Nossa Amável Justiça Vingativa escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 7
Não Vamos Morrer


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas tá aí. Feliz dia das crianças para todos! Hoje vou olhar muito yaoi e me deliciar com minhas pipocas e meu chocolate, vamos engordar!!!!!!!
O cap será muito triste gente, não queiram me matar depois disso T.T Também tô chorando sangue com isso.



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Hikari

Abro os olhos e vejo um lugar muito familiar.

–Não acredito que voltei pra cá – levanto e olho para os lados.

Janku, novamente.

Por que estou aqui de novo? Lembro-me de Ally me olhando estranho no Inferno, ele se parecia o nii-chan, então desmaiei. Ally me mandou pra cá? Por quê? E por que ele se parecia o nii-chan?

O lugar está um pouco diferente, ao invés de lixo, está tudo em ruínas. Será por causa de Kami e aquela destruição? Faz sentido.

–Onde está todo mundo? – me pergunto.

Ouço som de passos em meio aos pedregulhos, me viro e dou de cara com a pessoa que desperta um sorriso e uma lágrima em meu coração, voltei a encontrá-lo.

–Yuuto! – corro direto para seu abraço, chorando de emoção com esse reencontro – Estou com tantas saudades!

–Hikari... Estava com tanto medo de nunca mais te ver – ele vai em direção a um beijo acalorado, é tão bom senti-lo de novo.

–Por que você está aqui? – pergunto tocando seu rosto com receio de não ser real e sim um sonho.

–Eu não sei – diz ele, seu rosto está cheio de machucados, assim como todo seu corpo – Houve um acidente, pensei que ia morrer, mas vim parar aqui. Tivemos de lutar, mas... Mizu e Mari não resistiram.

–Eu sei – lembro tristonha – Mas o que importa é que você está vivo, está em coma na vida real, sabia?

–Então estou apenas dormindo – ele enterra o rosto em meu peito me abraçando – Não quero morrer, Hikari estou com medo.

–Você não vai morrer, eu não vou deixar – prometo acariciando seus cabelos macios, essa é uma promessa bem arriscada.

–Hikari, você não voltou a ser Nightmare, não é? – indaga Yuuto.

–Não, eu prometi – respondo – Nunca mais.

–E se eu morrer? – questiona.

–Yuuto, você não vai – nego – Mas mesmo que isso acontecesse, eu seria a luz.

–E por que você está aqui? – ele quer saber.

–Uma pessoa me enviou pra cá – conto – Precisamos derrotar Kami, assim todos ficaremos bem, tenha fé. Agora estamos no Inferno procurando uma chave...

–Inferno?! – ele se apavora.

–Não se preocupe, não tenho medo, vou ficar bem – sorrio docemente.

–Você certamente é mais corajosa que eu – comenta.

–Não pensei que você fosse tão medroso – zombo – Tome cuidado, lute.

–Por favor, não vá embora – pede Yuuto.

–Não sei como vou sair daqui, mas provavelmente não ficarei por muito tempo – digo.

–Hikari... – ele não consegue segurar as lágrimas – Saiba que eu te amo, me perdoe por ter sido tão mau antes com você. Mesmo que eu deixe o mundo, ainda te amarei. Pra sempre.

–Eu também – o deixo me beijar mais uma vez, um beijo tão longo que não posso contar o tempo.

Isso me deixou bastante entorpecida, não sei o que faria se Yuuto morresse, ele é praticamente a única coisa que tenho. A única pessoa que eu sei que me ama mais que tudo e eu idem.

–Por que será que te mandaram pra cá? – fala Yuuto enquanto caminhamos em meio às ruínas.

–Alguma razão tem – penso – Mas não conheço a pessoa que fez isso.

–Aí fica difícil. O que vai fazer agora?

–Não sei – seguro sua mão, tristonha – Só queria que pudéssemos ficar juntos. Também tenho medo.

–Não vou morrer – promete ele apertando minha mão fortemente.

–Você não pode garantir isso – resmungo.

–Eu sei – Yuuto acaricia minha bochecha – Mas vou tentar, por você. Sou muito covarde, no entanto, lutarei pra que fiquemos juntos. Eu te amo. Vê se não morre... Eu me mataria se isso acontecesse.

