Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 37
37 - Tivemos nossa primeira vez juntos!


Notas iniciais do capítulo

Ooooolá! Sim, 'tô de volta depois de mais de 5 meses. Juro, que estou escrevendo esse capítulo a esse tempo, e eu não conseguia concluí-lo. Simplesmente, não conseguia.

E então eu tive problemas pessoais e aí já viu né?
Enfim, eu queria agradecer muito por todo apoio que recebi de vocês. Muito obrigada pelo carinho e, se alguém ainda acompanhar, obrigada pela espera.
Eu disse que não ia desistir dessa fanfic!

Vou responder os comentários hoje a tarde, e sim, eu vou continuar a escrever mais agora que saí desse capítulo. Vocês vão notar uma diferença em minha escrita.

E EU GOSTARIA DE AGRADECER A DUAS MENINAS QUE ME ESCREVERAM RECOMENDAÇÕES LINDAS! EU FUI COMPARADA A J.K MINHA GENTE CHOREI! Foram: juleah e PotterheadsGirl. MUITO OBRIGADA
Enfim, VOCÊS VIRAM ANIMAIS FANTÁSTICOS? GENTE EU CHOREI. CHOREI
MESMO, JURO.

Tenho que sair, amo vocês e tenham uma boa leitura!



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E o final do terceiro ano havia chegado, muitas coisas haviam acontecido no período de tempo até aquele momento. Tais coisas como: James arrumar uma namorada lufana meio tapadinha, uma de verdade! Ela era legal, carinhosa e simpática. Todos os marotos se assustaram, mas principalmente Sirius, que dizia que Jennifer estava o tirando da vida cafajeste de solteiro. E, aparentemente, Almofadinhas não era o único a se incomodar com isso. Eu nunca vi Lils tão vermelha quanto no dia em que James anunciou sua nova namorada, e foi engraçado.

Grifinória ganhou a taça de quadribol pelo segundo ano consecutivo, nunca me esquecerei de Wood chorando agarrado a taça no último jogo contra a corvinal.

Uma revista de fofocas apareceu de um dia para o outro, se chamava K. P. A. Fofocas, e fala sobre tudo e todos de Hogwarts. Professores, fantasmas, alunos, tudo. A cada quinze dias, as revistas apareciam ao lado dos talheres de manhã. Era enfeitiçado para que apenas os alunos conseguissem ler, os professores apenas enxergavam jornais. Mesmo eu tendo certeza de já ter visto Dumbledore rindo e lendo a revistas, quando questionado, ele disse que ria da coluna de piadas.

No começo pensávamos que quem escrevia era a Skeeter... Até que um dia ela fez parte da revista depois de ser flagrada aos pegas com um garoto qualquer do sexto ano. Era engraçado vê-la rangendo os dentes a procura do culpado, mas a graça meio que se perdia quando se fazia parte da revista. A primeira edição tinha minha cara estampada, alguém havia conseguido tirar uma foto de quando eu cortei minha gengiva e lambi os dentes para tirar o sangue.

Fizeram parecer que eu era um tipo de predadora sexual ou algo do tipo, parecia que eu estava tentando seduzir Sirius. Me nomearam de “leoa sedutora”. Mas a pior parte foi a de ter que ir nos dormitórios pegar as fotos... Elas se mechiam. Argh.

Severo e Dorcas terminarem.

Por um dia.

Bem, segundo Dorcas, Sevs não se expressava e isso a deixava insegura e triste, e por isso ela terminou com ele. Ri ao me lembrar do dia:

Flash back on

Minha boca se abriu junto a de Marlene, Alice e Lilían com o que Severo falou.

— ELA O QUÊ?! – Lene grasnou incrédula no meio do corredor vazio, ele acenou com a cabeça tristonho e apagado.

— Ela terminou comigo. – Nos entreolhamos mais uma vez e berramos ao mesmo tempo.

— PORQUE? – Ele franziu a cara e se encostou na parede deslizando até se sentar no chão.

— Ela disse que... que eu não demonstro meus sentimentos... Dorcas acha que eu não gosto dela, mas na verdade e-eu... e-eu am...

— Não fala! – Lils gritou tapando os ouvidos e o interrompendo. Ele a encarou confuso e ela nos olhou como se fossemos burras. – Ela tem que ouvir isso antes de nós! – Soltei um risinho junto a Lene enquanto Alice rolou os olhos com a atitude dela.

— Certo, Sevs. E você quer a nossa ajuda? É isso? – Ele acenou a cabeça para minha pergunta e eu sorri maliciosa. – Primeiro, precisamos consolar a nossa amiga. Ela provavelmente não vai querer ir para o jantar hoje, mas claramente nós vamos força-la. Sevs, o quão disposto você está para recuperá-la? – Ele se levantou meio desconfiado

— Bastante... Porque? O que tem em mente?

— Você vai para a mesa dos professores pedir a Dumbledore para falar lá que a ama e tudo de fofo que vier a sua cabeça, mesmo que não importe muito porque Dorcas já vai estar correndo para seus braços quando você disser as três palavras mágicas. – Falei animada em um fôlego só, Severo cambaleou desnorteado enquanto as meninas gargalhavam acenando com a cabeça.

— Na frente de todo mundo?! – Chiou incrédulo e eu acenei com a cabeça sorrindo larga.

— Dorcas só quer que você demonstre que gosta dela. Mesmo sendo meio bruta, nossa Dorquinha ainda é sensível. Ela se importa com palavras, gestos... Ela é o tipo de pessoa que “precisa ver para crer”. – Sorri levemente e ele suspirou coçando a testa nervoso.

