Imensidão escrita por YulYulk


Capítulo 2
Capítulo II- Sonho


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura *3*



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Sasuke fez sua família saber de seus planos para com Sakura. Mikoto a levou numa loja de noivas, enquanto Itachi preparava Sasuke e, Fugaku e Madara cuidavam da pequena festa. Ora, com as exigências de Sasuke, ele apenas queria um salão para que pudessem dançar, onde comeriam bolo e trocariam alianças.

Seu corpo doía e a todo o tempo, cobria a boca com as costas da mão para tossir.
Era tempestuoso.

Porque, de certa forma, tudo o que o envolvia era assim tão intricado. Para Itachi, era mais que irascível, por conseguinte, ele era seu irmão mais novo e protegê-lo era sua incumbência. Seu coração se desfalecia pelo irmão, mesmo após ter tentado todos os jeitos para que ele ficasse bem e todos eles tenham falhado no final.

O sentimento de culpa invadia-lhe, causando-lhe tremor em sua mente, como um cordeiro preso pelos chifres prestes a ser morto pelo próprio descuido.

Engolia seco e segurava o irmão pelos ombros, para que ele não caísse. O tossir de Sasuke, perturbava-lhe os ouvidos.

— Irmãozinho, não quer parar um pouco e beber água? — Perguntou-lhe ainda andando.

— Precisamos chegar logo.

Os médicos pediram para que Sasuke permanecesse no hospital, contudo, o moreno entendia que não duraria por mais tanto tempo e, decidiu aproveitar o tempo que lhe restava.

Assentindo com a cabeça, Itachi continuou a caminhada até o piso superior do shopping.

As pessoas conheciam os Uchihas. Vendo as circunstâncias do mais novo, não se condoíam. A demonstração de pena de nada servia para um moribundo, independente de suas riquezas, de sua beleza.

Chegaram mais rápido à loja com o uso das escadas rolantes, o que era sempre demasiadamente útil.

Uma moça bem trajada viera em direção aos Uchihas. Suas vestes eram na cor bege, Sasuke odiava aquela cor, pois, era mesma das vestes que era obrigado a usar desde que se descobriu com câncer nos pulmões.

— Bom dia, senhores Uchiha. É, em que posso ajudá-los?

Itachi percebeu o tom hesitante da mulher. Ela aparentava ser nova o suficiente para não saber lidar com tais situações como aquela. Tomando o ar para si, pediu para que Sasuke se sentasse um pouco.

Durante o caminho, Sasuke havia lhe dito o que queria e como queria. Poupando-lhe o trabalho, acompanhou a atendente na procura da roupa do irmão.

— Pode se acalmar, senhorita. — O rosto da mulher lhe denunciara em vergonha. Acomodou as mãos no bolso do sobretudo, o qual continha o brasão da família Uchiha, firmou o pé direito a frente do esquerdo e encarou o chão. — Tudo bem, tudo bem. Como se chama?

— Nell.

— Certo. Nell, não precisa se desesperar, somente se acalme e me ajude a achar o que procuramos. Está tudo bem.

Nell assentiu com a cabeça e pigarreando, mostrou-lhe as peças. Em poucos minutos, Itachi havia escolhido dois pares de casacas para que Sasuke escolhesse. Saltitante, aproximou-se do irmão que sentado estava a olhar um ponto na parede.

— Irmãozinho, dê uma olhada nesses dois.

Os olhos desfalecidos de Sasuke observaram cada peça com cuidado. O que seria perfeito para ela? Ela estaria perfeita para ele, então era seu dever dar o seu melhor.

Sua vontade de ligar para ela e perguntar-lhe do que ela gostava era tamanha. Contudo, ele não poderia vê-la ainda, e nem ela a ele. Portanto, escolheria o melhor, o mais bonito, e quando chegasse a hora, olharia nos olhos dela e beijar-lhe-ia a face.

Ponderou a cabeça para a direita e tendo semicerrado os olhos, acenou positivamente para o que, aos seus olhos, era melhor.

— Esse.

— Bela escolha, irmãozinho. Nell, levaremos este.

X

O caminho para a galeria das noivas havia sido calmo, silencioso. Sakura manteve, durante todo o caminho, os dedos entrelaçados e postos sobre o colo. Seu rosto estava virado em desgosto e sua alma já se amargurava.

A doce Mikoto, somente poderia atender ao pedido do filho, para que ele pudesse descansar em paz e, sua alma - A de Mikoto - não se angustiasse por não tê-lo feito feliz. Seria um momento mágico para ela. Dês que tivera seus filhos, seu maior prazer era fazê-los feliz, dando-lhes o seu melhor e o seu mais-que-perfeito.

