So Close escrita por Juli06


Capítulo 13
Capítulo 12




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Capítulo Doze

– Jane... precisamos encontrá-lo. – Falou Lisbon e tentou levantar, mas o mundo girou a sua volta e se não fosse por Rigsby ela teria caído.

– Vá com calma, Chefe. – Falou ele.

– Não temos tempo, descubram onde Haffner mora, Jane foi atrás dele. – Disse Lisbon.

– Haffner? – Perguntou Cho.

– Sim, foi Haffner quem me raptou. – Falou ela. – Agora façam alguma coisa. Jane sabe onde ele está.

Van Pelt já estava pesquisando o endereço dele, e três minutos depois o laptop apitou.

– Ele mora... no prédio da frente. – Disse Van Pelt meio confusa.

– Vamos, precisamos impedi-lo de fazer uma besteira. – Disse Lisbon e saiu em disparada.

Cho e Rigsby a seguiram, Van Pelt instruiu o resto da equipe de invasão e os seguiu apressada.

Ao chegarem no andar do apartamento de Haffner, Lisbon sacou a arma e foi na frente, o medo do que ia encontrar lá estava deixando-a nervosa e a dor na cabeça ela não mais sentia.

Passo por passo ela se aproximou da porta, que estava entreaberta. Ela olhou para Rigsby e mandou ele ir para o outro lado lhe dando cobertura. Afirmando discretamente Rigsby entrou:

– CBI. – Ele gritou e paralisou.

A cena que eles viram os pegaram de surpresa, Haffner estava sentado num poltrona todo amarrado e ensanguentado, mas estava vivo. Jane estava numa cadeira ao lado, calmo com uma expressão serena. Ele tinha a arma na mão descansando no colo.

– Jane, solte a arma. – Pediu Lisbon.

Ele fez como ela pediu e colocou a arma no chão e levantou os braços, Van Pelt e Rigsby olharam para Lisbon esperando algum comando. Ela sabia o que tinha que fazer assim como Jane. Ela respirou fundo e falou baixo:

– Prenda-o. Cho acione uma ambulância e escota policial. Você vem comigo e Jane para a central, Van Pelt e Rigsby vão na ambulância. Chame a perícia para vasculhar todo o ambiente, acredito que teremos provas dos crimes, troféus das vítimas.

Assim que Lisbon deu o comando, Cho pegou o telefone pediu por paramédicos, tirando as algemas das mãos de Van Pelt, Lisbon se aproximou de Jane. Ela não falou nada, mas também não precisou, os olhos dela pediam desculpas. E ele as aceitou, ela estava fazendo o trabalho dela.

[Três horas depois...]

Jane estava na sala de interrogatório de frente para Cho, Lisbon estava num canto apenas o observando, ele pode ver que ela tinha a face cansada e na hora ele percebeu que ela estava em dor, eles não tinha se falado em nenhum momento, como se adiando a conversa deles.

– Então, Jane. Como você descobriu que Haffner era Red John? – Perguntou Cho.

– Foi simples. Quando começamos a pesquisar sobre Kirkland, percebi que ele não era o único que teria recurso para ser o Red John. – Começou Jane. – Mas o melhor de tudo é que Bob não tinha nada a ver com a Visualize. Descartando isso só sobrava Haffner.

– E você nem pensou em avisar a gente? – Perguntou Cho com raiva.

– Vocês nem deixaria eu chegar perto.

– Você o mataria, Jane. – Cho falou. – Você sempre disse isso, sempre. Que quando estivesse frente a frente com ele, você não hesitaria, o mataria.

– Mas eu não fiz. Ele está agora no hospital, mas ficará bem, ele tem sorte por eu ter a mira ruim. – Falou Jane debochado. – E eu poderia tê-lo matado, mas não o fiz.

– Por quê? – Perguntou Lisbon, enfim ela teve coragem para perguntar. – Por que você não o matou?