— Tem certeza que vai funcionar? – Acenamos com as cabeças fazendo-o suspirar mais uma vez.

— Prepare algum texto bonito, vamos conversar com ela agora... – Lils sussurrou quando alguns lufanos passaram, Severo acenou com a cabeça e nós saímos para os jardins sabendo exatamente onde ela estava.

Havia essa árvore no final do jardim que Dorcas simplesmente amava, era grande e bonita. Ela tinha a teoria que a magia que ecoava pela escola vinha daquela árvore, Dorcas até mesmo falou isso com Dumbledore!

Que por sinal, ficou muito entretido nessa conversa. Foi engraçado vê-los falando sobre conspirações de hogwarts, Lene ria a cada nova maluquice que saía da boca de Dorcas.

Voltei a realidade ao ouvir seus soluços e fiz uma careta de dor, caminhamos até o outro lado da árvore vendo-a encolhida entre as grandes raízes.

Ao ouvir nossos passos, ela tirou o rosto do braço e nos encarou limpando as lágrimas e sorrindo forçada.

— E ai, meninas?! – Ela riu e eu me ajoelhei a sua frente vendo seu sorriso se desmanchar e a cara de choro se formar lentamente. Lhe abracei e Dorcas se agarrou a mim chorando fortemente, suspirei e acariciei seus cabelos enquanto as meninas se sentaram ao seu lado acariciando suas costas.

— O que aconteceu, Dorcas? – Murmurou Lene se fazendo de sonsa, prendi o riso enquanto Alice a olhou divertida.

— E-eu terminei com S-Severo – Grasnou soluçando desesperada. Nós a consolamos a tarde toda, até mesmo Regulo apareceu já que também era amigo de Dorcas por ser amigo de Severo, o que o fazia se amigo de Dorcas... Isso não fez sentido.

Olhamos a noite chegar lentamente enquanto ficava frio, nos levantamos a levando junto e surpreendentemente, ela levantou o nariz respirou fundo e quando Alice disse que ela tinha que ir jantar ela apenas acenou com a cabeça.

— Sério? Sem mais nem menos? – Me surpreendi e ela sorriu meio triste

— Você não se negou tomar café da manhã quando Lestrange fez... aquilo com você. – Devolvi seu sorriso e passei meu braço por seus ombros orgulhosa.

— É, eu não me neguei. – As meninas sorriram e nós nos encaminhamos pelos corredores tentando animá-la e imaginando sua reação.

Entramos no grande salão olhando discretamente para a mesa da sonserina. Régulo havia saído mais cedo para “consolar” seu amigo, que bebeu duas taças de suco de abóbora só no meio tempo de nos sentarmos juntos dos marotos.

Me sentei a frente de Dorcas, que estava de costas para a mesa de Severo. O mandei um olhar de aviso e o mesmo respirou fundo se levantando decidido e caminhando até as mesas dos professores. Todo mundo começou a cochichar sobre seu ato, chamando a atenção de Dorcas.

Ela olhou ao redor querendo saber o porquê do mini alvoroço, parando o olhar no garoto que subira no “palco” dos professores. Ele se curvou sobre a mesa de Dumbledore conversando com o mesmo, sorri larga quando o diretor sorriu levemente e acenou com a cabeça.

Minerva sorriu calma apenas observando, Severo então virou para nós e respirou fundo antes de botar a própria varinha do pescoço para que sua voz ecoasse pelo salão.

— Hm... B-boa Noite... E-eu não sei muito bem o que dizer e... Eh... E-eu preparei um discurso! – Sua voz ficou aguda por um momento me fazendo prender o riso e olhar para Dorcas, que tinha um olhar emocionado, ela parecia querer saltar até lá loucamente. Ele tateou as vestes a procura de algo e ficou mais pálido ainda ao não achar - ...que eu não trouxe...

Ele respirou fundo engolindo seco e olhou para mim nervoso, sorri e levantei ambos os polegares.

— Você consegue! – Formei as palavras com meus lábios em silêncio. Ele estalou a língua estressado e falou de uma vez:

— Dorcas Meadowes, eu te amo. – Todo o salão fez um ‘gasp’ em conjunto, algumas meninas soltaram gritinhos emocionados, Alice foi uma delas. Não demorou muito para Dorcas correr até ele, que desceu da parte da mesa dos professores e guardou a varinha.

Flash back off

Dei um gole no suco de abóbora com a mente em outro lugar, eu andava pensando muito sobre a minha missão esses dias. Sentia que algo me impedia de concluí-la.

Automaticamente olhei para frente, para Remus com Emmeline. Ela me olhou, tão entediada quanto eu.

Tirei aquele momento para analisa-la, ela era bonita. Cabelos loiros longos, lábios finos, alta, olhos azuis opacos e um rosto um tanto quadrado. Era uma face que gritava “Olá eu sou uma vadia e vou destruir sua vida!”, palavras de Marlene.

Emmeline arqueou uma sobrancelha desafiadora, mas eu simplesmente a ignorei olhando para Jennifer ao ouvi-la falar algo

— Será que vamos ter discurso esse ano? – Comentou simplesmente querendo puxar conversa e quebrar o clima tenso que formava entre nós sempre que Vance estava perto.

— Que isso, imagina. Esse ano vai ser uma exceção e o sétimo ano não vai se despedir de Hogwarts. – Lily resmungou sarcástica, fazendo-me rir junto a Pedro.