Aquela era uma escuridão sem volta da qual sabia que, Sasuke indo para lá, jamais o sentiria outra vez. Dá-lo-ia o seu melhor e se alegraria em seu sorriso.
Descendo do carro, Mikoto entrelaçou o braço nos da nora que, mantinha-os juntos e com os dedos entrelaçados.

— Escolha o que achar mais gostar, querida.

Sakura respondeu com um aceno de cabeça, mas não se manifestou. Adentraram ao local e logo foram atendidas. Mikoto estava maravilhada com tantos vestidos belos.

Acompanhando a atendente, andaram até que chegassem numa sala com um espelho que cobria metade da parede e nele, Sakura se observou.

Por instantes, seu reflexo pareceu chorar desolado como uma jovem suicida que não sabe o que faz e cobre um dos olhos com as mãos manchadas de Sangue.
Deixou que seus olhos se fechassem até que recobrasse a sanidade.

— Bom, os modelos mais novos são estes. Dêem uma olhada.

De bom grado, Matsumoto, a atendente, lhes mostrara várias opções de vestidos. Mikoto agradou-se de alguns, entretanto, Sakura estava fúnebre e não via graça em nenhum daqueles.

— Certo, e que tal esse? — Mostrou-lhe um rendado.

— Não. — Negou.

Virando o rosto para o lado oposto, seus olhos se encontraram com uma fita vermelha. Haviam outros vestidos cobrindo aquela peça mas, a parte da fita era totalmente visível. Indo de encontro ao canto, retirou de cima os demais panos para que pudesse apalpar o vestido que lhe chamara a atenção.
Mikoto e Matsumoto a acompanharam com o olhar.

A rosada pouco se importou se alguns vestidos caíram sobre o chão, pouco se importou se tinha ou não feito uma bagunça entre os cabides. O importante era aquilo que agora estava em suas mãos.

— Você gostou desse, querida? — Mikoto indagou.

— É um Vera Wang. — Afirmou suspirando.

Virando-se até o espelho, colocando o vestido em sua frente como se justo ao seu corpo, maravilhou-se nele.

— Parece que achou o que procurava. — Mikoto falou — Matsumoto, podemos experimentar?

— Claro.

Com o vestido justo ao seu corpo, seu reflexo de noiva estava perfeito. Em sua cabeça se formavam nuvens de pensamentos sobre a reação de Sasuke. Seria o momento mais feliz da vida de ambos e, depois, tudo desmoronaria.

— É esse. — Disse convicta.

X

Pouco mais de três horas após as compras.
Hora da cerimônia

O salão era mediano, o chão brilhava como um pérola e o teto era enfeitado com lustres de vidro e brilhantes. As cores eram neutras e seu enfoque era o brilho dos lustres. O altar era coberto por plumas vermelhas, com um púlpito de madeira maciça lisa, na cor preta. Uma taça de vinho estava frente um livro aberto numa página em branco, uma caneta ao lado, uma cruz do outro. Como exigido, nada muito extravagante.

Madara estava em sua posição de avô, centrado perto do juiz que já havia chegado. Itachi se pusera de pé, perto do altar, segurando narcisos. Naruto, amigo de Sasuke, estava ao lado de Itachi, também segurando narcisos. Do outro lado, Ino e Tenten seguravam rosas vermelhas, ambas de vestido lilás.

O restante da tribuna era composta pelos habituais amigos do casal, sendo eles: Shikamaru, da família Nara e seus pais; Temari, Kankurou, Gaara, da família Sabaku; Neji, Hanabi, Hinata e Hiashi, da família Hyuuga; Kushina e Minato Uzumaki Namikaze; Inoich Yamanaka; Os Akimijis; Rock Lee; Maito Gai; Hatake Kakashi; Shino Aburame; Suigetsu, Juugo e Karin, da associação taka.

— Dê início à cerimônia. — Sussurrou Madara, para o juiz barbudo e careca.

Uma música suave começara a tocar. As pessoas que haviam deixado suas casas, exasperadas, levantaram-se para aplaudir a entrada do noivo.

As portas se abriram, dando-lhes a visão de Sasuke e Mikoto. Dois homens de preto fecharam as portas atrás de si. Mikoto abraçou o filho antes que seguissem em frente.

— Mãe, está muito apertado.

— Oh, desculpe, meu filho — Desculpou-se envergonhada. — Está pronto?

— Sim, vamos.

A cada passo que dava era de extasiante esperança em chegar ao altar e esperar para que seu anjo lhe tomasse as vistas. Colocara um sorriso de canto, que enfeitava-lhe o rosto. Com uma mão segurava a mão de sua mãe, que tinha o braço entrelaçado com o seu e, a outra repousara no bolso da calça.

