A Promessa escrita por Hastings


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem-vindos, leitores :)
Não sei se esta história vai satisfazer vocês, mas peguem leve, é minha primeira original e.e
Boa leitura.



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Há pouco tempo, Hans descobriu que minha mãe o traía com o ‘tio’ Otto. Ele está furioso e tenho medo que ele queira machucar minha mãe. Eu precisava fazer alguma coisa. Nunca me senti bem ao ser a princesa da Inglaterra. Aquilo não era a minha vocação; e ainda não é. Hans não é o tipo de rei confiável que qualquer reino gostaria de ter.

Ando de um lado para outro dentro de meu quarto e sento-me em minha cama.

- Senhorita Christina, posso entrar? – pergunta uma de minhas criadas, batendo a porta.

- Entre, Maya. – digo sem nenhuma animação.

Ela entra, ajeita o uniforme, passa a mão no cabelo e olha para mim. Maya era quase uma babá para mim, me viu nascer e sempre cuidou da minha pessoa. Com seus 40 anos, ela não tem filhos, mas nem consigo imaginar o que ela sofre nas mãos de Hans. Maya já me disse que uma vez foi forçada a se deitar com ele, para conseguir ter a certeza que sua família estaria em boas mãos. Esse era o jeito de Hans de ajeitar as coisas, as mulheres tinham de dormir com ele. Mesmo eu sabendo que ele sempre traía minha mãe, eu nada podia contar. Tinha medo que eu fosse obrigada a fazer amor com ele. Eu, na verdade, tenho nojo do jeito de meu padrasto.

- Como está? – pergunta Maya, me tirando de meus pensamentos.

- Não sei. – suspiro – Minha cabeça se ocupa muito com a situação de minha mãe. – dou uma longa pausa e me levanto – Mas, como está Alice?

- Ela está brincando com Thomas no jardim.

Alice é minha irmã, ela tem apenas 7 anos de idade. Sofro também por ela. Hans seria capaz de matar minha mãe, e isso seria uma verdadeira maldade com minha irmã... E com todos nós. Thomas é o filho do rei, com a falecida rainha Katherine. Boa mulher, uma das melhores amigas de minha mãe.

- E onde está minha mãe? – pergunto.

- A majestade está no quarto. Aproveite para visitar sua mãe, enquanto o rei Hans não chega, bravo como sempre.

- É exatamente isso que irei fazer. Obrigada, Maya.

Ela faz uma breve reverência e eu me retiro.

Caminho pelos grandes corredores do castelo, que distanciam meu quarto, do quarto de minha mãe.

Chego em frente à grande porta, bato e entro. A expressão preocupada no rosto de minha mãe me assusta um pouco.

- Filha! – ela corre até mim e me dá um abraço. Estava ofegante e eu sabia o porquê.

- Mãe, eu estava preocupada contigo!

- Ah, Christina, nada vai poder mudar minha situação. Hans vai me matar. Maldita hora em que me rendi aos encantos de Otto. – ela diz um tanto abatida.

- Hans não pode fazer isso! – exclamo indignada – Você não fez nada que ele já não tenha feito. – calo minha boca ao perceber que falei demais.

- Do que está falando? – ela pergunta.

- De nada, mãe. Somente pensei alto. Como a senhora vai lidar quando Hans chegar? – pergunto mudando de assunto.

- Não faço a mínima ideia. Quando ele chegar, provavelmente ficarei calada e escutarei seus gritos de fúria.

Suspiro. Ando até o espelho e observo meu vestido lilás, que chegava até os joelhos. Ao passar a mão por meu cabelo loiro, minha mãe se aproxima. Fica atrás de mim e coloca suas mãos em meus ombros.

- Você teme alguma coisa que ele possa fazer comigo? – me pergunta.

- Sim. Hans é cruel, nós sabemos disso. – viro-me para ela – Se ele fizer algo contra você, não vou aguentar! – digo com ar triste.

- Me prometa apenas uma coisa.

- Diga.

- Se eu morrer, cuide de Alice. Ela é meu prodígio.

- Só ela? – brinco, mostrando ciúmes.

Minha mãe, percebendo a situação, ri.

- Vocês duas. Mas você já é uma moça formada. Alice ainda não conhece o mundo. Ela acha que Hans é o melhor homem do mundo.

- Ainda não me conformo com esse casamento! Mesmo já tendo se passado tanto tempo, o desaparecimento de papai ainda me atormenta. E até hoje não entendo porque você e Hans foram obrigados a se casar. – expresso tristeza.

- Um dia você entenderá. Não me peça para falar nada agora, é melhor.

Os olhos de mamãe marejam e eu lhe dou um abraço. Aquele abraço, que eu poderia nunca mais sentir. Aperto ela bem forte, querendo ter a certeza que minha mãe ainda estava ali. Se Hans fosse mesmo capaz de matá-la, eu não me perdoaria se esquecesse como era sentir seu abraço.


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Notas finais do capítulo

Eu ficaria muito feliz se me dessem suas opiniões :D
Bezo :* ❤