Acordei definitivamente olhando para a parte dos professores ao ver Wood subir no mesmo. Acordei do transe rindo e começando a gritar junto a equipe.

— Boa noite! – Saudou rindo e nós retribuímos da mesma maneira. – Sei que todos os anos as pessoas fazem o mesmo discurso sobre sentir falta e blá blá blá – Deu uma pausa pela interrupção por causa das risadas e logo continuou sorrindo – mas olha só, eu vou repeti-los com algumas modificações...

Wood levantou a taça de quadribol limpando a garganta convencido, fazendo os grifinórios rirem e as outras casas vaiarem brincando, Pontas gritou rindo com o braço ao redor da cintura da namorada

— Só queria se exibir! – Wood riu e deu de ombros.

— Talvez! Enfim, sei que parece cliché dizer isso, mas... Aproveitem enquanto podem, de verdade. – Todos se calaram para prestar atenção no antigo capitão do time da grifinória, me encostei em Rabicho sentindo-o me abraçar pelos ombros – Estar desse lado é... Duro. Pois passamos sete longos anos das nossas vidas até agora, aqui. Rimos e choramos nesses corredores. Nos apaixonamos e quebramos as caras nessas salas. Brigamos e fizemos as pazes nessas mesas... E tivemos nossos melhores e piores momentos dentro desse castelo... Dentro de nossa segunda casa. – Alguns do sétimo ano já choravam, Wood incluso. – Vivemos aqui grandes e pequenas aventuras que nunca serão esquecidas, que serão lembradas a cada reunião de amigos – ele sorriu olhando para os próprios amigos -, e por isso eu digo: Façam valer o tempo em que estiverem aqui, pois um dia, vocês estarão no nosso lugar. E o melhor é que tenham um discurso e tanto.

Finalizou, não demorou muito para os aplausos e assobios irromperem das mesas. Ele desceu com lágrimas nos olhos sendo abraçado por sua namorada, olhei para o diretor Dumbledor vendo-o com o rosto enfiado na barba enquanto chorava. Ele fungou algumas vezes até se levantar e limpar a garganta;

— Com esse belo discurso do senhor Wood, eu anúncio que a casa ganhadora desse ano é a: Grifinória! – Muitos resmungaram enquanto a minha casa comemorava, eu apenas bocejei ignorando o olhar de Remus. A grifinória ganhou pelo simples motivo de: Os marotos e Lily saberem responder perguntas óbvias e dos jogos de quadribol.

Sirius se espremeu para ficar entre mim e um menino qualquer, e então perguntou na total cara de pau:

— O que eu perdi? – Ri negando com a cabeça

— Você não tem jeito, Almofadinhas. – Ele deu de ombros e eu soltei mais uma gargalhada – Nada demais, apenas o discurso de Wood e que a grifinória ganhou a taça das casas. – Almofadinhas acenou com a cabeça e pegou a comida restante, quando eu ia lhe perguntar o porquê do atraso, vi um chupão em seu pescoço me fazendo gargalhar e negar com a cabeça novamente. – Realmente não tem jeito.

— Ei, ei. Respeito! Eu acabei de terminar um relacionamento de cinco anos! – Jennifer o encarou pendendo a cabeça para um lado enquanto eu franzia o cenho confusa junto a meu irmão e Remus

— Mas você não parece triste. – Comentou a minha cunhada tapadinha, ele sorriu sujo e respondeu:

— Não era meu relacionamento. – Gargalhei junto aos outros marotos colocando a mão no rosto.

— Você é uma vagabunda. Você sabe disso, não é? – Ele deu de ombros sorrindo malicioso

Depois de mais algumas horas, Dumbledore levantou-se novamente, fazendo todo o salão se calar, e exclamou:

— E com isso, dou encerrado o ano letivo! – Gritamos em excitação e enquanto uns se abraçavam, outros já se retiravam do grande salão. Me levantei a procura de certos sonserinos e de um certo corvino.

Vi Adam primeiro, ele também parecia me procurar, então eu simplesmente fui até ele o abraçando de leve. Durante o ano eu passei a sair com Adam também, era uma boa companhia. Era quando eu saía com Lily também, aqueles eram momentos que nós tirávamos para conversar ou ler.

— Obrigada pelas balas de menta, Mione. – Ri com sua frase, lembrando-me que ofereci balas de menta para Adam no avião, depois de ele vomitar as tripas.

— De nada. – Disse simplesmente, logo me soltei dele ao ver Régulos e Severo na nossa mesa falando com o pessoal. Acenei para o meu amigo de sotaque engraçado e corri de volta para a minha mesa, pulando nas costas dos meninos.

— Mione! – Régulos me abraçou pela cintura, definitivamente mais alto que eu, me fazendo rir pelo seu modo desengonçado. Logo me larguei dele para abraçar Severo, que me abraçou com calma.

— Obrigada. – Sussurrou antes de me soltar, o encarei sem entender até que ele sorriu e abraçou Dorcas.

Sorri para o nada e encarei meus amigos, que me olharam cumplices e acenaram com as cabeças. Nos despedimos de todos e saímos rindo, pulei nas costas de Almofadinhas gargalhando de mais uma das piadas bestas de Rabicho, Aluado rolou os olhos rindo e eu fiquei feliz em passar aquele tempo com eles. Sem namoradas nojentas ou tapadas, apenas nós. Apenas os marotos. 

***

Férias.

Lindas e tediosas férias.

— Que tédio – Pontas e eu grunhimos ao mesmo tempo, estávamos deitados debaixo da sombra de uma árvore no nosso quintal.

