Black Angel escrita por summer


Capítulo 26
Fraquezas


Notas iniciais do capítulo

Oioi!
Estou correndo com os capítulos, sim, pretendo terminar a segunda temporada antes do ano novo ♡
Boa leitura!



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Só voltei para casa quando Ralf estava em seu quarto, depois de todos os cuidados de Selene e Sofia. Quando atravessei minha porta, ouvi meu celular tocando incessantemente.

– Alô?

– Lis! Você quase me matou de susto! Onde estava?

– Oi, Dave. Meu vizinho foi baleado e eu estava ajudando com o curativo.

– Não custava levar o celular!

– Certo, desculpe, irmãozinho!

– Tudo bem. Enfim... Imagino que você já saiba sobre Suzi.

– Sim. Meus parabéns, meu irmão.

– Obrigado. Esse domingo, vou almoçar com a família dela. Sua família. Nossa família.

– Vão matá-lo.

– Não vão querer que Suzi tenha um filho órfão.

– Desejo toda a sorte do mundo.

– Não tenta tirar o corpo fora, você e Dick vão.

– Por quê?

– Fazem parte da família. E são os padrinhos do bebê.

– Nós... O quê?

– Vocês aceitam?

– Eu... É claro! Obrigada, Dave! Vou ser a melhor irmã-tia-prima-madrinha do mundo!

E então, do dia para a noite, meu irmão ia ser pai. E queria isso. Cada vez mais, meus vínculos emocionais ficavam mais fortes e eu não estava nem aí, estava realmente... Feliz.

Ao entrar na SHIELD, fui recepcionada por Steve Rogers, que estava aguardando o elevador.

– Bom dia, senhorita.

– Bom dia, Steve. Como vai?

– Bem, obrigado! Nick não está por aqui hoje, mas deixou uma missão para você.

Encontrei Coulson em seguida. A SHIELD parecia mais vazia do que o comum. Nick e Maria estavam em outra base, Natasha estava na Oscorp, Clint não estava por perto e boa parte dos agentes estavam trabalhando na proteção de alvos. Coulson parecia sobrecarregado.

– Bruce Wayne vai dar uma festa. Uma comemoração por um contrato fechado com a Oscorp. É o alvo perfeito, haverá muitos alvos num só lugar. Nick pediu que você fosse disfarçada, como uma convidada, mas não imagino como.

– Eu cuido disso. Obrigada, Phill.

– Não há de quê.

– Phill, mais uma coisa: Dave Reed Amell e Susana Lane precisam de mais proteção. Ela está grávida.

– Asa Noturna esteve aqui ontem e nos passou essa informação, mas obrigado.

Perguntei mentalmente o quanto Asa Noturna estava dentro da vida da minha família.

Passei o resto da manhã com Carter e Rogers, na sala de treinamento particular de Steve.

– Então... - Chutei o ar, esperando acertar Steve - o que mais Asa Noturna disse?

Carter estava sentada em uma cadeira de ferro, em frente a mesa que sustentava seu notebook. Steve se abaixou e tentou uma rasteira, mas eu saltei por cima de seu corpo e chutei suas costas.

– Ele está fazendo uma pesquisa sobre os alvos. Revelou sobre a festa do Wayne e a gravidez da namorada do Reed. Também falou que tinha uns caras vigiando a namorada do Grayson. Ele pediu proteção para ambas, disse que são pontos cruciais para os bandidos e pontos fracos para o Reed e para ele. - Ela falou enquanto digitava no notebook - Ele é o Grayson - Explicou

Ponto fraco? Uma pancada nas costas e uma rasteira. Bati com as costas no chão.

– Ponto fraco? - Perguntei depois de um gemido

– Sim, foi o que ele falou. Fofo, não é? - Ela sorriu

– Você abaixou a guarda. - Steve estendeu a mão, com um belo sorriso cansado no rosto.

O céu havia estado dublado a maior parte do dia, mas agora, estava mesmo escuro. Ao entrar no meu prédio, ignorei as escadas e entrei na casa de Jack. A casa deles tinha a mesma configuração da minha, com exceção do quarto a mais: a sala e a cozinha americana dividiam o mesmo espaço. Um pequeno corredor dava acesso ao banheiro e aos quartos. Ambos estavam entreabertos.

