Acampamento Descendentes escrita por Annabeth Grace da Ilhas do Sul


Capítulo 3
Capítulo 3 - Laila de Atlântica




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Oi, tudo bom? Eu me chamo Laila e tenho dezessete anos. Espero que não me despreze ou sinta algo de ruim ao meu respeito só por eu ser filha da bruxa do mar, a Úrsula. Apesar de eu ter apenas dezessete anos, sou incrivelmente alta – tenho 1,85 de altura – e ter puxado as feições de minha mãe, já conheci muitas pessoas que me paravam na rua por eu ser incrivelmente parecida com a Christina Aguilera, isso por que meus cabelos são de um loiro platinado, minha pele ser praticamente toda pálida, e eu usar roupas pretas. Mas a única diferença entre CA e eu é a cor dos nossos olhos: enquanto os dela são azuis, os meus são de um violeta meio berrante e hipnotizador.

Minha melhor amiga é uma sereia chamada Irene, que veio comigo nesta temporada após minha mãe transforma-la em humana depois de eu lhe ter suplicado de joelhos. Um detalhe sobre mim: quando entro em contato com a água salgada, minhas pernas se dividem em oito partes e eu me torno metade polvo graças á um pingente no colar que mamãe fizera para mim. Mas acontece apenas com água salgada, nunca com água doce. Na água doce eu me torno uma sereia ao invés de uma garota polvo, eu já experimentei o pingente em piscinas e lagos e minha cauda de sereia é verde quase no mesmo tom de cor que a Rainha Ariel possui.

Eu sofro muito preconceito em Atlântica por ser filha da Úrsula e era muito difícil para mim ir ao reino e ver todas aquelas pessoas se afastando com medo de mim. A única que entendia minha situação perfeitamente era Ariel, ela me acolheu na época em que minha mãe foi para a prisão e eu morei no palácio de Atlântica junto com Arista, Atina, Adela, Alana, Aquata e Andrina. O rei Tritão logo se apegou á mim e para ele eu era como uma neta que o fazia se lembrar de muito de Ariel nos tempos de juventude dela quando a mesma era uma rebelde que não gostava de seguir ordens de ninguém.

Mas enfim voltando ao assunto do Acampamento antes que eu fale o suficiente para se fizer uma biografia: Quase ninguém sabia que Úrsula tinha uma filha ou que essa filha fosse eu, por esse motivo eu acabei recebendo a atenção de alguns campistas quando cheguei. Um desses campistas foi o príncipe Halif Abdulah, um rapaz incrivelmente lindo por quem eu tinha uma queda desde que o havia visto pela primeira vez. Não era apenas Halif quem aparentava gostar de mim, havia também o príncipe Francis Charming, Kevin de Haram e o fofo do James Bjorgman, mas de todos eles o mais legal era o Ben, todavia o problema era que ele já tinha dona: A Mal, filha da Malévola.

— Olá Christina Aguilera. – Eu conhecia aquela voz masculina muito bem. Eu o abracei feliz de saber que ele se lembrara de mim.

— Oi Jamie. – Só eu chamava o filho de Anna e Kristoff desse jeito.

— Sentiu minha falta, doçura? – Ele disse, piscando e sorrindo de forma sedutora.

— Cala a boca, seu chato. – James riu, me seguindo após eu fechar a porta do meu armário que todo campista possuía para evitar roubos e coisas parecidas.

— Poxa querida, para né? – James pôs a mão esquerda em me ombro direito e foi aí que me virei para ele. – Você realmente não quer nada, não é? – Perguntou, parecendo particularmente chateado.

— É claro que eu quero, mas eu tenho medo do que os outros vão pensar, ou nossos pais... – Ele pôs o dedo indicador em meus lábios.

— Não diga mais nada querida. Você é minha e nem Deus poderá nos separar.

— Jay... – Eu o chamei em tom reprendedor. – Sei que gosta de mim, mas acho que devíamos dar um tempo, só até nossos pais aceitarem essa relação.

— Olha L, eu te entendo e tal, mas eu realmente quero continuar com isso.

— Você não quer continuar nosso namoro, você só quer isso como uma forma de desafiar a autoridade de nossos pais e eu não gosto disso.

— Está bem L. – Ele segurou minha mão e me beijou na boca um beijo intenso e demorado. – Lembre-se: Você é totalmente minha. – Disse James, se afastando.

— Eu te amo J.

— Também te amo, só que muito mais. – Ele retrucou.

— Não pode ter beijo melado e demorado no Acampamento, mocinha. – Disse uma voz masculina atrás de mim, ao me virar eu quase gelei ao me dar conta de que estava diante do Rei Kristoff de Arendelle.

— Rei Kristoff! – Me curvei diante dele.

— Não preciso disso Laila, agora nesta temporada eu e mais alguns pais de campistas seremos inspetores.

— Kristoff! – Chamou uma voz masculina, aí apareceu um rapaz que era a cara do Fábio Porchat, mas que falava com a voz de um certo boneco de neve: Olaf.