James estava sem camisa e de bermuda por conta do calor, enquanto eu tive que me contentar com usar um short e uma blusa regata que eu havia acumulado para cima até minha barriga estar de fora.

As férias já estavam quase acabando, faltavam apenas quatro semanas e alguns dias. Nesse tempo, eu finalmente cresci. Em todos os sentidos, dessa vez. Estava mais alta e mais peituda, basicamente.

A falta dos outros marotos era grande, claro que James e eu nos entretemos um com o outro, mas os outros três realmente faziam falta.

Conversávamos por carta, mas não era a mesma coisa, três meses e algumas semanas sem vê-los pessoalmente era estranho.

— Eu estou com saudades deles. – Resmunguei, ouvindo um grunhido de concordância em retorno.

— Que bom, porque vocês vão vê-los. – Nós nos sobressaltamos e encaramos nossa mãe, ela tinha duas malas nas mãos e um sorriso carinhoso brincando nos lábios.

— Perdão? – James se apoiou nos cotovelos e ela riu colocando as malas no chão

— A senhora Pettigrew ligou os convidando para passar algumas semanas na casa dela, os outros bagunceiros já estão lá. – Riu e nós pulamos do lugar correndo para dentro, dando beijos em suas bochechas no caminho, subimos correndo para nos despedir de papai e para ver se mamãe não tinha esquecido nada que talvez fosse necessário para nós. E claramente, ela não tinha.

Descemos animados e vi que mamãe nos esperava na porta de casa, fomos até ela e a mesma sorriu estendendo os braços, indicando que iriamos aparatar.

Senti o comum puxão em meu umbigo, não demoramos muito para ultrapassarmos as barreiras mágicas para chegar até a porta da casa da senhora Pettigrew com nossas malas, mal tivemos tempo para bater, pois a mesma abriu a porta nos surpreendendo.

Ela deu sorriso fofo, mostrando sua covinha no rosto gordinho e simpático;

— Finalmente! – Riu animada e ela olhou James de cima a baixo – Está lindo James! – Sorriu carinhosa e ele passou a mão pelos cabelos de modo convencido:

— Claro, sou James Potter. – Ela riu novamente e me olhou sorrindo larga

— Você também, Hermione! Já está quase uma mulher! Está muito linda! – Sorri sentindo minhas bochechas esquentarem e agradeci sentindo vontade de abraça-la.

A mãe de Rabicho abriu passagem para entrarmos, rimos e passamos nos despedindo de mamãe e dando beijos nas bochechas coradas da Senhora Pettigrew. Ela riu novamente, dando tapinhas em nossas bundas ao passarmos por ela – Eles estão no quarto de Pedro! Terceira porta a esquerda lá em cima!

Gritamos em entendimento e sorrimos olhando ao redor, haviam algumas coisas se fazendo sozinhas. Como alguns cachecóis, ou os pratos. A família de Pedro era sangue-puro, porém era amante de trouxas, o pai de Pedro fugiu com uma mulher mais nova, por isso que Rabicho sempre ficava em casa nos feriados. Para não deixar sua mãe sozinha.

Nos apressamos para as escadas, um tentando ser mais rápido que o outro. Assim que encontramos a porta, James se jogou nela a abrindo, porém ele deve ter tropeçado em algo já que caiu de peito no chão, me levando junto.

— Sai de cima, baleia

— Cala a boca, fracote. – Resmunguei em resposta, ouvimos um pigarro interrompendo os xingamentos, nos fazendo olhar para cima apenas para ver os irmãos Black sentados nos olhando indagadores. Dei um sorriso largo enquanto me levantava pisando em Pontas para me jogar nos dois, Régulos estava sentado na cadeira da mesa de Rabicho enquanto Almofadinhas estava sentado na cama de frente para o irmão. – Caralho que saudades! – Berrei rindo, ambos gargalharam e eu me senti ser empurrada por James, para ele se jogar em Sirius. Gargalhei com isso e me sentei no colo de Régulo, que corou levemente com isso, ele já deveria estar acostumado. – Eu vou contar para Jennifer que você está evitando enviar cartas porque está traindo ela com o cachorro!

— Ah, não. Se for para pegar um dos irmãos Potter, eu pego você. – Sirius disse com um sorriso malicioso brincando nos lábios enquanto me encarava de cima a baixo.

— O que é isso? – Pontas brincou, fazendo-se de traído, ele colocou a mão na testa como uma donzela em perigo e continuou – Não acredito que você me traiu, oh! E agora, eu morro. – Ele se jogou de verdade, levando Sirius junto, fazendo com que ríssemos de sua palhaçada.

Abracei Régulos mais forte, sentindo pequenas elevações, mostrando que ele começara a criar músculos

— Não se preocupe, James. Se for para pegar um dos irmãos Black, eu pego Régulos. – Brinquei fazendo Reg corar, Sirius se sentou novamente colocando a mão no peito de modo ofendido

— Não acredito que você me traiu! – Repetiu a mesma fala de Pontas, fazendo a todos rirem.

— Sentimos a falta de vocês, de verdade. – O Black mais novo passou a mão por minha cintura e deu um sorriso sincero

— Nós também sentimos a sua falta.

— Só dela? – James perguntou arrumando os óculos no rosto enquanto se deitava na cama de Pedro como se fosse a sua;

— Sim, só da Neve. – Almofadinhas interrompeu se levantando e me jogando no ombro rindo e começando a rodar, soltei gritos entre risadas e comecei a bater em sua bunda para que parasse – Epa, epa. Sei que minha bunda é linda, como você já disse antes, mas não precisa amacia-la tá’ bom? – Gargalhei e retruquei:

— Eu paro se você me largar.

