So Far Away escrita por Taty Delicate


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Eeeei Jude (8)

Hoje tem capítulo novo de So Far Awaaay :3 Começar a segundona bem, vamos lá meu povo. Quero agradecer a todos que comentaram os capítulo anteriores, por que é muito importante para mim que vocês acompanhe e mais ainda, como um maravilhoso bônus, apreciem o trabalho.

Não vou falal muito por estamos nos enturmando ainda kkkkk

Comentem, beeeeijos e enjoy it!



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POV Edward

I tried to heal your broken heart

with all that I could

(Eu tentei curar seu coração partido com todas as minhas forças)

Depois do relato de Bella, ficamos abraçados por um tempo até que ela ergueu o rosto e disse que eu não precisava chorar por ela. Que nem ela e nem eu nunca mais choraríamos por causa daquilo. O passado era passado e ali, vi minha menina crescendo e amadurecendo como nunca imaginei que ela faria. Isso só me fez admirá-la ainda mais.

No dia seguinte, Bella mudou da água para o vinho. Claro que ela ainda estava hesitante, mas ao poucos começou a se soltar e até conversou comigo. Tomou café da manhã em minha presença como nunca havia feito durante todo o ano que passou comigo, e disse que queria voltar para escola.

Claro que fiquei assustado.

Eu não sabia como reagir ao fato de que Bella sairia do conforto de minhas asas e daria as caras em Forks novamente, fora do nosso apartamento, longe do nosso lar, por que eu já considerava que aquilo era tão dela como era meu. Eu não sabia como lidar com o medo que senti de Bella não ser bem recebida na escola como merecia, de ter seus amigos lhe virando as costas ou falando mal dela, repelindo-a e a destratando, fazendo-a se lembrar de tudo que passou e a julgando mal.

Eu sabia que ela não teria problemas com a escola em si, já que depois do episódio na casa de Charlie onde Bella me contara tudo o que aconteceu com ela, as férias de verão da FHS começaram e Alice passou os três meses que tinha visitando Bella, mostrando as tarefas, ensinando-lhe o que aprendera e contando tudo que aconteceu na Forks High School. Entretanto, a reação das pessoas a ela me preocupava.

Maldita cidade pequena onde todo mundo sabia de tudo que acontecia com todo mundo.

Se Bella estava disposta a enfrentar o mundo lá fora e todas as consequências que viriam com sua saída, quem seria eu para impedi-la? É fato que passei os três meses tentando convencê-la a não ir, dar mais tempo ao tempo e perguntando se ela tinha certeza do que queria. Só parei quando ela, em uma manhã de domingo, pegou em minhas mãos e disse:

— Edward, eu agradeço por todo seu esforço e por tudo que tem feito por mim, mas você não pode me proteger de tudo.

— Você ainda não me viu tentar.

Resmunguei ainda meio rabugento pelo fato de Bella começar as aulas no dia seguinte. Claro que eu temia por ela, mas no fundo eu sabia que tudo que eu não queria era não tê-la sempre por perto e ter que dividi-la com outras pessoas, mais especificamente pessoas do sexo masculino. Ela sorriu para mim e acariciou minhas mãos com o dedo polegar, enviando choques por todo meu corpo e fazendo uma sensação quente e gostosa tomar conta de meu peito, levando meu coração se acelerar.

— Você não pode, Eddie. Eu sei o que vou enfrentar amanhã e mais dia, menos dia, eu teria que encarar isso de qualquer forma. Preciso terminar o ensino médio e sei que meu pai não gostaria que eu ficasse em casa pra sempre. Tenho amigos que vão me ajudar a passar por toda essa situação e preciso que confie em mim, preciso que confie que tudo vai dar certo, que tudo vai ficar bem.

— Mesmo que nem você confie nisso?

Bella revirou seus lindos olhos cor de chocolate e respondeu, em uma voz tão doce quanto mel:

— Mesmo que nem eu confie nisso.

