Back to Hogwarts escrita por Pikenna, ShadowPrincess


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey gente. Então decidi postar essa fic com uma amiga minha, com quem jogo rpg há mais de 3 anos. Eu sou o pov do James e ela é da Molly. Essa história é baseada no rpg que jogamos. :D Esperamos que gostem da nossa fic e boa leitura.



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Depois que Voldemort caiu, o mundo mágico respirou aliviado. As coisas pareciam estar normais, os alunos estudavam tranquilamente em Hogwarts, sem medo de ter seus familiares mortos por uma guerra comandada por um lunático sem nariz. Os bruxos adultos se preocupavam apenas com seus afazeres, se empenhando no trabalho para ganhar uma medalha de "destaque do ano". Ninguém temia revoltas, comensais, guerras. Essas palavras não existiam mais no mundo bruxo. Aurores praticamente nem trabalhavam mais, só ficavam jogando conversa fora em suas cabines. Entretanto, ninguém prestava atenção no sopro do vento. Estava diferente. Um zunido rápido. Não era mais uma brisa calma. Algo se movimentava nas sombras, calado na penumbra da noite, escondendo-se da luz do luar. Remanescentes das ideologias insanas pregadas por Voldemort se reuniam para estrategicamente planejarem uma próxima guerra. A paz não estava 100% instalada como se pensava.

Enquanto os alunos voltavam a Hogwarts para mais um começo de Setembro, remanescentes dos comensais se juntavam nos escombros de uma fábrica trouxa de brinquedos abandonada nas proximidades de uma floresta no interior da Inglaterra. Aparatavam lá pessoas que carregavam os mesmos ideais de Voldemort e que não desejavam que morressem com ele. Desejavam vingar os comensais mortos na guerra e queriam transformar o mundo, limpá-lo por completo da escória, escravizar os trouxas, acabar com seus inimigos, recriar uma nova era.

Com um semblante de feições cansadas e algumas sujeiras espalhadas não somente pelo seu velho rosto, como também por seu corpo, demarcando que vivia como um singelo morador de rua — um perfeito disfarce para quem não desejava ser pego pelos aurores que aparentemente haviam parado seus trabalhos de procura aos comensais sobreviventes, entrou a passos morosos e com a coluna ereta, o nariz no alto, indicando o porquê de carregar um sobrenome aristocrático, Rodolphus Lestrange, o marido de Bellatrix Lestrange que fora morta por Molly Weasley. Rodolphus agora não passava de um viúvo com uma sede de vingança descabida, não somente por sua mulher morta, mas por também seu irmão, a quem a loucura resolveu fazer uma visita após ser atirado em uma cela de Azkaban, perdendo completamente a noção de quem era, de quem um dia já fora. Retiraram-no de lá, levando-o para St. Mungus, onde está internado, ironicamente, ao lado do quarto dos Longbottom, casal que Rodolphus em seus tempos de glória havia ajudado a torturar até a insanidade.

Olhava para os poucos comensais e simpatizantes que ali se encontravam. Não passavam de 10 pessoas, o que ele julgava ser pouquíssimo para o tanto de seguidores que conseguiram quando Voldemort havia retornado com força total. Avery se encontrava no meio, maníaco como sempre, com um sorriso torto de quem há muito perdeu a sanidade. Wilkes parecia mais bêbado do que nunca. Jugson parecia perdido ainda.

— Irmãos! Precisamos nos erguer e voltar aos nossos dias de glória! Precisamos nos vingar daqueles que colocaram alguns dos nossos em Azkaban, como Traves, Macnair, Grayback, os gêmeos Carrow. Bem como nos vingar dos comensais mortos, como minha esposa Bellatrix, meu irmão Rabastan, meus amigos Yaxley e Antonin Dolohov, Augustus Rookwood, Selwyn, Gibbon e Crouch Jr que teve o pior destino: o beijo de um dementador. — Viu que alguns tremeram ao ouvir a palavra "dementador", mesmo na penumbra da fábrica.

— Rá rá rá. — Gracejou ironicamente Evan Rosier que surgiu das sombras, aplaudindo Rodolphus. — Belo discurso como sempre. Rodolphus Lestrange, o cara do discurso, exímio nas palavras, carrega multidões. — O sarcasmo era pungente na voz do comensal. — Vê o seu público? Bando de medrosos que não tem mais vontade de lutar, bêbados sem expectativa de vida, loucos que deveriam estar no St. Mungus, assim como eu. Sou um pouco de cada. — Ele caçoou.

— Isso vai mudar, Rosier. Eu vou mudar esse cenário. Vou reerguer os comensais...

— Como? Se até alguns abandonaram a causa.

— Então serão mortos.

— Por quem? Pelo que eu saiba alguns de nossos perderam suas varinhas. Deixaram de ter o direito serem bruxos.

— Eu continuo com a minha e farei a filha de Ollivander criar varinhas para todos nós. Vou resgatar nossos amigos em Azkaban. Reascenderei os comensais e uma nova era chegará.

Rosier aplaudiu e depois se curvou levemente para Rodolphus, ironizando-o.

— Rodolphus, quando isso acontecer de verdade, me chame pela marca, por enquanto, prefiro continuar minha vida como um assassino e ladrão nos interiores trouxas. O que diz é pura ilusão e jamais vai acontecer. O Lorde das Trevas não teve poder suficiente...

— O Lorde ignorou certos detalhes. Detalhes que esquecemos ao longo da vida também, o detalhe de amar. Nunca amei minha esposa, você já amou Rosier?

— Amei! Você sabe que amei. Mas ela me abandonou, me deu um chute na bunda como um cão sarnento. Bellatrix? Bellatrix amava o Lorde, queria até dar para ele...

Subitamente, o que se ouviu foi Rosier cair aos chãos, urrando em dor, enquanto os olhos de Rodolphus brilhavam de modo assustador, se regozijando em prazer. Ele nunca fora tão bom na maldição Cruciatus quanto sua esposa, mas aprendera a apreciar torturar os outros com ela. Sua maldição ficou mais forte ao longo dos tempos, enquanto sua sanidade se perdia dentro dele, permitindo que a loucura o invadisse aos poucos, tomando conta morosamente até se tornar uma só com ele. Depois de alguns poucos minutos de tortura causada pela maldição imperdoável, os gritos de agonia cessaram e Evan Rosier pôde finalmente respirar aliviado.

— Não ofenda minha mulher na minha frente. Você bem sabe que fizemos um juramento de lealdade, um voto perpétuo. Se ela tivesse me traído, tinha morrido antes que Molly pudesse tê-la matado. Esta reunião por enquanto está encerrada, daqui a duas semanas voltaremos a nos encontrar, enquanto isso, mantenham-se vivos e longe de encrencas.

E dizendo isso, Rodolphus se enroscou mais ainda em seu manto podre e fétido de mendigo, se encurvando um pouco para parecer um senhor idoso, e aparatou da fábrica, deixando alguns comensais da morte e simpatizantes para trás com olhares espantados diante do que haviam presenciado. Mal sabiam eles que mais torturas dessas estariam por vi.


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