— Eu te largo se você me beijar. – Falou malicioso, James se engasgou enquanto eu e seu irmão ríamos.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, James se levantou tentando me tomar de Sirius, o que me transformou numa corda em um cabo de guerra

— Réguloooooos! – Prolonguei seu nome tentando me soltar dos dois, porém o bostinha apenas ficou rindo.

— Solta veado!

— É um cervo, seu pulguento! – Entre xingamentos eu ainda prolongava o nome do Black mais novo

— Certo, eu não imaginava que iria revê-los assim. – Uma voz grave soou, fazendo com que eu me calasse e com que os meninos parassem o cabo de guerra. Estranhei a voz e olhei para a porta me engasgando ao ver Remus com os braços cruzados e um olhar divertido.

— Pessoal! – Ouvimos uma voz animada atrás dele, Rabicho. Os meninos me largaram para poderem saudar Pedro, porém eu fiquei estática encarando Remus. Ele havia mudado, fisicamente apenas. Notei ao ver suas bochechas atingirem um tom avermelhado com minha atenção em seu corpo.

Eu não sabia se era apenas a blusa regata, se eram os músculos de um adolescente alto, ou sei lá o que. Ele estava gostoso.

Sai do transe ao ser levantada do chão por um saco de músculos, vulgo Pedro Pettigrew.

Sorri em êxtase em ver meus amigos e virei para abraçar Rabicho, sugando o ar ao vê-lo mais de perfeitamente.

— Rabicho! – Berrei, fazendo-o me largar e olhar ao redor assustado

— O que foi?! – Gritou de volta, segurei seus braços e o contemplei melhor.

— Você está gostoso! – Ele parou e me encarou por alguns segundos antes de rir negando com a cabeça.

— Engraçado, eu ia dizer a mesma coisa sobre você. – Sirius comentou sentando-se novamente e eu ri voltando ao colo de Régulos.

— Obrigada, cachorro. – Ele me lançou uma piscadela maliciosa e eu neguei com a cabeça rindo, olhei mais uma vez para Remus, que havia assumido o chão como lugar junto a James.

Ele também me encarava, sorri levemente para ele, recebendo um sorriso de volta.

Prendi meu cabelo – que havia crescido novamente –, e me mantive entretida em uma conversa com James e Sirius sobre quadribol

— Quem será que vai ser o capitão do time esse ano? – James indagou, dei de ombros pensando quem teria mais chances.

— Estou surpreso que não tenha sido um de vocês, para falar a verdade. – Remus se pronunciou, James sorriu convencido enquanto eu dei de ombros mais uma vez.

— Acho que próximo ano James vira capitão.  – Meu irmão estufou o peito, fazendo-me rolar os olhos;

— Pedro, vocês compraram refri- refi- refrive-.... aquela coisa que vocês saíram para comprar? – Almofadinhas estalou a língua nas tentativas falhas de falar refrigerante, fazendo-me rir – Se sim, podemos ir para a piscina agora? Eu já estava com calor, agora estou me sentindo sufocado com o ego de pontas. – Gargalhamos e eu acenei com a cabeça em concordância.

— Sim, sim. – Rabicho riu e eu me levantei andando até a minha mala, que estava jogada na porta do quarto do meu amigo, e a arrastei para dentro a abrindo e torcendo para que mamãe tivesse colocado alguma roupa de banho. Suspirei aliviada ao ver que ela tinha colocado quase todas as minhas roupas ali, na verdade.

— Onde fica o banheiro? – Perguntei a ninguém em especial e enquanto Almofadinhas apontou para uma porta, Régulo apontou para outra.

Apertei meus olhos para Sirius e segui a indicação de seu irmão, logo entrando no banheiro e me trocando, coloquei a roupa novamente e tirei aquele momento para me olhar no espelho.

Antes eu ainda tinha um corpo um tanto infantil, era baixa e etc, o que me era estranho. Já que saí de um corpo de mulher como Granger e voltei a um corpo de criança como Potter, mas eu estava mais bonita como Potter, agora. Tinha curvas herdadas dos Black, por parte da mamãe, e a beleza marcante dos Potter, herdadas de papai.

Eu conseguia ver uns traços que me faziam... bem, eu. A estrutura do rosto ainda era minha, mas modificada, se isso fazia sentido.

Eu era uma adolescente novamente, faria quinze anos em alguns meses. E mesmo tentando aproveitar minha... “segunda juventude”, eu ainda tinha responsabilidades em relação ao futuro dos que eu amava. E já tinha também um plano, plano esse que levaria anos para ser desenvolvido e tinha grandes chances de fracasso. Mas era um plano.

Respirei fundo e saí do banheiro depois de guardar minhas coisas na mala, fechei a porta atrás de mim e olhei para a única pessoa ainda sentada na cadeira olhando para os pés.

Remus levantou o olhar, me mirando dos pés à cabeça, me dando uma sensação engraçada no estômago.

— Oi. – Falou depois de um momento constrangedor de silêncio. Sorri calma e respondi seu cumprimento da mesma maneira, ele se levantou coçando a nuca e olhando constrangido para meu corpo. Sei que devia estar estranhando, eu também estava.

— Aluado, o que faz aqui? – Perguntei cruzando os braços para não o agarrar ali mesmo. Puta que pariu ele estava gostoso.

