Recomeço escrita por Hastings


Capítulo 8
É Natal


Notas iniciais do capítulo

Ooie, leitores *--*
Hoje, eu queria dedicar o capítulo pra Letícia, porque é o aniversário dela. Muitos anos de vida pra ti, irmã! Te amo muito!
Boa leitura...



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Rosa

Estava eu, sentada no sofá daquela casa, quando escuto um carro parando em frente ao local; José Ricardo. Ele entrou.

– Rosa – e me abraçou.

– José Ricardo. Quanto tempo – falei me sentando novamente. Ele se sentou ao meu lado.

– Tudo bem? – perguntou.

– Tudo sim – e depois de um breve silêncio, retomei a palavra – Mas, com você, nada está bem, não é? Por quê?

– Ah, Rosa... Nossos filhos. Eles não moram mais lá em casa. Estão morando na casa da Valentina. A Gabi está grávida e eu não posso acompanhar a evolução do meu neto. Mas sei que é por culpa minha.

Suspirei. A culpa era sim de José Ricardo, mas ele estava arrependido. Ou pelo menos parecia. A questão é que ele tinha mudado. Nem parecia meu marido, que me colocou aqui. Doía ver o que ele passava, mas no fundo eu sabia que a ignorância dele o levaria a um triste final.

– José Ricardo, eu sei que a Gabi está grávida e ela está muito feliz. Tudo isso que aconteceu... Tem que haver uma solução! Porque vocês não podem passar o resto da vida sem olhar na cara um do outro. Isso me machuca, você é o pai deles. Nossos filhos precisam reconhecer que você mudou. Mas você também precisa correr atrás de uma reconciliação.

– Como, Rosa? – ele perguntou aflito – Eles não querem me ver nem pintado de ouro. Acho que nunca mais seremos a mesma família.

– Hoje é Natal. Todos estão felizes. Talvez seja um dia propenso para que se cante “Tua família, volta pra ela. Tua família, te ama e te espera. Para ao teu lado sempre estar...”, mas eles já devem ter começado as festas. Espere até amanhã e passe o Natal comigo, por favor.

Ele somente me abraçou, e naquele abraço, percebi que ele dizia “sim”.

Valentina

Hoje Miguel, Gabriela, Carol e Junior estão ao redor da mesa para comemorarmos o Natal. Uma coisa que nunca achei que aconteceria. Da cozinha, eu ouvia o que eles conversavam.

– Eu nem acredito que estou passando o Natal aqui – Gabi falou – Ontem foi um dia difícil, eu e Miguel tivemos uma conversa, para hoje estarmos aqui, felizes.

– Que esse Natal se repita, minha cunhada – Carol tomou a palavra – Miguel, estava me lembrando de um Natal que aconteceu quando éramos pequenos, nosso pai ainda estava vivo e devíamos ter uns 6 anos de idade.

– Acho que me lembro bem... – completou Miguel.

– Éramos novos ainda. Corríamos pela casa, enquanto mamãe e papai tentavam nos segurar – ela riu. Eu havia esquecido desse dia – Tinha uma árvore de Natal e, de tanto corrermos, nós tropeçamos e caímos. Você caiu em cima de mim e eu chorei – os dois sorriram – Eu achava tu ias levantar e não ia se preocupar. Mas não foi isso que você fez; você se levantou rapidamente e me levantou logo depois. Enxugou minhas lágrimas e perguntou “Tá tudo bem?”. Foi o melhor Natal que passamos juntos.

Ah, como era bom ouvir aquilo. Meus filhos, diferentemente de outros irmãos, se davam tão bem. Era mágico. Eu amava.

– Eu lembro bem daquela época – disse Miguel – Ótimos tempos. Eu te amo, irmã. Independente do que aconteça, vou estar sempre contigo – eles se deram as mãos.

Gabriela

– Lembrando disso, eu e Gabi também temos uma história – meu irmão disse.

– Qual? – perguntei.

– Eu e a Gabi nunca fomos aqueles irmãos perfeitos. Principalmente quando crianças. Brigávamos muito – deu uma risada sapeca – E pra ver se nós realmente nos ‘odiávamos', houve um Natal em que passamos separados. Eu fui comemorar com o meu pai e a Gabi ficou em casa, comemorando com a mamãe. Mas eu não quis comemorar sem ela.

– E eu não toquei na comida sem o Junior – completei.

– Te amo – Junior falou e eu repeti.

Valentina chegou na sala de jantar com o peru de Natal e disse:

– Eu escutei a conversa de vocês. Esses Natais que passamos separados, vão ser compensados daqui pra frente. Aquelas crianças sapecas, hoje são adultas e serão substituídas pelos netos que vou ganhar. Tanto de vocês, Miguel e Gabriela – ela nos olhou – Quanto de vocês, Carol e Junior. Seremos uma verdadeira Família! – Carol corou. Mas logo percebeu que também gostava de Junior, e sorriu.

Eu olhei para Miguel. Ele, encantado com as palavras da mãe, passou a mão sobre minha barriga.

– Eu amo vocês – sussurrou no meu ouvido. – Quero vocês comigo, pra sempre!

E quando todos pegaram a taça de vinho, pudemos dizer enfim:

– Feliz Natal!


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Notas finais do capítulo

Foi isso, espero que tenha gostado e comentem.
Até o próximo! Bjo!



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