Suspirei frustrado e cansado. Já era uma guerra perdida e eu sabia disso. Ergui sua mão que estava junto a minha vendo o brilho de seus olhos se intensificarem. Dei um beijo casto em sua pele de porcelana e a percebi estremecer com meu olhar. Então, eu causava algo nela também?

Eu sabia que era errado o que eu estava fazendo, errado eu me deixar levar pelos meus sentimentos, me deixar levar pela garota que jurei proteger com minha vida e que confiava em mim depois de tanto tempo tentando conquistar sua confiança. Eu sabia que ela não se envolveria com um homem tão cedo e que mesmo depois de ter sido forte o suficiente para ir a sua casa depois de tudo que aconteceu, Bella ainda estava juntando seus cacos. No entanto, não pude evitar.

Eu estava me apaixonando por ela e sabia que seria uma longa batalha até que eu derrube todos os muros que ela construiu e chegasse ao seu coração. Entretanto, eu lutaria. Lutaria com todas as minhas forças para curar seu coração partido.

No dia seguinte eu a levei para escola. Perguntei a ela se era realmente aquilo que ela queria e mais uma vez ela disse que sim. Eu sabia que chamaríamos muita atenção, uma vez que tive que levá-la com a viatura para a escola, mas ela disse que não se importava com isso. A coisa toda é que chamamos muito mais atenção do que eu previra.

Quando parei o carro no estacionamento da escola, eu podia ouvir os pássaros cantando na floresta amazônica lá no Brasil, tamanho era o silêncio. Todos, sem exceção, olharam para o carro em que estávamos. Bella respirou fundo, me deu um sorriso e um beijo na bochecha, logo abrindo o carro e saindo.

Eu esperaria até que ela entrasse, mesmo sabendo que isso só pioraria a situação para ela. Eu não podia segurar a preocupação e o medo que eu sentia por Bella, por isso a vigiei até que entrasse. Antes de se quer dar um passo, vi um vulto pulando em cima de minha menina e retesei todo meu corpo, pronto para saltar do carro e ir defendê-la.

Até ouvir o riso baixo de Bella.

Era Alice, a baixinha transloucada que ia ao apartamento todos os dias conversar com Bella. Suspirei aliviado e vi as duas conversando, Alice animadamente e Bella apenas sendo Bella, em seu jeito tímido com um pequeno sorriso. O estacionamento todo olhava a cena e bufei aborrecido quando ele explodiu em cochichos.

Logo uma menina um pouco mais alta que Bella, pele parda e cabelos negros, óculos de grau e um pequeno sorriso se aproximou. Retesei meu corpo novamente até relaxar quando Bella e a menina magra se abraçam. Ela parecia ser uma boa pessoa, então deixei para lá. A pior parte foi quando um garoto loiro com brilhantes olhos azuis, com cara de bebê e um casaco do time se aproximou.

Tive que me segurar muito para não sair do carro.

Bella também ficou tensa e percebendo isso, o sorriso do garoto desmoronou um pouco. Estava na cara que ele nutria algo por minha Bella e isso fez meu sangue ferver. Claro que eu não tinha poder nenhum sobre ela, mas minha possessividade e meu ciúme não me deixou ver isso. Mesmo assim, o garoto se aproximou de minha Bella e falou algo que a fez sorrir minimamente. Logo, ela ficou a vontade com a presença do garoto, mas eu não. Ainda mais depois que um garoto estranho, meio asiático chegou com outro moreno e alto, com cabelo crespo, e ambos sorrindo para minha Bella.

Percebi que ela ficou tensa novamente, mas logo disfarçou. A turma conversou animadamente e aos poucos, Bella se entrosava, me fazendo sorrir um pouco, mesmo que meu ciúme estivesse nas alturas. Quando bateu o sinal, o grupo todo foi para dentro da escola, embora todo o estacionamento ainda cochichasse e olhasse para os amigos de minha menina estranhamente. Minha vontade era dar uma surra em todos eles, mas como policial eu não podia fazer nada, já que ninguém ali estava infligindo nenhuma lei.