— Eu estava... esperando por... você. – Falou olhando para as mãos e franzindo o cenho, engoli seco quando ele levantou os olhos para mim, me encarando intensamente. Senti um arrepio passar por todo meu corpo, ele chegou perto em passos lentos, como se eu fosse fugir a qualquer momento. E talvez eu fosse.

Com esses meses longe de Remus, eu parei e notei como eu estava... Qual era a palavra que Wood usou? Ah, obcecada. Eu estava obcecada por Remus, passei as férias pensando apenas as coisas ruins que ele me causou, como numa reabilitação.

Não que eu achasse errado amar Remus, mas eu o estava fazendo muito intensamente. Estava me consumindo. Talvez fosse a parte Potter gritando que eu ainda não o amava o suficiente, e talvez, esse era o problema. Eu o amava demais.

Aluado sorriu levemente e tocou meu braço com a ponta dos dedos, fazendo meu corpo tremer em reação, seu sorriso aumentou e eu descruzei os braços para me permitir abraça-lo. E assim eu o fiz.

Passei meus braços por sua cintura e me prendi a ele, assim como ele o fez a mim. Ele cheirou meus cabelos e me apertou mais contra si, Remus era naturalmente cheiroso.

Ele cheirava a laranja, folhas de chá e outono. Conforto, para mim.

— Estava com saudades. – Sussurrei e ele suspirou encaixando o queixo em minha cabeça.

— Também estava. – Sussurrou de volta e eu senti minha boca secar, logo dando um passo para trás.

Controle Hermione, controle.

— Então... – Limpei a garganta e fui em direção a porta, olhando sobre o ombro vendo-o surpreso por não ter gritado aos sete ventos que o amava ou algo do tipo – Vamos?

Aluado acenou com a cabeça ainda desnorteado e eu segui meu caminho para a parte de trás.

Quando cheguei, ri com a cena de James saltando na piscina para cima de Pedro, que estava boiando calmamente. Régulo estava perto, mas não contou, apenas riu negando com a cabeça.

— Vai ficar só apreciando a vista ou vai entrar também? – Sirius perguntou malicioso e eu dei de ombros tirando a blusa e o short, as risadas pararam e eu os olhei, Almofadinhas tinha as sobrancelhas arqueadas e os olhos pregados em meus peitos, Pedro havia parado de lutar com meu irmão e tinha a boca aberta junto a Régulo, que estava prestes a subir, ficando apenas uma parte fora da piscina.

Automaticamente olhei para minhas... “almofadas”, como Tia Mila chamava, pensando que estavam pulando para fora.

Porém estavam em seus devidos lugares e comportados no bikini, me fazendo resmungar a pergunta:

— O que foi agora? – Sirius foi o primeiro a se pronunciar

— Acho que morri, porque estou tendo a visão do paraíso. – Com essa os meninos acordaram e começaram a rir junto a mim do sorriso malicioso de Almofadinhas

— Quer me pegar diz logo. – Disse rindo e me virando para deixar as roupas em uma das cadeiras de lá, dei de cara com Remus sem camisa e não sei bem quem perdeu o fôlego primeiro.

Observei as cicatrizes em seu peito, braços, costelas e barriga; Ele havia ganhado algumas novas, junto a fodendo músculos naturais. Talvez fosse a parte lobisomem, não sei, minha mente tinha entrado em curto circuito com a visão dos ombros largos e-

— NEVE! – Sirius berrou, nos tirando do transe. Pisquei várias vezes até virar novamente para olhar para Almofadinhas, que gargalhava. – Será que pode entrar logo na piscina e parar de secar Aluado antes que seu irmão cague tijolos? – Ri ao ver James saltar em Sirius novamente e segui seu concelho.

Pulei na piscina sentindo uma sensação gostosa de refrescamento, emergi e dei uma lufada a procura de ar

Não demorou muito para me sentir ser levantada, gargalhei e me equilibrei melhor nos ombros de Sirius. Régulos estava nos ombros de James e logo entendi que deveria derrubá-lo;

— Vai lá, Neve! – Pedro torceu de um lado da piscina, fazendo-nos rir. Sorri maliciosa para Régulos e tentei empurrá-lo, ele agarrou meus braços e eu sorri o puxando com força, fazendo-o cair. Porém o espertinho me levou junto.

O empurrei debaixo d’água e ele tentou gargalhar, se engasgando e subindo. Logo ele me jogou sobre o ombro e me lançou na piscina rindo.

Quando me cansei, nadei até a borda e me sentei na mesma. Remus estava sentado em uma das cadeiras com um livro trouxa qualquer.

Aluado me olhou sobre o livro com os olhos apertados por causa do sol e sorriu, fiz careta me perguntando como ele conseguia ficar no sol num calor desses e não entrar na água.

— O que foi? – Perguntou se arrastando para a ponta de sua cadeira e eu dei de ombros, ele me encarou insistente me fazendo soltar um riso;

— Está quente, Aluado. E você está lendo um livro. – Ele riu e foi a vez dele de dar de ombros, sorri maliciosa e ofereci minha mão – Me ajuda, por favor? – Ele estreitou os olhos, mas se levantou e segurou minha mão. Meu sorriso aumentou e ele arregalou os olhos, Remus nem teve tempo de perguntar o que eu ia fazer, pois eu já havia o puxado e o jogado na piscina.