–Não diga bobagens! – agarro sua camisa e dou-lhe outro beijo – Não vou morrer, por você. Te amo.

Ele sorri com um olhar nostálgico, um brilho terno no olhar, é tão bonito. Nunca pensei que uma pessoa tão terna me amaria assim, na verdade, nunca pensei que alguém fosse me amar. Era um sonho impossível que eu não ousava sonhar.

E continuará a ser – a voz me faz dar um pulo de susto e levo um soco no rosto que me desequilibra.

Yuuto repele um golpe das sombras que começam a nos rondar. Trevas. De novo? Pensei ter acabado com elas.

Levanto-me e tento cortar as coisas, mas só vejo rostos risonhos passando e não consigo acertar nenhum.

–Elas não estão mais tão sólidas – comento.

–Use a luz – diz Yuuto tentando afastá-las com suas armas.

Usar a luz. Mas como? Devo começar a sorrir e dizer coisas bonitas ou dançar cantando Let it Go? O que eu faço?

–Estúpida – dizem as trevas que começam a golpear com lâminas assassinas.

Os olhares delas, os sorrisos, tudo está mais selvagem e assustador.

–Como posso usar a luz? – indago à Yuuto que se defende por pouco de uma lâmina que poderia ter ferido seu olho.

–Sei lá – responde ele desviando.

Oh, que ótima resposta!

Levo um murro nas costas e quase caio de boca no chão, puxam meus cabelos e as trevas vem pra cima. Yuuto tenta afastá-las, mas logo estou totalmente cercada. Defendo uma lâmina acima de minha cabeça. Mas sou apunhalada pela retaguarda. Tinha esquecido o quanto um golpe desses é doloroso, arquejo e corto o ar com a espada. É impossível vencê-los.

Levi mais golpes e acabo perdendo a espada, Yuuto grita enquanto sou esfaqueada. Sei que não posso morrer, mas é doloroso demais!

Então uma mão aperta meu pescoço, as trevas param de me bate, sou obrigada a olhar para o rosto de quem me sufoca e arregalo os olhos ao ver o olhar insanamente brilhante e sanguinário de... Yuuto.

Não é ele, certamente não é. Mas é perturbador, desesperador, apavorante.

Isso é apenas um jogo – fala a treva – Jogue direito, você sabe como passar essa fase.

Não posso respirar, tento me soltar ou vou “morrer” sufocada. Porém, ele me larga sem eu ter que dizer nada. Todas as outras trevas o seguem. Por um instante fico no chão recuperando o fôlego, até ouvir os berros de Yuuto. Eles estão nele.

–Yuuto! – me desespero e tento loucamente abrir espaço entre as sombras e salvá-lo – Yuuto! Não!

–Hikari! – sua voz está quase inaudível, soa como um disco quebrado, um robô estragado.

Não posso acreditar nisso, também aconteceu com Mizu. Mas será que conseguirei salvá-lo? Preciso conseguir, preciso, porque sem ele o que faria sentido nesta vida cruel e dolorosa? Eu não suportaria, ele não pode morrer, não posso permitir.

–Yuuto! Yuuto, não morra! – abro uma fenda entre as sombras e tento alcançá-lo com a mão – Eu te amo! Eu te amo! Por favor, não!

O único som que ouço é de seus berros e os trovões do céu negro de Janku, um caos, é uma calamidade. Odeio isso, odeio ter desejado por isso um dia. Odeio Kami, aquela que nos tentou a desejar.

–Eu não vou morrer – ouço antes das trevas se dispersarem, deixando um Yuuto demolido ajoelhado no chão.

Ele está quebrado, perdido. Não há mais nenhuma sanidade em seu olhar arregalado chorando sangue.

–Desculpe – é a última coisa que ele diz antes de desabar no chão, inconsciente.

Morto. Yuuto morreu. Não tenho reação, olho para o céu e vejo um rosto sorridente pra mim com as mãos estendidas.

Assim está melhor – ouço dos céus – É apenas um jogo, jogue Hikari.

De uma coisa eu tenho certeza, isso não vai ficar assim.

–Humm.... AH! Kami eu vou te matar!


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Notas finais do capítulo

Yuuto!!!!!!! Por quê?????
E agora? O que a Hikari fará? Será que ela se tornará Nightmare de novo???



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