O colete por baixo do terno acetinado demonstrava elegância. A gravata bem presa dava-lhe o ar sexy, como assim era chamado. Um relógio de ouro enfeitava o seu pulso, e sua face resplandecia harmoniosa com beleza e elegância. Um verdadeiro Adônis.

A Tribuna de pé se maravilhava e registrava com suas câmeras a entrada triunfal do noivo. Para uma casamento planejado e feito em horas, estava tudo muito digno de novela.

Quando finalmente chegaram à ponta do altar, Sasuke virou-se para sua mãe, vestida de azul claro, estava belíssima. Olhou-a nos olhos e sorriu. Mikoto não sabia bem como reagir aquela expressão inesperada do filho. Era como se seu corpo se movesse sem seu comando. Envolvendo o filho num abraço terno, Mikoto chorou.

O moreno retribuira o abraço e se inclinara para que ela pudesse ouví-lo.

— Vai ficar tudo bem. Obrigada, Okaa-San.

Quando Mikoto o concebera, prometera assim como fizera com Itachi, dar sua vida em prol da dos filhos. Aquele ato seria para sempre eternizado. A mulher podia se lembrar da conversa que tiveram no hospital, da qual Sasuke lhe agradecera e a fizera prometer se cuidar. Ela jurou perante as estrelas que, ficaria bem pelo seu pedido e assim, cuidaria da família como vem cuidando há anos.

Desvencilhou-se do abraço e repousou as mãos nos ombros desnudos da mãe, que com o rosto molhado o olhava. Aquela troca de olhares demonstrava amor fraterno, confiança e respeito um ao outro. Mikoto entendeu o "Deixe-me ir", do filho e não pode intervir.

Naruto observava bem o amigo parado esperando que Sakura chegasse. Parecia que um maremoto se formava nos pequenos olhos azuis do Uzumaki. Como era perder alguém querido? Ele nunca havia perdido ninguém. Aquela seria sua primeira dor da perda.

Em tempos remotos, lançaria palavras ao ventos para provocar o amigo, dizendo: E aí, Sasuke-kun, você é um gatão Sexy. E depois, de lutarem, gargalhariam.

Sasuke, pois, percendo o olhar tristonho do amigo sobre si, o olhou de soslaio, inclinou-se para o lado e sorriu de canto, treletando:
— Hm, Uzumaki Gatão.

A tribuna riu juntamente com o loiro que se contorcera cobrindo o rosto. Fixando-se nele novamente, sorriu.

O som que anunciava a chegada da noiva soou como uma trombeta que anúnciava adoração. Os olhos de Sasuke se encheram de esperança.

Na medida que as portas abriam, seu coração falhava uma batida. A ansiedade lhe invadia e seu rosto se levantava.

Como o noivo ansiava pela noiva, assim como a corça anseia por águas e como o dia precisa do sol, assim era Sasuke por Sakura. Não uma adição, mas sim uma sincronia perfeita.

Finalmente pode deslumbrar da beleza exótica de sua amada. Seu queixo caiu e seus olhos brilharam.

Sakura continha o choro com todas as suas forças. Ela o faria feliz até que a morte os separasse.

A tiara que adornava sua cabeça e face era maravilhosa. Seus cristais de brilhantes envoltos por toda sua extensão, em desenhos minuciosos de flores delicadas. Um véu de médio comprimento que cobria seu cabelo enfeitado e bem penteado. A maquiagem destacava seus olhos, num preto esfumado e, seus lábios coberto por um batom claro.

Seu vestido de modelo Vera Wang, repleto de elegância e graciosidade, moldavam-lhe o corpo com um pequeno decote na frente, sendo ele tomara que caia, cintura de espartilho Tule e dez camadas. Tão branco quanto a mais alva neve.

Digna de uma rainha.

O sonho que precedia a vida e antecedia a morte, lhe causava arrepios. E não existiria em toda a terra mulher mais bela e noiva mais graciosa do que Sakura.

Cobrindo o rosto com uma das mãos, Sasuke deixou com que algumas lágrimas escapassem. Lágrimas em prol do que lhe concedia a mais bela visão que já imaginara poder ter.

Sakura vinha com Fugaku, já que seus pais estavam na América do sul e, não chegariam a tempo. Apertava-lhe a mão com força, demonstrando o quão nervosa estava. Fugaku não resmungara, entretanto, sua expressão facial demonstrava uma pontada de dor.

Chegando perto do altar, Fugaku despediu-se de Sakura como se a mesma fosse sua filha. Em seguida, a entregou para Sasuke que, com uma mão a recebera e com a outra ainda cobria o rosto para que não o vissem chorar.

Tenten abraçou a amiga Temari, que bolava inumeros escapes para consolar a amiga mais tarde, quando ela precisasse.