Comecei a gargalhar, mas acabei me engasgando com minha saliva com o que vi;

Remus havia emergido, me distrai do engasgo com o brilho que a água deixou em sua clavícula, seguindo até seu peito e abaixo. Ele me olhou com um sorriso malicioso e em um movimento rápido, ele me puxou de volta para a piscina.

Ri a me debati em seus braços, cutucando suas costelas de modo brincalhão.

Todos nós passamos um tempo brincando e competindo até a senhora Pettigrew aparecer com um prato cheio de sanduíches e algumas latinhas de refrigerante a seguindo no ar.

— Comida! – Almofadinhas berrou nadando até a borda de modo desesperado junto a Pontas, ri e os segui de modo mais calmo.

Régulos já estava fora da piscina, todos estavam para falar a verdade, menos eu. Estava com os cotovelos na borda da piscina, ao lado das pernas de Remus, que havia se sentado com uma lata de soda e com um sanduíche na mão.

— Obrigada, senhora Pettigrew. – Agradecemos e ela deu um de seus risinhos fofos antes de sair e nos deixar a vontade, não estava com fome, então simplesmente observei meus irmãos.

Sirius riu do barulho que a lata fazia, me fazendo sorrir levemente, ele parecia uma criança. Almofadinhas tomou um gole do refrigerante um pouco hesitante, mas assim que o fez, abriu a boca e me olhou surpreso.

— Néctar dos deuses! – Ri e apoiei meu queixo nos braços, tirando o momento para pensar em Riddle. Ele estava violento, eu sabia que a guerra e o medo estava prestes a realmente eclodir.

No ponto de nascidos trouxas precisarem se esconder, no ponto da ordem da fênix ser formada, quer dizer, já era.

Teríamos apenas alguns anos de quase paz, talvez. Não era certo, já que com minha presença, as coisas pareciam mudar.

— O que está pensando? – Remus interrompeu meus pensamentos e eu o olhei, seus olhos castanhos claros se destacando por causa do vermelho que o cloro havia causado.

— Não vai querer saber. – Ele suspirou com meu murmuro e desceu o olhar esticando sua mão para onde estava olhando, por um momento pensei que ele iria pegar em meus peitos, mas ele alcançou o pingente de lobo me fazendo suspirar aliviada.

Já estava desgastado, não continha mais o brilho de anos atrás. Estava quase ficando bronze, mas não me incomodava.

— Você... Porque? – Murmurou quase magoado, franzi o cenho confusa e ele refez a pergunta – Porque você não desistiu de mim ainda? – Suspirei e Aluado me olhou nos olhos procurando uma resposta.

— É isso que quer que eu faça? Que eu desista? – Ele apertou os lábios, deixando claro que não queria.

— Se eu estiver a machucando... Sim. – Disse a contragosto e sorri com seu modo estranho de se importar comigo.

— Você não o faz de propósito. Além de que se eu desistir, eu não vou ser uma Potter. – Ele soltou uma risada afetada e antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, James resmungou:

— O que vocês tanto sussurram aí? – Sorri maliciosa e nadei para longe enquanto respondia

— Nada demais, Remus estava apenas comentando como meus peitos são lindos! – Ambos se engasgaram e não demorou muito para James empurrar Aluado na piscina.

— Mas estão... – Sirius murmurou e eu ri negando com a cabeça.

Almofadinhas sorriu e tomou impulso se jogando na piscina ao lado de Pedro, que havia entrado a pouco tempo. O ar fugiu de meus pulmões quando um cachorro negro emergiu no lugar de Sirius, Pedro arfou e olhou ao redor desorientado.

Sirius se agitou animado e latiu, atraindo atenção de Régulos. James, que estava mais perto da borda, foi rápido em sair e trombar no Black mais novo, o virando para frente antes que pudesse ver algo.

Me apressei junto a Remus em sair e tentar levar Almofadinhas, que estava agitado fazendo barulhos estranhos e pulando em cima de mim.

— Suas unhas, cachorro. – Chiei baixinho, quase rindo ao notar que no momento, era verdade.

Saímos da piscina e corremos até onde vimos que era longe do olhar da piscina. Olhei brava para o cachorro negro rodando e saltitando na nossa frente, Aluado negou com a cabeça e eu chiei para Almofadinhas, que parou e se sentou respirando rápido e com o rabo abanando de modo rápido.

— O que estava pensando? – O cachorro abaixou as orelhas e fez um som de choro, bufei e coloquei as mãos na cintura negando com a cabeça. – Pode tentar voltar! – Sirius fechou os olhos e tentou, se encolhendo ao fazê-lo, aos poucos, Sirius foi se transformando novamente em... bem, Sirius.

Olhei para a figura ofegante e estatelada no chão, ele gargalhou e me olhou animado, eu ainda conseguia vê-lo como um cachorro abanando a calda.

— Você viu isso?! – Gritou extasiado e eu rolei os olhos bufando – Ah, qual é Neve! Você só está assim porque não consegue se transformar.

— Eu consigo, Sirius Black. Eu simplesmente não achei que seria esperto fazê-lo em meio a Londres e aos olhos de alguém! – Chiei, e eu não estava mentindo. Eu sabia que poderia me transformar, não que tinha tentado. Mas eu sabia pela minha visão. Antes ela estava tão ruim que eu tive que passar um mês e meio de óculos, porém de um segundo para outro, a minha visão estava normal novamente.

Todos fazíamos isso, forçávamos uma barreira imaginária. A expandíamos até que “explodisse” e não existisse mais.

Ele deu de ombros e voltou correndo para a piscina, olhei com o canto de olho para Remus, vendo-o com um olhar desesperado. Ele não achou que fossemos conseguir e já que estamos, significa que o seguiríamos em suas luas cheias.