– Ele não valia a pena, eu não estragaria minha vida por causa dele. – Falou Jane. – A Charlotte e a Angela já foram vingadas, elas não gostariam que eu fosse preso. Droga, eu fiz isso por vocês também. Se eu matasse Red John eu ia decepcionar meus amigos e a mulh... vocês nunca me perdoariam.

– E quando você mudou de ideia, Jane? – Perguntou Cho desconfiado. – Pois eu me lembro bem que há duas semanas você gritou que mataria Red John.

– Quer saber mesmo? Pois bem... eu decidi ontem, eu percebi que não valia mais eu perder minha vida por causa dele.

Lisbon ficou em choque e o encarou desnorteada, ele devia está falando da noite que tiveram juntos, seus olhos se encheram de lágrimas, ternura e amor e antes que ela não pudesse segurar mais ela saiu da sala, precisava de ar para assimilar o que tinha escutado.

Subiu correndo para o sótão, fechando a porta atrás de si, ela chorou. Quando ele falou que a amava ela acreditou e depois da noite mágica que tiveram ela tinha certeza que o amava ainda mais, mas o que ele fez... ele trocou sua vingança pelo amor dela. Ele abriu mão de vingar sua família para ficar com ela, Lisbon sabia que isso era demais para ele, era demais até para ela. Durante alguns minutos ela chorou, mas se recompôs e voltou para sala de interrogatório, onde Jane estava sozinho. Ela não entrou, para falar a verdade, não teve coragem. Apenas ficou observado ele, e Jane estava pensativo.

Por sua vez, Jane sabia que ela estava do outro lado do espelho. Ele sabia que era demais para ela ser a razão dele ter desistido de vingar a família do modo que sempre teve vontade, mas antes de sair ele pode ver nos olhos dela amor. E sabia que tinha feito a coisa certa, ela era a razão dele ter conseguido superar suas meninas, e ele estava feliz em redescobrir o amor, ele não deixaria Red John acabar com isso. Não dessa vez.

Jane sabia que sairia dessa, pagaria uma fiança por tentativa de homicídio, mas Red John era um serial killer, tinha matado sua família, quem iria contestar sua decisão de se vingar?

Quando pensou que ela não apareceria, Lisbon entrou na sala.

– Ei. – Falou ela. – Você está bem?

– Estou. – Ele respondeu. – E você? Eu vi que você estava com dor de cabeça. Já tomou o analgésico que o médico mandou. – Perguntou preocupado.

– Já. – Ela falou e sorriu. – Minha cabeça melhorou. E... minha memória voltou.

– Você está bem, Teresa? – Perguntou ele aflito. – Digo... você lembrou de tudo?

– Não de tudo, mas uma boa parte. – Ela disse baixinho.

– Oh Deus, eu queria que você nunca lembrasse. – Disse ele num sussurro. – Eu não posso aguentar ver você tendo pesadelos com o que ele lhe fez.

– Eu precisava me lembrar, Jane. Eu vou ter pesadelos de todo jeito. – Ela disse. – Mas eu não ligo, você vai está lá comigo. E obrigado.

– Pelo o que?

– Você abriu mão da sua vingança... por mim.

– E abriria quantas vezes fossem necessárias. Você vale mais a pena, sempre valeu. Eu que fui um idiota e tentei não ver. Foi preciso eu quase perder você para finalmente eu perceber que você é o meu mundo, é você que me inspirar a acorda toda manhã e vim a seu encontro. – Falou Jane com ternura. – Eu me tornei uma pessoa melhor por causa de você, e eu não vou deixar nada e nem ninguém te machucar de novo. Nem que para isso eu tiver que...

– Ei, eu sei. E não vai precisar disso. Vamos permanecer unidos, e ninguém vai conseguir nos derrubar. Eu prometo. – Ela disse e segurou a mão dele.

– Eu queria tanto te beijar agora. – Ele falou e olhou para as mãos unidas.