— Acho que não falei, Laila. O Olaf estará aqui nesta temporada. – Disse Kristoff parecendo quase envergonhado em mencionar Olaf. Mas aí então apareceu alguém que eu sabia que muitos não iriam gostar de ver por perto: Rei Hans e sua irmã gêmea diretora de acampamento Annabeth.

— O que faz aqui Laila? – Perguntou a diretora. – Não terminou de desfazer as malas ainda?

— Não senhora, eu estava guardando algumas coisas no meu armário quando acabei me encontrando com o rei Kristoff.

— Está bem. Já conhece meu irmão, o rei Hans?

— Sim senhora.

— Papai? O que faz aqui? – Perguntou Samantha, a filha mais nova de Kristoff.

— Não lhe contaram?

— O quê?

— Alguns reis e rainhas foram convocados e convidados para serem monitores de acampamento nesta temporada. – Explicou a diretora.

— E papai aceitou essa oferta? Por favor papai, diga-me que não.

— Infelizmente eu aceitei. Assim posso ficar mais perto de você e do seu irmão.

— O James acabou de sair chorando por causa dessa aí. – Ela olhou para mim, enojada.

— Isso é mentira! Eu disse que ele só queria ficar comigo como forma de afrontar o senhor e sua esposa e não por que realmente me amasse.

— Quem não te ama? – Perguntou uma voz feminina. Quando eu me virei, dei de cara com minha mãe, em forma humana.

— Mamãe?

— Olá para você também, Laila.

—A senhora foi convocada por Annabeth?

— Sim. – AH NÃO! Com minha mãe sendo monitora é agora que eu não terei amigos mesmo.

— Saiba que não é necessário aceitar o convite, está bem Úrsula? – Mamãe concordou com a cabeça.

— Eu já o aceitei. Assim como Kristoff, eu também quero passar tempo com minha filha.

— Acho que se pensarmos por esse lado, vamos ter vários monitores nesta temporada que hoje se inicia.

— Provavelmente.

Dois adolescentes apareceram no corredor, Emma e Garrett, dois dos três filhos de Annabeth.

— Oi mamãe. – Disse Emma. Annabeth era mãe solteira, e os trigêmeos que possuía eram fruto de um relacionamento com Kristoff quando os dois ainda estavam aprendendo a serem adultos racionais e espertos.

— Oi crianças. – Os trigêmeos tinham apenas treze anos. – O que fazem aqui? Já viram seu tio Hans?

— Oi tio H. – Cumprimentou Emma, sorrindo para o tio.

— Olá Em. Quanto tempo. – Disse Hans, sorrindo para a sobrinha.

— A propósito, haverá uma reunião com todos os novos monitores do acampamento.

— E o tio Hans está aqui por isso?

— Para ser monitor? Sim, por que ele é bobo o bastante para acreditar que estará sexy com roupa de salva-vidas.

— Acho bom ir voltar para o que eu estava fazendo, não quero atrapalhar.

— Está bem Laila, por que não termina de desfazer as malas?

— Sim senhora diretora.

Eu voltei para meu dormitório no alojamento feminino quando senti um cheiro estranho que parecia vir da floresta. Então resolvi seguir o odor até que ele ficasse mais forte. Quando eu já havia me embrenhado na mata por longos dois minutos, eu vi algo que me deixou desconcertada e profundamente perturbada: O corpo de um dos campistas mais novos, e era um garoto que deveria ter no máximo quatorze anos, seu rosto estava virado para o chão e só quando mexi nele pude ver de quem se tratava: Kyle Rider, o irmão de Frida. Uma parte da pele de seu rosto havia sido dissecada e isso me deixou assombrada Assustada, corri para fora da floresta e fui de encontro com a diretora, apesar de ter sido mal educado da minha parte invadir o escritório sem bater, aquilo era uma emergência.

— Desculpe-me senhorita Laila, eu não poderei falar agora.

— Tem um garoto morto na floresta! – O rosto dela e dos outros reis e rainhas se encheram de pavor, então todos me seguiram o que acabou por atrair o olhar de curiosos que resolveram nos seguir também. Acontece que Flynn e Rapunzel também seriam monitores naquela temporada e ficaram horrorizados com a morte do filho.

— Você o encontrou assim? – Perguntou Rapunzel ainda horrorizada.

— Sim, ele estava com a cabeça virada para o chão e só mexi nele para conseguir identificá-lo.

— Pode ir fazer o que iria, agora nós iremos cuidar do Kyle.

— Sinto muito Rapunzel.

— Obrigada por achá-lo. – Ela disse, colocando as mãos em meus ombros.

— De nada Rapunzel. A senhora quer que eu chame a Frida?

— Por favor.

Saí correndo atrás dela quando a vi conversando com a chata da Amélia. Me aproximei e vi que as duas não queriam falar comigo.

— Frida... – Chamei, mas ela pareceu me ignorar. – A sua mãe tá lá na floresta.

— E no que isso me interessaria?

— O seu irmão Kyle foi encontrado morto. – Ela ficou assustada quando eu disse isso.

— Como assim?

— Eu tinha acabado de sentir um cheiro estranho e resolvi segui-lo, ele me levou á floresta e á Kyle. – Ela saiu correndo em disparada até o local onde a mãe estaria.


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