***

A noite não demorou a chegar, e nem nós a entrarmos depois de uma tarde cansativa. Mesmo que tivéssemos ficado um tempo sentados ao redor da fogueira que a senhora Pettigrew havia feito, conversando enrolados em toalhas e cobertores comendo doces.

Depois de um banho quente e de colocar meu pijama, eu fui na ponta dos pés para o quarto de Sirius. Não me surpreendi ao ver Pontas e Rabicho sentados junto ao mesmo, sorri e entrei fechando a porta me sentando no chão, descansando o pé em sua cama.

Alguns minutos depois que eu havia entrado, a porta se abriu novamente revelando um Aluado gostoso em seu pijama; Uma regata branca e calça de moletom. Sorri maliciosa fazendo-o corar e comentei:

— O que vocês estão fazendo aqui? – Sirius refletiu meu sorriso e perguntou com um tom em pura malicia

— Esperava me encontrar sozinho, queria me fazer uma de suas vítimas, leoa sedutora? – Os meninos riram baixinho e eu entrei em seu jogo, apertando os olhos e fazendo uma garra com a mão

— Claro que eu esperava, vim aqui apenas para lhe usar. Rawn. ­— Não consegui segurar a risada quando ele repetiu meu gesto, depois de longos minutos de conversa, Rabicho se sobressaltou e sorriu largo

— O que acham de tentar animagia? Eu sinto que consigo! – Sorri cumplice para meus irmãos e acenamos com as cabeças

— Hãm... Eu não acho que seja uma boa ideia.... – Aluado resmungou, sendo veemente ignorado.

— Antes, vai para lá, veado. Que eu não quero suas galhas me furando. – Botei a mão na boca para não rir da frase de Almofadinhas, James bufou, mas foi resmungando.

Sentei direito fechando os olhos, e apenas deixei fluir. Senti um arrepio começar em peito, se espalhando por todo meu corpo, alcançando a ponta dos meus dedos e meu coro cabeludo. Senti algo encolher e algo crescer, apenas abri os olhos ao não sentir mais meu corpo natural.

A primeira coisa que vi eram patas, patas grandes com longos pelos brancos. Saltitei exasperada e animada, senti algo se apoiando em mim e notei que era Sirius com suas duas patas ao lado de meu corpo.

Entendi sua animação e comecei a saltitar junto a ele, olhei para o chão novamente e vi algo pequeno correndo entre as mesmas, cheirei Pedro, fazendo-o parar e colocar sua pata minúscula em meu fucinho.

Quis rir, mas um som estranho saiu no lugar. Olhei para o outro canto do quarto e foi ali que eu queria mesmo rir.

James era o animal de maior porte, depois eu, então Sirius e por último Pedro. Mas eu o querendo gargalhar pois ele por estar animado, saltou. Só que como era muito grande, bateu com as galhas no teto e escorregou para o chão.

Almofadinhas rolou no chão como se estivesse gargalhando e eu olhei para Remus, que me encarava maravilhado.

Corri até ele o assustando com a velocidade, assim que se recuperou, Aluado levantou a mão a passando por meus pelos, senti um choque pelo contato diferente. Porém era gostoso.

— Linda. – Sussurrou, e eu sabia que se eu pudesse, coraria. A porta foi aberta e todos nós travamos, apenas virando as cabeças em sincronia para Régulos. Que com o barulho acabou acordando, ele parecia estar com sono. Tinha um olho fechado e outro entreaberto, ele nos encarou por alguns segundos até se virar como se não tivesse visto nada, fechando a porta novamente. – Certo, hora de voltar.

Me afastei e fechei os olhos, me concentrando novamente. Dessa vez sugando o poder, “fechando a gaiola”. Tremi ao sentir a cauda, o focinho, os pelos e orelhas entrarem em meu corpo novamente.

Abri os olhos ofegante vendo que Sirius e James já estavam normais novamente, procurei Rabicho, encontrando um pequeno rato guinchando desesperado em cima da cama.

Sirius se aproximou e o pegou pelo rabo deixando-o ainda mais nervoso, estalei a língua e peguei Pedro de Sirius cuidadosamente.

— Idiota, isso deve machucar! – O coloquei na cama mais uma vez e o mantive no lugar com dois dedos. – Rabicho, se acalma. Ótimo... Agora puxa para dentro o poder, você consegue, vamos. Domine. – Me afastei com o crescimento de um dos meus melhores amigos e ri levemente ao vê-lo jogado na cama arfando.

— Isso foi... – Remus começou

— DO CARALHO! – Pedro gritou em plenos pulmões, nos fazendo chiar para o mesmo, ele riu de modo contagiante e Aluado corrigiu;

— Irresponsável. E se não conseguissem mais voltar?! Não posso usar magia fora da escola e reverter! – Rimos e ele negou com a cabeça.

— Qual é, Aluado! Fique um pouco mais feliz! Tivemos nossa primeira vez juntos! – Pedro soltou, não notando o duplo sentido da frase, nos fazendo rir mais uma vez.

— E isso significa... – Pontas começou me olhando cumplice e chegando perto de Remus, sorri e completei maliciosa

— Que vamos com você agora!

Remus suspirou dando um sorriso contido, porém não era necessário que ele ficasse animado. O brilho de seus olhos dizia tudo.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? ♥
Obrigada por acompanharem, não tem previsão para o novo capítulo. Mas não irá demorar! Prometo!



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