Recomeço escrita por Hastings
Notas iniciais do capítulo
Ooie, leitores *--*
Hoje, eu queria dedicar o capítulo pra Letícia, porque é o aniversário dela. Muitos anos de vida pra ti, irmã! Te amo muito!
Boa leitura...
Rosa
Estava eu, sentada no sofá daquela casa, quando escuto um carro parando em frente ao local; José Ricardo. Ele entrou.
– Rosa – e me abraçou.
– José Ricardo. Quanto tempo – falei me sentando novamente. Ele se sentou ao meu lado.
– Tudo bem? – perguntou.
– Tudo sim – e depois de um breve silêncio, retomei a palavra – Mas, com você, nada está bem, não é? Por quê?
– Ah, Rosa... Nossos filhos. Eles não moram mais lá em casa. Estão morando na casa da Valentina. A Gabi está grávida e eu não posso acompanhar a evolução do meu neto. Mas sei que é por culpa minha.
Suspirei. A culpa era sim de José Ricardo, mas ele estava arrependido. Ou pelo menos parecia. A questão é que ele tinha mudado. Nem parecia meu marido, que me colocou aqui. Doía ver o que ele passava, mas no fundo eu sabia que a ignorância dele o levaria a um triste final.
– José Ricardo, eu sei que a Gabi está grávida e ela está muito feliz. Tudo isso que aconteceu... Tem que haver uma solução! Porque vocês não podem passar o resto da vida sem olhar na cara um do outro. Isso me machuca, você é o pai deles. Nossos filhos precisam reconhecer que você mudou. Mas você também precisa correr atrás de uma reconciliação.
– Como, Rosa? – ele perguntou aflito – Eles não querem me ver nem pintado de ouro. Acho que nunca mais seremos a mesma família.
– Hoje é Natal. Todos estão felizes. Talvez seja um dia propenso para que se cante “Tua família, volta pra ela. Tua família, te ama e te espera. Para ao teu lado sempre estar...”, mas eles já devem ter começado as festas. Espere até amanhã e passe o Natal comigo, por favor.
Ele somente me abraçou, e naquele abraço, percebi que ele dizia “sim”.
Valentina
Hoje Miguel, Gabriela, Carol e Junior estão ao redor da mesa para comemorarmos o Natal. Uma coisa que nunca achei que aconteceria. Da cozinha, eu ouvia o que eles conversavam.
– Eu nem acredito que estou passando o Natal aqui – Gabi falou – Ontem foi um dia difícil, eu e Miguel tivemos uma conversa, para hoje estarmos aqui, felizes.
– Que esse Natal se repita, minha cunhada – Carol tomou a palavra – Miguel, estava me lembrando de um Natal que aconteceu quando éramos pequenos, nosso pai ainda estava vivo e devíamos ter uns 6 anos de idade.
– Acho que me lembro bem... – completou Miguel.
– Éramos novos ainda. Corríamos pela casa, enquanto mamãe e papai tentavam nos segurar – ela riu. Eu havia esquecido desse dia – Tinha uma árvore de Natal e, de tanto corrermos, nós tropeçamos e caímos. Você caiu em cima de mim e eu chorei – os dois sorriram – Eu achava tu ias levantar e não ia se preocupar. Mas não foi isso que você fez; você se levantou rapidamente e me levantou logo depois. Enxugou minhas lágrimas e perguntou “Tá tudo bem?”. Foi o melhor Natal que passamos juntos.
Ah, como era bom ouvir aquilo. Meus filhos, diferentemente de outros irmãos, se davam tão bem. Era mágico. Eu amava.
– Eu lembro bem daquela época – disse Miguel – Ótimos tempos. Eu te amo, irmã. Independente do que aconteça, vou estar sempre contigo – eles se deram as mãos.
Gabriela
– Lembrando disso, eu e Gabi também temos uma história – meu irmão disse.
– Qual? – perguntei.
– Eu e a Gabi nunca fomos aqueles irmãos perfeitos. Principalmente quando crianças. Brigávamos muito – deu uma risada sapeca – E pra ver se nós realmente nos ‘odiávamos', houve um Natal em que passamos separados. Eu fui comemorar com o meu pai e a Gabi ficou em casa, comemorando com a mamãe. Mas eu não quis comemorar sem ela.
– E eu não toquei na comida sem o Junior – completei.
– Te amo – Junior falou e eu repeti.
Valentina chegou na sala de jantar com o peru de Natal e disse:
– Eu escutei a conversa de vocês. Esses Natais que passamos separados, vão ser compensados daqui pra frente. Aquelas crianças sapecas, hoje são adultas e serão substituídas pelos netos que vou ganhar. Tanto de vocês, Miguel e Gabriela – ela nos olhou – Quanto de vocês, Carol e Junior. Seremos uma verdadeira Família! – Carol corou. Mas logo percebeu que também gostava de Junior, e sorriu.
Eu olhei para Miguel. Ele, encantado com as palavras da mãe, passou a mão sobre minha barriga.
– Eu amo vocês – sussurrou no meu ouvido. – Quero vocês comigo, pra sempre!
E quando todos pegaram a taça de vinho, pudemos dizer enfim:
– Feliz Natal!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Foi isso, espero que tenha gostado e comentem.
Até o próximo! Bjo!