ONDE QUE ESSE ENCONTRO VAI PARAR HEIN? Beijosssssss Geladossssss