Fabulosa Inconsistência escrita por Something Ville Citizen, Hope


Capítulo 2
A: Stay in your lane, boy


Notas iniciais do capítulo

Boooa tarde a todos! Primeiramente, quero agradecer aos dois seres humanos maravilhosos que comentaram no primeiro capítulo. RaysDiov e IsaOuvy, muito obrigada pelo voto de confiança! ^^
E agora preciso pedir desculpas pelo atraso. Ia postar ontem, mas (como todos sabemos) o Nyah! estava em manutenção. Pra melhorar, quando liguei o PC e ia postando, faltou energia SÓ NA MINHA RUA. Mas, como finalmente estou aqui, boa leitura, é o primeiro capítulo da DIVA da AnneChan!
(ah, e como não estamos dando muita atenção a descrição dos personagens, a Sofia é a primeira da capa, da esquerda para a direita. A ruiva do lado oposto é a Lana.)



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*Sofia's POV*

Me sento de maneira relaxada na banca, colocando meus pés pra cima. Alan senta ao meu lado e, assim que começa a aula, ele se debruça sobre a mesa e dorme.

Okay, acho que ele entrou em coma.

Minha mente está cheia demais, o que me impede de dar um pescotapa em Alan. O ponto principal da coisa é: eu preciso urgentemente de um carro e estou cogitando a ideia de roubar o carro de Alan. Ou da Lana, dá na mesma.

Daniel sempre reclama do meu ímã para problemas. Aí é que está - eu não procuro os problemas, eles é que vem até mim. É exatamente por isso que você deveria pensar umas cem vezes antes de querer começar uma amizade comigo.

Minhas pálpebras começam a pesar e o sono vem aos poucos. Fiquei até tarde ontem desenrolando aqueles malditos pisca-piscas, e é tudo culpa daquele velho maldito! Meu lindíssimo pai resolveu me castigar por conta de tudo que eu fiz, e qual o método mais convencional que ele poderia escolher? Isso mesmo, me fazer desenroscar aquela droga de pisca-pisca! Isso deveria ser considerado tortura!

Tudo bem que eu bati com a Elemento dele em dois postes e quase atropelei uns três mendigos, mas não é pra tanto! Assim como Alan, me debruço sobre a mesa, tentando achar uma posição mais confortável para dormir, embora esteja difícil.

– Senhorita Soares, interrompo alguma coisa? – escuto a professora Linda falar com sua voz anasalada. E, não, ela não é linda, Linda é só seu nome. Um nome que não condiz nem um pouco com a realidade.

– Na verdade, sim. – respondo, virando a cabeça para o lado e tentando voltar a dormir.

– Senhorita Soares! Eu não aturo esse tipo de comportamento durante a minha aula! – ela se esgoela com aquele sotaque francês que eu tanto odeio. – Detenção ao fim do horário! Você e o senhor Gomez!

Alan levanta a cabeça, confuso, e depois dá de ombros, voltando a dormir. A sra. Fleur estreita os olhos em minha direção e volta a dar sua – maldita – aula.

* * *

Depois de todas as aulas terem acabado e, obviamente, eu ter dormido em todas elas, vou junto de Alan até a sala de detenção, que é praticamente o meu segundo lar. Abro a porta, que range à medida em que eu avanço pela sala. Certo, aqui não é nada aconchegante, mas dá pro gasto.

As paredes são de um tom de verde que eu nunca consegui definir, há quatro ventiladores, um em cada uma delas, e são, ao todo, umas vinte bancas.

Cumprimento Joilsu, o cara que vigia os “detentos”, como ele mesmo costuma chamar. Me sento ao lado de Alan, que, pela milésima vez (só hoje), começa a dormir. É sério, eu tô começando a ficar preocupada, parece até que doparam o coitado com Boa Noite Cinderela!

Vejo Jéssica, uma menina esquizofrênica do terceiro ano, falar com si mesma. Acreditem, isso é bem bizarro. Sinto cutucadas em minhas bochechas e não é nem preciso me virar pra saber que são os gêmeos. Eu os chamo apenas de “gêmeos” porque nunca consegui decorar seus nomes e, muito menos, definir quem é quem, a não ser pela leve diferença de altura.

– Sofia, Sofia, Sofia... – o mais alto fala. – O que uma menina tão comportada e boazinha está fazendo na detenção?

– Por que não chama seu pai pra vir te tirar daqui? Hm? – o outro ri de uma maneira tão escrota que dá vontade de enfiar meu estojo na garganta dele.

– O que foi? A perdedora mimada perdeu a língua?

– Perdedora mimada é a sua mãe, seu imbecil! – finalmente exclamo.

– Ui, a gatinha é arisca! Você é bem bonitinha, que tal aprender a ser uma vencedora? O que me diz? Eu te ensino e, em troca, você aceita sair comigo. – ele diz, enrolando algumas mechas do meu cabelo em seus dedos e me encarando com um sorriso malicioso.

– Rá! Grande vencedor você... Não sei se você percebeu, mas está na detenção, gênio. – cuspo, tirando suas mãos do meu cabelo.

– Bem, vivemos num país injusto – fala o mais-baixo-foda-se-o-nome, com um olhar sagaz que clamava por um murro bem no meio da cara. – Oh, pobre de mim, quando...

– Pobre de mim o cacete! EU QUE NÃO MEREÇO...

Minha interrupção é interrompida. Óbvio que poderia ser alguém me oferecendo chocolate ou um carro novo, mas não, o que eu ouço é nada mais, nada menos que...

Sofia, mais um dia de detenção. – Joilsu se manifesta com a cara de capeta dele.

Dou um soco com toda a força que consigo reunir no meu punho. Um sorriso de satisfação se forma em meus lábios. O soco, dessa vez, não só atingiu o mais-baixo-foda-se-o-nome, como também seu irmão. Nocauteei os dois com uma “tacada” só.

Pois é, foi um golpe de sorte.

Garanti um mês de detenção e uma noite de racha contra os gêmeos – os dois ao mesmo tempo. Minha mão ainda dói, os gêmeos escrevem algo num papel qualquer sobre a mesa da enfermaria. Enquanto eles saem e a minha vez de assinar se aproxima, o maior dos irmãos – cujo soube que se chama Bráulio por causa da assinatura na folha – cochicha pra mim:

– Vejamos, amanhã, depois da sua detenção, quem vai sangrar... digo, perder. – a cara cínica que ele faz, juntamente ao sangue que desce inconscientemente de sua narina direita, despertou em mim uma raiva que eu conhecia muito bem.

E ele com certeza vai se arrepender de ter atiçado o lado mais sombrio de Sofia Soares.


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Notas finais do capítulo

Algumas pessoas, enquanto liam o rascunho desse capítulo, perguntaram o que é "a Elemento" e um "racha". Caso algum de vocês tenha a mesma dúvida, vou explicar.
Elemento - modelo de carro da Lamborghini. O que citamos pertence ao pai da Sofia;
Racha - corrida de rua ilegal, que geralmente envolve/acontece por causa de alguma aposta.
Então é isso ~
Elogiem, critiquem, perguntem, façam o que quiser, mas comentem porque eu adoro isso XD
Até o próximo, e esperem por muitas tretas!