Fui para a delegacia mesmo querendo ficar ali e esperá-la. Não consegui me concentrar em nada, já que minha cabeça estava em Bella o tempo todo. Merda! Eu estava mesmo apaixonado por minha frágil boneca de porcelana. O que eu vou fazer se ela não me corresponder? Ela jamais se envolverá com algum homem, pelo menos não tão cedo.

Não que eu sentisse desejo por ela. Claro que ela era linda e desejável, mas por enquanto tudo que eu conseguia sentir era um carinho muito especial por minha Bella, um sentimento de posse e superproteção que eu não conseguia evitar. Eu a queria ao meu lado sempre, meu dia só começava quando eu a fazia sorrir.

Perdi a conta de quantas vezes eu já havia velado seu sono, vendo seus lindos e longos cabelos cor de mogno espalhados pelo travesseiro, sua pele naturalmente pálida, macia e suave, sua boca rosada fazendo um biquinho extremamente fofo enquanto dormia, tudo isso me encantava nela.

Quando eu velava seu sono, ela dormia perfeitamente bem, mas quando eu saia para trabalhar a noite ou estava cansado demais e precisava dormir, não ficava na cama por mais de três horas. Os pesadelos de Bella vinham diminuindo, mas ainda existiam. Isso me perturbava, por que tudo que eu queria era que minha menina ficasse bem, dormisse bem, se sentisse tranquila e a salvo.

No final, eu sempre acabava no quarto dela de alguma forma. Quando não era velando seu sono, era abraçando-a e consolando-a até que ela dormisse em meus braços depois de ter um pesadelo. Geralmente, essas eram minhas melhores noites, já que dormir sentindo seu perfume era a melhor coisa do mundo.

Não tinha jeito. Eu realmente estava apaixonado por ela.

E eu sabia que aos poucos, ela ia se apaixonando por mim também.

Eu não era muito mais velho que ela. Estava em meus 26 anos e modéstia a parte, eu era um homem muito bonito. Várias mulheres iam a delegacia levar rosquinhas, café e derivados para mim e os policiais ficavam putos comigo por eu não pegar nenhuma. Fazer o que se meu coração já tinha dona?

Eu mal podia esperar para a hora que eu pudesse voltar para casa. O dia estava muito atarefado e eu não podia ir buscá-la, mas ontem Alice me garantiu que levaria Bella sã e salva para casa. Confiei na baixinha, já que ela me parecia ser uma boa pessoa e havia passado o ano inteiro indo visitar Bella no apartamento. Às vezes, quando eu chegava em casa e ia até o quarto de Bella para ver se ela estava bem, Alice sorria encabulada enquanto Bella corava. Eu tinha que segurar o riso, por que eu sabia que aquelas duas estavam falando de mim e eu podia jurar que a baixinha me olhava estranho.

Tudo que eu não precisava era da melhor amiga da minha menina se apaixonando por mim.

O dia passou lentamente, como que para me torturar, mas enfim chegou a hora de ir para casa. Peguei a viatura e voei para o apartamento, encontrando ao chegar, Alice e Bella sentadas à mesa estudando. Sorri para a cena, mesmo que por dentro eu estivesse triste por ter que dividir Bella com outras pessoas.

— Olá, meninas.

Ambas levantaram a cabeça para me olhar. Bella corou e Alice deu uma risadinha, fazendo-me ficar curioso quanto à reação das duas.

— Olá, Eddie.

— Oi, Sr. Cullen.

Deixei a chave e o quepe em cima da mesa e tirei o casaco que fazia parte da farda, deixando-o pendurado. Eu sentia que as duas me encaravam e quase me senti feliz por isso. Eu apreciava o fato de Bella gostar do que via, por isso tentei tirar o que eu podia tirar da farda fazendo questão que minha menina visse meus músculos se movimentando. Ao ficar só com a calça da farda, uma vez que depois de um ano ambas as meninas já haviam se acostumado a me ver sem camisa, tive que segurar o sorriso de contentamento ao ouvir um suspiro.

