Born To Die escrita por Galak


Capítulo 2
Let Me Go


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap, espero que gostem tchutchucas(os)
LEIAM AS NOTAS FINAAAAAAAAAIS!!



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Samantha P.O.V.

Acordei sentindo todo o meu corpo doer e minha barriga gritava por comida. Não me lembrava de ao certo a hora que havia desmaiado, mas os flashbacks do que havia acontecido vieram instantaneamente ao abrir meus olhos. Avaliei o local com cautela, parecia um porão, as paredes húmidas, o chão de cimento com mudas nascendo, com apenas uma janela no alto, cheia de grades impedindo que a luz entrasse por completo. Havia uma tábua de madeira com um lençol fino e um sofá mofado.

Ok Samantha, não entre em pânico.

Abracei meus joelhos com força sentindo lágrimas caírem. O que eles iriam fazer comigo? Tateei meus bolsos a procura do meu celular e nada.

— Ok. — Funguei — Faça alguma coisa, Sam. Você pode fazer alguma coisa, você tem capacidade. — Dizia a mim mesma juntando forças para me levantar. Havia uma porta de ferro suja de vermelho. Toquei o local manchado e, ao retirar minha mão ela estava avermelhada.

— SOCORRO! — Gritei ao perceber que aquilo era sangue. Percebi que toco o cubículo apertado estava sujo de sangue — ME TIREM DAQUI! — Comecei a socar a porta, sentindo cada ossinho meu se esfarelar de dor — ME TIREM DAQUI!

Após muito gritar e esmurrar a porta desisti, sentindo minhas forças acabarem, deslizei minhas costas até o chão.

— Por favor Senhor, ajude-me. — Murmurei fechando os olhos.

* * *

— Acorda princesa. — Senti alguém sacudir meu braço. Permaneci de olhos fechados esperando pelo pior — Eu sei que você acordou. — Puxou meus cabelos. Abri meus olhos dando de cara com um jovem. Os cabelos castanhos escuros iguais aos olhos.

— Quem é você? — Perguntei. O reconheci dos jornais, um dos capangas do Justin.

— Chaz. — Respondeu indiferente. Em suas mãos havia um prato com uma comida nojenta, em um tom amarelado e de textura minguada — Fome?

— Sim. — Alcancei o prato e, com as mãos mesmo comecei a devora-lo.

— Está com medo? — Sentou-se ao meu lado, no chão molhado por goteiras, lama e sangue. Assenti receosa — Não precisa tê-lo de mim.

— P-por que tá falando comigo? — Gaguejei indisposta de olha-lo nos olhos — Quer dizer... Porque não me solta?

— E correr o risco de tu abrires o bico para todos que querem saber do nosso esconderijo? Não mesmo.

— Eu só quero ir para casa. — Choraminguei — Eu juro que não falo para ninguém.

— Desculpa gatinha, mas você só sai daqui morta. — Um loiro entrou no porão. Senti o suor se misturando com as lágrimas em meu rosto.

— Pega leve, Ryan. — Chaz falou ainda olhando-me.

— Pega você mais pesado. — Ficaram em silencio — Princesa, o chefe quer te ver.

Em questão de segundos eu estava em pé, com as mãos do loiro ao redor do meu braço apertando-o forte.

— Coloca a venda nela. — Exigiu e assim Chaz fez. Gemi de dor quando ele fez o nó, arrancando alguns fios da minha cabeça. Ainda tendo meus braços agarrados por eles, fui arrastada pelas escadas, eu acho, e depois por longos corredores. Tentava decorar por onde passava pelo numero de passos dados por mim, mas nada sucedido, após passar do quarenta me perdi.

— Aqui ela. — Reconheci a voz de Chaz. Meu corpo foi lançado fortemente para frente. Tentei segurar-me em algo, mas pelo contrário, algo me segurou. Cravei minhas unhas nessa coisa prendendo-me a ela.

— Já podem sair. — Uma voz rouca soou em minha nuca. Oh não! Eu estava agarrada a ele?! Me desenvincilhei de seus braços e, desesperada levei minhas mãos a venda tentando tira-la.

— Deixa que eu tire. — Sua voz soou novamente, só que desta vez mais longe. Fiquei intacta, com os braços corados no corpo e respiração descompassada. Senti dedos gélidos tocarem meu rosto e, delicadamente tirar a venda de seda. Permaneci com os olhos fechados com força, com medo do que veria ao abri-los. Com o silencio, fui piscando aos poucos para me acostumar com a claridade. Estava sozinha no aposento.

— Gostando da instalação? — Falou atrás de mim, pulei com o susto.

— O que vai fazer comigo? — Recuei alguns passos até chegar à parede. E então analisei o lugar: Um escritório. Móveis de madeira, estantes, as paredes vermelhas e douradas assim como os objetos — Vai me matar?

— Você é bonita demais para isso. — Aproximou-se me cercando com seus braços. Suas mãos tocaram minha cintura e foram subindo até meus seios. Empurrei-o para longe, usando as forças que eu não sabia que tinha.

— A vadia se irritou? — Ironizou minha fúria.

— Você é louco! — Gritei — Não se aproxime, se não...

— Se não o que? — Gargalhou — Ora essa. Quase me agarrou para poder vir e agora faz cu doce?

