PDV America
Concordei, o que mais eu podia fazer? Além disso, eu sei que o meu irmão estava mentindo sobre o beijo não ter significado nada, sentamos em uma mesa perto da janela.
"O que quer que eu diga?" - pergunto.
"Está gostando do meu primo?" - indagou.
"E, você, do meu irmão?"
"Touché" - disse - "Fazemos assim, você me diz o que está havendo e, depois retribuo, pode ser?"
"É justo, pode ser que eu esteja gostando do principe Maxon, ele é diferente das outras pessoas" - digo.
"Por quê?" - indaga.
"Porque ele mostra ter um coração de ouro, não é arrogante ou convencido e nunca rebaixa ninguém por ser alguém da realeza" - respondi.
"Nem todos da realeza são pessoas sem escrupúlos e sem coração, mas, sim, meu primo é a melhor pessoa que existe" - diz - "Sei que está aqui porque você não queria participar disso, mas, agora, quer ir embora ou quer casar com Maxon por que o ama?"
"Você é direta" - sorriu.
"Só quero protegê-lo".
"Eu sei, não quero ir" - a mesma me deu um pequeno sorriso.
"Agora, me responde, gosta do meu irmão?" - pergunto.
Ela olha para janela e mexe as mãos rapidamente, talvez seja um sinal de nevorsismo.
"Mesmo que eu goste dele, há muitas coisas que nos separa" - disse sem encarar.
"Se é pelo fato de que meu irmão odeia a realeza, ele tem seus motivos, mas o mesmo não pode julga-la, você é uma exceção" - ela me olhou desconfiada, mas deixou quieto.
"Esse é um dos motivos, mas o principal é que meu pai me forçou casar com o principe Clement, da França" - diz.
"Mas, você não pode ir contra essa decisão?" - riu.
"Quem dera, mas meu pai quer que coisas sejam do jeito dele, por isso ou faço o que ele quer ou pessoas podem se machucar"
"Podemos ajudar uma a outra" - propus.
"Talvez, com licença, America".
Ela conversou com algumas garotas e saiu do cômodo. Logo, todas se retiraram para se preparar para jantar, inclusive eu, minhas criadas me ajudaram como sempre e, resolvi averiguar uma coisa.
"Anne?" - ela me olhou - "O rei Germán é capaz de tirar a felicidade da filha para que cumpra o que ele quer?"
"Que fica só entre nós o que vou falar, ok?" - assenti - "Sim, o rei Germán seria capaz de tirar a felicidade da filha e, ela nunca o questionou, só não sei até quando" - diz - "Uma vez, a princesa ficou apaixonada por um rapaz, mas por ele ser da classe inferior, seu pai não o aprovou, ela não queria desapontar o pai, então disse ao rapaz que aquilo era um erro e alguém como ela não poderia se relacionar com alguém que não era digno".
"Meu Deus!" - tapo a boca com a mão.
"Agora quieta, ninguém pode saber que eu te contei" - assenti.
[...]
Mexi na orelha quando o Maxon me viu e, o mesmo mexeu na dele. Sorri com cabeça abaixada e voltei a comer. Hoje era quinta, amanhã tinha Jornal Oficial, vi a Violetta conversando com o pai, na base de sussurros, ela tinha expressão neutra, enquanto, ele demonstrava raiva.
A princesa se levantou e, deu mais uma olhada para o pai antes de sumir. Todas as garotas se entreolhavam confusas, eu vi Maxon se levantar e se virar para o seu tio.
"Ainda vamos conversar" - disse firme - "Licença" - pediu.

PDV Violetta
Como fui tão tola todos esses anos? Sentia lágrimas escorrendo pelos meus olhos fazendo com que minha visão ficasse embaçada e de tanto correr sem olhar para onde ir que eu acabo trombando em alguém.
"Temos que parar de nos encontramos assim" - disse.
"Solte-me León, agora!" - ele não me obedeceu, levantou o meu rosto e me encarou, preocupado?
"Não vou solta-la até me contar o que houve" - diz.
"Desde quando se importa comigo?" - pergunto entre os soluços.
"Aquela noite no baile..." - o cortei.
"Ah, a noite que você me beijou" - digo indiferente.
"Qual o seu problema?" - ri sem humor.
"O meu problema é que todos achem que sou uma marionete e podem fazer o que quiser comigo" - respondi.
"Eu não vou fazer nada que queira, prometo" - vi a sinceridade em seus olhos.
"Quer saber o que aconteceu?" - assentiu - "Ótimo, vem!"
Ele me acompanhou até o meu quarto, pedi gentilmente para as minhas criadas saírem e não contasse ninguém o que viu, sentei na minha cama e tentei controlar minha respiração. Indiquei para ele se sentar ao meu lado, e o me sentou depois de parar de hesitar.
"Desde criança, meu irmão e eu fomos criados para ser superiores, fortes e verdadeiros líderes, o Fede iria assumir o trono e, não eu, só que vi ele estava infeliz aceitar suas responsabilidades como rei" - pauso - "Mostrei para todos que poderia ser rainha que o meu povo precisa, tirei o peso dos ombros do Fede e os coloquei no meu".
"E está infeliz, agora?" - olho para o chão.
"Não por assumir a coroa e, sim por não poder tomar o rumo da minha vida".
"Como assim?"
"Era para eu escolher um noivo durante um prazo, mas até isso me tiraram" - ele me olhou.
"Senão?" - questinou.
"Eu teria que casar com Clement, principe da França, eu não quero" - levantei e fui até a varanda - "Sempre sonhei me casar por amor e, não por poder"
"Julguei você mal no começo" - senti ele se aproximar de mim.
"Está tudo bem, você só não conhecia a garota que está dentro de mim".
Ele parou um momentou e olhou para o horizonte como se pensasse, depois sorriu para mim, mostrando um belo sorriso e revelando suas belas covinhas.
"Você assinou um acordo?" - assenti - "Posso ver"
"Hm, tudo bem" - o peguei na gaveta e dei para ele.
O León leu as páginas e depois me entregou, veio até a mim e voltou olhar para o horizonte.
"O acordo disse que ninguém pode tirar o seu prazo e terão que aceitar a pessoa que escolher" - disse.
"León, eles ameaçaram destruir a pessoa que... - respiro fundo antes de prosseguir: - "... Que estou gostando juntamente com a sua familia".
"Eles não podem por mais que queiram, está no acordo, você está livre, por ora" - o abracei e deixei as lágrimas escorrerem livremente - "Não chore, princesa, além disso, quem a pessoa que você está com medo que se machuque?"
Ele levantou o meu rosto e olhei naqueles olhos me perdendo neles, poderia uma princesa se apaixonar por um guarda? É um amor possível?
"Você, León, eu estou gostando de você" - revelei.
Ele ficou paralisado, sorri tristemente e sai de perto dele, antes que eu conseguisse sair do quarto, o León me puxou para si e olhou para minha boca. Logo, me beijou me fazendo ver fogos de artificio, era mágico e perfeito, quando o ar fez falta, ele se afastou um pouquinho e deu um sorriso.
"Não vamos dar certo" - retribuo o sorriso.
"Faremos valer a pena"
Abraço-o e ele me envolve em seus os braços, se isso fosse errado ou um perigo, sinto que com ele posso enfrentar tudo, nunca pensei sentir isso, eu não o mereço, no entanto, farei de tudo valer a pena.
"Vilu, saia do quarto, preciso saber se você está bem" - disse meu primo Maxon.
Por que tenho impressão que ele não está sozinho...