— Como foi o dia de vocês?

Perguntei como quem não quer nada, indo em direção à geladeira e pegando minha garrafa de água, erguendo-a de uma forma que Bella visse os músculos de meu braço tensionados. Eu sabia que era golpe baixo, por que apesar de não ter o corpo de um lutador ou de quem malha todos os dias na academia, eu estava satisfeito com minhas formas e com o corpo que os poucos anos de treinamento me proporcionaram.

Olhei de esguelha para elas e vi Alice quase babando em cima de mim, enquanto Bella tentava disfarçar, mas não conseguia desviar os olhos. Minha boneca deu um tapa de leve na amiga, que pareceu acordar e reclamou com ela.

— Foi ótimo, Sr. Cullen – disse Alice massageando a região do braço em que levou o tapa, mas sorrindo assim que eu me virei para elas – Sentimos a falta de Bella. Todos a receberam muito bem.

— É mesmo?

Perguntei curioso, já que eu não esperava isso. Peguei uma maçã na fruteira em cima do balcão e me alojei ali, cruzando os braços deixando meus músculos mais proeminentes. Percebi os olhos verdes de Alice escurecerem e a baixinha cruzando as pernas e me segurei para não revirar os olhos. Bella estava mais corada que nunca e aquela reação sim me deixou satisfeito.

­— Sim, senhor. Embora alguns idiotas tenham olhado esquisito pra Bella, tudo ficou muito bem. Os professores a acolheram muito bem, todos com pêsames e tal, mas... ai, Bella! Isso dói!

Disse Alice, se virando para sua amiga que acabara de lhe dar um beliscão. Minha raiva se elevou na hora. Como assim olharam de forma estranha para minha menina?

— É o que? Destrataram Bella?

Minha voz ficou dura e fria e com isso, percebi ambas as meninas estremecerem. Bella lançou um olhar raivoso em direção à amiga, que pedia desculpas com seus olhos grandes e verdes.

— Não foi nada demais, Edward.

— Como assim não foi nada demais? Eu vou lá amanhã mesmo! Quais foram os filhos da puta que...

— Eddie – disse Bella tocando em meu braço delicadamente. Eu nem havia percebido que ela tinha se levantado – Se acalme, não é nada demais. Nós sabíamos que isso ia acontecer, certo?

Toda a raiva e fúria que eu sentia se evaporaram em instantes. Os olhos chocolates de Bella se fixaram nos meus de uma forma tão intensa, que eu sentia que estávamos conectados, presos em uma bolha só nossa. Esquecendo que Alice estava no recinto, enlacei a cintura de Bella e a trouxe para mais perto, apertando-a em meus braços. Cheirei seu cabelo, aspirando seu maravilhoso cheiro de morangos e a senti suspirar em meu peito, enquanto espalmava suas pequenas mãozinhas quentes em meu peito.

O famoso arrepio que sempre perpassavam meu corpo quando Bella me tocava não havia me abandonado. Quase estremeci ao tê-la em meus braços e fui obrigado a fechar os olhos para aproveitar as sensações de tê-la ali.

— Não pode me proteger de tudo, lembra?

— Ah, Bella – suspirei novamente e beijei seu cabelo – você ainda não me viu tentar, lembra?

Isabella soltou uma pequena risada e cedo demais, se desvencilhou de meus braços. Voltou extremamente corada para o lado da amiga, que a olhava com cara maliciosa. Será que Bella começava a nutrir algo por mim? Larga de ser idiota, Edward. Foi só um abraço. Vocês vivem se abraçando, lembra? No entanto, por que eu sentia que esse abraço foi diferente? Será que é por que você se descobriu apaixonado por ela hoje?

Provavelmente.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Comentem, minha gente!

Bjoooooos e até segunda que vem :3