– Eu também, mas só poderemos fazer isso daqui a algumas horas. Depois que eu conseguir te livrar dessa tentativa de homicídio. – Ela disse e se levantou.

Saindo da sala com um sorriso no rosto ela foi até o escritório de LaRoche, eles precisava de um plano que convencesse Bertram que Jane era inocente.

~.~

Duas semanas tinha se passado, Jane estava livre da acusação e todos estavam preparados para irem ao tribunal, aquele seria o terceiro dia do julgamento, Haffner se recuperou bem dos ferimentos e estava em tratamento. Mas seria mandado para a penitenciária de qualquer modo.

O juiz entrou no tribunal e bateu o martelo, a sessão estava iniciada, ninguém entrava e nem saia. As provas e as testemunhas tinham sido apresentadas nos dias anteriores. E ele iria ler a decisão do júri.

– Senhor Raymond Haffner, você está sendo acusado pela morte de 32 vítimas. As primeiras sendo ainda quando adolescente. – Começou o juiz. – Encontramos troféus das vítimas no seu apartamento, e fotos que você tirava depois do assassinato. Você tinha acesso a bancos de dados e pessoas influentes, você foi agente do FBI e ficou conhecido por revolucionar a divisão de crime organizado com a evolução da escuta técnica. Você usou de poder federal para matar, logo em seguida começou a trabalha na CBI onde também, desenvolveu um belo trabalho. Mas saiu e abriu a própria empresa de investigação com a ajuda da Visualize. – O Juiz o encarou, e pegou o outro documento. – Você matou policias, colegas seus. Tentou matar a Agente Lisbon, que se encontrar presente. De todas essas acusações que lhe foram apresentadas o júri o declara... culpado. Sua sentença é a pena de morte por injeção letal, nos próximos três anos você vai permanecer numa sela especial longe dos outros presos e vai ser administrado um tratamento, pois foi diagnosticado com esquizofrenia. Sua psiquiatra vai ser a Dr. Sophie Miller. E com o poder que me é concedido encerro esse julgamento.

O martelo foi batido e não teria mais volta. Jane e Lisbon se encararam e sorriram. Van Pelt e Rigsby se abraçaram e Cho esboçou um sorriso. Todos estavam comemorando quando Sophie se aproximou deles.

– Olá Teresa, Patrick. – Falou Sophie. - Ficou feliz que está bem, Teresa.

– Obrigado, Sophie. – Falou Lisbon - Eu queria perguntar uma coisa a você. Como ficou responsável pelo caso de Haffner? E como o diagnosticou com esquizofrenia?

– Bem, eu fui aceita de volta no sindicato de psicologia, como início eu tinha que fazer a residência em prisões. Foi quando ouvir que Red John foi preso, eu pedi pelo caso. Na verdade ele não tem esquizofrenia, eu vou administrar alguns remédios para ele. É um favor que eu devo para vocês.

– Como assim? – Perguntou Jane desconfiado.

– Jane, ele é um psicopata. Ele não liga que foi preso, muito pelo contrário ele estava feliz, eu o entrevistei e sei disso. – Falou Sophie. – E você sabe melhor do que ninguém, Jane, que prender um homem não significa nada, ele só perdeu a liberdade. Mas deixá-lo saber que está perdendo a mente, está enlouquecendo... é a pior coisa que existe. Eu só vou dá um empurrãozinho.

Lisbon a olhou chocada, mas depois começou a rir e num impulso abraçou Sophie. E agradeceu a ela. Depois da demonstração espontânea dela Sophie se afastou.

– O que foi isso, Lisbon? Você está bem? – Perguntou ele divertido.

– Nunca estive tão bem. – Ela disse e entrelaçou a mão na dele. – Vamos sair daqui e comemorar.

Chamando os outros, os cinco foram para um bar e passaram quase a noite toda comemorando entre risos e conversa boba a derrota de Red John.

Continua...


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