— Sabe muito bem que não foi assim! Minha pulseira agarrou em você. — Apontei para o meu pulso e, para minha surpresa a pulseira de ouro encrustada de rubis não se encontrava mais ali — Cadê ela? — Gritei desesperada.

Céus Samantha! Cala essa boca que ele é Justin Bieber e pode meter bala nessa sua matraca a qualquer momento.

Meu subconsciente gritava, deixando-me com dor de cabeça.

— Olha aqui! — Agarrou meu pulso com força, forçando-me a encara-lo — Você está em minhas mãos agora. — Subiu sua mão até meu pescoço, apertando-o com força — E não vai fazer besteira alguma, entendeu? — Assenti — O que acha de nos divertimos um pouco? — Sorriu malicioso soltando-me. Aclamei por ar enchendo meus pulmões de forma rápida e dolorosa.

— Por favor, me deixe ir embora! — Gritei aos prantos — Eu tenho um irmão mais novo que depende de mim, uma madrasta maluca que estoqueia meu pai que é um velho iludido com o amor. — Chorei. Justin limpou uma lágrima imaginaria e caiu na gargalhada.

— Que pena. — Debochou abaixou-se ao meu lado no chão — Mas sabe o que me da mais pena ainda? — Neguei — O fato de você achar que com essa historinha irá fugir de mim. — Deitou seu corpo sobre o meu, obrigando-me a me deitar. Com seus braços prendendo os meus próximos ao meu corpo, começou a beijar meu pescoço. Suas mãos subiram, uma pairou em minha cintura e a outra seguiu até meus seios. Arfei de dor quando ele o apertou.

— Gosta princesa? — Selou seus lábios em meu pescoço, senti meu sangue ferver e uma fisgada no local onde seus lábios estavam pressionados. Ele o chupava.

— O que está fazendo? — Tornei a chorar tentando empurra-lo de cima de mim.

— Minha marca. — Passou os dedos pelo local que ardia — Agora corre, vamos brincar de pique-pega. — Rosnou. Não pensei duas vezes, levantei-me em um pulo e sai correndo daquele local a procura de uma porta. Enquanto corria podia ouvir seus passos atrás de mim, tudo já escurecia e os corredores ficavam um breu.

— SOCORRO! — Gritei entrando em um corredor cheio de portas, mas nenhuma saída. Parei de ouvi-lo atrás de mim e isso só me deixou mais desesperada. Vi silhuetas passando pelas sombras e gritei de pavor.

— Corre. — Alguém sussurrou bem próximo de mim. Dei uma volta de 360° à procura da voz, era uma nova, era mais fina do que a do Chaz e Ryan e menos rouca do que a do Justin. Senti meu peito subindo e descendo, podia ouvir meu coração que parecia que ia saltar dos meus ouvidos.

— Srta? — Uma mulher surgiu na minha frente, fazendo um grito fino e agudo sair da minha boca — Céus, o que foi isso? — Mexeu nos ouvidos mostrando dor.

— Me ajude a achar a saída. — Me prendi a ela que usava avental e uniforme.

— Lamento querida. Mas aqui não tem saída.

Justin P.O.V.

— Você viu a cara dela? — Gargalhei.

— Corre. — Chris imitou a si mesmo — Porra, vocês trouxeram uma gazela amedrontada para cá?

— Acabaremos com ela só com um “Bu”. — Ryan brincou. Chaz continuou quieto com sua cerveja.

— Marie tá com ela agora? Essa menina vai sofrer.

— E você? — O cutuquei com a arma — O que achou do brinquedinho?

— Acho que temos coisas mais importantes para lidar. Ela é uma criança que esta com medo, grande merda.

— Uma criança gostosa. — Chris acrescentou. Assentimos sem dó.

— Viram aquelas pernas? — Ryan falou.

— E aqueles peitos? Puta que pariu! — Atirei para o teto, rimos.

— Ok, gostosa. — Chaz cedeu — Mas e quanto a aquele carregamento de armas e drogas que temos que mandar para o Japão? E nossa fuga?

— Cacete. — Levantei-me — Quando que ele vai chegar? Temos que criar uma rota mais segura para os caminhões.

— A avenida central. — Ryan falou pegando de seu bolço o mapa.

— Óbvio demais.

— Tão óbvio que eles nem vão se preocupar em checar. Vão se preocupar mais em ver os que vão pela estrada. — Chaz concordou com a ideia de Chris.

— Dividimos a mercadoria em cinco caminhões, certo? — Assentiram — Dois pela central, um pela estrada e os outros dois vazios. — Olharam-me com cara de confusos — Vamos mandar a mercadoria dos outros dois por trens balas. Só rendermos o maquinário e estará tudo no esquema. Teremos capangas meus por tudo quanto é canto e o Jaden estará de guarda no Japão.

— Louvado seja o Bieber. — Chris fez reverencia.

— Mas e a fuga? — Ryan lembrou.

— Só temos que nos livrar dessa vadia e vamos. Mas antes... — Ri — Vamos brincar um pouco com ela.


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Notas finais do capítulo

Se incomodariam de ler minha fanfic com o Johnny Depp e a Lily Collins?
https://fanfiction.com.br/historia/648581/Cure/