Recuperando o fôlego, limpou o rosto com as costas da mão e a olhou. Sakura mordia o lábio inferior numa tentativa de se conter.

— Estás maravilhosa. — Sussurrou para ela.

— Você também. — Afirmou com a voz trêmula.

Não perdeu tempo em beijar a testa da rosada, que fechou os olhos para sentir o toque gélido de seu amado.

Se viraram para o juiz que lhes cumprimentara com um sorriso. O amor deles seria anunciado para as autoridades do Japão.

— Saudo-vos, primeiramente os noivos e em seguida a família dos noivos e a tribuna. — Com a cabeça, todos fizeram referência — Que a graça e a paz seja convosco.

Como um coral que canta, a tribuna, a família e os noivos selaram as saudações com um "Amém".

— Estamos aqui para celebrar e concretizar a união destes dois jovens. A união matrimonial de Uchiha Sasuke e Haruno Sakura, ambos na plenitude de seus vinte e quatro anos de idade. Que os céus e a terra cantem por vocês, assim como os anjos celebram alegremente.
Tragam as alianças.

Logo, um cachorrinho - Springer Spaniel–pequeno de cores marrom e Champgne entrara carregando sobre as costas, uma almofada lilás, presa nele.

Vendo isso, Sakura achou graça, assim como Sasuke que gostava de cãezinhos pequenos. O springer deitara no chão e balançara o rabinho.

— Dêem as mãos. Perante a tribuna, Uchiha Sasuke, estás disposto a amar Haruno Sakura, respeitar, cuidar, ser fiél, na saúde ou na doença, na pobreza ou na riqueza, até que a morte vos separe?

Até que a morte os separe.

— Sim, eu aceito. Recebo-te como Minha esposa, a qual eu prometo amar até que meu corpo se deite no pó.

— Haruno Sakura, estás disposta a...

Interrompendo-lhe, falou — Aceito! — Um sorriso glorioso se formou nos lábios finos do Uchiha. O Juiz de paz espantou-se com a atitude da mulher. — E recebo-te como meu marido, até que o pó da terra nos consuma.

Assinaram os pápeis e pegaram as alianças, colocando-as em seus encaixes.

— Selem este ato, o noivo pode beijar a noiva.

As mãos de Sakura tremiam. Ela queria jogar o buquê em canto qualquer e abraçar Sasuke, para nunca mais soltá-lo e jamais perdê-lo. O moreno se aproximou e com os dedos ergueu o rosto de Sakura. Encostando os lábios nos dela, sentiu a maciez de sua boca. Entreabrindo os lábios, deram início a um beijo lento.

A tribuna vibrou pelo casal, desejando-lhes felicidades e batendo palmas. Agora era tudo mais que oficial.

Terminando a cerimônia, tiraram fotos e ao som de Celine Dion, Christina Aguillera, Pharrel Willians, dançaram.

Com os corpos colados, seus pés se moviam de um lado para o outro. Seus braços finos envolveram o pescoço do moreno, que a segurava pela cintura.

Sussurrando em seu ouvido disse:
— És a noiva mais bela entre todas as estrelas do céu. Encantas mais que todas as sereias do mar.

— Jurei que nunca te ouviria dizer isso. — Riu.

— Mas é preciso que saiba destas coisas.

Beijou-lhe o pescoço e continuaram a dançar, comer e beber até que a festa acabasse.

X

Sucedeu que após a festa, subindo para um quarto de hotel, Sasuke e Sakura se despiram. Beijando se deitaram e entre carícias entrou a ela.

Deitados, com os corpos abraçados estavam. Sakura acariciava o peito nú de seu marido, enquanto ele fazia cafuné em seu cabelo sem enfeites - Ele retirou todos.

— Você entende o significado de imensidão? — Sua rouca voz ecoou outra vez com a mesma pergunta.

— Algo imenso? — Idangou incerta.

Sasuke riu e puxou seu rosto para cima, beijou-lhe os lábios, fazendo-a sorrir com o ato. Cobriram-se com cobertas, para que se livrassem do frio que Tóquio lhes propiciava sem nenhum pedido.
Sentindo um ao outro dentro de si, adormeceram.


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Notas finais do capítulo

Gente, a parte "Entrou a ela", é aquele rale e rola '-' Eu não narro hentai, isso é muito constrangedor pra mim (Aquela carinha envergonhada que eu não sei fazer)

Sakura estava linda *3* Aquele vestido é uma maravilha hahaha Amo ele, por isso o escolhi.

Quanto a roupa acetinada de Sasuke, só digo uma coisa: Ele estava um gatão u.u
Não entendo muito de ternos, smookings e essas coisas, mas dei o melhor que pude conforme o que eu sei.

Confesso que chorei com a parte do Naruto (Não me toquem :( :v)

Shalom!