– Com licença, Jack? - Chamei, ao passar pela porta principal

Jack saiu da cozinha, com um pano nas mãos.

– Oi, menina Alicia! Vamos, entre! Estou fazendo um creme de legumes que Sofia passou a receita. Veio ver o Ralf? Ele está no quarto, pode ir! - Ele falou tudo apressado e voltou para a cozinha

Pude ouvir o barulho da panela de pressão trabalhando enquanto caminhava para o corredor. A luz do quarto de Ralf estava apagada e as cortinas estavam fechadas, eu apenas via as luzes da televisão.

– Alicia? - Ralf chamou

– Oi, garotão. Eu quis saber como você estava.

– Melhor agora. - Ele abriu um sorriso e se sentou

A manta azul que cobria o seu corpo deixava aparecendo o curativo em seu peito nu.

– Você sempre se mete em encrencas, não? - Perguntei

– Ah, deixe disso! Você não passou pela porta, entre! Você já conhece esse quarto.

– Shh... Isso é passado, Ralf.

– Sim, eu sei. - Ele suspirou - Você está namorando com aquele cara, filho do Bruce Wayne.

– Estou.

– Tudo bem, as lembranças são boas. - Ele riu fraco e mordeu o lábio

– Já vi que você está bem, garotão. Vou subir, tá? Qualquer coisa é só gritar.

– Vou torcer para aquela gata mascarada paracer de novo. - Ele suspirou e eu ri

Ralf e eu nos dias antes da minha mudança para o seu prédio. Jack e Theo eram grandes amigos, o que facilitou nosso romance secreto e infantil. Depois de alguns meses de amassos casuais dentro do elevador quebrado, nossos encontros noturnos diminuíram até acabarem. Ralf mantinha uma esperança sonhadora, mas, na esperança de nunca me envolver, me envolvi até o pescoço com Dick Grayson.

A semana passou devagar e os níveis de tensão aumentavam em todos os lugares: na SHIELD, tudo parecia frenético. Nick, Maria e Coulson estavam ausentes por problemas no Novo México, Natasha se comunicava diretamente com eles sobre o que descobria na Oscorp, me deixando às escuras. Clint estava cada vez mais ocupado, então era a agente Carter quem me passava informações, sempre durante meus treinos com Steve Rogers, que se tornavam cada vez mais frequentes.

Nas ruas, as coisas ficavam cada vez piores: estavam começando a atacar policiais e eu estava impedida de sair de casa. Asa Noturna estava por perto todas as noites. As vezes eu via sua moto passando na rua, outras vezes, via sua sombra na janela. Era arriscado de mais.

Na lanchonete, Suzi tentava disfarçar seus enjoos e estava decidida a esperar pelo fim de semana. Dave e eu estávamos tão próximos quanto podíamos. Todos os dias, no meio de suas ligações, ele me perguntava algo diferente.

"Será menino ou menina? Ou um menino e uma menina?", ele perguntava, eufórico a ponto de me fazer rir.

"Estou pensando em mudar para um apartamento maior, meu filho vai precisar de espaço para brincar"

"Eu posso comprar um cachorro... Mas eu sou alérgico, talvez o bebê também seja"

"Que nome você escolheria? Eu não entendo dessas coisas"

E eu ria em cada uma das perguntas.

Encontrei Suzi no sábado de manhã, para ir ao shopping comprar outro vestido para a sua coleção. Ela girava na frente do espelho, fazendo as camadas do vestido rosa dançarem.

– Ficou incrível, Sue.

– Você só diz isso porquê estamos aqui há quarenta minutos. - Ela resmungou, olhando para o meu reflexo no seu espelho.

– Quarenta e quatro. Mas estou dizendo a verdade, ficou incrível em você.

– Obrigada. Daqui alguns meses, ele não caber. E eu não vou poder usar esses saltos - ela levantou a barra do

vestido -, porque meus pés estarão inchados.

– E você ainda estará incrível.

Ela virou para mim, com os olhos cheios d'água.

– Obrigada.


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Notas finais do capítulo

Comentem ♡



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